She Is Amazing escrita por Jamie_Amie


Capítulo 2
Capítulo Dois




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°.¸¸.·´¯`»She Is Amazing«´¯`·.¸¸.°

Capítulo Dois

Naquele sábado de manhã, Sasuke acordou com batidas insistentes na porta. Mesmo mandando que a pessoa entrasse, a porta continuou fechada. Levantou-se aos tropeços e abriu a porta para dar de cara com Miya.

‒ É meio-dia, já está na hora de acordar, não acha? – ralhou.

‒ Hoje é sábado, Miya! – reclamou, voltando para a cama.

‒ Sasuke, pare de reclamar e desça, preciso que faça algumas coisas para mim. – A voz firme não indicava que ela estava blefando. – Dez minutos, ouviu? E coloque uma camisa. – Fechou a porta, deixando o Uchiha mais novo sozinho novamente.

Sasuke xingou mentalmente, sonolento demais para dizer algo, e espreguiçou-se. Alguns minutos mais tarde, se encontrava na sala, olhando Miya passar o aspirador de pó no tapete. Bocejou.

‒ É sério, me chamou para ver você limpar a casa? – Encostou-se no sofá, irritando-se com o silencio da mulher. Miya desligou o aspirador de pó e olhou para o moreno serenamente.

‒ Não – respondeu. – Eu preciso que você vá lá fora e traga para dentro algumas caixas que deixaram para o seu pai.

Sasuke respirou fundo e rumou para fora de casa, preferindo não discutir. Havia duas caixas grandes na varanda e Sasuke tratou de levar a primeira para o escritório de seu pai, quando foi pegar a segunda, viu alguém saindo da casa vizinha. Sakura Haruno desceu os degraus da varanda cuidadosamente, enquanto guardava as chaves na pequena bolsa que lhe atravessava o tronco. Os cabelos soltos, somente enfeitados por uma ridícula faixa verde fluorescente.

Os olhos do moreno desceram para as roupas que a menina usava. A calça de moletom cinza ficava ainda mais estranha em contraste com a camiseta enorme que Sakura usava. Ela olhou na direção dele quando passou em frente a casa branca dos Uchiha, fitou Sasuke por poucos segundos e então sorriu timidamente, como se o cumprimentasse. Sasuke não demonstrou reação, só observou a garota desviar os olhos, envergonhada.

Naquele momento, Miya apareceu na varanda, séria.

‒ Querido, eu... – Parou repentinamente quando fixou seus olhos na Haruno, que também voltou seus olhos para eles. – Olá! – cumprimentou sorridente e desceu os degraus brancos, indo em direção a menina que havia parado de andar, nervosa.

‒ Olá – disse suavemente e sorriu, um pouco mais animada do que antes.

‒ Foi você que veio morar aqui, na casa vizinha, não? – perguntou como se não soubesse. Sasuke ficou tentado a ir atrás de Miya, só para escutar melhor o que ela e a rosada diziam.

‒ Sim, senhora, eu e meu irmão – respondeu e olhou rapidamente na direção de Sasuke. Miya riu.

‒ Não me chame de “senhora”, por favor, faz com que eu me sinta velha. – Sakura riu nervosamente. – Me chamo Miya – Estendeu a mão. –, sou empregada dos Uchiha.

‒ Sakura, Sakura Haruno. – Apertou a mão de Miya.

‒ Haruno? – A empregada estava surpresa. – Você é parente de Sairo Haruno? – perguntou enquanto estudava o rosto da garota.

- Sim – Sorriu orgulhosamente. -, ele é meu pai. – As sobrancelhas de Sasuke franziram em confusão e os olhos de Miya se arregalaram.

‒ Oh! Você é filha dele? – Estava desacreditada. – Que conhecidencia! – Virou-se para Sasuke. – Você sabia disso? Que ela era filha do sócio do seu pai? – Sasuke não se lembrava do nome do sócio de seu pai. Acenou com a cabeça em negativa, recebendo um olhar reprovador de Miya. – Por que não vem almoçar conosco hoje? – Sakura piscou algumas vezes antes de responder e Sasuke esperou que ela recusasse.

‒ Eu não sei, minha mãe não está em casa, nem meu padrasto... – Começou incerta, olhando furtivamente na direção do Uchiha que continuava parado na varanda.

‒ Não, não precisamos deles – interrompeu gentilmente, mas Sasuke sabia que Miya estava agradecendo mentalmente por não ter que receber Akemi. – Só você e seu irmão, que tal? A não ser que já tenham almoçado – acrescentou.

‒ Não, não, na verdade eu estava indo buscar alguma coisa congelada no mercado aqui perto. – A rosada disse. – Eu não sei, Miya, o Sr. Uchiha não iria gostar se eu e meu irmão aparecêssemos de uma hora para outra.

‒ Ah, ele não vai se importar sabendo que são os filhos do Sr. Haruno e, além disso, ele não vem almoçar em casa, talvez Itachi, mas é só. – Você não se importa, não é, Sasuke? – perguntou quando Sakura olhou mais uma vez na direção do moreno.

‒ Hn – resmungou dando de ombros. – Que seja. – Recebeu mais um olhar reprovador da empregada. O garoto não entendia porque Miya estava convidando os Haruno para almoçar tão rápido.

‒ Então está combinado. – Seu tom era animado. – Pegue o seu irmão e venha, vamos esperar vocês – disse, voltando para a casa. A rosada fazia o mesmo. – Até logo! – Acenou e a menina apenas sorriu-lhe daquela maneira nervosa. – Vamos, querido. – Chamou Sasuke, que pegou a caixa e a seguiu.

Eles entraram e assim que a porta fechou-se o moreno perguntou: ‒ Por que você os convidou para almoçar?

‒ Estou apenas sendo educada, só dando boas vindas aos novos vizinhos. E só sendo assim, repentinamente, que não vou precisar cozinhar para aquela mulherzinha – disse enojada. – Você ouviu, não foi? A pobrezinha ia ter de comprar comida congelada para ela e o irmão, só por que a mãe deles saiu e não deixou nada para comerem. Desnaturada – sibilou.

Sasuke colocou a caixa no escritório de Fugaku e foi para a sala. Jogou-se no sofá e olhou para o teto, fez uma careta ao lembrar-se de Sakura, as roupas largas e aquela faixa no cabelo, era tão esquisito olhar para ela, e agora, quase inacreditável – uma garota que, aparentemente, tinha o mesmo tipo de vida dele, não usava roupas de marca, não se maquiava e não tinha muitos amigos.

Ele estudava com ela havia anos, mas nunca tinha parado para olhar Sakura, só sabia que ela estava por perto quando Karin resolvia implicar com alguma coisa, colocando apelidos na garota, zombando ou até colocando o pé para a Haruno cair, Hinata sempre a defendia, do seu jeito tímido, mas defendia e tinha um longa amizade com a rosada, sendo sua única amiga.

Quando a campainha soou, Miya correu para atender a porta e Sasuke só suspirou, querendo que o tempo passasse rápido.

‒ Sasuke! Oi! – O garotinho ruivo exclamou quando apareceu na sala, logo atrás vinha sua irmã e Miya, que conversavam. O Uchiha balançou a cabeça.

‒ Vamos, vamos, já está tudo pronto! – Sorriu Miya.

Nenhuma palavra foi dita por Sasuke em todo o almoço, o garoto somente escutou Sakura responder as perguntas animadas e insistentes de Miya, Luka permaneceu quieto, assim como Sasuke, só falou uma vez, quando disse que tinha seis anos de idade, O Uchiha notou o cuidado que Sakura tinha com o irmão, sempre verificando se o menino precisava de ajuda.

‒ Luka, tem uma torta de maçã na cozinha – Miya informou e o rosto do menino iluminou-se ao ouvir “torta de maçã”. ‒, quer me ajudar a servir?

‒ Quero! – disse rapidamente. A empregada começou a empilhar os pratos.

‒ Deixe-me ajudá-la. – Sakura disse de prontidão.

‒ Não precisa, querida. – Sorriu. – Obrigada. – Olhou para Sasuke. – Por que você não mostra a casa para Sakura? Eu vou demorar um pouco. – Sasuke quase retrucou e Sakura continuou com os olhos fixos no irmão.

Miya e Luka desapareceram pelo corredor que levava a cozinha, deixando Sasuke sozinho com Sakura. A boca contorceu-se, não entendendo por que tinha que mostrar a casa para a menina, não era algo que Fugaku ou a própria Miya faziam para as visitas. Sasuke levantou-se e andou alguns passos para longe da mesa, mas parou e virou-se para ver Sakura ainda sentada, olhando-o curiosamente.

‒ Você vem ou não? – perguntou a ela. A garota levantou-se tão rápido que a cadeira virou para trás, Sasuke revirou os olhos e esperou que ela colocasse a cadeira no lugar e o seguisse. Eles foram até a sala e depois subiram as escadas, Sasuke ia lhe dizendo onde estavam, sempre num tom quase irritado, principalmente depois que ela tropeçou no primeiro grau da escada. – E este é o meu quarto – disse abrindo a porta para que ela olhasse rapidamente.

‒ Espere! – Ela pediu quando ia fechar a porta, olhou-o e seu rosto adotou um tom de rosa escuro. – Posso ver o... o violão? – O Uchiha estreitou os olhos, desconfiado, e abriu novamente a porta para que ela entrasse. Encostado na parede, estava o violão preto. – É muito bonito – disse ela quando se aproximou do instrumento, mas não se atreveu a encostar.

‒ Hn. – Sasuke a viu esboçar um sorriso ao ler as palavras gravadas no violão. Sasuke Pivete Uchiha. Itachi tinha escrito aquilo de brincadeira, mas Sasuke ficou furioso, ele tinha treze anos na época.

‒ Meu pai tinha um também, mas... quebrou... – A frase morreu e ela suspirou. – Luka iria adorar ver isso. – Ela apontou para uma fileira de carrinhos que estavam na estante. – Ele ficou copiando você no almoço, sabe – comentou depois de um momento de silêncio.

‒ Quem? – perguntou sem realmente prestar atenção e encostou-se no batente da porta. A garota virou-se para ele, sorrindo docemente. Sasuke ficou olhando para ela, sentindo vontade de devolver o sorriso, mas sua expressão continuou indiferente.

‒ Luka – respondeu. – Ele não disse quase nada todo o tempo, como você. – Riu baixo. – Parece que você é o novo herói do meu irmão.

A face de Sasuke fechou-se em uma carranca, não estava achando divertido ser o herói de um pirralho. Não queria ser imitado por ninguém, muito menos uma criança, imaginava o quanto seus amigos zombariam se soubesses disso. Sakura riu mais alto.

‒ Não se preocupe – disse, e o Uchiha não pode deixar de notar o olhar da menina. Era gentil, de uma forma que ele nunca havia visto antes, em ninguém –, Luka não vai incomodar você, eu mesma me encarrego disso. – Prometeu. – Só não posso prometer que ele não vá aparecer com o cabelo igual ao seu. Antes de mudar, o Luka não tirava a máscara do Flash. – Sakura colocou o braço direito para trás e começou a puxar as pontas dos cabelos num ato estranho para Sasuke, e continuou a falar do irmãozinho, distraída. Sasuke se aborreceu com a tagarelice da menina e pigarreou alto quando percebeu que ela não tinha a intenção de sair de seu quarto tão cedo. Já estava arrependido de tê-la deixado entrar.

‒ Se você parar de falar, talvez saia do meu quarto. – Seu tom era rude. Sakura enrubesceu furiosamente e abriu a boca para dizer algo, mas voltou a fechá-la e saiu do cômodo apressada. – Irritante – resmungou.

Sakura voltou a descer as escadas sem nem olhar para Sasuke, deixando-o ainda mais irritado, apressou o passo e segurou-a pelo braço na metade dos degraus.

‒ Não corra, garota, se você cair, vão colocar a culpa em mim!

‒ Se eu cair, talvez você seja um pouco menos arrogante! – exclamou e puxou o braço com força. O moreno ficou surpreso, ela tinha o gênio forte para uma garota tão estranha. – Luka! Luka! – Chamou, entrando na cozinha.

‒ Sah, eu já comi dois pedaços de torta! – Sorriu o garotinho, um pequeno garfo na mão, sentado num banco alto, em frente à bancada. – Você não...

‒ Eu não vou poder comer. – Ela disse a Luka e Miya, que tinha deixado a louça na pia de lado por um instante. – Nós temos que voltar para casa, nossa mãe já vai chegar. – Sasuke soube que ela estava apenas dando uma desculpa para ir embora.

‒ Mas já? – Miya lançou um olhar curioso na direção do Uchiha enquanto secava as mãos. – É cedo ainda.

‒ Nós temos que ir mesmo. – Ela pegou o menino do banco e colocou-o no chão sem dificuldade.

‒ Oh, tudo bem. – A empregada aproximou-se e abraçou uma surpresa Sakura e bagunçou os cabelos de Luka. – Foi ótimo ter a companhia de vocês. Nunca vi uma criança tão educada. – Elogiou.

‒ Sempre é bom um pouco de educação. – A garota comentou e Miya lançou mais um olhar curioso na direção de Sasuke. – Obrigada pelo almoço, Miya, estava incrível. – Puxou Luka pelo corredor, Sasuke acompanhou com o olhar a empregada levá-los até a porta e Luka lhe acenar antes de ser levado pela irmã.

‒ O que foi que você fez? – Miya perguntou séria quando voltou.

- Eu? – Ele arqueou as sobrancelhas, inocentemente. – Que eu saiba nada.

‒ Sasuke, por favor, aquela menina é uma boa pessoa, você poderia abrir o seus olhos? Uma vez que seja! – Se aproximou da pia. – É a primeira vez que aparece alguém que serve e esse menino quer jogar fora. – Sibilou baixo, mas ele ouviu. Então um estalo aconteceu em sua cabeça quando Sasuke compreendeu o que Miya estava planejando. Ele riu sem humor.

‒ Eu entendi o que está fazendo – disse a ela, sorrindo com escárnio, a mulher girou o corpo para fitá-lo. – Nem pense nisso, Miya, é sério.

‒ Do que está falando? – Ela voltou-se para a louça para que não visse sua expressão.

‒ Quando você a convidou para almoçar, já estava planejando essas coisas, e quando me disse para mostrar a casa para ela. Você esperava que eu gostasse dela. – Ele dizia e a mulher não se atrevia a olhá-lo. – Pois eu vou repetir, por que eu acho que você não está lavando os seus ouvidos direito. Eu não vou ter absolutamente nada com aquela garota. Entendeu? – Ela suspirou e balançou a cabeça, aborrecida. Sasuke dirigiu-se para as escadas, numa espécie de déjà vu estranho do dia anterior. Então acrescentou por cima do ombro: ‒ E pare de se meter na minha vida!





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Notas finais do capítulo

Hello!
Então, segundo capítulo! Primeiro: eu quero agradecer as reviews do capítulo anterior, isso me faz escrever mais. Bem, como vimos aqui, Sasuke conheceu Sakura, daquele jeito de sempre né? Arrogante e irritante, até aí normal, mas tem a Miya, que deu pra perceber que ela vai dar um empurrãozinho no Sasuke e chutar pra fora da cabeça dele essa idéia de que a Sakura é estranha e por isso não vale a pena.
Hum, eu não sei se a sinopse ficou bem esclarecedora, na hora eu demorei um monte pra escrever, não sabia o que colocar, mas aqui vai mais uma esclarecimento: a fic é sobre a vida do Sasuke, com sua popularidade, dinheiro e futilidades, vivendo os problemas de adolescente com a família e os amigos (mais pra frente vai ficar mais claro), então surge a nova vizinha, a menina estranha, irritante e explosiva, mas ele vai percebendo que ela pode ser muito mais do uma simples esquisitona e sentindo coisas que ele mesmo se proibiu de sentir por alguém como ela.Ufa, acho que saiu melhor que a sinopse. Hum...Mereço reviews? Nem que seja pra dizer que ficou péssimo?Té mais!