Dois meses depois...

            Sinceramente, eu ainda não acreditava que faltava três semanas pro natal, o tempo passou voando! Também, depois de eu ter me tornado uma marota, meus lindos e amados amigos, viviam me metendo em confusões.

            Só que graças ao meu Moony, eu sempre me livrava das detenções, ele era monitor, e eu era sua querida namorada. Sem contar que quando ele se transformava, segundo os Marotos, era bem mais fácil, comigo por perto.

            Bem, tirando o fato de que eu, e o Moony, éramos praticamente obrigados a irmos assistir o treino de quadribol do Jay e do Six, era até que bem divertido. Tipo, quando meu irmão foi mexer com a McKinnon e ela “sem querer” jogou um balaço nele.  Que só não o acertou porque ele desviou bem a tempo.

            A Grifinória estava na frente tanto no campeonato das casas, tanto no torneio de quadribol. Eu sei, que nós, os Marotos (eu sei que é estranho tar no masculino, mas tem mais meninos do que meninas, aí já viu né?) perdíamos muitos pontos, mas como éramos inteligentes, e “modestos”, sempre ganhávamos todos os pontos que perdíamos.

            Sem contar que ninguém estava disposto a ouvir os Sonserinos ficarem se vangloriando que eles eram os melhores, sem contar que realmente os Krish estavam me perseguindo.

            O idiota do Callum Krish, e sua irmã, ficavam enchendo o saco, ela ficava dando em cima do Remus, enquanto eu tinha que ouvir cantadas imbecis dele. Mentira, eu não ouvia, antes dele pensar em falar alguma obscenidade, James, Sirius, e Remus, já estavam pulando pra bater nele.

            -Eles que fiquem na deles – eu falei de manhã, quando eu e o Moony, estávamos indo sentar, pra tomar o café, olhando pros Krish, um em cada mesa. Remus sorriu, e me abraçou mais forte. Em outras palavras: “Eles que se danem, eu te amo, e isso basta”.

            -E aí, já decidiu onde vai passar o natal? – perguntou James brincando com o pomo de ouro, enquanto tomava café. Sirius, estava falando com uma garota da Lufa-Lufa, e o Peter, estava só pra variar comendo.

            -Acho que na escola, não posso volta pra casa – eu respondi dando ombros, e não dando importância. Sirius já tinha voltado, e revirou os olhos, quando eu falei isso, enquanto James bufava.

            -Sinceramente Wolf, você como a minha irmãzinha emprestada – eu jurou que eu mato o Potter pelo “irmãnzinha”, nem o Sirius tinha direito de me chamar assim... Mas chamava... – Vai passar o natal lá em casa. Isso não é um pedido, é uma intimação – ele falou fechando o pomo de ouro e me olhando sério, eu revirei os olhos e sorri.

            -Vamos lá, vai todo mundo passar o natal lá – falou Remus, olhando bem no fundo de meus olhos, e me fazendo assentir, sem que eu pensasse duas vezes. Que droga, ele sempre conseguia me deixar assim! Se bem, que as vezes eu também fazia isso com ele.

            -Vamos maninha – isso quem disse foi o Sirius, bagunçando meu cabelo – Vai ser o melhor natal da tua vida, eu tenho certeza – ele falou com aquela carinha de cachorrinho abandonado, e eu não resisti e tive que sorrir.

            -Certo, eu vou – eu falei, enquanto os Marotos davam urros de comemoração, como se eu tivesse pensado em negar ir com eles. Eu só iria fazer uma coisa antes. Eu iria falar com meu outro irmão, o Rég – Mas antes eu tenho que falar com o Rég – eu murmurei, Sirius bufou.

            -Porque você tem que fazer isso? – Padfoot perguntou indignado, eu o olhei séria, e suspirei. O que eu podia responder? Porque o Rég é meu irmãozinho mais novo? Porque ele não é uma má pessoa, só que agradar mamãe e papai?

             -Porque ele é meu irmão Six, e é o teu irmão também, se eu fosse você, faria a mesma coisa que eu. Rég não é uma má pessoa, e nós dois sabemos disso, só quer agradar mamãe e papai – eu respondi, levantando, e suspirando – Eu sei que vocês odeiam os Sonserinos, mas eu preciso fazer isso.

            -Dani... – Moony segurou meu braço, e me lançou um olhar de confiança – Boa sorte – ele murmurou e eu sorri, olhando pro Sirius, que levantou, e segurou meu braço.

            -Eu vou com você – ele disse, e nós dois saímos dali, indo em direção até onde Rég estava, ele tinha acabado de sair do Salão Principal, e estava subindo as escadas, e graças as cuecas roxas que Merlin usava, ele estava sozinho.

            -Rég – eu chamei, segurando seu braço, Rég virou o rosto, eu pude ver os mesmos olhos que eu e Sirius tínhamos, e o mesmo cabelo, caindo nos olhos, o mesmo sorriso maroto, que os Black possuíam, o mesmo talento pra quadribol, mas no rosto do meu irmão, só rinha pesar, raiva, orgulho sonserino.

            -O que você quer Dani? – ele perguntou, olhando pra mim, evitando sorrir, eu suspirei e o olhei séria.

            -Toma cuidado com o que você anda fazendo, você é meu irmão Rég, e sabe o que faz – eu falei, e ele revirou os olhos, e sorriu pra mim.

            -Então, ainda somos irmãos? – ele perguntou com seu sorriso irônico.

            -Infelizmente sim seu cretino – quem falou isso foi o Sirius, que olhou rég, um tanto preocupado, e outro tanto com raiva – A Dani só veio ver se você está bem, cara – Padfoot quase agarrou Rég pelo colarinho, e o jogou na parede, mas isso quase, eu coloquei meu braço na frente dele, e olhei pra Rég.

            -Eu vou passar o natal na casa dos Potter Rég, eu só queria dizer, que eu me preocupo com você. E sim, ainda somos irmãos, não importa se você é da Sonserina ou não. Mas as partir do momento, que você entrar no caminho das Trevas, mesmo que você seja meu irmão, eu terei que lutar contra você – eu falei usando todo a minha arrogância Grifinória, e falando a verdade. Se Rég resolvesse ser um comensal da morte, eu como uma boa bruxa, lutaria contra ele.

            -Certo – Rég falou, e suspirou – Você sabe o que faz, mas eu sou o orgulho da família, vocês não – ele falou, usando a sua arrogância Sonserina, eu suspirei, e abracei Rég, por impulso, eu senti ele me abraçar também. Ficamos assim por um tempo, sem pensar em Sonserina versus Grifinória, ou a porcaria da nossa família. Sirius entrou no abraço também, ele era nosso irmão. Estávamos os três Black ali, e eu sabia que quando nos separássemos, cada um seguiria seu caminho, Rég junto da Sonserina, eu e Sirius, lutando lado a lado, sendo parte do mesmo grupo.

            Nos separamos, eu olhei pra Rég, preocupada, ele suspirou, e me lançou um último sorriso, depois ele virou as costas, ao mesmo tempo que eu e Sirius.

            Ele seguiu seu caminho, sem olhar pra trás, assim como eu e Sirius. Eu suspirei, e Six me abraçou preocupado.

            -Você está preocupada com o Rég, certo? – ele perguntou, eu revirei os olhos, não estava mais, se ele quisesse seguir um caminho errado, eu não faria mais nada, cada um tinha seu caminho agora.

            -Não estou mais Sirius, eu sei que quando for tarde demais ele fará a coisa certa, mas por enquanto, vamos esquecer ele, e vamos seguir o nosso caminho – eu falei com a voz um pouco distante, e sorri pra Sirius, o meu irmão preferido, ele sorriu pra mim.

            Assim que Moony me viu, ele me abraçou, não perguntou como havia sido, acho que ele já sabia, não precisava de palavras, pra todos entenderem que os irmão Black estavam separados, não só pelas casas, mas pelo seu destino.

            -Tudo vai ficar bem Wolf – falou James sorrindo – Você vai ver, lá em casa é o máximo, “modestamente” falando é claro – falou James fazendo uma careta, e eu tive que rir, tirando imediatamente Régulo  Black da cabeça.