Little Princess escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 31
Família


Notas iniciais do capítulo

O próximo capítulo só vem com uma recomendação, povo! To carente aqui *carinha triste*.



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Capítulo 33 – Família

(1961, Volterra, Itália)

(N/A: fiquem atentos aos anos!)

Pov's Bella:

- Olá – eu disse debilmente para a imagem no espelho.

         Pisquei repetidamente quando a mulher acenou de volta. Ela não era muito alta, e eu sabia disso porque Rose é alta, e essa era mais baixa. Seus cabelos desciam elegantemente até a cintura, num lindo tom castanho avermelhado – provavelmente teria sido ruiva quando criança. Seus olhos eram castanhos flamejantes, literalmente. Um fogo gentil dançava em suas órbitas. Sua roupa era um vestido longo vermelho dégradé, com um enorme decote no busto. Seu salto alto era delicado e combinava com seus pés. No seu pescoço havia um colar de sol, muito bonito.

         Com surpresa, reparei que já tinha visto aquela mulher no espelho, entretanto um pouco mais jovem, ainda juvenil, agora era uma mulher completamente formada. Mas ainda era facilmente reconhecível: há muito tempo, eu a vira num espelho também (N/A: Capítulo 22 Confusão, povo!).

         E eu devia estar louca por falar com ela.

- Ahn... – enrolei. A sensação de que a conhecia ainda existia como da última vez.

- Olá, Bella – ela disse, sua voz era como a de uma vampira, como sinos cantando. Mas ela obviamente não era uma vampira, por mais linda que fosse.

         E, mais louca ainda, respondi para o espelho: - Oi...

- Sou Ever Solace, mas prefiro que me chame de Eve.

         Assenti, compreendendo, eu também não gostava de Isabella Marie. Fazer o quê.

- Ah, bem, você já sabe meu nome, e eu sei o seu – conclui o óbvio – no entanto, ainda não sei por que, aliás, como você está aqui.

         Ela ergueu uma sobrancelha, então eu disse quietamente: - Não pode me culpar, Eve. Você é uma imagem no espelho. E estou conversando com essa imagem.

         Ever, para minha imensa surpresa, jogou a cabeça para trás, os cabelos caindo sobre as costas, rindo tanto quanto Emm. Segurando a barriga de tanto rir, ela recuperou a respiração – o que me fez questionar, ela não era mesmo uma vampira, então?

- Ora, Bella, não sou somente uma imagem, sabe disso. Eu sou real, ou pelo menos, era.

- Era?

         Ela assentiu a minha pergunta: - Imagino que também sinta isso: estou morta. Há muitos séculos, na realidade. Antes que pergunte, minha idade não é relevante, mas posso contar-lhe que eu era viva antes mesmo dos humanos existirem na Terra.

         Arregalei os olhos.

- Mas, c-como assim? Você é humana! – exclamei e num sussurro chocado, acrescentei: - Não é?

         Ever sorriu até os olhos, com os dentes brancos perfeitos aparecendo. Mas ainda parecia um sorriso triste.

- Ah, Bella, se você soubesse quantas maneiras há de responder sua pergunta – ela murmurou com olhos chorosos para mim – Eu poderia lhe dizer que sim, sou. E estaria, em partes, mentindo.

         Franzi o cenho.

- Mas então por que está aqui? Ainda não entendo nada, só estou mais confusa do que antes – se o espelho estivesse refletindo minha imagem, em vez de Ever, tenho certeza que encontraria meu rosto torcido na minha careta confusa.

         Ever suspirou pesadamente, ajeitando o vestido perfeito e evitando meus olhos. Porém, quando foi falar, levantou a cabeça e olhou dentro de meus olhos profundamente, as chamas dançando misteriosas em seus olhos.

- O que vim fazer aqui é mais um conselho – ela disse – Se você quiser sair de Volterra, e voltar para sua real família, terá de descobrir sobre seu passado.

- Isso não faz sentido! – exclamei – Eu sei meu passado.

- Sim, seu passado como vampira, mas você já foi humana, lembra-se?

         Minha cabeça tombou confusa para o lado: - Ora, eu sei tudo sobre meu passado! Meus pais eram Renée e Charlie Swan, dois simples camponeses na Itália no século XIX – eu hesitei antes de dizer o resto, mas por fim complementei: - E foram mortos a sangue frio pelos gêmeos Volturi.

         Os olhos de Ever brilharam: - E você sabe por quê?

         Essa pergunta me acertou como uma bola de beisebol. Eu nunca parara para pensar nisso, somente guardara a dor de perder meus pais lá no fundo, numa lembrança distante. Entretanto, assim, jogada em minha cara, era impossível não ignorar a dúvida que eu senti quando vi minha casa queimando, quando vi Alec e Jane pela primeira vez.

- Tenho certeza que quando descobrir sobre isso arranjará um jeito ou maneira de sair daqui – Ever disse, e olhou para os lados, como se nosso tempo estivesse acabando – E se encontrar mamãe e papai, diga que estou bem! – e sua imagem se esvaiu em fumaça, mostrando somente a minha, com um vestido, como sempre, preto.

         As suas palavras ainda se repetiam em minha mente. O modo como ela as colocara fazia parecer que era minha irmã, ou algo do tipo. Mas... Eu não tinha irmã. Ou, pelo menos, achava que tinha. De certa forma, parei para analisar, Eve era parecida comigo – ou eu com ela, já que Ever Solace é mais velha.

         Então, nessa hora, chegamos ao ponto: meus pais. Qual era o segredo tão bem guardado sobre suas mortes, ou sobre Ever? E quando eu o descobrisse ele me levaria a minha família, os Cullens.

         Alguém bateu a porta e eu desviei os olhos do espelho. Ajeitei meu cabelo, os cachos artificiais que Aro insistia eu ter de fazer, pois dizia trazer mais poder ao meu rosto. O vestido era delicado, junto a sapatilha que eu calçava. O colar dos Volturi parecia pesar, por mais ridículo que a idéia parecesse.

- Bella? – chamou uma voz masculina. Santiago.

- Pode entrar – avisei, sentando-me a cama.

         Ele entrou. Alto, magro, de músculos definidos. Seus cabelos eram pretos e um tanto topetudos, quase combinando com os assustadores – e ignorantes – olhos vermelhos de vampiros carnívoros.

- Como vai, meu amigo?

         Não, você não entendeu errado. Santiago, um integrante da Guarda, era meu amigo. Não o julgue mal, talvez. Ele, assim Chelsea e Corin, eram os únicos vampiros nesse castelo que me faziam sorrir. Eles eram gentis comigo, e não falsos, nem manipuladores, ou ambiciosos. Somente amigos que me consolavam quando eu sentia vontade de me matar ou algo do tipo – mas nenhum vampiro daqui me vira chorar, afinal, já era um absurdo todos saberem do meu dom, que, pensava eu, ter guardado a sete chaves.

- Muito bem, doce Bella – ele sorriu amavelmente para mim. Santiago era jovem com seus vinte anos e acho que o fiz meu melhor amigo para cobrir o buraco que Emm fazia. Assim como Chelsea com Esme e Rose, e Corin – com seus vinte e quatro anos eternos – para com Carl. Mas ninguém supria minha "necessidade" de Edward.

         Santiago pareceu quase penoso quando falou: - Marcus pediu para chamar-lhe. Está na hora de treinar – e acariciou minha cabeça, como quando Emmett fazia, às vezes, quero dizer, quando deixava de ser um bobão.

         Suspirei. Acredite se quiser, mas Marcus é o melhor lutador do castelo, apesar do tédio no rosto. E eu sempre, desde que cheguei, treino com ele. Claro que, agora, sou uma excelente lutadora, e sempre tenho que usufruir de meus dons.

- A Chel e Corin vão estar lá? – perguntei, desejando que Ever voltasse e eu pudesse ficar o dia inteiro ouvindo histórias do meu passado. Ou me dizendo como sair daqui.

- Eles sempre estão – foi a resposta do meu amigo, que sorriu, e sumiu pelo corredor.

         Meus únicos amigos sempre estão lá, e fico contente com o fato de que podem existir pessoas boas no meio dessa maldade toda que são os Volturi. Em compensação, pensei olhando para a figura de Aro sentado no sofá da sala de treinamento, meu "pai" também vem.

         Na verdade, às vezes quase todos vêm; poucas as vezes que acontecem, pois meu treino é individual, mas acontecem. Infelizmente, essa era uma das vezes. Marcus estava no meio do campo da sala de treinamento, com seu rosto entediado. Corin, Chelsea e Santiago estavam em um sofá, e acenaram alegremente com a cabeça. Aro e Caius estavam em uma espécie de trono, ao canto, que sempre colocavam ali quando iam assistir – Renata estava ao lado de Aro, caso algo saísse do controle. Jane, Heidi, Alec, Félix e Demetri (eu os apelidei de "Grupo Indiota – em homenagem a Edward e seus sufixos "in") sentados em um enorme sofá. O resto da guarda, mais cinco vampiros grandalhões, cujos dons eu pegara, mas não conversava com eles e nem eles comigo, estavam de pé.

- Olá, filha – disse Aro sorridente. Seus olhos ambiciosos brilhavam, como quando sempre que assistia meu "progresso". Claro, antes eu era, no ponto de vista dele, um fracasso em lutas, fraca, vulnerável. Agora, eu poderia matar o mais exímio lutador. Humpf. Tanto faz.

         Fui até o centro da sala, ficando de frente para Marcus, que pareceu voltar de outro mundo quando me olhou.

- Hoje vamos simplesmente revisar, por isso convidei a todos – ele disse monotonamente – Vamos começar com luta corporal.

         Assenti, e antes que eu pudesse piscar Marcus já corria na minha direção, o manto negro esvoaçando. Desviei de seu chute com um mortal para trás, e tentei chutar seu rosto. Ele segurou meu pé no ar, então, numa espécie de abertura total bem bizarra, passei-lhe uma rasteira. Claro que ele desviou, mas isso fez soltar meu pé. Apliquei-lhe um soco e ele voou até bater na parede.

         Rapidamente levantou e tentou devolver o soco. Correndo para suas costas, desviei, e chutei a região lombar – se fosse humano teria se partido ao meio quando bateu na parede, deixando uma leve depressão.

         Ouvi os aplausos, porém ignorei, não queria ser aplaudida por algo brutal – por mais que lutar fosse muito divertido. Marcus limpou a poeira da parede de sua roupa e assentiu como se dissesse "Muito bem".

- Agora, treinaremos a sua nova habilidade, transportação.

         De fato, não era nova, novinha. Somente de um dos "grandalhões" que chegara há dois anos. Foi divertido lutar com Demetri desviando de seus golpes e aplicando-lhe chutes e socos – era o único momento que podia me vingar sem ser, como posso falar, repreendida (muito sarcasmo, ok?). Terminou comigo aparecendo na sua frente e dando-lhe um chute para cima, no queixo – é, ser baixinha tem suas vantagens.

- Chicote de fogo – foi simplesmente o que o Marcus disse, apontando para os alvos de metal que existiam pendurados a parede, e torrados depois de tanto usados.

         Concentrei-me melhor, esse era o dom que eu mais odiava, mas era o que eu mais tinha que ter cuidado, pois, apesar de controlar o fogo, não era imune a ele, ou seja, erre e queime-se (e foda-se, mas eu não falava isso em voz alta). Fios de fogo espiralavam em volta de meus braços e vi nas mentes dos vampiros presentes que eles se controlavam para não darem um passo para trás.

         O fogo vez meu cabelo balançar como se houvesse vento, e estalou sob minhas mãos pequenas, crescendo até os dedos como de fossem garras.

- Chicote de fogo! – gritou Marcus irritado.

         Respirei fundo e o fogo que se tornava uma garra encolheu em minhas mãos, voltando a espiralar com força em meus braços, formando uma pulseira em volta de meu pulso, que se alongavam até virar, de fato, um chicote de fogo. Apontei para o alvo e acertou no meio dele, fazendo um barulho metálico.

- Atacar! Atacar! Atacar! – Marcus quase berra, abandonando seu tom monótono.

         Tentei ignorar os gritos de meu "professor" e me concentrar somente no fogo, atacar, mas não tocar minha pele. Atacar, mas não tocar minha pele, atacar, mas não tocar minha pele.

- Ah! – eu gritei, caindo no chão, o fogo extinguiu-se, mas a dor aguda meu pulso ainda estava ali. Apertei-o com força, desejando que parasse essa queimação. Felizmente eu não estava inteiramente torrando, mas a pele inflamável ainda doía horrores.

         Marcus nem mesmo veio em minha direção ou algo do tipo, somente disse: - De novo.

         Olhei malignamente para ele, sentindo que meu chicote seria nele e não no alvo.

- Talvez – Chelsea hesitou, atraindo atenção para si – talvez ela devesse descansar, meu senhor.

- Minha sobrinha não pode ser fraca e inútil – foi a resposta de Caius, que olhou para o irmão – está certo em mandar-lhe fazer de novo.

         Ou talvez eu usasse o chicote em Caius, pensei cinicamente. Apertei meu pulso, vendo um pequeno, mísero a olho humano e quase imperceptível a olhos vampiros, ponto queimado. Ignorei a dor, e repeti o exercício, dessa vez sem me queimar por fora, pois por dentro eu queimava em raiva.

         Treinamos meus escudos, nessa parte os gêmeos Indiotas entraram – e, a única felicidade de meu dia, perderam. Treinei meu dom de rastrear com os sentidos mais aguçados. Depois houve uma hora "meditação", porque eu treinava o dom de unir ou separar laços de Chelsea e o de ver a intensidade de relacionamentos, vindo de Marcus. Treinei o dom de Kate, de dar choques, e o de detectar a verdade e a mentira (que veio de Corin – que até hoje se desculpa, pois foi ele que foi obrigado a dizer a Aro quando menti sobre quais dons eu tinha clonado). Também tive que o usar de ler mentes de Aro e Eddie unidos, lendo os pensamentos de uma vida toda sem toque algum. Treinei o dom de clonar coisas materiais de Kath (aquele que descobri com Eleazar na primeira vez que o vi), fazendo vários sofás, iguais ao que meus amigos estavam sentados, aparecerem.

         Eu clonei também o dom de "esconder" se uma pessoa tinha ou não dons – Aro achara um vampiro assim após Eleazar ir embora de sua guarda com o dom de identificar dons. E o último dom que treinei – já exausta – foi com Aro.

         Ele estava na minha frente, com a mão estendida em minha direção. Minha mente estava lacrada com o escudo mental, de forma que se eu o tocasse, Aro nada veria. Mas meu dom de transmitir pensamentos ultrapassava qualquer barreira mental.

         Toquei sua mão. Concentrei-me, assim que acabasse com esse, esperava poder descansar, e acho que foi a palavra mágica "descansar" em meu pensamento que me fez ter forças para fazer eu conseguir ultrapassar minha barreira mental.

         É complicado, é como se eu deixasse uma parte mísera da minha mente livre, o suficiente para transmitir meus pensamentos, porém pequena demais para Aro conseguir ler os pensamentos de minha cabeça, lendo somente os que eu lhe mostrava.

         Soltei sua mão e ele bateu palmas.

- Muito bom, minha filha, muito bom – ele elogiou. Eu fiquei com um rosto neutro e acho que meus olhos estavam negros, porque Aro olhou para mim e disse para Chelsea – talvez você goste de ir caçar com Bella, não?

- Com certeza, meu senhor – Chel disse e sorriu para mim.

         Chelsea e eu saímos rápido daquele castelo, pulando os muros da cidade e parando na floresta, onde peguei dois pumas e um alce. Chelsea estava sentada em uma pedra, relaxada, com o sol batendo no rosto, fazendo-o parecer um diamante.

         Aproximei-me.

- Vamos voltar, Chel? – minha voz não era ansiosa para realizar o que acabei de sugerir.

- Ora, Bella, fiquemos um pouco mais, o sol está tão bom – ela murmurou e deitou completamente na pedra lisa que estava. Seus cabelos claros espalhados, seu corpo confortavelmente relaxado.

         Sentei do seu lado, com os joelhos de tocando, com os pés de cada lado do corpo (N/A: Há, quem já viu anime sabe, aquelas meninas sentam assim!).

- Bella? – ela chamou depois de alguns deliciosos minutos em silêncio.

- Sim?

         Ela sentou e olhou em meus olhos: - Você é feliz?

         Pisquei surpresa com a pergunta. Instintivamente segurei o colar em meu pescoço, até me lembrar que o colar ali não era o que eu usava, e sim dos Volturi.

- Bem, obviamente que não – respondi – Claro que sou grata por ter você e os dois patetas que ficaram no castelo – Chelsea riu levemente, então continuei: - mas minha família não está aqui.

         Ela pulou da pedra e me abraçou, pegando-me pela primeira vez em seu colo.

- Não se preocupe, você ainda irá sair daqui.

- Aro pode ver seus pensamentos, se tocar-lhe, sabia? – eu perguntei chorosa por ter alguém tão bom comigo nesse inferno.

- Sabia – ela tocou o meu nariz com a ponta do dedo.

         Rimos e nos divertimos mais um pouco, antes de voltar para o castelo. Acenei um tchau para minha boa amiga e entrei no meu quarto, caminhando decididamente até uma mesinha de vidro que tinha ali. Meu vestido de veludo preto não estava sujo, assim como minha baixa sandália de salto, então decidi que o banho poderia esperar uns poucos minutos.

         Havia uma caixinha de música em cima de minha mesa, delicada e quando se abria, não havia bailarina dançando nem nada do tipo, na verdade, só tocava uma musiqueta irritante (a caixa estava dentro do quarto quando este me fora dado).

         Dentro eu guardava meu colar de bailarina, que eu nunca tirava – até chegar aqui, pois até na nojenta noite com Alec eu o usava. Abri e fechei a caixa rápido, sem nem mesmo dar tempo de ouvir a música, já estava com o colar na mão.

         Pousei o colar sobre a tampa, olhando carinhosamente, ele me trazia lembranças de todos os tempos, humanos e com minha família. Meu colar de bailarina.

         Uma lágrima de veneno escapou-me dos olhos, escorrendo por minha bochecha. Apertei o colar de Volturi em meu pescoço com força em excesso, querendo parti-lo, arrancá-lo dali e colocar o meu verdadeiro. Porém relaxei a pressão que fazia com a mão.

         Quando eu descobrisse o meu passado e pudesse fugir, colocaria meu colar novamente, e partiria o dos Volturi com um sorriso gigantesco – talvez eu até pudesse fingir, enquanto partia o colar, que ele era o pescoço de Jane, ou Alec.

         Guardei meu colar de bailarina, ninguém poderia vê-lo, nem tomá-lo de mim. Coloquei uma mecha de cabelo que caía em meu rosto atrás da orelha, e limpei a lágrima que escorreu. Suspirei, e voltei a fazer meu rosto de tédio, meu rosto de quando eu morava aqui.

         Empinei o queixo e, sentindo os olhos marejados, murmurei:

- Edward – "voltarei para nossa família, irmãzão", completei mentalmente.

         E sequei a última lágrima que insistia em pingar.


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