Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 2
Capítulo 2 - Guerra Declarada


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente. Olha, o capítulo 1 só rendeu 1 review. Qual é, gente, vamos ler a fic! A sinopse pode ser horrível, mas ela é boa =D
Boa leitura.



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Chegamos ao corredor do "apartamento". Havia um leão e uma serpente entrelaçados na porta, que nos perguntaram:
- Qual é a senha?
- E eu que vou saber? - Murmurou Malfoy.
- Ai, ai. Deixa de ser burro. - Agachei-me e li a senha sob o tapete. - A serpente e o leão, unidos em um só coração.
A porta se abriu e ficamos encantados com o interior do local. Haviam duas escadas, uma à esquerda e outra à direita, juntas às paredes, que davam acesso aos quartos. Na parte de cima havia uma sacada de onde era possível ver o andar de baixo. Observei cada detalhe da sala. Havia uma mesa centralizada, bem centralizada, e dois sofás ao redor dela, uma mesa de estudos, uma estante com meus queridos livros, uma lareira e alguns quadros. Fiquei surpresa ao ver que as pinturas não se movimentavam, então observei-as e reconheci os nomes de alguns pintores trouxas.
Tudo estaria muito bom se não fosse por um pequeno detalhe: eu iria dividir esse maravilhoso ambiente com ninguém mais ninguém menos do que Draco Malfoy. Droga!
- Gostou, Granger?
Pensei em não responder, mas seria uma covardia comigo mesma.
- Adorei, Malfoy. Mas seria melhor se você não estivesse incluído no pacote.
Com uma velocidade inimaginável, Malfoy aproximou-se de mim e me prendeu contra a parede mais próxima. Não me tocou, apenas olhou em meus olhos e disse:
- Eu vou fazer da sua vida um inferno, Granger.
- Espero que não se importe se eu fizer o mesmo da sua, Malfoy.
Ambos sorrimos cinicamente e ele falou:
- Se é guerra que quer, Granger, é guerra que terá.
E ele saiu de perto de mim. Subiu as escadas da direita e eu as da esquerda. Antes de entrarmos em nossos quartos, nos encaramos uma última vez. Abri a porta e observei o quarto: uma cama de casal com jogo de cama vermelho e dourado, um enorme guarda-roupas, cômoda, escrivaninha e banheiro. Notei que meu malão já estava ali.
Havia também uma porta que dava acesso à varanda. Não resisti e fui até lá. Fixei meus olhos na lua. O encanto dessa maravilha da natureza tranquilizava-me. Mas é claro que tinha que ter algo para estragar minha felicidade: olhei para a direita e vi Malfoy em sua varanda, encarando-me. Ele piscou um olho e me deixou furiosa. Para evitar uma briga, entrei.
Eu estava exausta, então resolvi tomar um banho. A água quente acalmava meus nervos. Discutir com Malfoy era irritante e uma perda de tempo. O pior é que eu sei disso e não consigo deixar de brigar com ele.
Fiquei pensando sobre o que Ron acharia disso. Provavelmente ele não iria gostar de me ver dividir um quarto com outro cara que não fosse ele. Oras, eu não tenho escolha. McGonagoll decidiu isso, não eu. Por mim Draco Malfoy estaria no inferno.
Desliguei o chuveiro e fui para o quarto. Enrolada na toalha, sentei-me na cama e fiquei fitando meus pés. Parecia algo sem sentido, e era. Demorei a perceber que Malfoy estava parado na porta me olhando.
- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? - Gritei e desesperei-me ao lembrar que estava só de toalha.
Ele riu, divertindo-se com a situação.
- Olha, Granger, você fica linda assim: estressada e molhada. Até eu pegava.
Fiquei vermelha, mas de raiva.
- Saia daqui agora, Malfoy!
- Vou sair. Só vim te entregar isso. - Ele veio até mim e entregou-me um envelope vermelho.
- O que é?
Ele bufou, como quem não quisesse responder. Enrubesci ao perceber que ele olhava para minhas pernas.
- Se não vai responder, então saia daqui.
Malfoy não saiu. Sentei-me na cama, de frente para ele, e fiquei encarando-o. A situação poderia parecer engraçada para quem olhasse de fora, mas não era nem um pouco engraçada. Suas pernas foram se movendo e ele chegou mais perto. Deitou-me na cama e ficou com a mão em minha barriga. Seus olhos não saiam dos meus. Seus lábios finalmente se abriram e:
- Como já disse, Granger, vou fazer da sua vida um inferno. Só que esqueci de dizer uma coisa: o inferno comigo é o paraíso.
- Saia daqui. - Fui ríspida.
Tentei manter o controle ao ver seu sorriso cínico, mas fracassei. Empurrei-o e corri para seu quarto. Exatamente. Nem o meu quarto, nem a sala comum. O quarto dele. Tranquei a porta. Observei o ambiente. As cores principais eram verde e cinza, as cores da Sonserina. Ele colocara um porta retrato sobre a escrivaninha onde estavam ele, a mãe e o pai. Fiquei encabulada ao ver a imagem. Nunca pensei neles como uma família feliz, mas pareciam ser - na foto.
Seu quarto parecia ser maior que o meu. Não era a toa: um piano preto de cauda estava em um canto. Lembrei-me do que ele falara no trem a respeito de pianos. Era sua maior paixão. Não resisti e aproximei-me do instrumento. Sentei-me no banco e passei os dedos nas notas, provocando um barulho desagradável. Achei melhor deixar o piano de lado.
Pensei em ir embora, mas Malfoy pensou mais rápido que eu. Ele já estava parado na porta com a varinha em mãos. Deduzi que ele tivesse usado o feitiço Alorromora.
- Saia daqui, Granger.
Passei por ele sem dizer uma palavra, mas ao chegar à porta de meu quarto:
- Você realmente toca piano?
- Sim. Eu disse que tocava.
Franzi o cenho e tentei imaginá-lo tocando um instrumento tão elegante. Não, é impossível.
- Só um detalhe, Granger: não quero que encoste um dedo em meu piano, entendeu?
Pensei que ele estava falando aquilo por sentir nojo de mim, mas percebi que era outra coisa.
- Ciúmes do piano?
- Algum problema?
Cai na gargalhada.
- O que foi? Do que está rindo?
Não respondi suas perguntas, apenas entrei no quarto e tranquei a porta. Ciúmes do piano, pensei. Quer saber, será divertido. Acabei de encontrar uma forma de atormentar Draco Malfoy.
Fui até a cama e peguei o envelope vermelho. Abri-o e comecei a ler a primeira carta, de Harry:

Hermione, acho que não nos veremos mais na Sala Comunal. Será chato ficar sem você por aqui. Mas espero que ainda possamos nos encontrar no Salão Principal para fazer as tarefas e os trabalhos.

McGonagoll me contou que agora dividirá o quarto com Malfoy. Desejo-te sorte. E tem uma coisa que quero te pedir: tenha paciência, não entre no jogo dele. Você sabe que ele espera uma resposta quando faz uma provocação, e essa é a especialidade dele. Tudo o que ele quer é que você se irrite e revide. Mas não se esqueça que ele é experiente nesse assunto. Não tente provocá-lo.

Com carinho,

Harry Potter.

Sorri ao ler a carta de Harry. Sei que ele tem razão, mas o que eu posso fazer? Draco Malfoy é insuportável sem querer, imagina querendo! Peguei a segunda carta, de Gina.

Mione, vou sentir sua falta no dormitório. Ficar sem você será horrível. Poxa, com quem vou compartilhar meus segredos? Sei que tem o Harry, mas não posso falar sobre jogadores de Quadribol e maquiagem com ele. Ainda nos veremos nas aulas e durante o dia, mas sentirei saudades do bate-papo antes de dormir.

Harry contou para mim - apenas para mim - que você e Malfoy estão no mesmo ambiente. Desculpa, amiga, mas sinto pena de você. Imagino que tenha pedido para não ficar com ele, mas é óbvio que McGonagoll não deu ouvidos, né? Só te peço calma, tudo vai dar certo.

Ahh, e não falamos nada ao Ron. Vamos esperar você contar.

Saudades,

Gina Weasley.

E, por último, mas não menos importante, a carta de Ron.

Minha princesa, parabéns. Ser monitora chefe não deve ser nada fácil, porém você conseguirá. Você lutou contra bruxos das trevas, então enacarar o cargo de monitor chefe será facinho. Claro que terá um problema: agora você não fica mais na Sala Comunal conosco. Com quem você está dividindo o "apartamento" dos monitores? Meu irmão Percy disse que é o máximo!

Sabe que eu te amo, né? Ficar sem minha namorada por aqui vai ser dureza. Mas isso não será problema, pelo menos nos veremos durante o dia.

Sabe que não sou bom com cartas, então não vou prolongar muito senão estragarei tudo.

Te amo,

Ron Weasley.

Ron é tudo o que eu pedi a Deus - e a Merlim. Mas eu não sei como contarei a ele que meu par é Draco Malfoy. Que borra, podia ter sido a Luna. Eu adoro a Luna! Mas nããããão, Minerva McGonagoll tinha que colocar Draco Malfoy aqui, ela não tem nada pra fazer então fez essa loucura. Fala sério, qualquer pessoa em sã consciência sabe que nós deixaremos esse "apartamento" de cabeça para baixo.

Vesti a camisola e joguei-me na cama. Eu estava exausta e amanhã seria um longo dia. A verdade é que seria um longo ano. Eu enlouquecerei aqui, ou não. Como Harry disse é preciso ter paciência. Sempre consegui ser paciente, por que não conseguirei agora?Porque será um ano inteiro. DROGA, DROGA, DROGA!

Fechei os olhos e tentei dormir. Pensei estar delirando ao ouvir uns gemidos. Levantei-me e sai do quarto. Vi, da sacada, Draco Malfoy e Pansy Parkinsom se agarrando no sofá da sala. Aquela cena me deixou chocada.

- O QUE É QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? - Urrei.

Malfoy me olhou com os olhos arregalados e saiu de perto da Parkinsom. Reparei que ele vestia apenas uma calça de moletom cinza e Pansy estava sem blusa, mas com a saia - pelo menos isso.

- Granger, não é nada disso que você está pensando.

- ENTÃO É O QUÊ, MALFOY?

Desci as escadas em disparada e dei-lhe uma bofetada no rosto.

- Que sem-vergonhice é essa? Vocês acham que podem ficar aos amassos aqui?

- Vai embora, Pansy.

Ela saiu rindo como uma doida. Eu, no lugar dela, não teria rido.

- Por favor, não conte nada a ninguém, Granger.

- E por que eu faria isso?

Olhei-o de forma superior. Ele estava em minhas mãos.

- Por favor. Eu faço o que você quiser!

Ele segurou meus ombros. Algo desviou minha atenção para seu corpo. Por Merlim, que peitoral é esse? Caramba, tá quente aqui. Foco, Hermione. Você sabe que ele é muito mais gostoso do que o seu namorado, mas você é comprometida e não deve ficar pensando essas coisas. Concentre-se.

Pensei nas vantagens que isso me traria. Ele ficaria me devendo uma se eu ficasse de boca fechada.

- O.k. Vou pensar em alguma coisa.

Ele me soltou e eu fui andando. Quando estava subindo as escadas, ouvi Malfoy dizer:

- Você ficou uma delícia com essa camisola.

Tirei o chinelo e joguei nele. BINGO! Acertei a cabeça.

- AI, GRANGER. Mas eu sei que você gosta. Duvido que o maldito cabeça de cenoura te diga uma coisa dessas.

Tirei o outro chinelo e joguei nele. Mas dessa vez ele estava preparado e segurou. Pegou os dois chinelos e jogou em mim. Filho da... Não, Hermione. Não xingue. Sua promessa de ano novo foi não falar mais palavrões. Calcei os chinelos e corri para o quarto.

Refleti por uns segundos. Ele tem razão, eu gosto de ouvi-lo dizer aquele tipo de coisa. Ron não fala isso. Acontece que eu não preciso desse tipo de elogio para me sentir bem. Ouvir Ron chamar-me de "princesa" já é o suficiente.  

Desliguei a lâmpada e me deitei. Amanhã... Pensar sobre o amanhã me deixa tensa. Eu não sei o que me aguarda. Se hoje já foi assim, imagine amanhã! Não, não imagine. Quer dizer, imagine. Imagine Hermione Granger e Draco Malfoy convivendo durante um ano inteiro. Imagine-me trombando com ele sem camisa todos - ou quase todos - os dias. Por Merlim, aquilo não é um homem, é um deus. Borra, não posso ficar pensando nesse tipo de coisa. Respire, Hermione. Respire.

Ouvi o som de uma música. Piano. Malfoy estava tocando. Era a nona Sinfonia de Beethoven. Ele toca bem, devo adimitir. E é agradável ouvir essa música antes de dormir. Isso está me acalmando. Me acalmando de forma constrangedora. Ron não toca piano. Aliás, Ron não toca nada. Mas pouco importa. Amo Ron do jeito que ele é, e sempre amarei.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou deixa review. Quem não gostou deixa também. Espero mais reviews, gente. Beijos!