Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 13
Capítulo 13 - Nova Comapanhia


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Gente, por Merlim, desculpem-nos a demora. Acontece que o tempo anda meio apertado pra gente. No entanto, aqui está mais um cap pra vocês apreciarem. Boa leitura!



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Aula de Poções. Confesso que minha cabeça está no mundo da lua. Eu não queria ter que prestar atenção na aula, ainda mais porque teremos de fazer uma tal de Poção do Futuro. 

- Esta poção dura poucos segundos. Vinte, no máximo. - Diz professor Slughorn. - Vocês terão que prestar bastante atenção na quantidade dos elementos para que ela não dure mais que o necessário e perturbe a mente de vocês. Trinta minutos para fazê-la. A receita encontra-se na página 15.

Começamos a preparar a poção.

- Estou louco pelos vinte segundos! - Comenta Simas. 

- Irá consegui-los se não explodir a poção. - Brinca Neville. 

- Engraçadinho…

Trinta minutos depois, todos terminamos poção. 

- Muito bem, podem beber! 

Cada um toma o equivalente a uma colher de sopa. 

E uma imagem muito estranha toma minha mente. Percebo que estou beijando alguém. São lábios perigosamente macios, doces. Mas não são os de Draco, não. Outra pessoa me tem nesse momento. E quando estou prestes a identificar quem é…

- Não! - Grito, e todos olham para mim. 

- Algum problema, Granger? 

- Desculpe-me, professor. O efeito é realmente rápido demais. 

- Exato. Mas, para aqueles que identificaram o que viram, o futuro é subjetivo. Depende das escolhas de vocês. Estão liberados.

Ainda assustada com o que vi e senti, começo a juntar meu material.

- O que você viu, Mi?

- Ahh, Gina… Foi estranho. Estava beijando alguém.

- Draco? 

- Não.

- Quem? 

- Não sei, e esse é o problema. 

- Você vai descobrir, amiga! 

- Tomara...

Começamos a andar pelo corredor. 

- E você, o que viu? 

Um enorme sorriso se forma no rosto de Gina. 

- Três crianças lindas, dois meninos e uma menina. E eu soube que eram meus filhos com Harry. 

- Mas lembre-se que o futuro é subjetivo. 

- Não me esqueci desse detalhe. 

- Gina, tenho aula de Runas Antigas agora. Nos vemos no horário seguinte. 

- O.k. Até lá. 

A manhã pareceu se arrastar para mim. O rosto de Draco surgiu em minha mente durante todos os momentos. Entrar nas aulas com Sonserina e não vê-lo era como um desafio para mim, como se a vida estivesse me pondo em prova. Não por não tê-lo, mas por saber que ele está entre a vida e a morte. Felizmente, o horário do almoço chega.

- Oi, Mi. 

- Neville. - Faço um aceno com a cabeça. - Vocês viram a Luna? 

Harry responde: 

- Para ser sincero, não. Era pra ela estar na aula do terceiro horário hoje, mas não a vi. 

Estranho. 

- Vou ver com a Cho... 

Alguns metros depois, estou perto de Cho Chang. 

- Chang, você viu Luna? 

Ela pede licença aos amigos e vem falar comigo a sós. 

- Hermione, ela está naquele banheiro.

- O da Murta? 

- Sim. 

- Fazendo o que? 

Cho olha para os lados, para verificar se ninguém está ouvindo.

- Chorando.

- Por Merlim... Você sabe o motivo? 

- Não.

- Tudo bem... Muito obrigada. 

Saio correndo para o banheiro abandonado. Esbarro em alguns alunos nos corredores, mas não me importo. Ao chegar ao banheiro, a Murta me avisa: 

- Não irritaria ela, se fosse você.

- Grata por avisar, Murta. 

Aproximo-me de Luna, que está sentada sob uma das pias. Ela tem o rosto entre os joelhos e seu corpo está fazendo movimentos bruscos devido ao choro.

- Luna? - Toco seu ombro. 

- Me deixe só, por favor. 

Sento-me ao lado dela.

- O que houve? Ron fez alguma coisa? 

Ela levanta o rosto, enxuga as lágrimas e olha para mim.

- Mione, ele ainda é apaixonado por você. Não vai dar certo assim. 

- Luna, o que vocês conversaram?

Um pequeno instante em silêncio. 

- Perguntei pra ele o que ele sentia por você, e ele disse que ainda te ama... 

- Mas você disse pra ele o quanto o ama?

- Claro que não. Não tive coragem. 

Uma lágrima prateada corre por sua bochecha. 

- Me desculpe. - Abraço-a.

- A culpa não é sua. Nenhum de nós tem culpa. A culpa é dos nossos sentimentos, do nosso coração que sempre resolve se apaixonar por alguém impossível. 

- Você tem razão... 

Passamos uns cinco minutos juntas, depois fomos almoçar. Nada aconteceu durante o tempo em que eu estava em alguma aula ou horário vago, mas às três horas eu não tinha mais aulas, então resolvi voltar para meu quarto. Hesito ao abrir a porta do "apartamento", mas não tenho escolha. 

- Qual é a senha? - Perguntam o Leão e a Serpente entrelaçados.

- A Serpente e o Leão: unidos em um só coração. 

E a porta se abre. 

Ouço alguns barulhos vindos do quarto de Draco. Zabini já está aqui. 

Subo as escadas vagarosamente, não querendo chegar ao meu destino. Posto-me de frente à porta do quarto dele, então dou duas leves batidas. Em poucos segundos ele está olhando em meus olhos.

- Hum... Bem... - Não sei o que dizer. - Seja bem-vindo. 

- Ahh... Obrigado.  - Espero que se sinta a vontade. - Enquanto converso com ele, observo dentro do quarto para saber se ele mexeu nos pertences de Draco. Notando minha preocupação, ele se apressa em dizer:

- Não toquei em um lápis de Draco. Para não precisar tirar as coisas dele do lugar, deixei minhas roupas no malão mesmo. Prefiro pensar que ficarei aqui por poucos dias.

Abaixo um pouco a cabeça, temendo quanto tempo ele ficará por aqui.

- Bom, eu tenho algumas coisas para fazer - Mentira -, então deixarei você em paz.

Dou as costas, mas ele segura meu pulso. 

- Granger, só quero te dizer uma coisa. 

- O quê? 

- Eu sempre quis ser monitor-chefe, mas não dessa forma, não substituindo Draco. Me sinto mal por estar aqui devido a ausência dele.

Sinto vontade de chorar. Não exatamente pelo o que ele disse, mas pela ausência de Draco.

- Tem outra coisa... - Ele parece envergonhado.

- Diga. - Encorajo-o. 

- Se Draco estivesse aqui, pediria para eu tomar conta de você. E é isso o que farei. 

Não consigo conter as lágrimas desesperadas que se formam. Elas vêm com força, sem piedade. Zabini me abraça, tentando me confortar. Choro porque é ele quem está olhando por mim, e não Draco; Porque ele está me abraçando agora, e não Draco. 

- Me desculpe. Foi alguma coisa que eu disse? 

- Não... Está tudo bem. 

Afasto-me dele. 

- Eu... hum... vim lhe dar as boas vindas e já dei. Até mais tarde.

Antes que ele possa me segurar novamente, já entrei em meu quarto e estou com a porta fechada.  Sento-me defronte à penteadeira e observo meu rosto no espelho. Sinto como se eu estivesse em outro plano, como se o mundo ao meu redor fosse muito vago para meus sentimentos intensos.  Abro uma gaveta e pego papel e pena. Começo a escrever algo sem sentido para todos, mas não para mim. 

Você não é a única razão do meu sorriso, mas é o dono dos mais belos;

Você não é a única pessoa em minha vida, mas é aquela com a qual eu mais me importo; 

Você não é a razão da minha existência, mas a torna melhor; 

Você não é a exceção em minha vida, mas sim a restrição;

Você não é a pessoa com a qual eu pularia de um penhasco, mas estaria lá em baixo pra te segurar; 

Você não é o ar que eu respiro, mas já o fez faltar; 

Você não é a facilidade em minha vida, mas sim a dificuldade; 

Seu perfume não é o melhor, mas é o único que ficou em minha memória;

Seu sorriso não é o mais belo, mas é encantador; 

Você não é a razão pela qual meu coração bate, mas já o fez acelerar;

Você não é alguém que eu lembrarei como quem devo odiar, e sim como quem devo AMAR.

E agora eu percebo o quanto Draco mudou minha vida, o quanto minha forma de pensar mudou.  Após alguns instantes sem pensar em nada, apenas querendo Draco por perto, três rápidas batidas em minha porta despertam-me de meus devaneios. 

- Entre. 

- Granger, tem uma pessoa ali em baixo querendo falar com você.

- Quem? 

- O Weasley.

Sinto a raiva crescer em cada partícula de meu corpo, mas não permito que ela me domine. 

- Tudo bem. 

Desço as escadas e quase voo em seu pescoço. 

- Hermione.

- Ronald. 

Zabini percebe o quanto a conversa será tensa, então se vai sem dizer nada. 

- Hermione, por que não disse à Minerva o que realmente aconteceu? Por que não disse à ela que eu causei o acidente com Malfoy? 

Penso por um segundo.

- Porque isso implica em muito mais. Você quase me estuprou, Ronald! Você fez atrocidades comigo e ainda fez o que fez com Draco! - Engulo um nó ao dizer o nome dele. 

- Isso era mais um motivo para você me entregar. 

Não sei como responder.  Lembro-me, então, de Luna e do tamanho de seu amor por Ron. 

- Eu fiz isso por outra pessoa, Ronald. Não foi por mim ou por Draco, mas sim por... - Hesito.

- Por quem?

Seus olhos brilham de curiosidade. 

- Por Luna. 

- O QUE?!

- Exatamente, por Luna. Ron, você é muito burro. Luna ama você. Sinceramente, o que ela sente por você se compara ao que eu sinto por Draco. É algo imensurável. 

Ele parece pensar por um instante. Depois, sem se aguentar sobre as pernas, despenca no sofá. 

- Não pense em mim, Ron, pense em Luna.

Pelo que parece ele pensa em Luna, e logo diz: 

- Fui rude com ela hoje... – Ele para de falar, acho que para pensar no que ele fez à Luna – Estou me sentindo um escroto, não deveria ter dito que não a amava, que ela era muito Di-lua, que precisava acordar e ver que as coisas que ela acha que existem não existem. Vou falar com ela. Obrigado por me ajudar e por me perdoar.

- Ou, ou, ou! Calma aí! Eu não te perdoei, borra. Simplesmente ajudei Luna, é o mínimo que posso fazer por ela. E, se algo acontecer a Draco, eu transformo sua vida num inferno, Ronald Weasley!

Minha ameaça parece soar convincente, uma vez que ele sai do “apartamento” correndo. E vendo a cena vou para o meu quarto tomar um banho para tentar retirar um pouco dessa dor dentro de mim.
Enquanto tomo banho me lembro novamente de todos os momentos com o Draco, um mais lindo que o outro. E então lembro-me do nosso primeiro beijo, com certeza o melhor beijo de todos que já dei e recebi. 

Passados alguns minutos vejo que os meus dedos estão começando a ficar enrugados pela quantidade de tempo que já estou aqui. Mas não ligo, aqui está tão bom, e começo a relembrar das coisas que vivemos juntos novamente, já que isso me conforta...  E em meio a esses pensamentos escuto alguém bater na porta do banheiro e perguntar:

- Granger, você está ok ? – Reconheço a voz de Zabini.

- Estou. E saia do meu quarto, já estou saindo. – E logo depois escuto a porta do meu quarto bater. E então saio do banheiro.

Visto apenas blusa e shorts, não estou com vontade de procurar algo melhor. Desembaraço os cabelos e prendo-os num coque. 

Paro na varanda e observo o horizonte. O sol começa a se deitar, e logo virá a lua. Lembro-me que, antes de sairmos do St. Mungus, Minerva disse-me que me permitiria ver Draco todas as noites.

- Granger? - Zabini parece apressado.

Corro para a porta com raiva e abro-a brutalmente.

- Arre, diabo! O que você quer? 

- Bom, estou me sentindo seu mordomo... Enfim, outra pessoa quer falar com você. 

- Quem? - Espio por cima de seu ombro, procurando alguém lá embaixo, mas não consigo identificar a pessoa.

- Pansy. 

- HEIM?! - Meus olhos se arregalam.

- P-A-N-S-Y. - Soletra. - Pansy.

- Ual! 

Preciso de mais uns instantes para processar a informação.

- E ela está com pressa? 

- Parece que sim.

Respiro fundo, estufo o peito e levanto a cabeça. Desço as escadas e encontro-a sentada no sofá, os olhos fixos à lareira. 

- Parkinson... 

- Granger. - Ela se levanta.

- O que quer? 

- Bom, hum... Preciso ver... - Sua voz morre. 

Já pressentindo o que ela quer, pergunto: 

- Precisa ver Draco, é isso? 

Droga! Exclamo para mim mesma. 

- Sim. -

Eu... er... Isso não depende de mim. - Procuro livrar-me dela o mais rápido possível.

- E com quem devo falar? 

Borra, ela tinha que fazer essa pergunta?! 

- Hum... Minerva McGonagoll. - Respondo a contra gosto.

- O.k... Tchau. 

Ela se vai.  Entro em transe ao saber que, provavelmente, eu e ela estaremos rodeando Draco esta noite. Ando automaticamente até o sofá e permito que meu corpo relaxe ali mesmo. 

- Beba.

Zabini aproxima-se com um copo d'água.Pergunto-me se não pôs veneno... 

- Relaxa, pode beber. - Diz, como se lesse meus pensamentos.  

Sem muita cabeça para duvidar do que ele diz, pego a água e bebo de uma vez só. 

- Por que a visita da Pansy te deixou assim? - Ele se ajoelha defronte para mim.  

Antes de responder, não consigo deixar de reparar na imensidão de seus olhos cor de ébano. 

- Ela é minha rival. Tal como eu, ela é apaixonada por Draco. O problema é que o que ela sente está mais para obsessão. 

- Hum... - Ele finge entender meus motivos. 

- Peraí! Por que eu estou conversando sobre o que eu sinto com você? -  Ele me observa, as sobrancelhas unidas.  - Eu não deveria estar conversando com um Sonserino metido que odeia os Grifinórios com tudo o que pode. 

- O.k... Não precisava ofender. - Ele tenta demonstrar tristeza, mas ri do que falo. - Mas lembre-se que você se apaixonou por um Sonserino metido que odiava os Grifinórios com tudo o que podia e mais um pouco. No entanto, Granger, você o mudou. 

Sinto o rubor subir às minhas faces. Com pura vergonha de olhar em seus olhos, encaro minhas mãos. 

- Precisa de alguma coisa? - Seu tom é amável. 

- Acho que não pode me dar o que eu quero... - E não pode mesmo, penso.  

- O que é? 

- Bom, primeiramente, Draco. Segundo, um firewiski. 

- Verdade... - Sinto meu mundo desmoronar. - Não posso te dar Draco. 

Meus olhos levantam-se para ele rapidamente.

- Mas posso te dar o firewiski.

- Comoassim? - Meu tom é de surpresa. 

- Eu. Posso. Te. Dar. O. Firewiski. 

- Por Merlim...

- Aguarde só um pouco. 

Ele sobe as escadas. Pergunto-me como ele pode ter firewiski dentro de Hogwarts. Em questão de um ou dois minutos, ele aparece com dois copos e uma garrafa da bebida. 

- Prontinho. - E deita a bebida nos copos. 

- Como...? - Minha voz morre, ainda por conta da surpresa. 

- Bom, eu e Draco sempre apreciamos muito todos os tipos de wiski, então...

- Ual! Vocês sempre me surpreendem... 

- Aposto que ainda te surpreenderemos muito mais. 

- Não duvido nada. 

Após três ou quatro copos de álcool, sinto a bebida fazer efeito. Minha cabeça gira, a sala ao meu redor está se movimentando. Apenas eu bebi, Zabini tomou um como, nada mais.  -

Acho melhor você parar de beber. - Sugere. 

- Quero... Quero mais... 

- Não. Draco não iria gostar de ver você bêbada.

Ele consegue me vencer ao falar em Draco.  Tento me levantar, mas logo caio no sofá, embriagada. 

- Tudo bem, eu levo você para o quarto. 

- Não precisa...

- Ahh, como precisa.  

Zabini passa o braço direito ao redor de meus ombros, enquanto o direito está embaixo de meus joelhos. Passo os braços ao redor de seu pescoço, de forma a sentir seu cheiro másculo e tranquilizador. Não sei se estou ficando maluca ou se é por causa da bebida, mas estou me sentindo incrivelmente bem perto dele. 

Subidas as escadas, ele entrou em meu quarto e pousou-me sobre a cama. Acendeu a luz do abajur e agachou-se de frente para mim.

- Acho bom você dormir. 

- Farei isso. - E fechei os olhos.

Senti algo cobrir meu corpo e conclui que ele havia posto uma manta sobre mim. 

- Em relação à ronda... - Sussurro.

- Relaxe, sei que não está em condições. Digo para a Minerva que está com dor de cabeça. 

- Muito obrigada.

- Disponha.

A luz sumiu, tal como a presença dele.  Permiti que a embriaguez me levasse, então adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^Gente, deixem reviews e recomendações, isso nos estimula a escrever cada vez mais. Beijos :*