Os nossos dias sem a companhia de Nina e Lila passaram rápidos. Com a ajuda do Senador Swan, aproveitamos os dias menos atribulados para fazer pesquisas sobre clinicas especializadas em exames genéticos e no dia seguinte à volta das gêmeas para casa, fomos ao consultório do Dr. Andrew Walter, que era o mais conceituado geneticista da região, para fazermos o teste que mudaria as nossas vidas.

Assim que nos instalamos na recepção do consultório, sacamos da sacola as revistinhas de colorir que compramos para distrair as meninas durante a espera e as colocamos na mesinha da área infantil, sentando no sofá ao lado.

Enquanto estávamos nos arrumando para sair, explicamos a elas que era preciso ir ao medico para saber de uma coisa muito importante. Todos nós iríamos tirar um pouquinho de sangue para o médico poder saber se podíamos ser uma família de verdade, se eu podia ser o papai delas também.

Elas ficaram muito empolgadas com a noticia e nos encheram de perguntas e enquanto explicávamos todo o procedimento do exame, dissemos a elas que este era um segredo só nosso e elas não podiam falar isto para ninguém.

- Mamãe, a gente não pode contar nem pro vovô Charlie? – Nina parou de pintar por um momento – Nem pro papai Mike?

- Não Nina... Você não pode contar.

- Nem pra tia Rose e pro tio Emmy, mamãe? – ela tentou.

- Não filha... Agora não pode contar a ninguém – Bella explicou mais uma vez – Depois que o médico der o papel falando se o tio Edward pode ser o papai de vocês, aí vocês podem contar para todo o mundo.

- A gente vai ter dois papais! – Lila foi contando nos dedinhos, animada – E a gente tem duas casas... A nossa casa com a mamãe e a nossa outra casa que é do Tio Eddie... Isto é tão legal!

- Você gosta de ter duas casas, Lila? – entrei na conversa e ela afirmou, balançando a cabeça e sorrindo – E você vai gostar de ter dois papais?

- Eu vou adorar! – falou desta vez – Por que eu te adoro, tio Eddie fofinho!

Nina me olhou e cutucando a mãe, perguntou.

- Mamãe, eu e Lila tem tudo dois  porque a gente é duas?

- Não, filha. – Bella riu da pergunta fofa - Vocês têm tudo em dobro porque são garotinhas muito especiais e também muito amadas. A mamãe ama vocês, o papai também. E também tem o tio Edward, a tia Rose e o Tio Emmett.

- Além do vovô Charlie, da Vovó Claire e até o vovô Michael, apesar de ter uma cara de mau. – Nina complementou.

- Isto mesmo minhas filhas... Vocês têm muitas pessoas que as amam e só querem o bem de vocês.

Elas sorriram satisfeitas com as respostas e pegaram seus livrinhos, voltando, mais uma vez, a concentração para a pintura.

Ficamos quietos por um momento, tensos com a situação que estávamos passando e imersos em nossos pensamentos, enquanto as observávamos, mas as meninas não nos deixavam parados por muito tempo, logo deixando as revistinhas de colorir e querendo outra atividade.

- Aqui está chato... – Nina largou o lápis de cor que tinha na mão e resmungou - Queria brincar de alguma coisa, mas aqui não pode correr...

Bella soltou sua mão da minha e foi atender a pequenina.

- É filha, aqui tem que ficar quietinha. –deu um beijinho na cabecinha dela – Mas daqui a pouco o doutor nos chama e depois vamos para casa, a mamãe promete.

- Mas eu não quero mais esperar, mamãe! – ela bufou – Eu quero fazer alguma coisa legal!

- Então que tal a gente fazer um jogo, Nina?  – Lila largou a sua revista e foi para o lado da irmã – A gente pergunta e a mamãe e o tio Eddie respondem, que tal?

- Vamos sim! – Nina bateu palminhas – Assim é legal!

- Um jogo de perguntas? – perguntei.

- É tio Eddie! Eu e Nina perguntamos coisas de quando vocês tinham cinco anos e vocês respondem pra gente saber.

- Esta é uma boa idéia. – Bella riu – Já que não podem correr, vocês tagarelam sem parar.

- Perguntem então meninas! – complementei.

- Espera um pouquinho que a gente vai pensar em alguma pergunta – Nina puxou a irmã no canto e cochichou em seu ouvido.

- Tio Eddie, do que você gostava quando você tinha cinco anos? – Lila fez a primeira pergunta.

- Eu gostava de desenhar como você, Lila, mas também gostava de brincar no parquinho da escola. – respondi, mirando as carinhas satisfeitas que elas faziam.

- Você tinha medo de ir no balanço, tio Eddie? – Nina fez a pergunta - Por que eu não tenho medo, igual a mamãe me falou que não tem, mas a Lila não gosta de balanço.

- Eu tinha só um pouquinho de medo... Assim como a Lila tem só um pouquinho, não é Lila? – perguntei e ela assentiu e deu um sorrisinho.

- Você já gostava da mamãe quando ela era uma menininha do nosso tamanho? – Nina fez outra pergunta.

- Quando eu era do tamanho de vocês duas, eu ainda não conhecia sua mãe, mas quando ela era um pouquinho maior e nós fomos estudar na mesma escola, gostava sim. Ela era uma menininha legal.

Bella sorriu ao ouvir a minha resposta.

- A mamãe, além de legal, era bonita? – Lila perguntou desta vez.

- Sua mãe era linda... Assim como vocês  – pisquei para ela, fazendo-a sorri ainda mais - Assim e também era muito levada.

- A mamãe fazia bobagens e levava broncas como eu? – Nina deu uma risadinha.

- Sua mãe era terrível, Nina – respondi em tom de confidência – E levava muitas broncas do vovô Charlie e também das professoras.

- É verdade mamãe? – Lila colocou a mãozinha na boca, surpresa.

- Sim filha, é verdade... Eu levava muitas broncas e o vovô Charlie ficava bem chateado comigo.

- Assim como você fica comigo quando eu faço besteira? – Nina riu outra vez, parecendo estar satisfeita em saber da época sapeca da mãe.

- Da mesma maneira. – Bella respondeu – Ele reclamava e dizia para eu não fazer besteira, mas não me deixava de castigo.

- Mamãe e o tio Eddie era bonito? – Lila fez a pergunta - Você gostava dele?

- Ele era lindo! – Bella pegou a minha mão e deu um beijinho - E eu gostava dele sim... Ele era o menino mais lindo e legal de todo o colégio, pena que naquele tempo eu não sabia disto direito...

Desta vez fui quem sorri com a resposta de Bella.

Será que nós teríamos dado certo se tivéssemos começado a namorar no tempo de colégio?

Nos distraímos com as muitas perguntas que elas continuaram a fazer sobre o tempo que estudamos juntos que eu quase não notei quando a atendente nos chamou para o exame.

- Edward Cullen e acompanhantes, sala 2 – a atendente nos chamou mais uma vez e eu levantei da poltrona.

- Chegou a nossa vez, princesas! – estendi a mão para elas, colocando-as de pé na minha frente – Vamos fazer nosso tão esperado exame!

Nina deu as mãos à Bella e saiu saltitante, mas Lila ficou quietinha nos olhando.

- Vamos filha, venha com a mamãe.

Olhei para a caretinha que a pequena fazia e a peguei no colo.

- Que cara é esta Lila?

- Tio Eddie, você está com medo de tirar sangue? – pega me perguntou tímida, me fazendo entender o seu problema.

 A minha pequena estava com medo do exame.

- Eu não. – toquei o narizinho dela -  Você está?

- Estou um pouquinho... Eu acho que não vou gostar de tirar sangue por que tem agulha, fura e dói...

- Dói um pouco, mas é bem pouquinho mesmo– falei a verdade – Mas o tio não vai soltar da sua mão, eu prometo.

Ela suspirou e apertou as mãozinhas no meu braço

- Então eu vou ficar no seu colo, viu tio?

- Está certo... A Nina faz o exame no colo da mamãe e você faz no meu, combinado?

- Combinado! – ela sorriu.

O exame de DNA foi algo rápido, onde as enfermeiras colheram sangue das gêmeas, meu e de Bella para análise, nos informando que o Dr. Walter nos avisaria quando o resultado estivesse pronto.

Nina foi toda corajosa deixando com que a enfermeira colhesse seu sangue sozinha e sem ao menos reclamar, mas Lila ficou o tempo todo em meu colo, chorou um pouquinho e fez manha, dizendo que o local da coleta estava doendo.

Assim que saímos do consultório, Bella parou para pegar as filhas no colo e veio para o meu lado.

- Meu amor, a sorte está lançada... – ela falou com a voz embargada, fazendo com que eu abraçasse as três bem forte, deixando que a emoção do momento também tomasse conta de mim.

- Espero que ela esteja ao nosso favor... Espero que este resultado seja positivo – falei e dei um beijinho em cada uma delas.

Nas minhas garotas favoritas.

...

Nos dias que se seguiram, conversamos sobre o nosso problema na escolinha das meninas, consultamos algumas psicólogas, Charlie contratou os melhores advogados para nos assessorar no que fosse preciso, e principalmente, estávamos cada vez mais, nos informando mais sobre casos parecidos com o nosso e como eles foram resolvidos. Todas as pesquisas e possibilidades estavam sendo levadas em conta e estávamos nos preparando para qualquer coisa que viesse acontecer.

As meninas estavam sendo acompanhadas tanto por uma psicóloga, como pela orientadora da escola e ainda que não soubessem o que estava acontecendo, elas tinham consciência que nada estava normal na vidinha delas.

Grandes mudanças estavam por vir, tanto elas sendo minhas filhas, como sendo Mike o pai delas.

Nossos amigos nos apoiavam de todas as maneiras, nos ajudando com as meninas, pesquisando conosco, tentando nos tranqüilizar e dizendo que tudo acabará bem, mas mesmo assim, eu e Bella estamos muito nervosos e apreensivos.

As meninas ficaram muito felizes com a visita do pai e o carinho da avó alemã, mas ficaram muito animadas por voltar para casa. Elas nos contaram que apesar do papai Mike ter sido muito legal e passeado bastante, elas sentiram muitas saudades nossas e estavam loucas para voltar.

Além da novidade sobre o passeio com Mike e sua mãe, elas também contaram muitas outras novidades e em uma das muitas conversas que tivemos elas acabaram contando que  o papai ia se casar outra vez.

Bella ficou apreensiva com a notícia do casamento do ex-marido pois ficou pensando em como seria a relação das gêmeas com a madrasta, caso elas fossem filhas de Mike, se as meninas gostariam dela, se a nova esposa do pai as tratariam bem, dentre outras coisas, mas eu lhe disse que talvez fosse um alivio Mike estar se casando outra vez, pois formar uma nova família poderia amenizar a sua reação caso as meninas fossem realmente minhas.

Bella tinha uma grande mágoa dele por tudo o que tinha passado durante o casamento, mas no fundo não queria magoar Mike e até se sentia mal por ele. Por ele ter que levar aquela vida regrada, por ainda não ter conseguido ser feliz de verdade.

O senador Swan combinou com Bella para que não fosse falado com Mike sobre a paternidade das gêmeas até que tivéssemos o resultado do exame. Sob a sua orientação e dos advogados contratados, qualquer atitude só seria tomada depois que tivéssemos certeza das nossas desconfianças, apesar de já estarmos nos preparando para a confusão que seria a nossa vida depois que soubéssemos a verdade, qual fosse ela.

Tentamos levar os nossos dias normalmente, mas estávamos cada dia mais tensos, pois se Nina e Lila fossem minhas, teríamos uma longa batalha pela frente e se não fossem, teríamos que conviver com o fantasma de Mike Newton nos assombrando pelo resto das nossas vidas.

Apesar de tudo que ele disse ao senador Swan sobre os motivos para visitar as filhas, eu e Bella ainda não confiávamos nas boas intenções dele.

Ainda desconfiávamos que ele queria algo a mais.

Para descontrair, resolvemos fazer uma festa a fantasia para comemorar o aniversário das minhas menininhas e do amor da minha vida. Uma festa cuja preparação estava conseguindo que mudássemos o foco dos nossos problemas para algo mais divertido e relaxante.

Na véspera da festa, depois de colocarmos as serelepes para dormir, Bella e eu fomos para o nosso quarto e nos deitamos na cama como de costume, abracei a minha namorada, mantendo-a colada em meu corpo, enquanto respirava em seu cabelo, no nosso ritual preferido para a hora de dormir. Apesar desta estar sendo uma semana incomumente calma, depois de tantas preocupações, hoje pela manhã surgiu um assunto que eu teria que discutir com Bella.

- Meu amor... – sussurrei em seu ouvido, enquanto acariciava seus braços e ouvia seus suspiros satisfeitos.

- O que foi? – ela praticamente ronronou como uma gatinha, se aninhando mais contra meu corpo.

- Tenho uma coisa para conversar com você... Uma novidade que soube hoje pela manhã...

- É problema? – Bella mudou seu comportamento na hora e se virou para mim me olhando, tensa – Por que se for problema, nem quero saber – deu um risinho nervoso – Quero continuar os meus dias calmos como estão.

- Não é problema, te garanto – beijei a ponta do seu nariz - Só queria te avisar que minha mãe virá para o aniversário das meninas... Ela me ligou mais cedo falando que queria vir me ver e eu acabei falando da festa que daremos para as meninas amanhã – a expressão serena da minha Bella reapareceu e eu senti seu corpo relaxar  - Ela disse que esta seria uma boa oportunidade de conhecer as duas menininhas de quem tanto falo e de te rever, então virá para cá amanhã no primeiro vôo a fim de também participar da festinha, tem algum problema?

-  Não, Edward!  Nenhum problema – seu sorriso lindo reapareceu depois de tantos dias - Isto é ótimo!

- Você gostou?

-Claro que sim... – continuou, empolgada -  Queria mesmo ver a dona Beth e conversar com ela, e além do mais acho que em pouco tempo teremos que avisá-la que ela é avó de duas menininhas lindinhas e sapecas. É um prazer ter a mãe do meu futuro marido na festa das possíveis netas!

- Hummm... –  a trouxe para ainda mais perto e passei o nariz em seu pescoço, provocando-a - Futuro marido? – beijei a pontinha da sua orelha – Possíveis netas? – passei para o ombro -Estou gostando do que estou ouvindo, minha Bella...

-E esta não é a verdade? – ela suspirou - Em poucos dias teremos certeza do que cada dia mais parece ser a verdade sobre as meninas e logo depois podemos nos casar e formar a família feliz que eu sempre sonhei...

- E eu mal posso esperar por isto... – falei feliz pelos seus planos - Mal posso esperar para ter a minha família oficialmente.

- Muito menos eu...Estou mais do que ansiosa para isto. - sem aviso, Bella girou seu corpo e apoiando os braços nas laterais da minha cabeça, passou a me beijar com paixão.

- Te amo, sabia? – ela sussurrou entre meus lábios – Te amo muito meu Edward...

- Sabia sim...-  a abracei com força, passando as mãos por sua cintura e trazendo-a para mais perto – Assim como eu te amo e não consigo viver mais sem você...

-Você me faz a pessoa mais feliz do mundo... – sua boca migrou para minha orelha – Meu Edward... Meu... Somente meu...

- Minha doce Bella... Minha feiticeira... - comecei a passear minhas mãos em suas costas, em sua cintura, sentindo, através da camisola de seda, as curvas perfeitas do seu corpo – O amor da minha vida...

Bella passou a beijar meu pescoço dando pequenas mordidinhas e respirando quente, me tirando a fala.

- Eu te quero Edward... – ela se afastou um pouco e me lançou um olhar travesso para logo depois descer com seus lábios e mão para o meu peito e barriga brincando com sua língua em meu umbigo e me fazendo arfar.

Ela estava me deixando louco, me acariciando com as mãos subindo e descendo sua boca por meu corpo, dando lambidas, chupões e pequenas mordidas.

Minhas mãos apertavam seu quadril o quanto podiam, subiam por suas costas por baixo da sua camisola enquanto ela voltava a me beijar forte, me alucinando e me provocando com suas mãos no elástico da minha boxer.

- Bella ... Amor ... - estava meio perdido nos meus gemidos e entre os beijos dela.

- Hmmm ... O que foi? - perguntou entre os beijos que me dava.

- Me deixa tirar essa camisola... Pare de me provocar...

Bella parou os beijos no mesmo momento e com um sorrisinho malvado foi me acariciando do meu peito até a boxer, roçando em meu membro e me deixando ainda mais louco.

- Deixa que eu começo então, amor – ajoelhando-se na cama, ela tirou minha boxer me dando beijos ao mesmo tempo que descia a peça, sempre perto mas não onde eu precisava, as vezes de boca aberta ou as vezes apenas respirando.

- Bellaaaaa... – praticamente gritei, tentando trazê-la de volta para mim -Você está me deixando louco... Quero você agora!

- Calma... – ela riu do meu desespero e se curvou para dar um beijinho em meu nariz – Tudo no seu tempo...

Após  retirar a minha boxer completamente, ela levantou-se da cama e bem devagar se livrou da camisola e para me provocar mais ainda, da sua calcinha de renda, ficando totalmente exposta para mim.

Sem conseguir me conter mais, estiquei meus braços e a puxei de volta para a cama, fazendo com que ela caísse sobre meu corpo.

- Agora é a minha vez, minha Bella malvada – a posicionei em meu colo comecei acariciando sua cintura, descendo mais para a sua bunda, fazendo-a fechar os olhos e respirar profundamente – Você é minha... Minha... - me curvei e beijei seus lindos seios, rodeando a língua por seu mamilo, fazendo-a perder o fôlego e gemer baixinho – E eu faço o que quiser de você...  - dei um grande sorriso sentindo que a fiz perder o controle.

Bella começou a rebolar em meu membro e a acariciar minha barriga e peito, tentando virar nosso pequeno jogo, sabendo que suas mãos em mim sempre me levavam a perder o controle, e quando ela agarrou em meus cabelos e me beijou forte, mordendo meus lábios, ouvi um barulhinho vindo da babá eletrônica que tínhamos no nosso quarto.

Sempre esperávamos que as meninas dormissem pesado antes de começarmos as nossas sessões de namoro e até hoje, nunca elas tinham acordado, mas isto podia acontecer.

Bella pareceu não ouvir, pois não parou seu ataque a mim, rebolando cada vez mais, me beijando cada vez mais forte.

Tentei relaxar, mas  ouvi outro barulho parecendo um resmungo e fiquei tenso.

Estava com medo de sermos pegos e desta vez, Bella pareceu perceber algo errado, parando seus beijos e movimentos.

- O que foi meu amor? – mordiscou meu queixo – Não está gostando?

- As meninas... - falei quase sem fôlego e atordoado pelo que ela fazia em mim – Ouvi um barulho vindo da babá eletrônica...

- Isto é normal... Alguma delas deve ter se mexido na cama...– ela nem se abalou e continuou o que estava fazendo – Relaxe meu amor... - mordiscou meu pescoço - Elas não estão acordadas, te garanto...

Como Bella tinha muito mais experiência do que eu neste assunto, resolvi fazer o que ela tinha me dito e relaxei apertando-a entre meus braços, dando um beijo voraz, longo e profundo. Fechei os olhos e me deixei ser levado pelas sensações boas dos lábios de Bella correndo por meu pescoço, meu peito, descendo por minha barriga... Acariciei suas coxas e senti que ela me levava para dentro dela, molhada, quente, se abrindo pra mim.

Estávamos prontos para começarmos mais uma noite de paixão, quando um grito estridente soou no aparelhinho eletrônico.

- Mamãaaaaaaaae... Tio Eeeeddie... Eu acordei!

Assustado, abri meus olhos e respirei fundo, tentando me situar.

- Eu tambéeeeeeeem! – outra vozinha falou – Vem logo me ver!

Bella soltou um suspiro frustrado e  me liberando, rolou para o lado.

As nossas meninas tinham acordado e era preciso agir rápido antes que as duas impossíveis invadissem o quarto.

Tentando se recompor, Bella deu um pulo da cama e vestiu uma das minhas camisetas.

- Brincadeira suspensa por enquanto... – ela olhou para o meu estado animado, muito animado eu diria e deu um sorrisinho – Vou ver do que as nossas garotinhas lindas precisam e você tente se ‘acalmar’ para poder me ajudar...

- Daqui a pouco eu vou... - falei meio atormentado, olhando pro meu amigo pronto pro combate e agora abandonado.

Bella riu e se aproximou, me deu um selinho nos lábios

- Esta é mais uma amostra da realidade de quem tem filhos pequenos. – pegou sua calcinha no chão e vestiu - Se acostume a ser interrompido no melhor da festa...

Pouco depois me juntei a Bella e assim que conseguimos com que as danadinhas voltassem a dormir seguimos para nosso quarto, abraçados e satisfeitos.

- Finalmente elas dormiram... – Bella se jogou na cama suspirando alto – Pensei que fosse passar o resto da noite cantando para Nina...

- Ela resistiu bastante desta vez. Acho que ficamos quase uma hora tentando fazer com que aquela sapeca voltasse a dormir – comentei, olhando para o relógio no criado-mudo e notando que já passava da meia noite.

Já que ainda estávamos acordados, resolvi que era uma boa hora para entregar o presente de Bella. Peguei o pequeno embrulho no bolso do meu paletó e sentei na cama.

- Edward? – ela se sentou ao meu lado e me olhou curiosa – O que você está fazendo?

- Feliz aniversario, meu amor! – estendi a caixinha de veludo decorada com um laço para ela – Espero que este seja o primeiro de muitos aniversários juntos outra vez.

- Obrigada amor...- Bella segurou a caixinha e sorriu para mim.

- Mas você ainda nem sabe o que é, como pode me agradecer?

- Eu vou gostar seja o que for. – ela puxou o laço e abriu a embalagem - Eu sou a garota que adorou um anelzinho de chiclete, lembra?

Sorri do seu comentário mais que pertinente. Bella tinha ficado muito feliz com aquela minha pequena surpresa naquele dia e com certeza adoraria que eu estava fazendo de hoje.

- Edward! - ela arfou quando abriu a caixinha. – É lindo demais!

Aninhado na almofadinha de veludo estava um anel de ouro branco com uma delicada esmeralda. A jóia era uma réplica perfeita do anel de plástico que eu havia dado a Bella quando a pedi em namoro pela primeira vez.

O anel de brinquedo que minha Bella manteve guardado durante anos como lembrança do nosso louco amor.

- Gostou meu amor?

- Deus... Esta é a jóia mais linda que já vi na vida... – ela falou com a voz embargada de emoção – Mil vezes obrigada, Edward!

Tirei o anel da caixinha e o coloquei no dedo de Bella e ficamos por um tempo admirando o brilho da pedra preciosa que combinava com os lindos olhos da minha amada até que ela pulou em meu colo, chorando emocionada.

- Eu te amo Isabella Swan – falei enxugando com as pontas dos dedos as lágrimas emocionadas que corriam pelo rosto - Te amo hoje ainda mais do que no dia em que te dei aquele anel de chiclete. E amarei por toda a minha vida...

- Para sempre, meu Edward... – ela murmurou enterrando o nariz em meu pescoço.

- Para sempre... – repeti as suas palavras e com meu maior sorriso, deitei Bella na cama para continuarmos o que nossas meninas tinham interrompido.

....

Nosso dia de sábado amanheceu agitado, depois de um café da manhã comemorativo com a presença ilustre dos nossos melhores amigos e das meninas abrirem os primeiros presentes ganhos, uma mini cozinha dada por mim e por Bella, e duas lindas bonecas presenteadas por Emmett e Rose, seguimos para o salão de festas do edifício e começamos a arrumação da festinha,  fazendo alguns enfeites, pendurando os balões nas paredes, forrando as mesas, enquanto a duplinha de um lado para o outro do salão, empolgadas e querendo participar de todos os detalhes.

- Mamãe eu posso pendurar esta máscara na parede? – Lila veio correndo ao nosso encontro, com um dos enfeites nas mãos.

- Pode sim Lila, só vou colocar um pouco de fita adesiva e você cola – ela pegou o enfeite da mão da menininha e depois de colocar um pouco de fita, o devolveu.

- Tio Eddie, você me levanta pra mim colar ela no altão? –  pediu, já com o enfeite preparado nas mãos.

- Claro princesa – levantei Lila o mais alto que pude e ela colou o enfeite na parede com suas mãozinhas pequenas e habilidosas.

-  Esta festa vai ficar muito lindona! – Nina olhava para todos os lados parecendo aprovar nosso trabalho – Vai ser a festa mais linda que eu já tive.

- Vai ser sim, irmã! Nossa festa vai ficar lindonona! – Lila concordou.

As paredes do salão estavam sendo enfeitadas com fitas, mascaras e balões coloridos e as mesas tinham toalhas coloridas e cataventos decorando-as.

Estava ficando realmente muito bonita a festinha.

Depois de mais um tempinho de arrumações, Emmett resolveu distrair as meninas e pegou um dos balões de gás hélio que compramos para ornar a festinha e anunciou uma brincadeira.

- Meninas, vocês querem ver o que o tio consegue fazer?

- Queremos! – as duas gritaram juntas.

- Então fiquem quietinhas para assistir a mágica do tio Emmy! – ele pegou inalou o conteúdo, do balão, fazendo uma voz fininha em seguida.

- Sua voz está diferente! – Lila falou e ele fez a voz outra vez, imitando um pato e fazendo as meninas gargalharem sem parar.

- Gostaram princesas? – ele perguntou ainda fazendo uma voz esquisita.

- Eu gostei tio Emm! – Lila falou pulando no colo dele – Faz mais uma vez!

- Está bem... Você quem mandam! - Emmett inalou mais gás e falou o nome delas com a voz de brincadeira.

- Tio Emm, você é muito, muito bobo! – Nina falou entre risinho – Mas também é bem legal.

- É que ele pensa que tem a mesma idade de vocês, Nina e Lila. A cabeça oca dele é a mesma de um menino de 5 anos de idade – Rose revirou os olhos – Não é minha criança grande?

Emm fez uma carinha fofa de dengo para a namorada e todos rimos da cena.

Depois do almoço, Rose e Bella foram pegar o bolo e os docinhos em uma casa de chá perto de casa e enquanto Emmett, eu e as meninas estávamos nos últimos preparativos, a nossa convidada especial chegou.

- Edward, filho? – minha mãe falou, fazendo com que eu deixasse de lado o que estava fazendo e corresse até ela a abraçando - Que saudades de você meu filho lindo!

- Saudades também... Muitas saudades, mãe! – a abracei ainda mais forte, gostando do aconchego dos braços de Elizabeth Masen.

Fiquei agarrado à minha mãe por um bom tempo, até que um puxão em minha camisa me fez soltá-la.

Nina e Lila estavam paradas ao meu lado, com umas carinhas desconfiadas fofas.

- Que é ela tio Eddie? – Nina perguntou curiosa

- Meninas está é a vovó Beth, a minha mamãe. Eu me apressei a apresentar as minhas meninas à minha mãe. – Digam oi para ela.

- Oi vó Beth! – as duas respondem juntas.

- Mãe, estas são Nina e Lila, as princesas aniversariantes deste dia.

- As filhas de Bella?

- Sim, as filhas de Bella. As meninas de quem tanto falo à senhora.

Minha mãe olhou bem desconfiada para as meninas, mas depois abriu um grande sorriso.

- É um prazer conhecer duas princesas tão lindas como vocês, Nina e Lila.

- O prazer é meu! – Nina estende a mão – Eu sou a Nina e a minha irmã é a Lila – ela puxou a irmã para também cumprimentar minha mãe.

- Esperta ela. – minha mãe riu da fofura da pequena.

- Muito, mãe... – dei um beijinho na cabeça de Nina - A senhora ainda não viu nada. Estas meninas são encantadoras.

- E também umas pestinhas. – Emmett completou, abraçando minha mãe e tirando seus pés do chão – A senhora ainda vai ver o que estas duas crianças tão fofinhas são capazes de fazer, tia Beth!

- Oi Emmett – minha mãe sorriu – Que bom te ver!

- Bom ver a senhora também... – ele falou – Quer dizer que a senhora finalmente conheceu as gêmeas terroristas?

- Gêmeas terroristas? – ela perguntou rindo da brincadeira do meu amigo – Só sei que conheci duas menininhas lindas.

- Lindas, mas com o poder de destruição maior do que o de uma bomba atômica. Principalmente esta aqui, não é Nina?

- O que foi que eu fiz agora? – Nina fez biquinho – Eu estou quieta tio Emmy.

- Quieta por enquanto, não é Melanie Swan? – ele a provocou – Daqui a pouco está derrubando tudo o que estiver em sua frente.

Nina fez uma cara bem brava e deu língua Emmett, enquanto agarrava nas pernas dele, tentando derrubá-lo.

- Não me chama de Melanie que eu não gosto, tio Emm bobão...

- Está vendo tia Beth, como ela é uma pestinha? – o grandão riu e abaixando um pouco, deu um beijinho na sua bochecha – Desculpa, tio Emm te promete que não te chama mais daquele nome feio que sua mãe te deu, Nina.

- Que confusão é esta aqui Emmett McCarty? –Bella chegou rindo com algumas bandejas de docinhos nas mãos e sendo seguida por Rose – Deixe Nina em paz... – ela olhou a pequenina – Vá brincar com sua irmã minha princesinha e esquece este bobão.

Nina voltou a dar língua para Emmett e saiu correndo pelo salão atrás de Lila, que, mais uma vez, estava saltitando feliz .

- Oi dona Beth...– ela passou os docinhos para a amiga e cumprimentou sua futura sogra. – A senhora já conheceu minhas garotinhas?

- Já sim, Bella... – minha mãe deu um abraço tímido nela -  Suas filhas são lindas. Lindas como você era quando criança e já soube que bem espertas também.

- Sim, elas são. Espertas e serelepes – Bella olhou para a duplinha, que agora corria pelo salão e deu um sorriso orgulhoso – E quanto a parecer comigo, não sei... Acho que elas têm um pouco de mim sim, mas elas se parecem muito mais com o pai, principalmente nas manias. Estas duas são cheias de manias engraçadas – provocando, Bella piscou para mim – Meu amor, já terminei a minha parte e agora vou levar as meninas para que elas se troquem. Meu pai disse que já está chegando e em pouco tempo os convidados também começarão a chegar.

- Só vou terminar de pendurar estes balões e já vou. – sorri para ela - Preciso acomodar a minha mãe e também me trocar.

- Te espero em minha casa então... – ela se aproximou e sapecou um beijinho na minha bochecha – Dona Beth, conversamos mais tarde... Mas está sendo um prazer tê-la na festa das minhas filhas.

- O prazer é todo meu Bella. Suas filhas são realmente crianças encantadoras.

- Obrigada mais uma vez – Bella falou e então se virou para as meninas – Vamos nos trocar duplinha da mamãe. Temos pouco tempo para nos transformarmos em princesas lindas!

Assim que Bella saiu, minha mãe me lançou um dos seus olhares desconfiados que eu conheço desde criança, mas por estarmos junto com Emmett e Rose não perguntou nada, apesar de eu ter desconfiar seriamente de que mais tarde, quando tivéssemos privacidade, ela me bombardearia com as mais diversas perguntas sobre Bella e as gêmeas.

Tinha certeza que dona Beth, sempre observadora, já desconfiava do meu maior segredo.

Ela sabia que havia algo errado, alguma coisa que eu não estava lhe contando.

Ela sabia que havia algo a mais na minha relação com aquelas crianças.

...

A festinha das minhas garotas preferidas foi a mais linda e animada que eu já tinha visto e elas se divertiram muito com os vários coleguinhas que compareceram à comemoração dos seus 5 aninhos .

Combinamos que todos nos vestiríamos dos personagens que mais gostávamos e Nina acabou por escolher uma fantasia de Mulan, Lila se vestiu de Rapunzel. Eu me fantasiei de Romeu, Bella de Julieta e Emmett e Rose de Shrek e Fiona, fazendo as meninas gargalharem com a escolha tão apropriada.

Tio Emmy era o ogro predileto das minhas menininhas.

Depois dos parabéns, compartilhado com a mamãe também aniversariante, elas fizeram uma combinação, e para que ninguém ficasse triste, elas dividiram os primeiros pedaços de bolo, Bella oferecendo o dela para nossos melhores amigos e os das gêmeas para mim e para o vovô Charlie.

Minha mãe observava calada todos os meus movimentos e também não tirou os olhos das gêmeas por um minuto, sempre sorrindo quando elas faziam alguma gracinha, e a dupla estava conquistando-a cada vez mais, pois de tempo em tempo elas iam à mesa na qual ela estava e lhe davam um beijinho.

Depois que o ultimo amiguinho das meninas deixou a festa, nos despedimos dos nossos amigos e do senador Swan, que infelizmente teria que seguir para Washington naquela noite mesmo e seguimos para casa com as duas já adormecidas. Eu e Bella fizemos o nosso trabalho de equipe de trocar a roupinha delas e colocá-las em suas caminhas e depois fomos para a cozinha, onde minha mãe estava preparando alguma coisa para comermos.

- As princesinhas estão dormindo mesmo? – ela perguntou enquanto colocava a massa preparada em uma travessa.

- Sim dona Beth... – Bella suspirou e me fez sentar em um dos banquinhos da minha cozinha, sentando no meu colo – Elas duas estavam tão cansadas que nem se mexeram quando trocamos as suas roupinhas.

- Também não podia ser diferente. – eu ri, dando um beijinho na bochecha de Bella – O tanto que aquelas crianças pularam e correram... Só podiam estar muito cansadas.

- Meu filho... Bella... - ela colocou atravessa na mesa e sentou-se do meu lado – Tem uma coisa que eu queria perguntar a vocês... Eu andei observando algumas coisas...

Como eu já desconfiava, minha mãe tinha realmente percebido que havia algo diferente na minha relação com as filhas da minha namorada e agora eu estava curioso em saber o que ela tinha observado.

- Pode perguntar mãe – sorri e coloquei Bella sentada no banquinho do meu outro lado – Pergunte o que a senhora quiser.

- Estas meninas... As filhas de Bella com o ex-marido... – ela começou, lançando mais uma vez o seu tão conhecido olhar - Tem alguma coisa nelas que me lembra você pequeno. –falou meio desconcertada  – Elas tem alguma coisa muito parecida com você, Edward...

Bella me olhou assustada e eu apertei a sua mão, passando conforto. Já tinha alertado a ela algumas vezes que eu lidaria com a minha mãe e a sua eterna desconfiança quando tivéssemos que contar a verdade sobre as nossas meninas.

- É mãe... Eu sei disto –falei em um tom calmo– Algumas pessoas já me disseram isto... Já ouvi muito que elas se parecem comigo.

Minha mãe lançou um  olhar acusatório em Bella e eu voltei a apertar a sua mão.

- Existe alguma possibilidade destas meninas serem suas filhas, Edward? –ela perguntou sem cerimônia – Eu quero saber a verdade.

Preferia ter esta conversa com a minha mãe quando tivesse em mãos o resultado que provavelmente confirmará todas as suspeitas.

Preferia contar a ela quando eu soubesse com certeza que Nina e Lila eram suas netas, mas como não era possível, o melhor a ser feito era enfrentar a fera.

Soltei um longo suspiro.

- Tem sim mãe... Eu ia conversar com a senhora sobre este assunto quando eu tivesse certeza, mas tem grande chance da senhora ser a avó biológica das lindas menininhas que a senhora conheceu esta tarde.

Os olhos de minha mãe se arregalaram e ela voltou a olhar feio para Bella.

– Elas podem ser filhas do meu Edward e nós não sabíamos de nada? – minha mãe praticamente gritou - Como você escondeu uma coisa destas, Bella? Porque você negou até agora ao meu filho a convivência com as filhas? – ela disparou a falar, cada vez com mais raiva – Eu não acredito em uma coisa destas!

- Dona Beth eu não... – bastante assustada com a ataque de fúria da minha mãe Bella tentou responder, mas eu fiz com que ela se calasse.

- Não, meu amor... – coloquei um dedo em seus lábios – Deixe que eu resolvo...

Eu lidaria com minha mãe pois a culpa era minha em não ter contado a ela das nossas suspeitas desde o primeiro momento. Eu não deixaria Bella ser acusada injustamente.

- A Bella não sabia, mãe... Ela realmente não sabia... É complicado... Me deixe te contar a verdade...– sorri e com bastante calma, expliquei a ela como tinha sido a nossa ultima noite juntos antes do casamento de Bella, as desconfianças de Emmett e a possibilidade que tinha das meninas tanto serem minhas filhas como de Mike, como era pensado até então.

- Mas agora que vocês sabem da possibilidade, vão pesquisar? Vão tomar providências? – seu tom era muito mais ameno.

- Sim, claro que vamos... Já fizemos o exame de DNA e saberemos toda a verdade esta semana ainda...- Bella respondeu, mal contendo o seu sorriso satisfeito.

Minha mãe colocou a mão na boca, emocionada e seus olhos se encheram de lágrimas.

- Minhas netinhas... Eu posso ter não uma, mas duas netinhas!

- Sim mãe... – peguei suas mãos geladas - Talvez elas sejam as netinhas que a senhora tanto sonhou, mas independente do que o exame nos traga de novidade, eu já considero aquelas coisas lindas minhas... Elas farão parte da vida da senhora de qualquer maneira.

- E isto é incrível! – ela me abraçou – Minhas netinhas... Tenho certeza que elas são minhas netinhas e  eu não me engano nunca! Este exame vai ser positivo, vocês vão ver! Eu senti algo diferente quando coloquei meus olhos nelas... Elas são suas, Edward!

- Espero que sim, mãe... Realmente espero que sim – beijei sua bochecha – Este é o meu maior desejo.

Minha mãe me soltou e ainda mais emocionada, abraçou a minha namorada.

 - Bella me desculpa por ter te acusado injustamente, por ter desconfiado de você... – falou envergonhada - Mas você sabe os meus motivos para isto...  Só Deus sabe o que eu passei quando você abandonou meu filho... Edward sofreu muito por sua causa.

- Eu sei o que eu fiz com Edward naquela época, Dona Beth – Bella fez uma cara culpada - E sinto muito por isto. Agora, só quero recuperar o tempo perdido,  fazer o seu filho feliz, ser feliz....

- E criar as minhas netinhas bem, ao lado do pai delas. – minha mãe complementou.

- Se for da vontade de Deus, criar as nossas filhas juntos. – Bella falou

- Vai ser, minha filha... Ele vai querer. – minha mãe enxugou as lagrimas – Agora me conte mais sobre aquelas menininhas lindas.

- Conto sim – Bella abriu um lindo sorriso – O que a senhora quer saber?

Enquanto minha mãe estava enchendo a Bella de perguntas sobre as meninas e também falando de algumas coisas minhas de criança que Bella dizia que as gêmeas também tinham, resolvi deixá-las a vontade para conversar, fui dar uma olhada nas minhas pequenas adormecidas.

Abri a porta do quartinho delas bem devagar e ao olhar para as caminhas, me deparei com uma cena curiosa. Lila estava ajoelhada em sua cama, olhando para o anjinho que tinha pendurando na cabeceira e rezando baixinho.

Parei na porta e resolvi ouvir o que ela pedia.

- Querido papai do céu, protege a minha mãe Bella, a minha irmãzinha Nina, o vovô Charlie, o papai Mike, a vovó Claire e o vovô Michael – ela fez uma pausa e respirou alto – Também a tia Rose, o tio Emmy e principalmente o tio Eddie...  Por favor papai do céu faça com que o tio Eddie também seja meu papai por que eu gosto muito dele, ele é muito legal e a mamãe fica muito mais feliz quando ele está perto... – outra pausa, desta vez para um bocejo fofo - Eu prometo papai do céu que vou ser uma menina muito boazinha e sempre vou obedecer a mamãe se o senhor deixar o tio Eddie ser o meu papai como é o papai Mike... Eu quero muito que ele seja o meu papai porque assim a mamãe vai deixar de ficar preocupada e o tio Eddie vai poder casar com a mamãe e morar na mesma casa. Obrigada papai do céu, eu te amo. Amém. - ela então se deitou e enrolou o cobertor em seu corpinho, logo dormindo outra vez.

Assisti toda a cena tentando conter a emoção que senti ao ouvir o pedido tão sincero da minha pequena.

Assim como ela queria ser minha filha, eu também tinha o desejo de que ela e sua irmã, minhas pequenas terroristas, minhas sapecas lindas, os dois anjinhos que entraram em minha vida para fazê-la melhor, fossem minhas filhas legítimas.

Eu queria esta família linda para mim e muitas vezes, mesmo antes de saber desta possibilidade, me imaginei fazendo parte dela efetivamente. Cuidando das meninas como pai, educando-as, dando-lhes carinho.

Formando, eu, Bella e as nossas meninas, a família que ela sempre sonhou. A família que eu sempre quis ter.

Seria um presente estas meninas lindas serem minhas.

E eu poderia receber este presente nos próximos dias.

Desejava de todo o meu coração e com todas as minhas forças receber este presente.