Daniella narrando:

            -Futuro? – eu ouvi o cético do meu irmão rir, esse aí só ia na aula de adivinhação por ir, e porque ia bem por mandar chocolates pra professora. Meu irmão não vivia pra ter um dia seguinte, ele sempre fazia as coisas por impulso, e por isso eu vivia tendo que tirar ele de encrencas.

            -Sim Sr Black, o futuro de cada um de vocês. Creio que os últimos dois incidentes que tivemos de duas garotas que nasceram em famílias trouxas tenha deixado bem claro o que está acontecendo fora dos muros de Hogwarts, estou certo?– e quando Dumbledore não estava? Bem, aquele velho pirado, mas foda pra caramba, e um dos maiores bruxos que eu já conheci, estava certo. Era bem óbvio que as merdas que aquele idiota do Voldemort acreditava, estavam entrando na cabeça daqueles idiotas dos bruxos puro sangue, e os alunos daquelas famílias já se achavam no direito de ficar torturando menininhas. Realmente, eles eram uns completo babacas.

            -Bem, o que o senhor tá falando é verdade, mas o que podemos fazer diretor? – perguntou Jay sério – Se nós nos vingamos vamos pra detenções, e ainda saímos como vilões da história – nessa última parte da frase, ele olhou diretamente pra Lilly, que ficou super vermelha, e engoliu em seco.

            -Bem, diretor, o que podemos fazer? – perguntou Lilly fraquinho, é claro ela tava tentado se redimir com o Jay, acho que a nossa querida monitora tava arrependida de julgar antes de falar com o nosso Maroto.

            -Nem vem Minerva, se a Lills e os Marotos tão ali, com certeza, eu também devo estar – essa aí era a Lene berrando, e invadindo a Sala de Dumbledore, que a olhava com um sorriso. A professora Minerva suspirou e olhou pro Tio Dumby, que piscou e fez um gesto com a mão que estava tudo bem.

            -Srta McKinnon, já que está aqui estávamos falando do futuro de vocês, e dos últimos dois ataques que tivemos aqui em Hogwarts, seus amigos estavam me perguntando o que deveriam fazer – Marlene suspirou, a nossa querida e metida batedora, mordeu o lábio, com toda a certeza pensando no que fazer. Obviamente Lene sabia o que tava acontecendo em Hogwarts, não que ela fosse fofoqueira, mas fofoca em Hogwarts se espalhava que nem gnomos em jardins.

            -Bem, diretor, o fato é que, o Sr nos chamou, e até agora você não falou nada – esse era meu irmão quebrando o silêncio e fazendo um gesto de irritação.

            -Six – eu, Lene, Remus e Lilly reinamos com ele. Jay tava ocupado demais com seus pensamentos, e Peter, estava dando pulinhos, com certeza ele tava com fome.

            -O Sr Black está certo, ainda não falei nada, mas na verdade, eu lhes pergunto, o que farão depois de Hogwarts? – eu suspirei, era meio óbvia a resposta, era só olhar as nossas notas, e as nossas aulas, seríamos aurores, bem, ou lutaríamos contra o idiota do Voldemort.

            -Lutaremos contra a arte das trevas, obviamente – respondeu Jay por todos os Marotos, Lilly assentiu, e Lene fez um sinal positivo com a mão.

            -Bem, senhores, e senhoritas, Hogwarts foi feita pra que todos os bruxos estudem, independente se são de famílias de sangue puro ou não, o que esses alunos estão fazendo, não nos deixa provas de que foram ele, mas acho que vocês podem apanhá-los por nós, certo? – era um teste, eu sabia disso, Dumbledore tinha algum plano pra todos nós, ele só precisava saber, se nós tínhamos capacidade ou não. Aquele velho era um gênio, ele apanhava malfeitores, e ainda avaliava a nossa capacidade. Mas só o que eu  queria saber, era o porque ele precisava avaliar a nossa capacidade.

            -Desde que nós não peguemos detenção pelo que fizermos – eu e Six falamos juntos, e piscamos no maior estilo Black, Dumbledore sorriu e assentiu.

            -Só não extrapolem porque não posso proteger vocês de tudo – Dumbledore piscou imitando nós dois, e nos fez rir, ficamos lá discutindo um pouco sobre o que podíamos ou não fazer, e perdendo aula, depois disso fomos liberados, e saímos dali rindo.

            -Jay – essa era Lilly sussurrando fraquinho, todos nós a olhamos. Até a Lene, que tava rindo muito com o Six – Eu posso falar em particular com você? – o particular foi dirigido pra nós. Remus deu uma risadinha, e me puxou, eu o olhei com um sorriso Maroto, todos nós saímos dali e deixamos os dois sozinhos.

            Fomos até os jardins, onde eu e Remus ficamos se beijando, enquanto Lene e meu irmão, ficavam rindo, e fazendo alguns planos, eu sabia que a Lene ainda ia por uma coleira no cachorro do meu irmão, mas isso não vinha ao caso, eu estava ocupada demais beijando o Remy pra prestar atenção nos dois.

            James narrando:

            Aqueles traidores me deixaram sozinhos com a minha ruiva, eu sei, eu deveria estar pulando de contente, mas eu tava magoado com a Evans, porque eu sempre era o vilão pra ela? E porque ela era gostosa pra caramba? Quer dizer, ela era linda, aqueles lábios, o cabelo ruivo, a pele branca, e os olhos profundos e inteligentes... Concentra Prongs, você a ama, mas ela te odeia.

            -O que você quer Evans? – eu estranhei o tom da minha voz com ela, era frio e arrogante, mas eu não podia evitar, ela tinha ferido o meu ego, quer dizer, ela podia me chamar de arrogante, e de babaca, isso eu era, agora de torturados de crianças não, isso ela não podia me chamar. Lilly tava mordendo o lábio, e nervosa. Ela tirou o cabelo que caía no rosto, e me olhou nos olhos.

            -Desculpa James – ela sussurrou rapidamente – Eu te julguei mal... – eu sorri sarcástico, mas me aproximei de Lilly, tirando uma mecha de seu cabelo que estava caindo nos olhos dela.

            -Por que você acha que eu sou tão idiota assim, Lills? – eu perguntei no mesmo tom que ela usou, mas deixando transparecer o quanto eu tava magoado. Eu realmente amava Lilly, eu não queria ela por ela ser bonita, e tinha outra, eu realmente me importava com o que ela pensava sobre mim, não sobre eu aprontar ou coisas assim, mas eu não queria que ela me visse como um cara cruel.

            -Não acho James, eu só estou confusa – ela sussurrou, eu segurei uma de suas mãos, e ela não retirou, eu me aproximei mais.

            -Confusa com o que? – eu perguntei com o rosto já próximo do dela, eu conseguia sentir o hálito quente da minha ruivinha.

            -Com tudo... – ela deixou meio vago, e então em um impulso, eu a puxei pra perto, e a beijei. E por Godric Griffyndor, como a Evans beijava bem. Era como se nós dois estivéssemos esperando muito por esse beijo, ela passou os braços em volta do meu pescoço, e enquanto nos beijávamos, ela bagunçava ainda mais meus cabelos.

            -Com tudo o que? – eu perguntei assim que nos separamos, Lilly piscou, e me olhou surpresa, mas não me deu nenhum tapa, ou me xingou.

            -Com você Jay, com você – ela murmurou, e me deu um selinho, depois disso saiu correndo dali, e me deixou parado no meio do corredor com cara de bobo. Eu tinha beijado Lilly Evans, e ela tinha retribuído o beijo.