Little Princess escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 13
Beijos




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Capítulo 14 – Beijos

Pov’s Carlisle :

         Esme estava mais linda do que nunca. O cabelo parecia ter mais vida, os olhos, por mais vermelhos que fossem, eram lindos. E os traços do rosto eram delicados e encantadores.

- Vamos, Bella – chamou Edward, sorrindo para mim, provavelmente lia meus pensamentos.

- O quê?... – disse surpresa – Não, eu quero conversar com Esme!

         Quase sorri, às vezes minha filha era desatenta demais – até para uma vampira.

         Ficamos quietos até ouvirmos – Esme pareceu surpresa por conseguir ouvir – os galhos e as folhas estalando lá fora, com os passos rápidos de meus filhos. O silênci, então, se fez presente.

- Seus filhos são encantadores, Carlisle – sorriu Esme para mim, mas parecia quase triste – Principalmente Bella, ela é linda, e parece inteligente para a idade.

         O  "para minha idade" me fez quase rir, ora, dependia do que Esme falava –de aparências ou da real idade de Bella.

- Bom, sim... – subitamente, me senti envergonhado, como um rapaz tentando se declarar. – Mas, não são meus filhos biológicos, eu não posso ter filhos.

- Oh – suspirou Esme, ela parecia a ponto de debrulhar-se em lágrimas, se pudesse, claro.

         Sentei ao seu lado, na cama: - Algum problema, Esme?

         Ela só desviou o olhar e fez outra pergunta: - Há quinze anos atrás, você cuidou de mim, hoje, eu tenho vinte seis, mas você tem a mesma aparência de antes. Como?

         "Sou um vampiro", a resposta cínica apareceu na minha cabeça. Suspirei, como se estivesse cansado.

- Já ouviu uma lenda sobre os vampiros?...

Pov's Bella:

- NÃO É JUSTO! – chiei, como se fosse, de fato, uma criança emburrada.

         Sentei em uma pedra lisa e cruzei os braços rente ao peito.

- Não podemos nem dar uma espiadinha? Sabe, eu poderia sinalizar o que Carl poderia dizer a Esme – sugeri sorrindo amarelo.

         Edward gargalhou estrondosamente: - Ora, vamos, irmãzinha, nosso pai não é bobo, tenho certeza que sabe cortejar uma dama.

         Meus olhos deveriam estar brilhando.

- Já imaginou?! – indaguei, me levatando repentinamente – Esme seria nossa mãe! Ah, eu gostaria de ter alguém tão legal, tão linda e tão gentil quanto ela como mãe.

- Você mal conversou com ela, como pode saber tudo isso? – Edward perguntou.

- É... É estranho, sabe? Tem haver com meu dom de clonagem – respondi, as respostas aparecendo na minha cabeça, apesar de não entender como sabia dessas coisas – Acho que estão ficando tão avançados, que estão começando a se fundir.

         Eddie franziu o cenho: - Explique melhor – e sentou em um tronco grosso.

- Por exemplo, se eu uso meu escudo mental, não posso usar a habilidade de ler mentes, que clonei de você – disse – mas, isso está se desenvolvendo tanto, que é como se eu pudesse sentir... O teor de seus pensamentos. Não é o pensamento próprio, é só isso, o teor dele.

         Edward nada comentou por alguns minutos. Deitou-se no tronco e olhou para o céu acizentado, parecia que ia chover – dei graças por ser domingo, do contrário, estaríamos na escola.

- Acho que talvez não devamos nos preocupar com isso, ainda – ele corrigiu-se – ter um pouco de poder nunca é ruim demais para alguém, ainda mais no mundo sobrenatural, entretanto, quando isso começar a se expandir demais...

         Sei o que ele queria dizer: teríamos problemas com os Volturi. Quero dizer, mais do que já tínhamos – e eu tenho muito medo de quando Alec, Jane ou seja lá quem vem oferecer para eu me juntar a guarda, alguma hora eles vão se cansar de minha recusa e matar-me... Ou a minha família. Glup.

         Uma gota de chuva pingou no meu nariz. E logo veio uma enxurrada de água. Não sei direito quando comecei, sei que logo estava correndo, dançando e brincando na chuva – há tempos que não brincava assim nela.

- Vem logo, Eddie! – gritei estridente, puxando-o pela mão.

         Rindo, ele levantou e começamos a saltitar como criancinhas.

         Ele segurou na minha cintura e me colocou em cima de seus pés – que nem quando eu fazia com meu pai quando era beeeem menor -, giramos por aí, com água nos encharcando as roupas e os cabelos.

         Girei contente, meu lindo vestido – azul de seda com uma laço rosa – completamente molhado e destruído. E desabei na grama, sentindo as últimas gotas pingando em mim, e parando.

- Foi divertido – disse Eddie sentado ao meu lado. Ele sorriu para mim e tirou uma mecha, que com a água ficara preta, na minha bochecha.

- Foi divertido? – disse incrédula – Foi excelente, há tempos que não me divirto assim!

         Edward riu levemente e, num minímo de tentar deixar a roupa mais limpa, bateu a mão na calça, mas continuou a mesma coisa. Suspirando, concluiu: - A essa hora Carlisle já deve ter conversado o suficiente com Esme, vamos voltar para casa, essa roupa está muito suja.

         Eu ri.

- Até parece que você, Edward-Garanhão-Cullen se importa com essas coisas – e pulei nas suas costas – Corra como o vento! – ordenei.

- Irmãzinha – Eddie gargalhou – você também sabe correr.

- É – admiti a contragosto – mas não tanto quanto você, então... Eia, cavalinho!

- Só espero que quando chegarmos dessa vez Carl não tenha uma irmã – ele riu, referindo-se a quando fizemos isso e Esme estava lá.

         Rindo, ele começou a correr. A sensação do vento contra meus cabelos era deliciosa.

         Ok, uma coisa você tem que saber antes de entrarmos "na cena casa": nunca, NUNCA, entre sem saber o que está acontecendo dentro de sua casa. Mesmo que você seja um vampiro, com superaudição, ainda pode se enganar.

         Certo, continuando...

         Eu e Edward entramos correndo – digo, ele correndo – e paramos no meio da sala. Eu saltei de suas costas sorrindo, mas ainda olhando um tanto inconformada como minha altura só batia em seu cotovelo. Argh.

         Ouvi um som no andar de cima, era delicado como... – teria corado horrores – dois lábios se tocando. Olhei para Eddie e sei que ele pensava o mesmo que eu: sair agora e fingir que nada aconteceu, ou continuar aqui e ver no que vai dar?

         No entanto, papai e Esme nem pareciam ter reparado que tínhamos entrado na casa, continuavam beijando-se – como se não houvesse amanhã, provavelmente.

         Por alguns instantes, me senti envergonhada, tinha trinta e dois e nunca tinha beijado – em geral, beijaria somente quando casasse e somente meu marido... Mas, com, tecnicamente, dez anos, quando casaria?

         Olhei travessa para Eddie e ele me olhou repreendedor, mas ignorei completamente. Subi silenciosamente os degraus da escada e, num click mudo, abri a porta do quarto de visitas em que eles estavam.

         Esme estava sentada e Carlisle situava-se próximo a ela, beijando-lhe os lábios delicadamente. Quase me senti arrependida de estragar a magia – quase.

- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – eu berrei num grito agudíssimo, assustando os apaixonados – que romântico! Que coisa mais linda!

         E ri quando eles me olharam envergonhados. Eu sorri e me joguei na cama, do lado de Esme.

- Bem vinda a família! – e abracei ela.

         Esme pareceu surpresa, mas, mais do que nunca, feliz e devolveu o abraço – muito apertado.

- Ai, ai, força de recém nascido – murmurei.

         Ela sorriu se desculpando. Carlisle me perguntou: - Como pode saber sobre família se nem estava aqui, Princesa?

- Ah, papai, seus pensamentos não são nadinhas secretos – gargalhei quando ele me olhou mais envergonhado do que antes – Estou brincando, só estou pegando o "teor" deles, mas Eddie está lá embaixo, lendo eles.

- Menos mal – disse Carlisle – pelo menos Edward tem bom senso e sabe das coisas.

- Que "coisas"? – perguntei indignada.

Pov's Esme:

         Bella parecia muito risonha e feliz, e, de acordo com Carlisle, tinha 32 anos, no entanto, parecia tanto com uma criança contente, que não pude me impedir de sorrir.

- Que "coisas" – ela perguntou, parecia revoltada.

         Sorri mais largo – ela era tão inocente.

- Bom, se eu te falasse, aí você sabedoria das coisas, não é? – riu Carl. Me peguei pensando em como ele parecia um pai brincando com sua filha.

- Edward Anthony Masen Cullen! – chamou Bella ouvindo o irmão rir lá embaixo, ela saiu ventada do quarto – Você vai me explicar AGORA o que papai está falando!

         Entre as risadas, reclamações e falas lá embaixo, Carlisle sorriu para mim, os olhos dourados liquídos.

- Esme, parece cedo, mas... – ele tirou um anel delicado no bolso, era prateado com duas pedrinhas de diamante em cima – Casa comigo?

         Sorri: - Sim, sim, sim, mil vezes sim.

         Ele colocou o anel no meu dedo e beijou, para depois beijar meus lábios – que ainda tinham o gosto do seu. Eu ouvi Bella gritar lá embaixo: "Dá-lhe, mamãe!".

         E ri entre o beijo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, critiquem, sei lááááááá! :D