A semana seguinte passou muito rápido e a ansiedade de ir para Hogwarts começou a ficar mais forte.  Assim como a curiosidade. Mas toda vez que eu perguntava como era a seleção meus pais simplesmente sorriam e falavam que eu ia descobrir na hora.

Na noite antes da partida eu estava no meu quarto arrumando minhas malas, quando meu padrinho entrou no quarto

- e aí, como vai meu afilhado favorito?

-achei que eu era o único

-por isso você é favorito. Eu tenho pelo menos que fingir que gosto de você não?

Ele disse e caiu na risada

-hilário

Eu respondi sarcástico, enquanto guardava minhas coisas. Ele parou de rir e olhou para mim.

-o que houve? Você esta serio demais pro meu gosto.

-Sirius, como é a seleção?

Ele sorriu e encostou-se à parede.

-ahn então é isso. Você esta preocupado.

Ele disse segurando o riso

-não estou preocupado, só quero, sei lá, estar preparado.

- bom se seus pais não te contaram não sou eu que vou contar. Mas eu me arrependi de não saber uns contra feitiços, umas transfigurações, aquele bicho papão até que foi meio fácil de enfrentar mas o gigante...

Ele disse em tom pensativo. Depois como se saísse de um transe se virou pra mim e disse

- ah é, sua mãe pediu para eu vir ver se você já esta pronto para agente ir.

-mas o trem não parte só amanha?

-é, mas seus pais resolveram que vocês vão ficar lá em casa porque é mais perto da estação.

Nós fomos até "A mui antiga e nobre Casa dos Black"  .  Sirius herdou a casa quando os pais dele morreram e como o irmão já estava morto acabou indo para ele. Na verdade eu não gostava muito daquela casa, na verdade acho que Sirius também não já que ele passava tanto tempo lá em casa ele tinha até um quarto. Aquela casa me dava arrepios e era Sonserina demais pro meu gosto, Sirius até tentou mudar a decoração, mas...

No dia seguinte nós acordamos cedo e fomos para a estação onde encontramos com o Remo, outro grande amigo do meu pai. Chegamos à barreira e havia outra família atravessando a barreira. Eu reconheci como a família do bar. Que ótimo. Enquanto esperava para atravessar fiquei vendo meus pais conversarem, enquanto tentava evitar olhar para a menina que se agarrava ao braço da mãe e ficava me encarando.

Eu atravessei a plataforma e nós vimos o trem de Hogwarts. Meu pai e Sirius começaram a relembrar o passado enquanto colocavam meu malão no trem. Depois disso eles começaram com as recomendações o que foi bem engraçado

- Harry obedeça aos professores e as regras, não faça bagunça e estude bastante.

Disse minha mãe me dando um beijo

- não Harry você tem que pegar todas as garotas e atazanar os sonserinos.

Disse Sirius, seguido de um olhar mortal da minha mãe.

- não Harry. Escute a sua mãe, e ai quem sabe você pode até virar monitor

Disse Remo, minha mãe concordou, mas Sirius fez uma cara de nojo.

- assim se vai estragar meu filho Moony. Harry, vamos fazer assim não se meta em tanta confusão, mantenha as notas boas, deixe sua marca, zoe os sonserinos e pelo amor de Merlin não vire um monitor.

Sirius riu. Eu me despedi deles o apito tocou e eu subi no trem.  Andei pelo trem até encontrar uma cabine. Parei em uma que tinha apenas um garoto lendo o Profeta diário eu bati na porta e perguntei

- posso ficar aqui?

O garoto só deu de ombros sem tirar os olhos do jornal eu sentei na frente dele e nós ficamos em silencio. Depois de alguns minutos ele abaixou o jornal sorrindo.

-você viu isso?

-o que?

-os Tornados encomendaram cem pomos exclusivos, mas só apareceram 99 aí eles perguntaram pro Lian o que tinha acontecido, e adivinha só ele perdeu o pomo em uma aposta!!!!

- saiu no jornal? Deixa eu ver.

Perguntei preocupado, como se eu precisa-se disso no dia em que eu vou para Hogwarts. Como se eu já não fosse famoso o suficiente.

-lógico estavam dizendo que o cara era o melhor apanhador da liga e ele perde o pomo numa aposta para ver quem é o melhor apanhador para um fã qualquer

Ufa nada de nomes.

-mas eu nem me apresentei. sou Rony Weasley

- Harry Potter

- aha e eu sou merlim

-sério? que estranho eu nunca soube que merlim se chamava Rony

ele riu

-agora falando sério, qual seu nome?

-Harry Potter

- prove.

Eu suspirei e levantei a franja. O queixo do garoto caiu

- você...você...

-sou o garoto mais azarado da terra, que tem a cicatriz mais conhecida e mais amaldiçoada do planeta? Pois é

-uau

Depois disso, nós ficamos conversando sobre Quadribol, família, etc..

Lá pela hora do almoço a mulher do carrinho de doces apareceu

- querem alguma coisa meninos?

Eu tava morrendo de fome. Mas enquanto eu pedia um sapo de chocolate, um pacote de feijõezinhos de todos os sabores, e umas tortinhas de aboboras ouvi Rony murmurar algo sobre um sanduíche que trouxera enquanto suas orelhas ficavam vermelhas, então mudei de idéia e pedi o dobro para a mulher. Voltei para a cabine, cheio de doces e o Rony me olhou surpreso

- uou, pra que quanto doce?

-nós vamos comemorar

-o que?

- ora nós estamos indo para Hogwarts quer motivo melhor? Alem disso faz séculos que eu não como doces, to de castigo porque eu “acidentalmente” enfeiticei o gato da minha mãe para ele arrumar meu quarto.

Ele riu e nós começamos a comer. Depois nós abrimos os sapos de chocolate e eu tirei o Dumbledore. Depois nós ficamos brincando de comer o feijão que o outro escolhesse até que um menino, de cara redonda apareceu perguntando por um sapo. Ele parecia bem triste com o desaparecimento do sapo o que eu achei bem estranho.

- eu não ficaria nem um pouco chateado se meu sapo sumisse

-é né?

- você tem algum bicho?

- tenho o inútil do Hugo

Ele disse tirando um rato preto de focinho branco do bolso ele parecia ser bem velho.

- eu queria uma coruja mas os ratos estavam em promoção esse daqui principalmente porque ele parecia morto, eu já achei que ele estivesse morto. Tentei mudar a cor dele para amarelo mas não deu certo, quer ver?

-claro

Ele meteu a mão no bolso e tirou uma varinha muito gasta, cheia de marcas e tinha uma coisa banca e brilhante saindo da ponta

- o pelo de unicórnio esta quase saindo

Disse Rony desanimado.

-mas enfim

Ele já tinha erguido a varinha quando a porta da cabine se abriu outra vez dessa vez entrou uma garota de cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente meio grandes.

-alguém viu um sapo? Neville perdeu o dele

Disse em tom de voz mandão.

- já dissemos que não vimos.

Respondeu o Rony meio zangado   

-esta fazendo mágicas? Quero ver

A garota falou sentando-se ao lado do Ron que a olhava petrificado

-ahn, então tá.

Ele deu de ombros

-sol, margaridas, amarelo maduro, muda pra amarelo esse rato burro

O rato piscou mas continuou preto.

- você tem certeza que isso funciona? – perguntou a menina em tom sarcástico- não parece muito bom, é claro que só tentei feitiços simples sozinha, já sei de cor todos os livros que nos mandaram comprar, é claro. Como não venho de família bruxa achei melhor me prevenir. Hermione Granger, prazer.

Ela falou tudo isso tão rápido que eu fiquei todo confuso e...

Pera ai, tinha que decorar todos os livros?

Olhei pro Rony ele parecia tão confuso quanto eu, que bom não vou ser o único que não leu os livros.

-sou Rony Weasley.

Disse o Rony lentamente ainda com uma cara estranha

-sou Harry Potter.

Falei achando que ela não ia achar nada de mais nisso porque nascera trouxa, mas...

- serio? Já li sobre você! Você esta em Historia da magia moderna e em grandes acontecimentos mágicos do século XX.

 Será que tem algum livro que essa garota não leu? E quem deu autorização para me porem em livros e meus direitos autorais??? Eu ganho direitos autorais por isso? Seria legal..

-mas enfim já sabem em que casa vão querer ficar? Andei pesquisando e espero ficar na Grifinória, até o Dumbledore foi de lá, mas acho que Corvinal não é assim tão ruim... em todo caso acho melhor vocês se trocarem acho que já estamos chegando.

Ela disse indo embora. Quando ela fechou a porta virei pro Rony, que estava perplexo e perguntei

- você entendeu alguma coisa?

- sim. Seja lá qual for minha casa espero que não seja com ela.

-com certeza.

-você soube o que aconteceu com o Gringotes?

- a historia dos caras que tentaram roubar um cofre de segurança máxima?

-essa mesma, super estranho não os caras entram em Gringotes e não levam nada.

- deve ter sido coisa de bruxo das trevas, os caras nem foram pegos. Aposto como Voldemort esta por trás disso.

Rony tremeu

- vo... você  falou o nome de Você-Sabe-Quem? Eu achei que de todo mundo, bem...

-eu seria a ultima pessoa a falar esse nome?

Dei de ombros

-não tenho medo de falar o nome do bruxo mais retardado de todos os tempos, meus pais falam o nome dele e alem disso ter medo de um nome é uma coisa super infantil.

Depois disso nós voltamos a conversar. Depois de um tempo a porta da cabine se abriu, de novo. E por ela entraram dois garotos enormes com cara de gorila e...

-filinho de papai!!!

Disse, ele me olhou surpreso, depois ele me reconheceu e seu rosto se fechou

-ora se não é o grifinoriozinho

Disse com desdém.

- o que faz aqui filinho de papai? Tava procurando um lugar vazio pra chorar por estar longe de casa?

Ele não ficou muito feliz, mas o Rony se rachou de rir o que chamou a atenção do Malfoy

- ora Potter não basta se inferiorizar admitindo ser Grifinório ainda fica falando com pessoas como os Weasley.

O Rony já ia bater nele, mas eu o segurei

- porque? Ta com inveja deu conversar com um bruxo, enquanto você tem que andar com macacos, já que as pessoas normais não agüentam a sua burrice e essa sua cara feia?

Isso sim o deixou bravo, o gorila da esquerda já ia bater na gente quando ele de repente ele ficou pendurado de cabeça para baixo gritando enquanto o gorila da direita tentava salvar ele e o Malfoy olhava tudo super assustado. O Rony morria de rir enquanto eu tirava a varinha das vestes e mostrava para o Malfoy como o amigo dele foi parar no teto.

-acho que esta na hora de vocês irem embora, não é mesmo?

Disse enquanto mentalizava liberacorpos. Eu virei pro Malfoy e disse

- agente se vê por ai filinho de papai.

Depois bati a porta na cara dele. Rony se virou pra mim

- como que você fez isso?

-um feitiço que meu pai me ensino assim que eu comecei a fazer magia

-me ensina?

dei de ombros

-talvez um dia.

Quando escureceu nos trocamos e descemos na estação.  Andamos no meio das pessoas e ouvimos

- alunos do primeiro ano venham aqui.

Reconheci Hagrid e o cumprimentei. Nos o seguimos ate o lago onde uma frota de barquinhos nos esperava. Eu estava tão nervoso que tudo não passava de imagens. Lembro-me do castelo visto do lago. De uma mulher alta de rosto severo parada na porta do castelo, de uma sala onde ficamos esperando, dos fantasmas e...

Quando dei por mim já estávamos andando pelo salão principal. Era um salão grande e majestoso, o teto era aveludado e negro cheio de estrelas. A mulher que eu lembrei se chamar Profa. Minerva colocou um banquinho na frente do salão e em cima dele colocou um chapéu muito velho e gasto. Ok... o que eles esperam que agente faça?

Ficou todo mundo olhando pro chapéu esperando só Merlin sabe o que quando o chapéu começou a cantar uma musica sobre as casas. Quando ele terminou todo mundo aplaudiu

-então é só experimentar o chapéu, meu padrinho falou sobre uma luta com gigantes.

Depois disso a Profa. Minerva começou a chamar os alunos em ordem alfabética para colocar o chapéu tinha e eu fiquei olhando as mesas aplaudirem. Neville foi chamado e de tão nervoso acabou levando o chapéu com ele para a mesa da Grifinoria, foi ate que engraçado, a garota chata também foi para Grifinoria. Malfoy foi para a Sonserina antes de o chapéu tocar na cabeça dele. Depois de poucos segundos

- Harry Potter.

Enquanto eu andava ate o banquinho ouvi o burburinho costumeiro me seguir.

Eu sentei e coloquei o chapéu

-difícil.muito difícil. Bastante coragem vejo. Uma mente nada má. Há talento, uma vontade de se provar e uma mente um tanto quanto marota. Uhm interessante... mas onde vou colocá-lo?

Se ta me perguntando? Então qualquer uma só não Sonserina por Merlin.

-Sonserina não? Tem certeza? Você poderia ser grande e Sonserina o ajudaria nisso, mas se você tem certeza, ficará melhor na GRIFIÓRIA.

O chapéu gritou a ultima palavra eu tirei o chapéu e fui para a mesa da Grifinória. Recebi o maior numero de aplausos e quando sentei vi dois garotos idênticos, que faziam parte da família do Rony gritarem

-ganhamos Potter, ganhamos Potter.

Depois se viraram pra mim e disseram

- somos Fred e Jorge Weasley.

Depois disso Rony veio para a Grifinória e a seleção terminou.

Os pratos se encheram de comida e eu comi um dos melhores banquetes da minha vida. Durante o jantar eu conversei com Nick Quase Sem Cabeça e com o Percy o irmão monitor do Rony , agora eu saquei porque meu pai não quer que eu seja um monitor. Depois nos conversamos sobre famílias. Uma hora eu estava olhando para a mesa dos professores e vi um professor de cabelos oleosos e nariz de gancho conversando com o prof. Quirrell, mas quando ele olhou pra mim uma dor horrível passou pela minha cicatriz

-ai

-que foi

Perguntou Percy

-ahn, nada

A dor sumiu totalmente, mas eu acho que aquele cara não gosta de mim.

- Percy quem é aquele conversando com o Quirrell?

-é o Snape, ele ensina poções, mas quer o cargo do Quirrell.

Depois de um tempo Dumbledore se levantou e todo mundo ficou em silencio.

- tenho alguns avisos para vocês. Os alunos devem saber é proibido andar na floresta da propriedade, os testes de quadribol serão realizados na segunda semana de aula. E por ultimo, este ano o corredor do terceiro andar do lado direito esta proibido a todos que não quiserem ter uma morte extremamente dolorosa.

Uma morte extremamente dolorosa... é brincadeira né?

-ahn Percy ele ta falando serio?

- deve estar, mas porque ele não contou o motivo? A floresta é proibida por conta dos monstros, mas o motivo dessa proibição ele não contou nem aos monitores...

Depois disso, nós cantamos o hino da escola o que foi ,digamos, interessante. E quando terminamos os alunos do primeiro ano seguiram Percy até o salão comunal da Grifinória.

Onde nos dividimos em dois dormitórios.

Eu deitei e olhei para a janela é com certeza aquele ano ia ser demais.