Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 20
That's a Merry, Merry Christmas!


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei u.u espero que gostem! Deixem reviews, tá? ): mimi



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(Capítulor anterior)

“Ok, Justin, chega de teatrinhos e de sms’s fofas. E para também de querer pagar o conquistador barato pra cima de mim. Já caí uma vez, outra vez eu não caio mais.

As exclui.

– Boa noite para mim. – Terminei de me vestir, deitei de cara emburrada e joguei o cobertor pra cima do meu corpo.”


Tá bom, é super desnecessário eu falar isso, mas eu não exclui as sms’s que ele me mandou ontem. Tô louca pra me bater, me socar, me descabelar, me tapear e etc. Mas eu não consegui as excluir. E ainda por cima as mostrei para Jess e Maddi, que ficaram pensativas e se encarando de um jeito beeem estranho.

Não estou dizendo que eu estou iludida, eu só... As deixei ali. Afinal, não iria fazer mal a ninguém.

Já era uma certa hora da noite de domingo e eu tava entediada no meu quarto, vou escrever algumas coisas no meu diário.

“Sabe quando você se pergunta e sabe que a resposta está em si mesma, mas ainda sim não consegue achá-la? Minha vida está meio assim.

Eu queria muito, do fundo do meu coração, mesmo... Poder entender porque eu ainda não consegui esquecer ele. Ou até mesmo saber porquê esse amor aconteceu tão rápido. Não era para acontecer, entende? Mas quem disse que eu posso mandar no coração? E ainda tem a minha mãe... Eu ainda não entendi porque tiraram ela de mim... Eu sinto tanta a falta dela e... Não sei, eu só queria que ela estivesse aqui comigo.

Mas talvez seja isso que faça a vida seguir em diante, acontecendo tanto coisas boas, como coisas ruins. Eu sou a prova viva disso. Além que eu não posso reclamar de nada, porque minha vida é perfeita. Em partes...”


Meses depois...

(roupa)

– Mary, não. – Soltei o meu pincel de sombra na mesinha e corri tirar as roupas dela daquela mala. Que idéia mais absurda!

– VEM NICOLLE!! – A insuportável da Patrycia não parava de me apressar. Era a vigésima vez, não sei.

– PODE IR, EU VOU DEPOIS. – Gritei e percebi que Mary estava chorando. – Aw, Mary, não chora! Ele não merece isso de você. – A abracei forte.

– Mas minha mãe me mandou ir com você. – A rebeldezinha chegou na porta, Mary se soltou rapidamente de mim e foi para a varanda.

– Manda sua mãe pra... – Respirei fundo e fechei os olhos, contando até mil mentalmente. – Vai e pega um táxi. – Falei rápido antes que outra coisa saísse no lugar.

– Mas... – Tentou.

– Mas nada. – A calei. - Não sabe tomar um taxi? – A encarei. Ela revirou os olhos e saiu. Fui até a porta e a fechei.

– Vou ficar aqui com você. – Me sentei na cama e fui tirando o sapato.

– Não! É o casamento do seu pai, você precisa ir. – Ela acha que vai conseguir.

– E te deixar aqui sozinha com essa idéia maluca de voar para o qualquer lugar do mundo agora? – A encarei séria. – Você sabe mais do que ninguém que eu sou contra esse casamento, Marian. – Continuei com o semblante sério. - E não é por birra de filha, porque eu não sou assim. Mas é porque eu quero ver meu pai feliz, e com aquela bruxa-interesseira é que ele não vai ser.

– Nic, por favor... – Tentou novamente.

– E além dele estar prestes a fazer uma das maiores burradas da vida dele, você tá aí, assim, toda... – A olhei e ela fungou fraquinho, e eu a abracei novamente. – Você o ama, não ama?

– Você sabe que sim.

– Então! – Bati a mão forte na minha coxa. - Vai deixar ele escapar assim, sem mover um dedo? – A apreendi. – Já sei. – Coloquei meus sapatos novamente e corri pegar as chaves do meu carro. – Vem! – A puxei.

– O que vai fazer? – Perguntou preocupada.

– Correr atrás da felicidade de vocês. – A encarei e ela paralisou. – Vai ficar aí? – A olhei com um olhar ameaçador. - Então vou te trancar aqui, porque para aquele aeroporto é que você não vai! – Ainda tava com olhar de preocupação e ficou receosa em aceitar, conheço ela. – Vai vir ou não vai?

– Eu acho que n...

– Sim! – A puxei e ela acabou cedendo.


– - -

– Você não vai subir nesse altar, pai. – Cheguei ofegante. Tive que parar o carro lá nos cafundós do Judas, já que Atlanta inteira foi convidada para aquele casamento. Ideia de quem? Da Roberta, claro.

– O que pensa que tá fazendo, Nicolle? – Me olhou bravo. Tinha uns paparazzi tirando fotos de nós, coisa chata.

O puxei pra um canto mais reservado.

– Você tem noção do que você tá fazendo? – O encarei demasiadamente furiosa.

– Indo me casar? – Debochou.

– Dá para pelo menos uma vez na vida parar de ficar se comportando como um garoto de 18 anos e começar a ter atitudes de homem? – O encarei.

– Meça as palavras, mocinha. – Me olhou feio e quis sair dali.

– Você vai me ouvir. – O puxei e ele tava muito bravo. Bom que fique.

– Você sabia que a Mary tá com passagens compradas para sei lá que lugar do mundo? – O encarei e o semblante dele mudou.

– Mas ela nem está de férias!

– E ela só comprou de ida. – Ele me olhou assustado.

– Mas como?!

– Jura que você nunca percebeu, pai? – Agora foi minha fez de debochar. – A Mary te ama! – Dei muito, mas muita ênfase na ultima palavra. – AMA!! – Gritei.

– A-ama? Como? – Não consigo descrever como o olhar dele tava.

– Também não sei, porque você não passa de um moleque irresponsável e ela uma mulher incrível.

– Já falei para medir as palavras. – Me encarou.

– Você sabe que eu não to mentindo. – Dei pausa. - Mas não desvia do assunto! – Tava me saindo do controle. – Olha nos meus olhos e fala que você não sente nada por ela. – Ele eventualmente abaixou a cabeça. – Vamos pai, estou esperando!

Eu já sabia da resposta.

– Eu a amo... Claro que eu a amo! Como uma amiga...

– Aham, sei. - Ironizei. – Agora fala isso olhando pros meus olhos, não para o chão.

– Eu já falei, não vou repetir. – Me olhou. – Aliás, estou atrasado. – Tentou novamente sair dali, mas eu sou persistente.

– Você me conhece, John. – O puxei, fazendo-o ficar na minha frente. - E também te conheço muito bem. – Sorri de ladinho, irônica. - Você a ama sim, e vai bem além de amor de amigos.

– Ela vive falando que eu sou como um irmão para ela.

– Mas é claro que ela iria falar isso, você tava de casamento marcado! Ou você acha que foi idéia dela deu vir aqui e falar isso para você? – Revirei os olhos. - Ela tá presa no carro a força, só para você ter uma noção.

– Não to falando só de agora, é desde sempre. – Me olhou fraco.

– Lógico! Você era e é “o pegador”. – Fiz aspas com a mão. - Ela tinha medo de pra você, ela ser só mais uma das que você dormia e depois jogaria fora.

– Eu nunca faria isso com ela. – Falou firme.

– ENTÃO CORRE FALAR ISSO PRA ELA, CARAMBA! – Gritei e as pessoas em volta me olharam. Ah, foda-se.

– Tem uma mulher me esperando na igreja, Nicolle. – John me olhou... estranho.

– Então tá bom, vai lá casar com essa falsa-interesseira e deixar o seu amor voar para qualquer lugar do mundo e ser infeliz para sempre. A escolha é sua. – Dei as costas e fui andando. – Depois não venha se lamentar para mim. - Ele vai vir atrás de mim. Quer apostar?

– Onde tá o seu carro? – Veio atrás de mim e eu me virei sorrindo.

– Sabia que você não iria me decepcionar. – Pulei no seu colo e ele me girou rindo. – Agora vamos, antes que ela faça alguma loucura.

– Mas e a Roberta? – Me olhou apreensivo e depois olhou para trás.

– Aqui a chave, o carro tá a quatro quarteirões para baixo. – Apontei, entregando a chave. – E deixa que daquela perua eu mesma cuido! – Sorri maléfica. Ele me olhou preocupado, mas depois riu e foi indo. – COOOOORRE!!! – Gritei e ele riu de longe.

Fui até um paparazzo.

– Ei, você. – Apontei. – Pode ir você e seus amigos para frente da igreja que eu tenho uma surpresinha boa para vocês. – Pisquei e fui indo para lá.

Fiz minha boa ação do dia, mas como qualquer outra pessoa, eu estava precisando de diversão.

Vi a pequena limusine luxuosa que Roberta pediu para que meu pai alugasse – mais um de seus luxos - quase chegando à porta da igreja. Obviamente que ela saiu sorrindo e fazendo pose para os flashes, imagina que não. Eu reconheço esse tipinho de longe, né Selena Gomez?!

– E aí, madrastrinha. – Fui me aproximando. – Muito ansiosa para o finalmente sim? – Estava debochando, qualquer demente perceberia, menos ela.

– Com certeza! – Continuou sorrindo para os paparazzi. Que idiota.

– Claro que está ansiosa, não é? – Cheguei mais perto. - Esta ansiosa para a quantidade de zeros que a poupança do meu pai tem. – Sorria irônica. Ela me olhou assustada. – Para todas as viagens que você iria ganhar, para todas as bolsas e sapatos de grife que você iria poder comprar... – Automaticamente o número de paparazzi aumentou. E os de flash também. – Para a fama que você iria ganhar. Ou melhor, que já ganhou! – Entortei a cabeça levemente e continuei sorrindo sarcasticamente.

– Mãe, o que está acontecendo? – Patrycia chegou e a abraçou.

– Essa garota psicopata falando mentiras! – A abraçou. Falsa que só ela! – Mas tudo bem, quando eu me casar com o pai dela, eu vou a internar num colégio interno. – Bufou.

– Infelizmente isso nunca vai acontecer, porque se meu pai casar, não será com você.

– Como assim? Ele já está no altar! – Ela deveria estar muito puta comigo. Adoro!

– Não, querida. Ele foi atrás da mulher que ele ama.

– A mulher que ele me ama sou eu! – Tentou continuar com a pose de madame.

– Não... – É legal cortar o barato das pessoas. - A mulher que ele ama tem outro nome.

– Mas ele iria se casar comigo!

– Por falta de opção, só pode. – Ironizei e algumas pessoas em volta riram.

Todos em volta estavam com um “O” formado em suas bocas. Eu hein, parece que nunca viram uma garota discutindo com a sua futura ex madrastra.

– Porque ele ama outra. – Terminei.

– E ela está bem aqui do meu lado. – John chegou com Mary, abraçados, sorrindo. Certamente os flashes foram todos em cima deles.

– Aí, olha! – Cheguei e me enfiei no meio dos dois, os fazendo rir.

Eu pagaria para ver novamente a cara da Roberta. Aquilo tava melhor que show de humor!

Parei para olhar em volta e tava tipo, a turma toda da igreja fora nos vendo.

– Então, pai, tá esperando o quê?! – O cutuquei. – Peça ela em casamento! – Sussurrei. Me olhou rindo.

– Marian... – Se ajoelhou na sua frente, pegando em sua mão direita e procurando alguma coisa freneticamente no bolso.

ERA SÓ O QUE ME FALTAVA! ELE PERDER AS ALIANÇAS AGORA!

– Ah, desculpa. – Maddi chegou. – Elas estão comigo. – Riu e as entregou.

Ufa!

– Marian... – Começou de novo, limpando a garganta. – Aceita ser minha mulher? – Mary me olhou e sorriu. O olhar dela voltou a ter luz, ela estava radiante! Não só ela, como ele também.

– Sim! – Sorriu e ele beijou sua mão, a pegou no colo e se beijaram.

Todos bateram palmas, todos mesmo. Tava uma cena muito linda, parece até coisa de filme.

– Seu cafajeste, você me enganou! – Roberta ressurgiu das cincas e batendo nele.

– Quem você pensa quem é para bater no John? – Mary entrou na frente, a encarando.

– E você fica na sua, sua... – A encarou dos pés a cabeça. – Desqualificada!

– Tá com muita moral para falar, hein? – Falei rindo, não deu para resistir.

– Não fala assim com a minha mãe! – Patrycia chegou me empurrando. Eeeeeu hein! Quem essa coisinha pensa que é?

– Garota, fica na sua. – Cheguei perto dela. - Lugar de criança é na creche, vê se cresce.

– Isso aí amiga! – Maddi, como sempre, dando a maior força.

– Filha, vamos embora. – Roberta chegou atrás, chorando. Ou melhor, fingindo um choro. – Eles não nos merecem! – Deram as costas e foram indo.

– Espera, o show não acabou! – Pisei no longo vestido de Roberta e tudo veio para baixo.

– AHHH! – Ela gritou, se tapando. – Todos os paparazzi foram atrás dela.

– Ai, ai. – Soltei depois de morrer rindo. Não só eu, né.

– Você não deveria ter feito isso, filha. – John me repreendeu.

– Pode me deixar de castigo, mas vai dizer que ela não tava merecendo?! – Voltei a rir.

– Castigo não, mas não faça mais isso. – Me abraçou, rindo.

– Só em situações necessárias. – Rimos. – Bem, agora eu vou deixar vocês namorarem um pouco. – Abracei forte a Mary. – Vou sair por aí. – Abracei John e sai.

Tava querendo refrescar a cabeça.


– - -

Duas semanas depois...

(roupa: http://data.whicdn.com/images/17526197/Taylor+Swift+Heels+Pumps+FAfG_6BThCgl_large.jpg)

Hoje era dia 25, Natal... Eu nunca gostei muito de Natal, porque vovó morreu numa noite dessas, à uns anos atrás. E depois disso, toda noite de Natal que era pra ser uma noite feliz, Marcos bebia e dava um jeito de arruinar minha vida mais um pouco, daquele mesmo jeito que eu não gosto de me lembrar.

Geralmente depois que ele fazia o que tinha que fazer, ele ia para os botecos da vida. Então ficávamos só eu e e mamãe. Não era uma data feliz, mas nós duas sempre estivemos juntas, então isso já era motivo de ser estarmos felizes.

E hoje ela não está aqui comigo... Por mim, eu me enterrava na cama e dormia até 2012 chegar. Mas não posso.

– Ei, amor, o que tá fazendo sentadinha aí? – Mary chegou se sentando do meu lado.

– É Natal... – Falei baixinho, e ouvi as vozes de umas pessoas entrando.

Todo ano a família de John vinha, essa parte pela qual eu não conheço ninguém. A maioria deles moram aqui, mas são brasileiros.

– Exatamente! – Sorriu. – Por isso mesmo que você tem que colocar um sorriso nessa sua carinha linda. – Tentou me animar.

– Ela poderia estar aqui, não é? Seria tudo mais fácil. – A olhei fraco.

– Meu amor... – Me abraçou forte. – Ela está. – Falei e depois nos separou. – Aqui, no seu coração. – Colocou a mão sobre o lado esquerdo. – E eu tenho toda a certeza desse mundo que ela quer te ver sorrindo agora, não tristinha assim. – Sorriu, se levantando e pegando na minha mão.

Enfim... A vida segue, mesmo sem querermos.

– Tudo bem. – Me levantei e ela me abraçou de lado. – Tenho bastante gente para conhecer, hein! – Tentei rir fraco.

– E como!

– - -

– Você é a namorada do Justin Bieber? – Quase cuspi o vinho na cara da minha avó quando o filho do irmão do meu pai, de aparência de 10 anos, me perguntou na mesa e todo mundo me encarou.

– Não, por quê seria?! – Tentei me fazer de desentendida, tentando responder tranqüila, mesmo tão surpresa como todos da mesa. Da onde ele tirou isso?

Mary, Maddi e Jess me lançaram um olhar assustador. O do meu pai foi mais pra assassino mesmo.

– É porque nós vimos uma foto de uma garota desconhecida saindo de um restaurante com ele. – A irmãzinha dele começou.

Meus olhos quase saíram do meu rosto. FOTO? COM ASSIM... FOTO?!

– Mas ela estava meio embaçada, mas agora olhando para você.... – O garoto continuou. Eles me encararam bem para ter “certeza”. Não só ele, como a mesa INTEIRA. E olha que tinha muita gente, hein!

Graças a Deus estava embaçada.

– Ela se parece com você. – Ela terminou.

Tentei me recuperar e responder de um jeito que eles não percebam.

– Não era eu, imagina! – Bebi mais um gole em seco. Tá, eu não aprendi a mentir bem. – Deve ser alguma outra garota aí parecida comigo. – Ri fraco pelo nariz e olhei vagamente para John, que não tinha gostado nada do que tinha ouvido.

Depois disso Mary desconversou e as garotas deram apoio. Que saia justa! Imagina se alguém descobre? Ainda bem que elas souberam enganar bem, porque se fosse depender de mim, eu mesma me colocaria na forca.

Terminamos a ceia normalmente, quando foi meia noite brindamos e as crianças correram embaixo da árvore gigante que Maddi e John construíram, atrás de seus presentes.

Fui para o jardim perto da piscina refletir e dar uma olhadinha no céu. Estava nevando e bem frio. Ainda não estava muito acostumada em ver neve, mas no final tudo se ajeita.

– Feliz Natal, mãe... – Falei baixinho, sorrindo e olhando para o céu.

– Você pode ter enganado todos à mesa, mas a mim não enganou. – Minha vó chegou logo atrás de mim.

– Oi, vovó! – Me virei surpresa. – Er... Do que a senhora está falando? – Tentei mais uma vez dar uma de desentendida.

– Pode se poupar. – Me encarou séria, abaixei meu olhar. – Você tem algum sentimento por aquele garoto, não tem? – Continuou séria.

Suspirei derrotada.

– Foi o que imaginei... – Olhou para baixo. – E pelo jeito ele não te corresponde. – A olhei e a abracei.

– Como sabe? – Me deu vontade de chorar. Ela era exatamente como minha avó materna era.

– Você se parece muito com John. – Nos separamos. – Seus olhos te confessam.

– A senhora não é a primeira a falar isso. – Tentei rir fraco.

– Aquieta esse seu coraçãozinho que coisas boas estão por vir. – Sorriu, e me abraçou novamente.

– Lê cartas, vê futuro ou algo do tipo? – Ri.

– Não, apenas muitos e muitos anos de vida, meu amor. – Fomos entrando.


– - -

– A tia Lucy e o tio James são de outro planeta, fala sério. – Eles nos mataram de tanto rir, eles eram tipo, o casal piada em carne e osso! Me joguei ao tapete chiquérrimo de pele de carneiro que Mary tinha comprado semana passada. – Ai, acho que vou trocar meu colchão por esse tapete aqui. – John me olhou e riu.

Depois disso eles fizeram silêncio. Eita, tem coisa.

– Querem me falar algo? – Me sentei e fiquei os encarando séria, que estavam sentados um do lado do outro, de mãos dadas. Depois daquele dia para cá, só foi assim.

Sou uma excelente cúpida, podem falar. O meu cupido poderia me ajudar também, né. Agradeceria.

– Sim... – John começou. – Nós vamos adiantar a lua de mel. – Olhou para ela e sorriu.

– Sério? – Perguntei contente.

– Sim, vamos para o Caribe! – Mary falou toda contente também.

– Que bom, gente! – Me joguei no meio deles. Amava fazer isso. – Mas porque essa cara de apreensão? – Olhei para ela.

– É que vamos no dia 30. – Olhou estranho para John.

– De janeiro? – Perguntei.

– Não... De dezembro. – Sorriu fraco.

– Vão esperar um ano?! – Os olhei confusa.

– Não, Nic, desse ano. – Mary sorriu fraco, novamente. – Tudo bem para você? – Perguntou e continuou me olhando apreensiva.

– Ah, tudo bem! – Ri, eles pareceram mais aliviados. – Eu passo a virada de ano com as meninas. – Sorri fofa.

– Elas vão viajar para o estado da família de Christopher. – John falou ainda meio receoso.

Ual, vou ficar sozinha...

– Se você quiser, nós desmarcamos a viagem e passamos com você, sem problemas! – Mary tentou.

– Até parece que eu vou deixar vocês deixarem de fazer um passeio desses por causa de mim! – Me levantei. – Podem ir em paz, eu já tenho lugar para ir. – Pisquei e fui subindo para o meu quarto.

Claro que eu tinha um lugar para ir. Ficar deitada na minha cama, embaixo do cobertor e comendo chocolate para engordar. Olha que ótimo começo para 2012.

Estava sendo irônica, na verdade eu fiquei meio chateada. Não é muito legal se passar uma data assim, sozinha. Mas enfim... Não vou morrer só por comer algumas caixas de chocolate.

Vou fazer um estoque deles, é melhor.


Cheguei no quarto. Primeira coisa que fiz foi me jogar em baixo das cobertas, tava congelando com aquele vestidinho. E ah, foda-se, eu não vou tomar banho mesmo. Me processem.

– Elevator buttons and morning air, stranger silence makes me wanna take the stairs. If you were here we'd laugh about their vacant stares...

– BUT RIGHT NOWWW, MY TIME IS THEIRSSS! – Cantarolei junto com a música.

Opa, é meu celular! Ué, ligação essas horas?

FELIIIIIIIIIIIIIZ NATAAAAAAAAAAAAL!!! – Atendi e o retardado do Ryan começou gritando. Tinha que ser, né.

– Feliz Natal pra você também, coisa linda da Nic. – Sorri. – Isso são horas de me ligar? – Fingi estar brava, colocando a mão na cintura.

Tá bom, não ligo mais, tchau.

– NÃO, ERA BRINCADEIRA! – Ri. – Mas você não me ligou só para desejar Feliz Natal, que eu sei.

É, verdade. – Riu de alguma coisa que falaram no fundo e pausou. - Quer passar o ano novo aqui com a gente? – Perguntou.

Esse convite definitivamente caiu do céu!

– Claro que eu quero! – Falei animada. Riu mais uma vez de sei lá o quê que falaram para ele. - Algo em especial que está esquecendo de me falar? – Tentei tirar mais alguma coisa.

– Na verdade, eu só te liguei porque tem alguém aqui louco pra te conhecer. – Riu.

“Cala boca, Ryan!” – Escutei um cara gritando no fundo e ri.

– Fechado! – Sorri. - Mas agora me deixar dormir porque eu estou um caco.

Tudo bem, dorme bem.

– Juízo, hein? - Fiz voz de brava.

Cooom certeza! – Riu. Ele tava de deboche. Falar o que, não?!

Desliguei e... Cama!



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Notas finais do capítulo

Gostaram? *-* Até o próximo, que será breve :)