She Is Amazing escrita por Jamie_Amie


Capítulo 11
Capítulo Onze




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Capítulo Onze

‒ Você não devia ter respondido para ele daquele jeito, Sasuke ‒ dizia Naruto, quando os dois saíam da sala de aula de Asuma, depois que o sinal batera, indicando o horário do almoço.

‒ Não disse nada demais ‒ resmungou o moreno, fazendo-se de inocente. Naruto bufou e em seguida soltou uma gargalhada.

‒ Claro! ‒ Seu sarcasmo era notável. Naruto colocou a mão sobre a barriga e fez uma careta. ‒ Cara, eu estou morrendo de fome!

‒ Hn. ‒ Sasuke ajeitou a mochila nos ombros.

Sasuke ouviu seu amigo murmurar alguma coisa que não entendeu , provavelmente reclamando de sua falta de interesse. No caminho para a cantina, viram Ino e seu atual namorado, Gaara, abraçados no corredor e Shikamaru que conversava com uma garota perto da escada, parecendo mais acordado que o normal.

‒ Shikamaru e Temari andaram brigando ‒ disse o loiro assim que se afastaram do amigo preguiçoso. Sasuke assentiu.

‒ Eu sei disso. ‒ Sasuke apostava que o distanciamento de Temari era por aquele motivo, ela e Shikamaru eram melhores amigos, mas depois que brigaram não podiam mais estar no mesmo lugar.

O estomago de Naruto roncou quando os dois entraram na cantina e Sasuke se dirigia para sua habitual mesa quando o loiro puxou-o pela alça da mochila, fazendo-o tropeçar para trás.

‒ O que você está fazendo, Naruto? ‒ Rosnou o morenos, desvencilhando sua camiseta das mãos do amigo.

‒ Queria avisar que Karin não veio hoje, Tenten me disse. ‒ disse o loiro sem se dar o trabalho de esconder o sorriso de satisfação. Sasuke deu de ombros. ‒ Ela está com alguma coisa que eu não me lembro o nome.

‒ Era só isso? ‒ indagou o moreno. Naruto assentiu.

‒ Você gosta mesmo da sua namorada, hein, Sasuke? ‒ zombou dando um soco brincalhão no ombro de Sasuke.

‒ Não interessa ‒ murmurou e continuou o caminho para sua mesa. Naruto riu e bagunçou os próprios cabelos com a mão.

Kiba, Neji e Tenten já estavam sentados na mesa, conversando sobre alguma coisa e nem levantaram a cabeça quando Sasuke e Naruto sentaram.

‒ Vou pegar alguma coisa ‒ disse o loiro, voltando a levantar-se. Sasuke se limitou a resmungar, pensando que quando Naruto voltasse, pegaria algo que estivesse em sua bandeja para comer.

‒ Ei, Naruto! ‒ chamou Kiba, sorrindo. ‒ Me traga um hambúrguer!

‒ Preguiçoso de uma figa ‒ rosnou o Uzumaki quanto se afstava.

Sasuke suspirou, desinteressado na conversa dos amigos e desviou o olhar brevemente para um homem que instalava uma caixa de som no alto da parede antes de deitar a cabeça sobre os braços cruzados.

‒ Cheguei! ‒ anunciou Ino, sentando ao lado de Tenten, mas Sasuke não levantou a acbeça para cumprimentá-la.

‒ Ué, conseguiu desgrudar do namoradinho? ‒ perguntou o Inuzuka, risonho. Sasuke ouviu o barulho estalado de um tapa.

‒ Vá para o inferno, cachorro ‒ rosnou Ino, arrancando risadas abafadas de Tenten.

‒ Qual é o problema, garota? Eu estava brincando ‒ reclamou.

‒ Eu sei, mas não gosto disso! ‒ disse ela, irritada. ‒ Deixe Gaara em paz!

‒ Tudo bem, tudo bem, não vou dizer mais nada, mas não sei se vão deixar você em paz. Olhe só que quem está vindo aí.

‒ E ela está trazendo aquela menina junto... Como é o nome dela mesmo? ‒ Tenten indagou, fazendo Sasuke levantar a cabeça o olhar por cima do ombro curiosamente.

Temari vinha na direção deles acompanhada de Sakura e Hinata, a loira estava séria e as outras duas ostentavam sorrisos singelos.

‒ Temari! ‒ exclamou Ino, hesitante. Ela sabia o quanto Temari podia ser protetora quando o assunto era seu irmão.

‒ Podemos ficar aqui? ‒ perguntou a outra loira, fria. ‒ As outras mesas estão ocupadas e...

‒ Claro! ‒ disse Tenten, lançando um sorriso convidativo para elas, principalmente para Sakura. ‒ Sentem aí!

Sasuke olhou para Sakura quando ela sentou na ponta da mesa, um banco afastado do de Sasuke eo lugar de Naruto, não deixando de pensar que era uma boa ideia, gostava de estar perto de Sakura e aqueles últimos dias foram a prova, Sasuke estava acordando mais cedo só para encontrar com ela e Luka na ida para a escola e, mais tarde, na saída também, e mesmo que não quisesse dar importância àquilo, sabia o quanto aqueles momentos lhe faziam bem.

‒ Você é a Sakura, não é mesmo? ‒ perguntou Ino após analisar as roupas da rosada.

‒ Sim ‒ respondeu Sakura, percebendo que Ino tinha examinado suas roupas largas de longe. ‒ E você é Ino.

‒ Sim, sou eu. ‒ Abriu um sorriso provocador e Sakura fez o mesmo.

‒ Eu sou Tenten ‒ a morena estendeu a mão por cima da mesa para que Sakura apertasse. ‒ E esse é Neji, meu namorado. ‒ Neji se limitou a trocar um olhar com Sakura, que dirigiu-lhe um sorriso.

Kiba sorriu para Sakura e nada disse, Sasuke teve a leve impressão de que eles já haviam se falado antes e não gostou daquilo.

‒ Ei, você está no meu lugar! ‒ exclamou Naruto, brincando, quando voltou segurando uma bandeja cheia de sanduíches. Sakura olhou para trás assustada.

‒ Oh! Me desculpe ‒ desculpou-se ela, levantando, mas no caminho para o banco ao lado, seu pé prendeu em algo e ela caiu por cima de Sasuke.

Sasuke amparou-a antes que ficasse atravessada sobre suas pernas e quase sibilou quando ela cravou as unhas em seus braços, segurando-se.

‒ Cuidado ‒ disse a ela. Sakura encarou-o, de repente percebendo o quanto seus rostos estavam próximos, e assentiu.

‒ Obrigada ‒ agradeceu ela, e soltando-se dele, sentou no banco ao lado. Os outros somente olhavam para Sakura, Ino parecia estar ponto de rir, assim como Kiba.

‒ Garota, você realmente zela pela sua reputação ‒ exclamou a Yamanaka sem conseguir mais segurar a risada e para a surpresa de Sasuke, Sakura também riu, sendo acompanhada por Kiba, Naruto e Tenten.

‒ Você não precisava ter trocado de lugar ‒ resmungou Naruto, sendo gentil. Sakura deu de ombros ainda sorrindo.

‒ Tudo bem, não tem problema ‒ disse ela. Naruto sorriu e jogou um hambúrguer embalado para Kiba.

‒ O que aconteceu com a bruxa? Fiquei sabendo que ela não está bem. ‒ perguntou Temari, lançando um breve olhar cauteloso na direção de Sasuke.

Bruxa? ‒ indagou Ino, confusa.

‒ Karin ‒ disse e Sasuke percebeu que Sakura tentava esconder um sorriso divertido.

‒ Ah, ela não veio hoje por que está doente ‒ disse Tenten, dando de ombros. Temari respirou fundo e olhou em volta, como se procurasse por alguém.

‒ Shikamaru não está aqui ‒ disse Kiba, olhando para a loira intensamente.

‒ Quem disse que estou procurando por ele? ‒ indagou em seu habitual tom rude. Kiba mexeu os ombros, desculpando-se, mas havia um sorriso malicioso presunçoso em seus lábios.

‒ Posso fazer uma pergunta? ‒ Ino perguntou a Sakura, quebrando o silêncio que se instalou desconfortavelmente. ‒ Além dessa.

‒ Claro ‒ concordou Sakura, apreensiva.

‒ Qual tinta usa no seu cabelo? ‒ Temari deixou escapar uma curta risada, mas Ino ignorou.

‒ É natural ‒ respondeu a rosada não parecendo ofendida.

‒ ‘ brincando! ‒ Ino exclamou e em seguida se debruçou sobre a mesa com intenção de tocar no cabelo da Haruno, que arregalou os olhos diante da reação da loira.

‒ Ei, calma aí! ‒ gritou Naruto quando a mesa balançou. Ino voltou a ignorar e esticou a mão para o cabelo de Sakura.

‒ Não, é a mistura do cabelo loiro da minha mãe e o ruivo do meu pai ‒ disse a rosada a Ino.

‒ Nossa! ‒ Sorriu a loira voltando a se acomodar em seu banco. ‒ Esso é muito legal! ‒ elogiou.

‒ É mesmo ‒ concordou Tenten.

Sasuke ficou em silêncio a maior parte do tempo, observando seus amigos aceitarem Sakura de um modo que ele não havia imaginado. Ela, apesar de ser completamente diferente daquelas pessoas podia conversar com eles e até mesmo cativá-los sem nenhum problema. Ele sabia como era aquilo, quando permitiu-se realmente conversar com a Haruno, final mente pode perceber o quanto ela era interessante.

O sinal bateu e o Uchiha pensou que o tempo tinha passado rápido demais, todos levantaram para ir para a aula, mas antes colocaram o lixo na lixeira e cevaram a badeja para o lugar indicado. Sasuke viu Sakura sorrir-lhe calorosamente antes de seguir Hinata para a aula.



‒ Seu pai está chamando você ‒ disse Obito, após bater na porta de seu quarto e colocar a cabeça para dentro. Sasuke estava deitado em sua cama, lendo as mensagens que tinha recebido uma garota com quem tinha trocado o número do celular.

‒ Onde ele está? ‒ perguntou, indiferente.

‒ No escritório ‒ respondeu. Sasuke sentou e colocou as pernas para fora da cama.

‒ Tudo bem, já estou indo.

Obito balançou a cabeça e recolheu cabeça para em seguida fechar a porta. Sasuke levantou-se e caminhou para fora do quarto, seu dia não tinha sido dos melhores até aquele momento.

‒ Até que enfim ‒ resmungou Fugaku assim que Sasuke entrou no escritório. Em uma das cadeiras estofadas que estavam à frente da mesa de sua pai, Itachi descansava, parecendo completamente alheio ao homem mais velho.

‒ O que você quer? ‒ indagou Sasuke, rude. Fugaku direcionou-lhe um olhar fulminante e mesmo que Sasuke soubesse que estava faltando com respeito, não baixou a cabeça.

‒ Sente-se ‒ ordenou, indicando a cadeira ao lado de Itachi, mas Sasuke preferiu a poltrona, no canto mais escuro da sala. Após se acomodar, esperou que o Uchiha mais velho começasse a falar.

‒ Por que nos chamou aqui, pai? ‒ exigiu Itachi, impaciente. Fukagu soltou um suspiro inaudível.

‒ Sai vai ficar em Konoha por mais alguns meses ‒ disse sem delongas.

‒ O que?! ‒ exclamou o mais novo, furiosos. Sasuke, naqueles poucos dias que precisou conviver com seu primo, se pegou várias vezes desconfiado, Sai estava estranho e desde o momento em que viu as malas que haviam trazido, não pode deixar de ficar intrigado.

‒ Tenho certeza de que você ouviu, Sasuke.

‒ Por que? ‒ Itachi se pronunciou, num tom baixo.

‒ Parece que Obito quer afastá-lo de algumas coisas ‒ disse, recostando-se em sua cadeira.

‒ E você aceitou?! ‒ Sasuke voltou a exclamar, levantando e se aproximando dos outros dois. ‒ Sabe que isso não vai dar certo e aceitou que ele ficasse!

‒ Vai ter que conviver com a minha decisão. ‒ Pela primeira vez em muito tempo, os lábios de Fugaku se curvaram em um sorriso. ‒ Tenho certeza de que isso não vai matá-lo.

‒ Pai, você devia ter perguntado se Sasuke e eu estávamos de acordo com isso ‒ retrucou Itachi, sério.

‒ Você por acaso me pergunta se estou de acordo com as decisões que toma, Itachi? ‒ perguntou, tão imperturbável quanto antes. O rosto de Itachi se contorceu em uma breve careta.

‒ Isso é completamente diferente ‒ disse e girou um pouco o tronco para observar Sasuke rapidamente. O garoto continuava a olhar para o pai com um brilho perigoso nos olhos. ‒ Você sabe que Sasuke e Sai não se suportam, por acaso pensou no que pode acontecer com os dois vivendo sob o mesmo teto?

‒ Não preciso me preocupar com os caprichos de Sasuke ‒ olhou para o garoto.

‒ Caprichos! ‒ zombou Sasuke, um sorriso de escárnio brotando em seus lábios. ‒ Você vai dizer que foi um capricho quando eu quebrar a cara dele?!

Os olhos de Fugaku estreitaram, ameaçando Sasuke silenciosamente.

‒ Não vou mudar de ideia, Sai vai ficar na cidade e se matricular na escola.

‒ Escute, pai, o que são essas coisas que ele deve se afastar? Sai fez algo errado? ‒ Itachi voltou a perguntar, ainda coma expressão séria.

‒ Parece que sim, seu primo está precisando de um tempo ‒ disse O Uchiha mais velho. ‒ Não sei dizer o que ele fez, mas não vejo problema em ajudá-lo ‒ olhou mais uma vez para Sasuke. ‒ Enfim, era só isso, vocês já podem ir.

Itachi foi o primeiro a sair do escritório, deixando a porta a Berta para Sasuke, que fitou o pai por alguns segundos, antes de dar-lhe as costas e sair da sala batendo a porta com força no caminho.

‒ Não vá fazer nenhuma besteira, Sasuke ‒ pediu Itachi, quando Sasuke encontrou-o na sala de estar, pronto para sair. ‒ As coisas vão piorar desse jeito.

‒ Não me importo ‒ rosnou para o irmão. ‒ Na verdade, não me importo com mais nada.

Sasuke estava furioso, sabia que os próximos meses seriam os piores, e tudo o que mais queria naquele momento, era bater a cabeça de Sai contra uma parede. Era quinta-feira, Obito estaria embarcando num avião para Tokyo no sábado e então o pesadelo começaria.

‒ Aconteceu alguma coisa, meninos? ‒ Miya apareceu, secando as mãos em um pano vermelho. Itachi riu, por algum motivo antes de responder e Sasuke se jogou no sofá sem olhar para a empregada.

‒ Você nem imagina quem vai morara conosco por mais alguns meses, Miya ‒ exclamou, sacudindo as chaves do carro.

‒ Quem? ‒ indagou, confusa.

‒ Sai ‒ disse Itachi, sorrindo amplamente. Miya arregalou os olhos, compreendendo.

‒ Oh! ‒ Olhou para Sasuke, que lhe direcionou um sorriso amplo e falso, algo que Miya percebeu nos olhos escuros dele. ‒ I-isso é uma surpresa.

‒ Nem me fale ‒ resmungou o Uchiha do meio, abrindo a porta da frente ‒ Estou saindo ‒ avisou e lançou um olhar para o irmão. ‒ Juízo, cabeção.

Sasuke puxou rapidamente a almofada que estava sob sua cabeça e atirou-a em Itachi, que a pegou antes que acertasse seu rosto e jogou-a de volta para Sasuke.

‒ Ei, poderia ter me certado! ‒ reclamou. Miya balançou a cabeça, ainda pensando no que Itachi tinha dito-lhe sobre Sai. ‒ Até mais tarde. ‒ Itachi fechou a porta após sair.

‒ Bem, vamos ter que nos acostumar com isso, certo, querido? ‒ disse a empregada à Sasuke, suavemente.

‒ Claro ‒ disse o garoto, recolocando a almofada onde estava antes, sentindo-se mais calmo do que gostaria.

‒ Sim ‒ murmurou para si mesma e então respirou fundo. ‒ Tenho que voltar para o quintal antes que escureça, você nem imagina a quantidade de ervas daninha que existem perto da cerca ‒ resmungou ela e se afastou após lançar um olhar reconfortante para o garoto deitado no sofá.

Sasuke não soube quanto tempo ficou lái, pensando em como esganar seu primo sem seu pai saber, foi tirado de seus devaneios abruptamente quando a porta foi aberta e o motivo de sua raiva apareceu, exibindo um sorriso falso.

‒ Vejo que não ficou feliz em me ver ‒ disse o garoto pálido, fechando a porta atrás de si e Sasuke levantou, furioso. ‒ Já deve estar sabendo que prolonguei minha estadia aqui.

‒ Sim, acabei de saber ‒ disse Sasuke rispidamente. ‒ O que foi que você fez, hein? ‒ Sai riu.

‒ Isso não é da sua conta, priminho.

‒ Você está muito ferrado ‒ deduziu Sasuke, percebendo que Sai escondia alguma coisa séria, havia algo nos olhos negros daquele garoto pálido que o denunciava.

‒ Pense o que quiser ‒ disse Sai e então resolveu mudar de assunto ‒ Ah, eu vi você e a Feia hoje, chegando da escola. Interessante, sabe, você está aproveitando, não é mesmo? Eu percebi os olhares e sorrisos que ela direciona a você e chega a ser engraçado como você se torna um idiota na frente dela ‒ comentou com um sorriso de escárnio. ‒ Encantador.

Sasuke ouvia em silêncio, não entendia o porquê de Sai estar falando de Sakura, e daquela forma, Sasuke sabia que não era daquele jeito que as coisas aconteciam. Sakura e ele não agiam assim e não tinham motivos para agir.

‒ Fico pensando se ela sorriria desse jeito para outro. ‒ Um brilho divertido e ao mesmo tempo malicioso apareceu em seus olhos para dar mais sentido a suas palavras.

‒ Não se aproxime dela ‒ rosnou Sasuke, as mãos fechadas em punhos.

‒Ei, qual é! Nós somos primos, Sasuke, não há problema em dividir, certo? ‒ brincou diante do semblante sombrio de Sasuke.

‒ Não se atreva ‒ rosnou mais uma vez, tão furiosos quanto antes, mas Sai pareceu não se importar, pois como coçou o queixo como se estivesse pensativo e disse:

‒ Ela é feia, mas não iria importar tanto se o que estiver por baixo daqueles trapos for excitante ‒ ao dizer a última palavra seus olhos brilharam maliciosamente novamente terminando com o que restava do controle de Sasuke.

Sasuke! O que está fazendo?! ‒ Fugaku aparecia na sala no exato momento em que Sasuke puxava o punho para tomar impulso. ‒ O que você está fazendo?! ‒ tornou a perguntar, aproximando-se.

‒ Nada ‒ respondeu depois de um momento de silêncio.

‒ Saia daqui ‒ ordenou o mais velho dos Uchiha em tom baixo, mas ameaçador.

Sasuke saiu pela porta sabendo que seu pai ficaria do lado de Sai, mesmo sem saber o que tinha acontecido e mesmo que Sasuke dissesse a verdade era muito difícil ‒ impossível para ser exato ‒ que Fugaku acreditasse. O Uchiha mais novo assim que colocou os pés no gramado de sua casa parou, sem saber para onde ir, o céu estava alaranjado e não havia lugares para ir que fossem perto. Grunhindo, passou a mão pelo cabelo furiosamente, frustrado por não ter conseguido acertar Sai como queria. Quem aquela lombriga anêmica pensava que era para falar de Sakura daquela maneira. Nem a conhecia direito para dizer coisas daquele tipo.

Sasuke, então, pôs-se a pensar no tipo de amizade que tinha com sua vizinha, Sakura havia se tornado inconscientemente uma pessoa presente em sua vida, tornando-se importante, por mais que Sasuke não achasse isso. Ele gostava de estar perto dela, algo dentro dele se agitava e aquecia, mas não era importante, eles eram amigos, apenas amigos e para Sasuke, aquilo era uma grande mudança.

‒ Ai está você!

O garoto virou-se para encarar Obito, que saía da casa com uma lata de refrigerante em cada mão.

‒ Sai apareceu e disse que você já sabia que ele vai ficar aqui por mais um tempo ‒ disse o mais velho sentando na varanda. Sasuke se limitou a observar o tio, que atirou-lhe uma das latinhas. ‒ Não abra agora, deve ter sacudido um pouco ‒ aconselhou.

‒ Hn ‒ resmungou. Com uma respiração funda, Obito desistiu de tentar delongar a conversa.

‒ Escute, Sasuke ‒ começou ‒, sei que você não deve estar gostando de nada disso. Acredite em mim, quando eu tinha a sua idade eram poucas as coisas que me deixavam feliz. ‒ Abriu a latinha e tomou um gole do refrigerante. ‒ Mas tente aceitar, nem que seja um pouco.

‒ Não posso fazer isso ‒ resmungou e se aproximou de onde Obito estava para depois sentar na varanda também.

‒ Eu sei que Sai pode ser um pé no saco às vezes, mas é melhor que ele fique em Konoha ‒ disse depois de uma risada. ‒ Não posso impedir que você consiga acertar um soco na cara dele, mas posso pedir que pense duas vezes antes.

Sasuke continuou em silêncio, rejeitando tudo o que ouvia. Obito era um homem bom, diferente de Sai, e não gostava de brigas, estava sempre tentando fazer com que elas desaparecessem, mas Sasuke não podia conviver com um pessoa que só sabia falar absurdos.

O garoto abriu a latinha e tomou um gole do líquido gelado.

‒ Eu ia trazer cerveja, mas seu pai ia me atazanar por estar dando bebida alcoólica para você ‒ disse Obito com uma careta, mas depois deu de ombros. ‒ Também não vai fazer diferença, porque na próxima festa que você for vai beber até não lembrar de mais nada.

Sasuke se limitou a curvar o canto dos lábios, divertido.

‒ Mas tome cuidado, é claro ‒ continuou o mais velho. ‒ Eu já passei por isso e quando acordei no outro dia, tinha uma garota dormindo do meu lado. O resultado dessa noite está no segundo andar da sua casa agora.

Sasuke ficou surpreso ao compreender que seu tio falava de Sai, nunca tinha ouvido alguém falar naquela história.

‒ A sorte foi que eu me apaixonei pela mãe do meu filho ‒ Obito riu e levou a lata até sua boca para tomar outro longo gole. ‒ Estou contando isso para você não fazer a mesma coisa que eu. Sai é a melhor coisa que podia ter acontecido, mas confesso que foi assustador no começo, eu era muito novo e Hiromi também, então... ‒ deixou que as palavras se perdessem.

‒ Por que está me dizendo isso? ‒ indagou Sasuke, curioso. Obito não respondeu de imediato.

‒ Por que eu não quero cometer o mesmo erro duas vezes ‒ disse e colocou bateu de leve do ombro de Sasuke. ‒ Confuso, não?

E com aquelas palavras, levantou e voltou para dentro, deixando Sasuke ainda mais confuso.



Obito foi embora e Sasuke foi com seu pai até o aeroporto para se despedir do tio, já que Sai preferiu ficar em casa. Não foi uma despedida chorosa, foi uma coisa fria, apesar de Obito ter abraçado os outros dois. Sasuke teve de se acostumar de vez com a ideia de ter seu primo morando na mesma casa que ele e por mais que fosse difícil, fazia o possível para não encontrar com Sai pela casa.

Já faziam alguns dias que tudo tinha se acalmado, Sai já tinha se matriculado na escola e começaria frequentar as aulas na próxima semana, Itachi passava mais tempo fora de casa do que dentro e Fugaku, para o alívio de Sasuke, quase não aparecia.

Era uma quinta-feira e Sasuke comia um tomate, enquanto assistia TV, aquele tinha sido um dia completamente desconfortável. Naquela manhã, Sakura estava muito agitada, Luka tinha piorado, quase não falava e havia olheiras sob seus olhos, o que estavam preocupando a rosada, Sasuke não soube o que fazer quando viu que havia algo de errado, depois que deixaram Luka em sua sala, Sakura quase chorou bem na sua frente, por tamanho seu desespero. E bem mais tarde, podia-se ouvir uma discussão interminável que vinha da casa ao lado da dos Uchiha, Miya estava de prontidão na janela da cozinha para poder escutar, mas não tinha nenhum sucesso enquanto Sasuke preferiu ficar na frente da TV para não escutar mais nada.

‒ Sasuke, venha aqui! Rápido! ‒ Miya chamou da cozinha. Relutante, o garoto foi até ela, que parecia horrorizada. ‒ Parece que vieram para cá, dá pra escutar melhor.

‒ Miya, eu não estou... ‒ Foi interrompido pelos gritos que cortaram o ar de repente.

Você tinha que estar com ele! Inútil! É isso que você é, Sakura, uma inútil! Imprestável! ‒ Sasuke reconhecia a voz furiosa de Akemi.

Me desculpe, eu não percebi que ele não estava mais lá, eu, eu... ‒ dizia voz chorosa e desesperada de Sakura. Sasuke se viu rapidamente preocupado.

Imprestável! Imprestável! Por isso seu pai quis se livrar de você! Um peso morto que não serve para nada!!

Mãe, por favor, você precisa ligar para...

Não preciso nada! Eu resolvo! É sempre assim, você estraga tudo e eu é que resolvo! Sakura! Sakura, volte aqui!

Sasuke ficou em silêncio enquanto a voz de Akemi se afastava.

‒ O que é isso, Sasuke? Como ela pode falar assim com a própria filha? ‒ sussurrou Miya, os olhos arregalados.

‒ Eu não sei ‒ murmurou ele, pensando em Sakura. A empregada respirou fundo.

‒ Deve ter acontecido alguma coisa muito séria para que brigassem desse jeito. ‒ Miya se encostou na pia e passou as mãos no avental, nervosa.

Sasuke deu-lhe as costas para voltando para a sala, era a primeira vez que ouvia uma discussão entre Sakura e Akemi, era desconcertante. De repente a campainha tocou. Ele se adiantou para atender e antes de abrir a porta sabia que estava do outro lado.

Sakura jogou-se em seus braços no momento em que a porta foi completamente aberta. Soluçando, ela agarrava-se a ele como se dependesse daquilo, dependesse dele e do seu calor. Sasuke colocou seus braços em volta de Sakura sem hesitar, jamais pensou em ver aquela garota naquele estado.

‒ Eu o perdi, Sasuke, o perdi ‒ balbuciava ela contra seu peito. ‒ Ele sumiu ‒ soluçou, chorando ainda mais.

Sasuke sentiu a presença de Miya enquanto ouvia os balbucios de Sakura.

‒ Quem sumiu, Sakura? ‒ indagou ele, preocupado.

‒ Eu o perdi, eu o perdi ‒ tornou a balbuciar entre os soluços apertando-se contra o Uchiha.

‒ Quem, Sakura? ‒ E assim como ele soube que era ela quando a campainha tocou, ele sabia sua resposta.

‒ Luka.




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Notas finais do capítulo

Hello!
Esse capítulo saiu em dois dias atrasado, agora que é quase ano novo, talvez não tenha muitos leitores, mas eu vou tentar, né? Queria postar o capítulo 11 ainda em 2011 para que o 12 já fosse no próximo ano. O próximo capítulo tem uma coisa que eu acho que vocês vão gostar muito, muito mesmo ;) Mas eu só vou postá-lo se tiver algumas reviews que eu amo tanto.
Nesse capítulo vimos a aproximação de Sakura com os outros, o que é bom, vimos o que vai ser do sai, o que o Sai vai fazer e um pedaço do que pode acontecer no próximo capítulo.
Ham,também quero agradecer a todos os leitores que adicionaram a fic nos favoritos, agora são 52, e tenho 80 leitores. Me ajudem eu amo ver esses números subirem! Ah, e se alguém quiser recomendar eu agradeço, a fic não é das melhores, mas prometo que vai melhorar.
Quero desejar um feliz ano novo para todos, com muito amor, alegria, sabedoria e saúde. Acho que isso é preciso para que tudo dê certo!
É só isso! Até o ano que vêm! Ah, e desculpem a demora pra responder os reviews, vou tentar ser mais rápida!!
Beijo!