A Quinta Marota - Daniella Black escrita por B_M_P_C


Capítulo 11
Segredos revelados...


Notas iniciais do capítulo

Em fim, aí vai...
Boa leitura ;)



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            Eu acordei tarde, era Domingo, e eu estava feliz, além de que eu tinha ido dormir tarde, eu senti uma carta embaixo do meu travesseiro, e eu já sabia de quem era antes de abrir.

            Ontem foi incrível Dani. Hoje eu vou desaparecer, mas eu volto segunda, eu prometo, por favor, não fique fazendo perguntas sobre mim... Eu só tenho que fazer umas coisas.

            Não se preocupe, eu estarei pensando em você...

                                   Beijos.

                                               Moony.

            Eu guardei a carta e suspirei, ele sempre sumia em lua cheia... Eu sei que eu não podia fazer perguntas pros Marotos e eu nem faria, mas eu estava curiosa, eu sabia que o segredo deles tinha que ser descoberto, uma hora ou outra, e eu sentia que seria hoje.

            Só que eu não fui atrás deles, não de próposito, eu simplesmente resolvi esperar, eu ainda estava um pouco tonta por tudo que acontecera no dia anterior, os lábios de Moony nos meus, nossas línguas entrelaçadas, e ele murmurando que me amava... Tudo tão fantástico...

            Eu levantei, tomei um banho demorado, coloquei uma calça jeans, e uma camiseta de manga cumprida, estava frio. Calcei meu all star, e saí do dormitório, não tinha ninguém mais ali ,e nem na sala Comunal, eu queria saber a hora... Era uma e meia da tarde,droga, eu tinha perdido o almoço, eu ia ter que ir até a cozinha, ver se eu arranjava alguma coisa pra comer.

            Praticamente toda a escola estava nos jardins aproveitando os últimos dias de calor, provavelmente os Marotos também, mas hoje eu não estava a fim de ir falar com eles, eu sabia que Moony não estava lá, mas não só por isso, e sim porque como sempre, eu tentaria descobrir o segredo deles, por meio deles e Remus havia pedido pra eu não perguntar nada. Não que eu obedecesse tudo o que ele dizia, longe disso, eu não iria perguntar nada pros Marotos, porque não adiantava, eles não me contavam. Por isso eu iria dar um jeito de descobrir sozinha.

            Fui até a cozinha, e não encontrei ninguém no corredor, tirando Marlene McKinnon se agarrando com um cara no corredor, mas eu simplesmente ignorei, eu estava morrendo de fome.

            Assim que eu cheguei, os elfos, me deram quilos de comida, eu comi um pouco, mas o suficiente pra matar a minha fome. Dei tchau pros elfos, e agradeci eles, não sou uma bruxa que se acha melhor que eles, ok? Além do mais eu acho eles fofos, de tão feios que eles são....

            Bem, eu demorei umas duas horas ali na cozinha, e simplesmente, eu não tinha nada pra fazer, então voltei pra Sala Comunal, e terminei as tarefas, e trabalhos, estudei um pouco, e acabei cochilando. Eu acordei ouvindo passos de pessoas, eu nem precisei abrir os olhos pra saber que eram dos Marotos, eu continuei fingindo que estava dormindo e esperei eles saírem.

            Já que eles resolveram passear, e mesmo que no dia seguinte tivesse aula, eu também decidi passear um pouco. Pra passar o tempo, eu tinha dormido demais, não iria conseguir dormir. Então, eu simplesmente saí do castelo, e me transformei em loba.

            O cheiro de cachorro, foi o que mais me chamou atenção, talvez porque estivesse chovendo, e cachorro molhado tem um cheiro infernal. Eu simplesmente decidi seguir os cheiros, e meu coração de alguma forma, estava batendo rápido demais, como se algo estivesse pra acontecer.

            O cheiro parava bem no salgueiro lutador, e foi aí que o cheiro estranho invadiu as minhas narinas de loba, e eu me afastei cautelosamente e assustada. Meus ouvidos capturaram uivos de lobos, vindo de longe, e ao mesmo tempo de perto. Eu sentei, tentando forçar meus ouvidos pra escutar de onde vinha o som.

            Eu tinha certeza, debaixo do Salgueiro Lutador, era uma passagem, eu sabia. Droga! Como eu iria chegar até lá? Seria burrice, eu sei, mas eu estava curiosa demais, foi aí que minha visão, que não era das melhores, avistou algo que eu sabia que era o que acalmaria o Salgueiro Lutador.

            Mas foi aí, quando eu estava decidida a pular naquela passagem, e descobrir o que tinha lá em baixo, que eu ouvi vozes, de pessoas vindo. E eu reconheci, uma de longe. Callum Krish. Ele estava acompanhando por uns cinco sonserinos, e eles estampavam sorrisos esnobes no rosto.

            Eles estavam longe, e eu não sabia o que fazer, eu me abaixei cautelosamente, esperando para dar o bote, caso eles tentassem chegar perto de mim. Mas eu estava mais preocupada, com quem estava em baixo daquele Salgueiro, então agindo, mais por extinto do que por qualquer outra coisa, eu me joguei rapidamente por um buraco do Salgueiro Lutador, e escorreguei até uma passagem. Eu passei correndo, entrando dentro de uma sala, cheia de arranhões, onde um rato, estava descansando em uma das paredes, um cachorro, e um cervo, estavam controlando um lobisomem, evitando que ele se machucasse, o lobisomem parecia nervoso, e assim que eu entrei, o cervo, e o cachorro me olharam assustados. E foi aí que eu entendi. O segredo dos Marotos.

            Prongs, era um cervo, obvio, por causa dos chifres, Padfoot, um cachorro, as patas, Wormtail, um rato, e Moony, e Moony só podia ser um lobisomem, e foi só aí que eu entendi porque eles não me contaram. Moony tinha medo que eu me afastasse dele, por medo ou preconceito. E eu sabia que os Marotos haviam se transformado em animagos por ele.

            Eu não me importava se remus era um lobisomem, ou um aluno normal, o que importava é que ele era incrível, doce, gentil, e preocupado.

            Ok, um rosnado me acordou da viagem que minha mente tinha feito, e me lembrou dos carinhas que estavam vindo pra lá. Sirius estava rosnando pra mim, obviamente, ele não tinha me reconhecido. Eu rosnei de volta, e uivei. Sirius se preparou pra atacar, mas Prongs colocou os chifres entre nós, olhando pra Six de uma maneira que só eles deveriam estar se entendendo.

            Moony, estava olhando pra mim com um ligeiro interesse, e eu o olhei, quase sorrindo, quer dizer, do jeito de que uma loba poderia sorrir. Remus veio até mim e me lambeu, eu uivei feliz, acho que ele tinha me reconhecido, eu fiz o mesmo com ele. Sirius e James nos encararam, do jeito animal deles, assustados. Eu os olhei preocupada, quer dizer, eu sabia o segredo deles, mas eu estava esquecendo daqueles idiotas que estavam vindo pra cá.

            Quer dizer, eu aceitava ter um quase-namorado lobisomem, mas será que os pais dos alunos aceitariam? Nós tínhamos que proteger Remus. Que droga, porque eu não podia falar?  Eu olhei pra Prongs, e apontei pra fora, com o focinho, de uma forma urgente, e preocupada. Prongs pareceu entender.

            Ele e Sirius foram pra fora, e voltaram preocupados, como se estivessem praguejando. Droga, droga, o que agente ia fazer!! Remus começou a uivar com raiva, eu sabia que eram os extintos atacando, aproximação de humanos o deixava assim, foi aí que ele começou a se arranhar, e entrar em um ataque de fúria.

            Eu me joguei em cima dele, tentando evitar de que ele se machucasse mais, ele já estava sangrando, e ele me arranhou, eu não senti dor, não na hora, eu simplesmente tinha que evitar que Remus se machucasse, eu estava fracassando, mas pelo menos eu estava tentando. Padfoot foi me ajudar, enquanto Prongs ficava de guarda. Eu já estava ouvindo ás vozes muito perto.

            E foi aí que Remus começou a se transformar em humano novamente, eu suspirei de alívio, um pouco, isso queria dizer, que eu tinha passado a noite inteira acordada, e a droga daqueles idiotas sonserinos, ainda estavam vindo até nós.

            Prongs foi o primeiro a voltar a forma humana, depois foi Padfoot, e por último Peter. James tirou a varinha e apontou pra mim, eu ainda estava em forma de loba, e perto de Remus, ele estava muito machucado, e estava quase desmaiando.

            -Quem é você? Ou se transforma por bem, ou você vai decidir complicar? – agora Sirius, e Peter estavam apontando a varinha para mim. E Sirius, estava segurando Remus com um dos braços. Eu suspirei, e me transformei, meu cabelo estava uma desgraça, e eu estava com meus ombros arranhados.

            -Dani? – eu ouvi Sirius falar espantando, e abaixar a varinha. James, suspirou aliviado, e sorriu.

            -Então, você também é uma animaga? – ele perguntou, eu dei ombros, e assenti, indo até Remus, que olhou pra mim preocupado, ele estava tremendo, e ensopado de sangue.

            -Eles estão chegando – eu murmurei ouvindo as vozes – Eu acho que eu consigo tirar Remus daqui, só que vocês tem que tirar a atenção deles – eu murmurei segurando a minha varinha forte e com raiva,Moony só havia se machucado por culpa da aproximação de humanos, eu ia matá-los se os visse.

            -Certo, depois conversamos – eu ouvi Sirius falar, nós saímos dali rápido, os sonserinos haviam parado pra discutir, James me alcançou a capa de invisibilidade dele, e Remus praticamente, lutou pra vir até mim, eu passei meus braços em volta, dele tentando, aguentar o peso de Remus.

            -Desculpa por isso... – ele murmurou, Remus estava chorando, eu o olhei com um aperto no peito, Remus estava muito machucado, e meu coração estava apertado, eu estava chorando também.

            -Eu vou matar aqueles sonserinos Remus, agora aguenta firme – eu respondi segurando as lágrimas, e colocando a capa da invisibilidade. Eu não aguentei e caí, Remus, tentou me segurar, mas ele desabou do meu lado também.

            -Moony – eu murmurei, tentando nos levantar – Eu te amo... Aguenta firme – eu sei, eu falei eu te amo pra ele. Remus sorriu.

            -Eu também te amo Dani – ele sorriu, ainda chorando, eu estava vendo tudo embaçado, e quando alguém tocou no meu obro, eu estava praticamente desmaiando, eu só deixei me levarem, porque eu vi que era Sirius, e James, os sonserinos estavam estuporados e presos em cima de uma árvore, eles tinham dado uma lição naqueles idiotas.

            -Calma Dani, vai ficar tudo bem – eu ouvi meu irmão murmurar pra mim – Eu espero – eu não entendi o que ele disse, simplesmente desmaiei em seus braços, vendo que Remus não estava em uma situação melhor que a minha.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram odiaram? Os dois vão ficar bem??
Bem, deixem seus reviews!!
beijoos ;*