Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 10
Capítulo 10 - Acidente


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos. Graças a Deus foi possível postar mais um cap nessas férias, mas não sei se terá outro antes de 28 de julho. No entanto, nos esforçaremos.
Obs: não me responsabilizo por fãs revoltadas com o Ron após a leitura desse capíluto (risada maligna).
Boa leitura, amores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/139320/chapter/10

Já é hora do jantar. Não sinto fome, só sinto uma necessidade absurda de continuar sentada neste sofá e encarando o fogo da lareira enquando estou envolta nos braços de Draco. Pode parecer estranho, mas sinto-me segura ao lado dele. O.k., há um ano atrás eu me mataria se pensasse assim. Mas hoje não. Hoje sinto-me bem ao receber tais pensamentos.

- Eu te amo. - Seus lábios estão em meu ouvido. - Amo muito.

Apenas sorrio. Não sei se já posso dizer o mesmo a ele.

- Vamos jantar?

- Não estou com fome.

- Mas você não pode ficar sem comer. - Ele se levanta e estende a mão para mim. - Vamos?

- Não.

- Não, é? Então eu terei que fazer algo não muito agradável.

Antes que eu tenha tempo para pensar, ele me pega em seus braços.

- Ei! Me põe no chão!

- De jeito nenhum.

Seus lábios tocam meu queixo delicadamente, depois descem para o pescoço, até que chegam ao tórax. Sinto meus lábios tremerem ao segurarem um baixo gemido e meu coração dispara.

- Para, Draco.

- Vai dizer que não está gostando? - Fala, com os dentes cravados na alça de meu sutiã.

- Estou, mas não é a hora. - Obrigo-o a olhar em meus olhos. - Vamos jantar.

Um suspiro pesado escapa de seu íntimo e ele me põe no chão.

- Ei, não fica chateado comigo. Por favor. - Beijo-o.

- Tudo bem, não estou chateado. Sou muito paciente.

- Você já me provou que tem paciência.

Ele me puxa para si e diz:

- Só tenho paciência com você, para ser sincero. E isso porque tenho muito medo de te perder, porque te amo.

Meu rosto fica em brasas. Ainda não posso dizer que o amo, mas também não posso dizer que não gosto de ouvi-lo dizer isso. Ele beija a ponta de meu nariz, depois me puxa porta afora.

Chegamos ao Salão Principal de mãos dadas. Os olhares de todos, literalmente todos os alunos se voltam para nós. Sinto-me obrigada a abaixar a cabeça. Draco coloca-se em minha frente, levanta meu rosto e diz:

- Quero que olhe para frente. Você é minha namorada... ou algo parecido... Então quero que sinta-se honrada por estar ao meu lado.

Por algum motivo desconhecido, meus olhos saltitam de felicidade por ouvi-lo dizer "minha namorada". Sorrio - sei que meu sorriso é a confirmação de que ele precisa. Seus lábios tocam minha bochecha, depois as costas de minha mão.

- Bom jantar.

- Grata. Pra você também.

E nos dirigimos até nossas mesas. Quando me sento ao lado de Harry, Ron esbraveja:

- O que foi aquilo que eu vi?

- Se você viu, não preciso explicar. - Curta e grossa.

- Mi, nem eu tô acreditando. - Harry diz.

- Poxa, gente. Eu e Draco estamos nos entendendo.

- Entendendo até demais. - Neville comenta.

Solto um suspiro pesado. Olho para Gina como quem clama por socorro. E ela me entende.

- Gente, se Snape saiu do lado das trevas porque amava Lilian Potter para ajudar Dumbledore a destruir o mal, então Draco Malfoy e Hermione Granger podem se entender perfeitamente!

Dou um sorriso para Gina em forma de agradecimento. No entanto, percebo que meu agradecimento foi precipitado quando Ron diz:

- Num dia você chora porque eu termino com você, no outro já está com aquela Barbie falsificada?!

- Ronald Weasley, será que você só pensa em si mesmo? Hoje mesmo dissemos um ao outro que não voltaríamos!

- Hermione, eu acreditaria se te visse com qualquer outra pessoa e, acredite você ou não, não me importaria. Mas ele? Logo ele? Com tantos garotos em Hogwarts...

- Ron, por favor, não dê palpites desnecessários em minhas relações amorosas. Não estamos mais juntos, logo não lhe devo satisfações.

- Receba... - Harry murmurou ao meu lado.

- Hermione, me entenda! Eu não consigo te ver com Malfoy.

- Ciúmes? - Desafio-o.

Suas orelhas ficam vermelhas de raiva, depois esbraveja:

- Não tenho ciúmes daquela doninha saltitante!

- Não é o que parece. - Yes, Gina pôs mais lenha na fogueira.

Ron dá golpes furiosos num pedaço de frango, depois sussurra:

- Não quero mais falar sobre isso.

- Ótimo! - Digo.

- Ótimo! - Ele repete.

Não posso dizer que jantamos num clima agradável, mas também não foi um cão de três cabeças. Ao terminer, despeço de meus amigos e vou para o corredor esperar Draco. Enquanto observo o movimento de alunos, ouço uma voz amigãvel me chamar:

- Hermione!

Procuro pela dona da voz.

- Oi, Luna. Como está? - A primeira coisa que reparo são os óculos para enxergar zonzóbulos ao topo de sua cabeça.

- Estou bem. - Seus olhos parecem tomados por algo de outro mundo enquanto me observa. - Você e Malfoy estão namorando?

Engasgo com meu próprio ar.

- Ah... É... Bem... É algo parecido com isso...

- Ah... Não me pergunte o porquê, mas sempre achei que combinam.

- Por que?

- Acredito naquele ditado trouxa que diz "os opostos se atraem".

- Huuum... Já falou com Ron?

- Ainda não... Tenho vergonha. - Morde o lábio inferior.

Sorrio. Sei que Luna é muito tímida em relação a esses assuntos.

- Te ajudo, se quiser.

- Faria isso por mim?

- Claro, você é minha amiga!

- Fico muito agradecida, Hermione. Agora preciso ir. Tenho que verificar se têm muitos zonzóbulos na Sala Comunal da Corvinal.

Coloco a mão sobre a boca, segurando uma risada. Ela abaixa os óculos coloridos e sai saltitante pelo corredor.

- Oi. - Draco sussurra em meu ouvido, fazendo com que eu me arrepie.

- Oi... Temos que nos preparar para a ronda. - Digo olhando em seus olhos.

- Sei disso. Vamos?

- Claro.

Começamos a caminhar em direção ao nosso "apartamento", mas Minerva McGonagoll chama:

- Sr. Malfoy, Sr. Malfoy!

- Sim? - Ele responde de prontidão.

- Preciso de um favor do Sr.

- Pode pedir, diretora.

- Prefiro conversar com o Sr. na minha sala.

- Tudo bem.

Ele deposita um beijo em minha testa e diz:

- Me espere para a ronda, o.k.?

- Espero.

Percebo o choque nos olhos de Minerva ao perceber o quanto estamos próximos. Ela sacode a cabeça disfarçadamente, depois vira-se e diz:

- Acompanhe-me, por favor.

Vejo-o se afastar e um aperto toma conta de meu coração, como se algo estivesse prestes a acontecer. Começo a andar na tentativa de desvencilhar-me desse sentimento.

- Hermione!

Viro-me.

- O que quer, Ron?

Ele respira fundo e diz:

- Preciso conversar com você.

- Sobre o quê?

- Bom, prefiro que seja em um lugar mais reservado.

- Vamos até meu quarto.

- O.k.

Quando chegamos ao quarto, pronuncio a senha:

- A Serpente e o Leão: unidos em um só coração. - E sinto-me bem ao dizer tais palavras.

- Unidos em um só coração?

- Claro! Não vê que até a senha diz que eu e Draco podemos nos entender?

A porta se fecha. Sento-me no sofá e sinalizo para que ele se sente também.

- Diga.

- Bom... É... Hermione, eu estive pensando... Não vivo sem você, Hermione.

- Pra dizer "não vivo sem você", você deveria namorar o oxigênio.

E lembro do "receba" que Harry disse. Meu interior ri.

- Você não facilita, Hermione.

- Por que facilitarei as coisas para alguém que, nas últimas 48 horas, só dificultou minha vida?

Ele se aproxima, segura minhas mãos e diz:

- Mi, vamos passar uma borracha no passado. Vamos voltar a ser amigos. Vamos voltar a namorar. Por favor... Eu amo você.

- Se me amasse teria acreditado em mim a respeito da fotografia!

- Hermione, por favor, acredite em mim: EU TE AMO!

- Que pena, porque eu amo Draco Malfoy. - E sinto-me muito bem ao dizer isso.

Percebo a ira se formar violentamente em seus olhos.

- Você não pode amá-lo. VOCÊ É MINHA, SÓ MINHA!

Ron me joga violentamente no sofá, ficando sobre mim.

- Ron, você está maluco!

- NÃO, NÃO ESTOU. QUEM ESTÁ FORA DO JUÍZO É VOCÊ! VOCÊ SEMPRE ME AMOU, SEMPRE! FOI COMIGO QUE VOCÊ QUASE TRANSOU, FUI EU QUEM TE BEIJOI MAIS, FUI EU!

- QUEM GARANTE? QUEM GARANTE QUE TUDO ISSO FOI SÓ COM VOCÊ?

E percebo que eu poderia ter ficado calada quando ele me beija com voracidade, uma voracidade desconhecida por mim. Mordo seu lábio com força e sinto um pouco de sangue pingar em minha língua.

- Eu vou te mostrar que a pessoa certa para você não é Draco Malfoy, e sim Ronald Weasley!

- O que quer dizer com isso? - Sei que meus olhos demonstram puro medo.

- Tire a blusa.

- Não vou ti...

- TIRE A BLUSA! - Ele grita. - Se você não fizer isso, eu faço por você.

Ron fica apoiado nos joelhos, ainda com meu corpo sob o seu, dando um mínimo espaço para que eu desabotoe minha blusa. Começo a fazê-lo enquanto digo:

- Ron, por favor, pare com isso.

Ele dá um sorriso malicioso ao ver meus seios sob o sutiã.

- Não vou parar agora que estou começando a me divertir.

Percebendo que estou retardando sua diversão, Ron arranca a blusa de meu corpo, rasgando-a.

- Nossa, parando pra te observar melhor, não sei porque atrasei tanto esse momento.

- Você não vai conseguir amor de mim, apenas raiva! - Falo em meio a pranto.

- Não tem problema. Você é gostosa o suficiente pra amenizar a falta de amor.

E, de repente, vejo que não é mais Ron quem está falando, é um desconhecido.

- O que houve com você, Ron?

Ele não responde, apenas toca a parte superior de meus seios. E eu não consigo sentir prazer, apenas desprezo. Choro ainda mais.

- Acho que é hora de tirar esse sutiã.

Amaldiçou-o mentalmente por abrir meu sutiã e tirá-lo bruscamente. Seus lábios começam a correr por meu busto e tudo o que consigo fazer é tentar empurrá-lo, mas não consigo.

- Você só está tornando as coisas mais divertidas para mim.

- Por favor, Ron, pare com isso. Você não faria isso se me amasse de verdade.

E ele me olha nos olhos ao dizer:

- Eu te amo, Hermione. Por isso estou fazendo as coisas dessa forma. Você precisa ver, de qualquer jeito, que você é minha, não dele.

- Eu não tenho dono.

Uma risada maquiavélica sobe por sua garganta, o que faz meu medo aumentar ainda mais.

- Agora, desabotoe minha camisa.

- Não vou fazer isso.

- DESABOTOE AGORA!

- NÃO! EU NÃO FAREI ISSO!

- Então faço eu. De qualquer forma, eu ganharei no final.

- Eu não quero isso, Ron. Por favor... - Sussurro.

- Sinto muito, Hermione, mas tudo seria fácil se fizesse as coisas do meu jeito.

E só consigo sentir nojo dele.

- Nunca farei algo contra minha vontade e você sabe disso!

- Bom, vejo que continuará sendo do meu jeito.

No exato momento em que ele coloca as mãos em minha saia, grito:

- PARE COM ISSO!

Seus olhos fixam-se nos meus: ele está prestando atenção no que digo e sinto.

- Ron, não quero fazer isso. Se você realmente me ama, então me deixe em paz. Me deixe amar Draco. Me deixe ser dele.

Por um instante, ele fica sem ação. E é o instante suficiente para que eu consiga empurrá-lo. Subo as escadas aos tropeços e quando chego à porta de meu quarto ele me segura.

- Achou mesmo que seria fácil escapar de mim?

O terror toma conta de meu ser. De repente, não sou mais eu quem está aqui, é o medo em pessoa.

- Você não pode ser dele. Você é minha. Seu olhar é meu, seus lábios macios são meus, sua pele delicada é minha, seu cheiro inesquecível é meu, seus sorrisos são meus, seus seios arredondados são meus - e os toca levemente -, suas coxas fartas são minhas. Você é minha!

Seus lábios esmagam os meus com uma fúria absurda. Ele me obriga a andar para traz, e logo caio na cama com seu corpo sobre o meu. Sinto uma leve distância entre nós, mas essa mínima distância não o impede de rasgar minha saia. Um grito agudo de desespero foge de minha garganta.

- PARE COM ISSO, RON! PARE!

- Não. Você tem que entender que pertence a mim.

- Hermione Granger não pertence a ninguém! Sou livre para fazer minhas escolhas. E eu escolho Draco Malfoy!

- DESGRAÇADO! NÓS ÉRAMOS MUITO FELIZES ANTES DE VOCÊS PASSAREM A DORMIR SOB O MESMO TETO!

- Éramos, Ron, éramos. Não podemos voltar atrás. Não amo você, amo Draco.

- Que bom ouvir isso de você.

Meus olhos correm para porta e eu o vejo: os olhos cinza-azulados esbanjando felicidade e ira ao mesmo tempo.

- Saia de cima dela. - Sua voz não passa de um sussurro, mas é ameaçadora o suficiente.

- E se eu não sair? - Ron permanece de costas para ele, com os olhos fixos em mim.

A aproximação de Draco é rápida. De forma simples, com os próprios braços, ele atira Ron no chão e me puxa para si.

- Vá para o meu quarto e pegue uma blusa na primeira gaveta da cômoda. Vou fazer com que ele saia.

Com o canto dos olhos, vejo Ron se levantar cambaleante.

- Amo você. - Seus lábios tocam os meus rapidamente.

- Também amo você.

Corro para seu quarto. Ao entrar, fecho a porta. Abro a gaveta e pego uma blusa cinza. Mesmo preocupada ocm o que está acontecendo no cômodo ao lado, um segundo de paz me toma quando o cheiro de sua roupa invade minhas narinas. Algo bate contra a parede, aumentando meu grau de preocupação. Ouço que um objeto se quebra - imagino ser um vidro de perfume. E então, quando penso que nada mais pode me assustar, ouço Ron dizer...

- Estupefaça!

Abro a porta com brutalidade, principalmente porque um barulho muito forte é seguido do feitiço.

- NÃÃÃÃO!

Vejo o corpo de Draco caído no chão do primeiro andar após entrar em colisão com a sacada, que se quebrou. Alguns pedaços de madeira rodeiam seu corpo, e meu desespero aumenta ao ver um pouco de sangue. Desço as escadas aos tropeços e ponho-me ao seu lado.

- Draco, Draco, fala comigo... Por favor... Fala comigo!

Checo o pulso: respiração lenta. Procuro saber que parte de seu corpo a madeira perfurou, e constato que foi na região lombar.

Olho para cima e vejo Ron com os olhos petrificados em nós.

- SEU MONSTRO! OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ!

Ele desce as escadas e, olhando em meus olhos, começa a dizer:

- Hermione... Eu... Desculpe...

- NÃO! Isso que você fez não tem perdão. Se você tivesse me respeitado, nada disso teria acontecido. MONSTRO!

Percebo o arrependimento em seus olhos, mas isso não é o suficiente para compensar a dor que estou sentindo.

- Saia daqui antes que eu faça uma besteira.

Sem pestanejar, Ron sai correndo.

Toco o rosto de Draco e não consigo impedir as lágrimas que teimam em fugir. Liberto-as e permito que elas caiam sobre o rosto pálido de meu amado.

- Vou te ajudar, meu amor. Não sei como, mas vou te ajudar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AVISO: Eu, Gabrielaa, pretendo fazer uma segunda temporada da fic "As Marotas", chamada "As Marotinhas". Por que? Muitos que leram pediram uma segunda temporada, e a inspiração vem a todo instante, então por que não fazer? Quem não leu, eu convido a ler. 286 reviews e 1 recomendação xD
Beijos e boas férias!