She Is Amazing escrita por Jamie_Amie


Capítulo 1
Capítulo Um




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°.¸¸.·´¯`»She Is Amazing«´¯`·.¸¸.°

Capítulo Um


‒ Eu não respondi a questão 7. Não faço a menor ideia de quem é aquele cara. – Um garoto loiro resmungava, sentado junto dos amigos no almoço.

‒ Naruto, se você prestasse atenção na aula, saberia. ‒ A morena com coques no cabelo sorriu, agarrada ao braço do namorado, Neji. ‒ Garanto que o Sasuke não achou tão difícil, não é Sasuke? ‒ Fitou Sasuke, que estava em silencio.

‒ Hn. ‒ Foi só o que respondeu. Sasuke não estava com cabeça para aturar as bobagens de seus colegas, já estava bem incomodado com as mãos da sua "namorada" em seu pescoço.

‒ Ah, esqueçam aquela prova idiota, isso é chato, Tenten! ‒ Reclamou a loira com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ino.

‒ Você só diz isso, Ino, porque não sabia nada. ‒ Naruto retrucou e abocanhou o sanduíche que tinha nas mãos.

‒ Humpf! ‒ Ino virou a cara, irritada.

‒ Ei, olhem só aquilo! ‒ Karin tinha retirado as mãos do pescoço do Uchiha e olhava para algo por cima do ombro de Tenten. Todos se viraram para fitar a garota que chamou a atenção da ruiva. ‒ A Haruno está tropeçando nos próprios pés de novo. ‒ Riu.

A menina de cabelos rosa, presos em um coque mal feito, andava cambaleando enquanto carregava alguns livros grossos, parecia estar pisando em ovos, pois era evidente o medo de cair. Sasuke não achou graça como os outros e percebeu que Hinata – a menina tímida sentada na ponta da mesa – compartilhava a mesma opinião que a sua.

‒ Isso não é engraçado. – O Uchiha a ouviu resmungar.

‒ Ah, eu esqueci – disse Karin debochando. – Aquela retardada é sua amiga, né, Hinata? – A Hyuuga enrubesceu.

‒ Ela não é retardada – murmurou olhando fixamente para a garota de cabelos rosa, que agora estava indecisa se segurava os livros em uma mão e pegava a maçã ou deixava os livros em algum lugar e depois pegava a fruta.

‒ Hina, você é legal demais. – A outra garota loira, Temari, comentou risonha, em um de seus raros momentos de bom humor.

‒ Qual é o problema dela? – Ino perguntou. – Sério, ela nem consegue pegar uma maçã! – Karin abafou uma risadinha.

‒ Isso é tão problemático. – Shikamaru, que estava ao lado de Ino resmungou e depois bocejou. A maioria deles revirou os olhos. Sasuke não desgrudava os olhos da menina, do outro lado da cantina, que agora com a maçã nas mãos, parecia nervosa, principalmente depois que tropeçou. Ela era tão diferente das outras meninas da escola, parecia estar sempre tentando ficar longe de todos, se escondendo naquele uniforme – que era no mínimo, três números maiores que o seu.

‒ Eu aposto 5 que ela não cai! – Naruto exclamou sorrindo.

‒ E eu aposto 10 que ela cai! – Kiba, com seus cabelos castanhos espetados, esticou a mão para Naruto, que a apertou.

‒ Apostado! – Mas o loiro não estava com sorte, mal acabara de falar e a menina de cabelos rosa estava no chão, uma explosão de risadas ecoou na cantina, e Sasuke, por mais que não quisesse, deixou que o canto de sua boca se curvasse em um sorriso, ele ouviu Naruto praguejar furiosamente enquanto mexia no bolso da calça procurando dinheiro e observou Hinata atravessar o lugar apressada, indo até a menina no chão e ajudando-a a levantar e pegar os livros.

Sasuke estreitou os olhos ao perceber que a face da garota se contorcia, segurando o choro. Ela e Hinata rumaram para fora da cantina, as risadas dos alunos ainda eram altas.

‒ Estou dizendo que ela é retardada! – Karin gargalhou.

O Uchiha nada disse, agora com o meio sorriso sumido de seu rosto, tinha voltado a ser indiferente. A sineta que indicava o final do horário de almoço tocou e eles levantaram-se e saíram da cantina, indo em direção a suas respectivas salas. Sasuke não gostou da matéria que teria – o Prof. Orochimaru ficava lhe enchendo de elogios e isso irritava o garoto.

Os minutos se arrastaram na opinião de Sasuke, mas ele realmente achava que seria melhor estar na escola do que estar em casa e aguentar seu pai ou seu irmão. Entrou em seu carro, depois da aula, sem falar com ninguém e dirigiu-se para casa. Notou Itachi, sentado nos degraus da varanda – olhando a mudança que acontecia na casa do vizinho – e resmungou. Estacionou o carro em frente à casa e desceu, puxando a mochila azul marinho junto.

‒ Já chegou maninho! – Itachi saudou quando Sasuke passava por ele, indo para a porta.

‒ O que você está fazendo em casa? – Perguntou rudemente, imaginava que o irmão diria estar na empresa, trabalhando, quando chegasse em casa.

‒ Nossa, que mau humor! – zombou o mais velho.

‒ Vá à merda, Itachi! – vociferou e bateu a porta antes de ouvir a risada alta do irmão. Deu de cara com a empregada, Miya, que varria o chão.

‒ Sasuke, querido! – Cumprimentou sorrindo a mulher de meia idade, depois que Mikoto tinha falecido, a empregada foi quem, praticamente, criou o Uchiha mais novo, estava na família há anos e naquela casa, era a única pessoa que Sasuke tinha completo respeito.

‒ Oi, Miya. – Ele murmurou e continuou andando na direção da escada. Subiu os degraus vagarosamente, e depois caminhou pelo corredor até a última porta, onde era seu quarto. Atirou a mochila em um canto qualquer e deitou-se em sua cama de barriga para cima. Pensou em coisas aleatórias e surpreendeu-se ao pensar na menina de cabelos rosa que vira na hora do almoço, não prestava atenção nela, mas naquele dia ela conseguiu chamar sua atenção pela forma que agira, Sasuke nunca tinha visto alguém tão desastrado e tão estranho.

Ouviu algumas batidas na porta e disse a pessoa que entrasse.

‒ Sasuke, querido, eu só quero saber se você não está com fome? – Miya perguntou de forma amável.

‒ Não. – Ele disse, na verdade sentia um pouco de fome, mas não queria encontrar o irmão. A empregada suspirou.

‒ Está mentindo. – Disse calmamente, conhecia Sasuke como a palma de sua mão. – Vamos, menino, levante-se daí e venha comigo. Eu fiz um bolo de cenoura. Sei que não gosta de doces, então posso fazer outra coisa para você. Ah, e o seu irmão acabou de sair. – Encarou-o séria. O moreno levantou-se, sabendo que não teria escolha e seguiu Miya até a cozinha. – Você viu os vizinhos?

‒ O que é que tem? – perguntou desinteressado enquanto desciam as escadas.

‒ Parece que os filhos daquela mulher, Akemi, estão vindo morar com ela e o marido – comentou. – Não tinha quase nada no caminhão, só umas três caixas e outros pedaços de madeira. Devem ser os moveis.

‒ E você ficou espiando? – brincou.

‒ Não! Eu estava no jardim, regando as plantas e vi, não estava me metendo na vida dos outros! – O famoso meio sorriso apareceu nos lábios de Sasuke ao notar o nervosismo da mulher.

‒ Se você diz – murmurou, entrando na cozinha e avistando o bolo na bancada, estava com boa aparência, mas Sasuke não se deixou impressionar, indo direto para a geladeira e tirando de lá o leite. Pode ouvir repentinamente uma risada infantil vinda do quintal do vizinho.

‒ Parece que chegaram – sussurrou Miya para si mesma e debruçou-se sobre a pia, para enxergar a casa vizinha pela janela.

‒ Hn – resmungou, pensando que talvez suas tardes não fossem tão tranquilas, já que havia uma criança por perto, Sasuke não gostava da ideia de passar o dia escutando risadinhas irritantes.

‒ Eu não deveria, mas tenho pena dessas crianças. – Miya disse baixo, mas Sasuke escutou e piscou, confuso.

‒ Por que? Só porque está vindo morar com a mãe? – Bebeu um gole do leite que já havia colocado no copo.

‒ Bem, mais ou menos isso. – Suspirou e virou-se para encarar o moreno. – Essa mulher não faz nada a não ser gastar o dinheiro do marido, pelo menos é isso que eu deduzi. Não trabalha e também não faz nada de útil, fiquei sabendo pela faxineira que ela não sabe nem lavar uma louça, imagine como ela cuida dos filhos. – Balançou a cabeça em descrença e Sasuke jurava ter ouvido um “coitadinhos” escapar dos lábios da empregada.

‒ Você não devia julgar as pessoas que não conhece. – Passou as costas das mãos para tirar o bigode de leite. Ele conhecia a vizinha, a mulher mais bonita que já tinha visto, com seus cabelos dourados brilhantes e olhos verdes, Sasuke não se lembrava do que ela havia dito, pois estava ocupado demais, tentado desviar os olhos do decote da mulher.

‒ Não preciso conhecer, Sasuke, não essa mulher.

Sasuke conversou um pouco com Miya, mas logo foi para seu quarto dormir pelo resto da tarde, só tendo de acordar, quando seu pai chegou e o obrigou a descer para jantar. Era a parte do dia que o Uchiha mais novo odiava – não entendia por que o pai fazia questão daquilo –, geralmente passavam o jantar todo trocando palavras irônicas e ouvindo como Itachi era o filho prodígio.

Depois do jantar, Sasuke foi até o quintal para esfriar a cabeça, tinha discutido mais uma vez com Fugaku, era uma rotina interminável, já estava cansado de repetir a mesma frase: “Eu não sou Itachi”. Seu irmão também não gostava das brigas e da bajulação, mas ficava quieto, geralmente ele não estava em nenhuma discussão.

Estava parado no meio do quintal, olhando para o nada, quando uma voz infantil preencheu o silencio, um menino. Devia ser um dos filhos de Akemi.

‒ E o comandante Sairo entrou na sua nave azul e foi para a sua cabine a prova de cuspe. – Sasuke quase riu ao ouvir aquilo. – Apertar o cinto, comandante! E começa a contagem regressiva. 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1! Poushhhhh – fez o barulho, imitando uma nave decolando. – E a nave vai para o espaço! No meio do caminho o comandante viu a nave de brócolis e lançou astronautas laranja para atacar. A nave de brócolis olhou para os astronautas e fugiu. Poushhhhh.

Sasuke sobressaltou-se quando viu o aviãozinho de papel voar por cima da cerca alta de madeira e cair na grama, perto de seus pés.

‒ Ahhhh, não! – O menino choramingou. – A Sah vai ficar triste!

O moreno caminhou até o aviãozinho e o pegou. Era simples, feito de papel de caderno e ao lado – em uma letra caprichada – estava escrito “Brócolis”. Sasuke ouviu algo batendo na cerca e depois um garotinho ruivo, que aparentava ter seis ou sete anos, aparecer, tentando olhar para o quintal.

‒ Oi! – A criança exclamou, mal conseguindo se apoiar.

‒ Quem é você? – perguntou indiferente.

‒ Meu nome é Luka, eu vou morar aqui agora. – Sorriu. – Ei, você achou! – Apontou para o aviãozinho nas mãos do mais velho. – Pode devolver? Foi a minha irmã que fez!

Sasuke foi até a cerca e estendeu, mas Luka não pegou, pois outra voz soou, assustando os dois.

‒ Luka! O que você está fazendo aí? – Disse a voz, preocupada, era uma garota. – Desce daí, você vai se machucar!

‒ Ah, Sah! – Luka desceu da cerca e sumiu da visão de Sasuke. ‒ Eu só estava brincando com os aviões que você fez pra mim, mas aí o avião de brócolis voou pro vizinho! – A garota suspirou de forma audível.

‒ Deixe-me ver. – Disse e então apareceu no mesmo lugar onde Luka estava antes. Sasuke quase não acreditou quando olhou para o rosto da garota e ela arregalou os olhos verdes e o queixo caiu ao reconhecê-lo. Era a garota da hora do almoço, a que tinha cabelos rosa. Sakura Haruno. Então ela estava vindo morar ali também?

O Uchiha nada disse, estava lutando contra um sorriso diante da expressão no rosto dela. Por que estava tão apavorada?

‒ Sah, o que foi? O menino ainda está aí? – Luka exigiu.

‒ S-sim – gaguejou ao responder e olhou para o garotinho que aparentemente estava ao seu lado.

‒ Ah, ele ia devolver o avião! – gritou alegre. – Eu quero ver também, deixa eu subir! – Sakura deu um pequeno passo trôpego para o lado e logo Luka estava apoiado na cerca, esticando o pescoço para poder enxergar. – Oi! – Disse mais uma vez. Sasuke apenas acenou com a cabeça e estendeu a mão com o aviãozinho de papel, Sakura teve de pegar, pois Luka não conseguia, ia cair se soltasse a mão. – Valeu! – Agradeceu e sumiu de novo.

‒ Obrigada. – Sakura agradeceu sorriu nervosamente antes de sumir também. – Vamos entrar, a mãe disse que não quer você aqui fora de noite. – Disse ao irmão.

‒ Está bem. – Luka estava chateado. – Ah, espera aí!

Sasuke já estava perto da porta de casa quando o garotinho ruivo reapareceu sorrindo.

‒ Ei, menino! – Chamou. O Uchiha virou-se para olhar a criança. Pode ouvir Sakura sibilando algumas coisa para o irmão, do outro lado.

‒ Que é? – perguntou alto suficiente para que escutasse.

‒ Qual é o seu nome?!

‒ Sasuke. – Disse indiferente.

‒ Legal! Tchau, Sasuke! – E desapareceu antes que Sasuke pudesse responder. – Ei, Sah, você viu? Eu já tenho um amigo! – Riu.

Sasuke entrou pela porta divertindo-se, os cantos de sua boca já curvados, nunca ficou tão satisfeito com o efeito que causou em alguém, Sakura pareceu tão assustada por estar perto dele, que o moreno achou engraçado, a garota desengonçada ficava hilária com aquela expressão, os olhos arregalados e a boca aberta de choque.

‒ Conheceu os novos vizinhos, querido? – Miya sorriu, estava espiando tudo pela janela da cozinha.

‒ Hn. – Limitou-se a resmungar e tratou apagar o sorriso da face.

‒ Diferentes os cabelos daquela menina, não? – perguntou enquanto abria um dos armários e retirava um pote vazio.

‒ Não percebi. – Mentiu, foi a primeira coisa que notou em Sakura. Miya riu baixo.

‒ Oh, sim, eu acredito em você. Bem, o cabelo dela é rosa, só para que saiba, e eu achei-a uma boa menina. – Comentou. – Está claro que é ela que cuida do irmão. – Sasuke revirou os olhos, era óbvio que Miya já tinha fofocado com a faxineira de Akemi. ‒ É esse tipo de garota que você devia namorar, sabe. – Disse. O Uchiha bufou e lançou a empregada um olhar zombeteiro.

‒ Miya, você está delirando. Eu acho que você não viu aquela garota inteira. Nunca que iria pegar uma garota daquelas. – Deu-lhe as costas para subir a escada.

‒ Nunca diga nunca. – Foi o que Sasuke ouviu antes de subir pelas escadas sem nem se olhar se Itachi ou Fugaku estavam por perto. Bufou mais uma vez e entrou no quarto.

Só Miya para lhe dizer aquelas coisas. Quando Sasuke resolvesse namorar uma garota como Sakura, não seria mais Sasuke.






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Notas finais do capítulo

Hello people!
Primeiro capítulo postado! Essa é a primeira fic que tomei coragem pra postar, tomara que gostem! Se tiver algum erro, me avisem, por favor.Eu coloquei a fanfic pra +16, mas talvez tenha hentai, daí eu mudo pra +18, ok?Posso continuar?
Té mais!