Quando em 1918... escrita por Leh Cullen


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Aí está!
Espero que gostem!
Leiam lá no final que tenhoalgumas explicações sobre a fic ok! Importante!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/136944/chapter/13

Capítulo 13

A dor era alucinante, eu sentia cada membro do meu corpo queimando, dos dedos do pé a cabeça, era como seu eu tivesse sido jogada viva em uma fogueira, e eu só queria entender o que eu tinha feito de tão errado para merecer isso.

Eu pedia, implorava, para que acabassem logo com a minha dor, eu sentia os gritos rasgando do fundo do meu peito a minha garganta, minhas mãos tentavam se agarrar a algo, mas tudo o que eu tocava se desfazia ao meu toque, o que me desesperava mais ainda.

Ao fundo eu ouvia mais gritos, gritos que não eram os meus, mas que imploravam o mesmo que eu, uma morte rápida e indolor.

Eu já havia sentido dor em diversas ocasiões em minha vida, mas nenhuma delas se equiparava ao que eu sentia agora, eu tinha uma vaga lembrança de já ter sentido algo vagamente parecido como que eu sentia agora, mas essa lembrança era algo muito disperso e que parecia ter acontecido em outra vida.

Depois de muito tempo implorando para a dor acabar senti que a queimação começou a sumir de meus pés e mãos e eu podia movimentá-los livre de alguma agonia, então tardiamente sentia a dor começar a se recolher para mais fundo em mim. Ao fundo eu ainda ouvia os gritos e me concentrando melhor podia ouvir um pulsar acelerado e quente e identifiquei meu coração lutando contra o seu destino, enquanto eu sentia a queimação se aproximando cada vez mais de seu destino final. Então com um golpe certeiro em meu coração e senti-me me levantando tentando impedir a dor e com um ultimo grito a dor sumiu, cai de volta para onde eu estava deitada, tentando entender o que de fato havia acontecido comigo. Eu não deveria ter morrido? Então por que eu tinha tanta consciência de mim, dos meus membros, mãos, pés, pernas e braços, do calor a minha volta, da leve brisa tocando em minha pele... Porque de alguma maneira distorcida eu ainda me sentia viva?

Abri meus olhos lentamente, analisando a minha volta e admirada em como as coisas estavam diferentes de certa forma, eu via tudo com muito mais clareza, era como se antes a minha visão fosse uma TV de antena com imagem chiada e agora fosse TV a cabo, com imagem limpa de chiados. Eu via claramente as partículas de poeira rodeando a minha volta, eu podia ver as pequenas imperfeições no teto e tive que me controlar para não encontrar uma forma de chegar até elas e as eliminar dali, de tão distraída que estava meu corpo inteiro se retesou em proteção quando ouvi um grito agonizante ao meu lado, achei que a essa altura os gritos já teriam se cessado e que tudo fosse apenas a minha imaginação, sentei-me endireitando minha postura e me distrai por um momento em como meu corpo agiu rapidamente com um único pensamento , meu reflexo estava perfeito, novamente os gritos. Olhei a minha volta procurando de onde eles vinham.

Havia um rapaz deitado em uma cama a poucos metros de distancia da minha, o rapaz se contorcia em dor e seus lábios se curvavam com seus gritos, suas mãos abriam e fechavam em desespero. Olhei melhor e então algo em minha mente deu um estalo de compreensão e então eu reconheci aquele rapaz, levantei rapidamente para seguir em sua direção, mas então meus braços foram presos atrás de mim por alguém invisível e rosnei em aviso, eu podia sentir que agora e era muito mais forte do que antes e que com apenas um único movimento meu, meu agressor seria transformado em poeira, o rosnado que eu ouvia saindo de meus lábios foi o suficiente para me distrair e me fazer perguntar-me como eu conseguia fazer aquilo.

-Bella.. –ouvi uma voz atrás de mim dizer.

-Me solta.-pedi e então me distrai com o som aveludado e de soprano que foi a minha voz, era como sinos soando, então mais uma vez tive um estalo de compreensão. –Carlisle. –me virei para ele e o vi parado a alguns passos atrás de mim, seu rosto concentrado e seus olhos preocupados.

-Como você esta conseguindo? –ele perguntou com uma nota de confusão em sua voz.

-Consigo o que?

-Se controlar. –ele disse simplesmente.

-Porque eu deveria me controlar? –perguntei.

-Você não esta sentindo a sede?

-Sede? –e só então tomei consciência da dor rasgando em minha garganta, mas deixei aquilo de lado quando novamente ouvi um grito de dor. –Edward. –me ajoelhei ao seu lado preocupada, segurando as suas mãos nas minhas. –Falta quanto tempo Carlisle? –perguntei.

-Eu o transformei apenas algumas horas depois de você, você estava em estado pior então a transformei primeiro. –ele explicou. –Acredito que mais umas doze horas, pelo que posso ouvir pelas batidas de seu coração, mas sua transformação levou apenas dois dias, normalmente são tres.

-Certo. –eu disse e então acariciei os cabelos de Edward er pude sentir sua pele pegajosa pelo suor. –Porque você me transformou também? –perguntei.

-Elizabeth Masen me implorou por isso antes de morrer. –ele disse. –De qualquer forma eu já tinha isso em mente antes que ela pedisse.

-Obrigada. –comecei a analisar Edward então, comprando-o com a memória que eu tinha dele tanto como humano como vampiro.

Edward estava perfeitamente entre ambos humano e vampiro, sua pele alguns tons mais claros, uma olheira se formando embaixo de seus olhos, seus lábios mais vermelhos e um pouco mais cheios, a cor de seu cabelo em grande contraste com sua pele de mármore, os músculos de seus braços mais acentuados e formados.

Não exatamente por quanto tempo fiquei ali ao seu lado, olhando por ele, mas então sua respiração mudou para um ofegar desesperado, de alguém que tentava lutar para não morrer, seus gritos ficaram mais altos.

-Por favor. –ele gemeu.

-Já vai acabar amor. –sussurrei em seu ouvido.

-Por favor! –ele gritou e então seu tronco se levantou do colchão, seus dedos se apertando ao redor do meu e então Edward caiu na cama, completamente parado e me preocupei que algo pudesse ter saído errado.

-Edward... –sussurrei novamente e então seus olhos se abriram e vi um vermelho sangue forte ali no lugar dos verdes esmeralda que eu tanto estava acostumada, meus olhos deviam estar tão vermelhos quanto os dele.

Então com um rápido movimento Edward estava do outro lado da sala em posição de ataque, me levantei para segui-lo, mas senti Carlisle me segurando levemente em meus braços me impedindo.

-o que está acontecendo? –ouvi a voz de soprano de Edward dizer e então rapidamente conectei sua voz com a lembrança da voz de vampiro que eu tinha e não eram iguais, meus ouvidos humanos não foram capazes de apreciar a maciez de veludo que sua voz e era. –Porque eu? –ele olhou para Carlisle com interrogação e então vi Carlisle arregalar os olhos em direção a Edward. –A quanto tempo? –Edward disse e vi a confusão estampada novamente no rosto de Carlisle.

-Ele pode ler mentes. –eu disse calmamente e então Edward relaxou sua postura defensiva e seus olhos encontraram com os meus e sorri para ele.

-Porque eu não te ouço então? –ele perguntou.

-Você nunca pôde. –dei de ombros, de certa forma aliviada que ele não pudesse ler a minha mente, mas mesmo assim chateada, pois isso significava que eu vinha com defeito até mesmo na versão vampírica de mim.

-Eu me lembro de você me contando tudo. –ele disse e então olhei para ele em confusão.

-Eu contei?

-Contou, enquanto delirava de febre. –vi uma emoção passar por seus olhos e então se suavizarem. –Isso não é normal? –ele olhou para Carlisle? –Sim, eu sinto. –eu olhava confusa de um para outro. –Eu não tenho idéia de como faço isso. –ele deu de ombros, olhei confusa para Carlisle pedindo uma explicação.

-Eu vou me sentir melhor assim que vocês dois caçarem. –disse Carlisle e então a dor em minha garganta queimou terrivelmente.

-Aí. –levei minhas mãos até a minha garganta tentando fazer a dor diminuir de alguma forma, era uma a dor que arranhava como dedos com unhas pontudas invisíveis em minha garganta.

-Você esta bem? –Edward estava ao meu lado em uma fração de segundos, com suas mãos sobre as minhas e então eu me distrai da dor na minha garganta com o seu toque em mim, a maciez e calor de sua pele mandando ondas de corrente elétrica pelo meu corpo. Senti o cheiro de Edward e quase o pude sentir em minha língua, era irresistível e de dar água na boca, olhei para Edward e vi que ele retribuía meu olhar com total intensidade, essa era uma característica única de Edward, tanto como humano quanto como vampiro, a forma como ele me olhava.

-Tudo bem. –ele olhou para Carlisle e parecia chateado. –E o que vamos caçar?

-Existe um bando de cervos em uma área florestal a alguns quilômetros daqui. –disse Carlisle segundo até a porta. –Vamos.

Não sei exatamente q quanto tempo estávamos ali caçando. Eu já havia abatido três cervos e estava uma bagunça completa, com a roupa toda rasgada e toda coberta de sangue e terra. Quando senti o cheiro de sangue animal pela primeira vez, praticamente me recusei a seguir em frente, era um cheiro viscoso e denso, com Edward foi mais difícil, mas ele o fez assim que eu tomei a iniciativa.

Carlisle disse que só tínhamos que seguir nossos instintos e que nós saberíamos a hora de parar, eu podia sentir Carlisle nos observando a alguns metros da li e algo em mim dizia que aquilo não estava correto e que era para mim ataca-lo, mas ignorei o instinto e continuei a beber o sangue do cervo, que podia não ser lá aquelas coisas, mas que fazia a queimação na minha garganta abrandar.

Depois de drenar todo o sangue do animal eu me sentia empapuçada, não estava exatamente satisfeita, mas eu sentia que se eu colocasse mais sangue de herbívoro para dentro que eu o vomitaria todo para fora de mim. Larguei o corpo inerte do animal no chão e me levantei analisando o estado que minha roupa estava não havia muito a ser feito. Ouvi um rosnado baixinho vindo a alguns metros de mim e olhei a minha frente, e lá estava Edward largando o animal sem vida no chão e se levantando.

Sua roupa estava igualmente rasgada, sua camisa era apenas farrapo e não escondia nada do seu peitoral musculoso e sem perceber que eu o observava ele olhou aborrecido para a peça de roupa e arrancou sua camisa a jogando no chão. Vi uma gota de sangue escorrer de seus lábios, fazendo o caminho do seu queixo, pescoço e peitoral, eu olhava o trajeto da pequena gota de sangue hipnotizada, eu queria encurtar o caminho entre nós e lamber aquela gotinha de sangue para mim. Olhei novamente para cima e agora Edward me encarava, seus olhos incrivelmente vermelhos me abalizavam de cima abaixo.

-Acho que vou para o hospital agora. –ouvi a voz de Carlisle dizer. –Não vejo problemas em deixá-los sozinhos. –vi Edward afirmar com a cabeça com um mínimo movimento.

Ouvi o farfalhar das folhas quando Carlisle deixou a clareira que nos encontrávamos e logo ele não estava mais em meu alcance de visão e nem de audição.

-Como você está? –Edward perguntou.

-Bem e você? –eu disse sem desgrudar meus olhos dele, eu sentia algo me queimando de dentro para fora, uma queimação boa e que estava prestes a me fazer explodir.

-Bem também. –Edward começou a caminhar em minha direção em passos incrivelmente lentos.

Claramente ele era um predador ali, e vê-lo daquela forma me aqueceu por dentro de uma forma que eu não sabia ser possível, eu sentia o desejo queimar na ponta dos meus dedos, mandando vibrações por todo o meu corpo enquanto Edward continuava a caminhar em minha direção.

Então, quando ele estava a apenas um passo de distancia eu o ataquei. Foi intenso, forte e selvagem... Nossas roupas se encontravam no chão ao nosso lado e completamente retalhadas, enquanto nossos corpos ainda se chocavam duramente um no outro, nossos rosnados e gemidos poderiam ser ouvidos a quilômetros de distancia. Um novo dia amanheceu na pequena clareira quando vi o sol pincelar a pele de Edward, fazendo com que fragmentos de luz brilhasse como diamantes multicoloridos em sua pele, e ver Edward daquela forma foi demais para mim, nos virei de forma que eu pudesse ficar por cima, nossos corpos ainda conectados incrivelmente se chocando um contra o outro com desejo, eu achava que seria impossível refrear os movimentos, uma vez que ambos não estivessem completamente saciados um pelo outro, eu nunca ficaria saciada.

Dias, talvez semanas ou meses se passaram, mas Edward e eu ainda estávamos naquela clareira nos amando, até que a lembrança de alguém muito mais importante do que nós me atingiu.

-Anthony. –sussurrei baixinho, Edward freou seus movimentos contra meu corpo e ficou me encarando por alguns milésimos de segundo e então vi a compreensão atingir seu rosto.

-Onde ele está? –ele perguntou.

-Em Forks com Emmett. –falei.

-Vamos buscá-lo. –vi uma determinação feroz preencher seus olhos quando ele disse isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: O que acharam hein?

Bom... Respondendo a pergunta que não quer calar!:
Gente a Bella não VAI voltar para o futuro...lembram o que a cigana disse? Um caminho sem volta? Então quando ela foi para o passado todo o seu futuro foi junto! E não, o Edward do futuro simplesmente não vai ter lembranças de ter conehcido a Bella, porque o futuro dele não existe, ainda...
Esse é o diferencial dessa fic com as outras que a Bella volta para o passado, ela não volta para o futuro... Mas coisas boas estão por vir... Personagens para aparecer... ^^

Enfim... Começo amanhã a escrever o capitulo 15 e quem sabe na 2ª feira não posto o capitulo 14 hein?

Deixem muitas recomendações e comentarios ok, leio todos eles!

Bjus da Leh^^