Shiroi Tsubasa escrita por Shiroyuki


Capítulo 31
Capítulo XXXI




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“Você não pode ir ao festival”. Sua mãe havia sido bastante direta na ordem, e não havia brechas naquele comando, mas o pequeno Nagihiko estava disposto a ignorá-la apenas dessa vez, para ir ver os fogos. Ele vestia um moleton de capuz, ao invés de um yukata, e não tinha nenhum amigo para encontrar lá. Não havia nada de especial naquele matsuri para ele. Mas… ele queria ver as luzes, as pessoas, a comida… queria ver os fogos de artifício, e as danças tradicionais. Queria ver as garotas usando seus kimonos, e as outras crianças brincando, e os garotos mais velhos batendo os tambores… tudo ali era tão divertido!

Depois de sair pelo pátio, pular o muro da casa, e correr pelas ruas até o templo, Nagihiko ainda teve que subir as escadas até lá. É claro que quando chegou ao topo, estava ofegante e exausto, com o cabelo longo desgrenhado, e o rosto suado e corado pelo esforço. Olhou ao redor, com um sorriso de alívio e contentamento se formando. Era exatamente tão lindo quanto ele imaginou!

Ele correu pelos estandes, alegre, e comprou takoyaki e uma máscara de raposa, colocando-a na cabeça. Pescou um peixinho, jogou as argolas, e até dançou com as garotas do colegial que se apresentavam no centro do palco. Nunca havia se divertido tanto, já que estava sempre cercado de pessoas, escondido dentro daquela casa enorme, completamente sozinho… Essa sensação de liberdade… era a melhor coisa que ele já havia sentido na vida! Mesmo assim… por que será que depois de brincar tanto, ele ainda sentia-se estranhamente sozinho e vazio…?

Cansado, Nagihiko se afastou da agitação, e sentou-se nos degraus que levavam até a parte de orações. Estava escuro ali, e ninguém iria para aquele lado afastado. Nagihiko abraçou os joelhos, afundando o rosto e escondendo-se atrás da franja. Estava se sentindo ainda mais solitário do que antes. Talvez não fizesse sentido estar ali sem ninguém para dividir os bons momentos, parar rir e correr… para segurar sua mão, e dividir o takoyaki com ele… para olhar para os fogos de artifício, que agora iluminavam a noite, e então, ele olharia para essa pessoa, e diria “é lindo, não é?”…

— Algum dia… eu vou ter alguém precioso para proteger… - ele fungou, erguendo o rosto, que brilhava com a luz dos fogos – E vou trazer a minha pessoa preciosa aqui… Eu vou sim.


­-


A noite estava estrelada e quente, absolutamente perfeita. O templo da cidade estava todo decorado, com luzes e barraquinhas de jogos e comida, e muitas pessoas andavam de um lado para o outro usando seus yukatas. Crianças corriam, e os jovens riam e se divertiam no festival. Nagihiko tinha um sorriso saudosista no rosto. Havia sido nesse templo, nesse mesmo matsuri, que ele fez uma promessa enquanto via os fogos de artifício estourar no céu… e agora estava cumprindo, trazendo Rima até ali… a sua pessoa preciosa… ele realmente havia encontrado.

— Você está linda hoje… - ele sussurrou no ouvido dela, enrolando uma mecha de cabelo ondulado do dedo. Ela havia prendido o cabelo volumoso em um enorme rabo de cavalo, e tinha um arranjo de flores vermelhas prendendo de um lado. Amu havia feito uma maquiagem leve no rosto de boneca, mas Nagihiko ainda preferia que ela não usasse nada daquilo… O Yukata que havia sido emprestado a ela pertencera à sua mãe, quando ela era criança, e tinha camélias vermelhas na base, que iam diminuindo e se misturando ao fundo laranja que dominava o tecido. Aquele tom quente e amarelado combinava com os cabelos e com os olhos dourados dela…

Com o elogio, o rosto dela se coloriu mais ainda de vermelho, e ela virou o rosto, incomodada. Nagihiko riu, segurando a mão pequena dela na sua, e continuando a andar. Que garoto irritante! É claro que ele estava muito mais lindo… Era a primeira vez que ela via Nagihiko em um yukata masculino, um que era simples, roxo bem escuro, com estampas de formas circulares muito discretas. Os cabelos soltos emoldurando o rosto, os olhos dele brilhavam com tanto entusiasmo… Ele certamente combinava demais com aquele tipo de roupa, e a atmosfera do festival, era impossível manter os olhos afastados dele…

Mesmo que tivessem chegando ali com todo mundo, os outros já haviam se dispersado facilmente por aí. Amu, que usava um yukata rosa claro com flores de pessegueiro, foi direto para as barracas de jogos com Ikuto, que usava o seu kinagashi* e com isso chamava atenção por onde ia, com tanta pele exposta.

Tadase foi arrastado por Hitomi, que havia arrumado o cabelo por insistência de Utau em um belo coque, com flores azuladas, e um kimono azul com flores brancas. Kairi, que usava um yukata verde escuro estampado com galhos de bambu, tentou segui-los, para ficar de olho em Tadase, mas Yaya, usando um modelo amarelo e rosa e com os cabelos ruivos amarrados em dois coquinhos, o atacou antes que pudesse pensar em ir vigiá-los, obrigando-o a ir conseguir para ela algum ursinho de pelúcia que era prêmio dos jogos.

Kukai e Utau, que usava um kimono vermelho com flores em tons mais claros na base, foram com eles, e quando ela foi tentar pescar um peixinho dourado, Kukai a desafiou para ver quem pescava mais. Ambos eram competitivos, e certamente o dono da barraca nunca viu uma garota gritar tanto por algo como aquilo.

Tadase e Hitomi, depois de se certificarem que Kairi já não estava mais os vigiando, foram olhar as barracas. Ele comprou para ela toda e qualquer coisa de comer que estivesse disponível, e ela comeu de tudo com vontade. O apetite da garota era insaciável, apesar do seu tamanho, mas Tadase já estava completamente acostumado com isso, e gostava de vê-la feliz enquanto comia.

— Aqui, está sujo, Hitomi-chan… - ele puxou seu lenço, e limpou com cuidado o rosto da garota. Ela corou furiosamente, disfarçando enquanto bufava e olhava para o lado. Mesmo depois de tanto tempo, aquela gentileza sem medidas de Tadase ainda a deixavam sem defesas – Você quer comer mais alguma coisa?

— Por enquanto não… - ela respondeu rapidamente, olhando ao redor. Seus olhos rodearam o lugar, e ela parou, inconscientemente, em frente à barraca onde estavam sendo vendidas joias.

— Você gostou de alguma coisa daqui, Hitomi-chan? – Tadase indagou, ao seguir a linha de visão dela.

— Não, nada. Vamos logo… - ela desconversou, seguindo em frente, e trazendo Tadase consigo.

— Espera. Aqui… - ele a fez voltar para a frente da barraca, e mostrou uma presilha de prata delicada, de pérolas e pedrinhas cintilantes, que faziam um formato de flor. Tadase entregou o dinheiro para o vendedor, e ergueu o prendedor, encaixando-o entre o arranjo de flores no coque feito por Utau. – Combina com você… ficou linda! – ele sorriu, e Hitomi engasgou, sentindo o rosto queimar.

Ela nem conseguia dizer nada, mas Tadase sabia, pela forma como ela segurou seu braço com mais força, e como mordeu os lábios nervosamente, que ela estava feliz por isso. Ele segurou sua mão, quando eles continuaram a andar. Enquanto caminhavam juntos, Hitomi voltou a se perder em pensamentos, e calou-se.

— Sabe… - Tadase chamou, delicadamente – Eu andei reparando, desde que nós fomos na casa do Fujisaki-kun naquele dia, você anda meio estranha… Aconteceu alguma coisa?

— Não aconteceu nada! – ela se apressou em responder – Eu só… b-bem, tem algo que está me preocupando. Aquele lugar… ele me pareceu um pouco familiar. E se o que eu estou pensando for verdade… bem…

— Eu não entendi… - Tadase a fitou com aqueles enormes olhos carmesins, suplicantes e curiosos. Depois de ter falado tudo isso, Hitomi sabia muito bem que não tinha como voltar atrás, e se conformou. Segurou a mão de Tadase com um pouco mais de força e o levou para algum lugar mais reservado.

— Tudo bem, eu vou te explicar tudo…



~

Do outro lado do templo, Nagihiko comprou várias coisas para Rima comer, e os dois foram sentar em algum dos bancos que ficavam na lateral das barracas. Ela estava toda feliz, mal conseguia disfarçar um sorriso, e ele gostava de vê-la assim. Ela comia sua lula frita com tanta vontade que nada mais precisava ser dito. Delicadamente, ele retirou a máscara que estava apoiada na cabeça dela, e afastou as mechas de cabelo que caiam no olho.

— Eu sei que já disse, mas você está realmente linda hoje, Rima-chan… eu não consigo tirar os olhos de você… - ele sorriu calmamente, vendo Rima quase engasgar com a comida, com o rosto se colorindo imediatamente.

— P-pare de falar essas coisas, estúpido… - ela virou o rosto, e Nagihiko continuou sorrindo, familiarizado com esse tipo de reação. – E-eu… é a primeira vez que eu venho em algo como um Matsuri… - murmurou, continuando a comer sua lula.

— Eu imaginei… Seu pai jamais permitiria que você viesse a uma festa popular de plebeus, ainda mais desacompanhada… - ele deduziu, e ela concordou – Mas eu estou aqui agora, não é? Então você não precisa se preocupar mais com nada… - acariciando o rosto dela, ele se aproximou. Rima sobressaltou, sem conseguir se afastar. Seu coração acelerou, assim como da primeira vez, e enquanto via o rosto de Nagihiko assim tão perto do seu, iluminado pelas luzes das lamparinas de papel ao fundo, sorrindo para ela… aquilo parecia apenas muito bom para ser realidade.

— Obrigada… - ela sussurrou, deixando a comida de lado para olhar para ele – Todas as coisas que eu pude vivenciar, e tudo o que eu já senti… eu sinto como se nada disso fosse acontecer se você não estivesse do meu lado. Foi você quem me proporcionou tudo isso, Nagi… e eu…e-eu te a-amo, por isso… Muito obrigada, por estar sempre ao meu lado! – ela o abraçou com força, escondendo o rosto entre o tecido do yukata de Nagihiko.

— Shh… você não precisa me agradecer por isso. Não é mais do que a minha obrigação, Ojou-sama… - ele brincou, afagando os cabelos arrumados de Rima com cuidado – É o dever de um garoto estar sempre amparando a garota que ele ama afinal…

Rima ergueu o rosto corado, com os olhos brilhando. Nagihiko a acarinhou de leve, com os polegares, e então aproximou seu rosto do dela, sentindo-a tremer diante do seu toque, contraindo-se, e quase se afastando. Porém, antes que ele se afastasse de verdade, Nagi puxou seu rosto novamente, tocando-o com os lábios e invadiu sua boca com a língua, e sentindo a textura aveludada e cálida. Rima arquejou, mal conseguindo se firmar, e só mantinha-se no lugar, pois os braços de Nagihiko a rodeavam protetoramente, ao mesmo tempo em que aprofundava o contato.

Ao sentir o ar faltando, ele finalmente se afastou, e Rima escondeu o rosto abraçando-o novamente. Apesar de estar feliz por estar ali com ele, e tudo entre os dois estar indo perfeitamente bem, ela ainda sentia aquela pequena insegurança, remanescente de uma vida onde nada era permitido. Seus lábios tremiam, e ela fazia um esforço descomunal para não chorar agora. Seria ridículo se permitisse que esses pensamentos infundados a fizessem reagir com tanta intensidade logo agora.

— Nagi… - ela balbuciou, erguendo os olhos enormes para ele. Nagihiko sentiu seu coração vacilando ao ver isso. Ela estava agindo como naquela noite em que ele mostrou seu verdadeiro lado pela primeira vez, e pensou que tudo era um sonho… parecia ainda menor, frágil… Nagihiko, mais do que nunca, queria protegê-la – Você promete? Promete mesmo, que nunca vai me deixar?

— Sua bobinha… - ele tentou aliviar o clima, e inclinou-se para ela, roçando seus narizes – É claro que não. Como se eu pudesse fazer algo assim, de qualquer forma. – sorrindo, ele a beijou novamente, e Rima sentiu suas preocupações infundadas derretendo naquele beijo. Logo, já não lembrava mais de nada.

— Aháa, era aqui que vocês estavam! – com aquele chamado, os dois se afastaram imediatamente. Claro que o rosto corado de Rima era um sinal evidente do que eles estavam fazendo, então não havia nem mesmo como disfarçar. Nagihiko resmungou alguma coisa sobre não poder mais ter nenhuma privacidade. Quem se aproximava era Amu, Ikuto, Hitomi e Tadase.

— Onde estão os outros? – Rima indagou ao ver os quatro apenas.

— Eu vi a Yaya correndo por aí com um urso gigante… - Amu respondeu, tentando lembrar.

— Parece que ela descobriu que o Kairi tem uma boa mira, e está arrastando ele por aí para conseguir todos os prêmios… - Hitomi respondeu, suspirando, embora pensasse que era melhor ter seu irmão adotivo sendo levado por Yaya do que estar com ele seguindo-a por todos os lados.

— O Kukai estava por aí com a minha irmã – Ikuto informou – Eles estavam apostando alguma coisa, e ela perdeu. Acho que ele foi cobrar a aposta…

— O que será que eles apostaram? Eu gostaria de saber… - Amu riu, formando muitas suposições na sua mente, que certamente não tinham nada a ver com a realidade.

— Ah, que bonita essa presilha no seu cabelo, Hitomi-chan – Nagihiko se ergueu, e notou o adereço que antes não estava ali. Uma presilha simples toda decorada com pérolas e pedrinhas brilhantes, que estava enfeitando os cabelos negros da garota. Rima se aproximou para ver também.

— É mesmo muito bonita. Você comprou aqui? – ela indagou, curiosa.

— O T-t-tadase-kun… c-comprou para mim… - ela respondeu, com o rosto em chamas, olhando de canto para Tadase. Ele sorriu, abraçando-a pelo ombro. Adorava ver quando ela ficada toda envergonhada como agora, mas jamais poderia admitir isso em voz alta.

— Hey, Tadase, vamos ir procurar pela Utau? Agora eu também fiquei curioso… - Ikuto sugeriu de repente.

— Ah, Onii-chan está preocupado com o que o Kukai possa estar fazendo com a sua irmãzinha, é? – Nagihiko provocou, com olhar malicioso.

— Não mesmo. Eu quero é ver ela pagando mico, com essa aposta! – ele riu, e agarrou Tadase, tirando-o de perto da Hitomi à força – Vamos lá, Tada-chan! Procurar aquela maluca… - nem esperou por resposta, e já foi arrastando Tadase para longe.

— Gomen nee, Hitomi-chan! – Tadase gritou, sendo arrastado para longe por Ikuto, sem outra opção além de ir com ele.

— Ah, eles foram mesmo… - sem seu namorado, Amu voltou-se para as outras – Vamos no banheiro? Eu ainda não achei nenhum desde que chegamos…

— Eu vi um do outro lado, perto do templo – Rima contou – Vamos lá então…

— E espero por vocês aqui – Nagihiko sorriu, sentando-se novamente no banco.

— Você vem, Hitomi-chan? – Amu convidou, já andando com Rima para o outro lado.

— Vou esperar pelo Tadase aqui mesmo… - ela respondeu, e as garotas saíram juntas. Rima ainda olhou para trás, com um sorriso animado no rosto, e abanou para Nagihiko, que sorriu acenando em resposta.

— Ah, eu juro que não entendo essa mania das garotas de irem juntas ao banheiro… - ele suspirou, incomodado com o silêncio logo depois que as duas se afastaram.

— Alguém como você, mais do que qualquer outro garoto, deveria entender… - ela sorriu sarcasticamente, arqueando uma sobrancelha. Nagihiko riu.

— Não importa por quanto tempo eu me vista como as garotas, ainda serei incapaz de compreender a mente complexa e absolutamente fascinante delas – ele sorriu, inclinando a cabeça – Por exemplo, eu posso ver que você tem algo que está doida para falar comigo, mas não sei por que ainda não fez…

— Então você notou, não é? – cruzando os braços, Hitomi suspirou – É, tem algo que eu preciso falar sim. Você… sabe quem eu sou. Eu sei que sabe.

— Yamisaki Hitomi, namorada do Tadase. – Nagihiko respondeu. Ela franziu os olhos, não muito disposta a brincadeiras. – Yamisaki Hitomi, herdeira direta do clã Yamisaki, família ligada à máfia…

— Então é você mesmo. – ela o interrompeu – Eu achei a sua casa familiar, mas não tinha como confirmar. Você é o herdeiro da casa Fujisaki…

— O que você sabe sobre a minha família? – Nagihiko a encarou seriamente dessa vez, e Hitomi retribuiu à altura.

— A minha família era subordinada à sua, há muitos séculos atrás. Mas o clã Yamisaki cresceu, e expandiu seus negócios, enquanto os Fujisaki decaíram, e agora, sua família é uma ramificação da minha, e trabalha para nós. – Hitomi afirmou, categoricamente. – Eu não sei de todos os detalhes, mas sua mãe deve estar trabalhando junto com meu tio, em algo grande…

— E qual a sua preocupação? – Nagihiko se levantou, e juntou as coisas de Rima que ela havia deixado para trás – Minha mãe e seu tio já fazem esse tipo de coisa há anos, não é como se nós tivéssemos alguma coisa a ver com isso…

— Eu ouvi na minha casa algo sobre as empresas Mashiro. Vocês estão envolvidos em algo assim? Você trabalha para a Mashiro apenas por causa do que estão planejando?

— Por que você se importa?

— Assim como a sua família, os Yamisaki também não estão assim tão bem financeiramente quando estavam… Meu tio tem dezenas de planos, um pior do que o outro, para nos tirar dessa situação, e nada dá certo, é claro. Eu não vejo a hora de ser maior de idade e poder colocar ordem em tudo isso, mas enquanto esse dia não chega, bem… a única maneira é me conformar – Ela nem sabia ao certo por que estava falando tanto, mas se agora era a hora de ser sincera, então era melhor fazer direito. Ela havia acabado de falar sobre isso com Tadase, e sabia que queria fazer alguma coisa agora para esclarecer melhor as suas suposições, antes que fosse tarde demais – Então, responda-me diretamente, Fujisaki Nagihiko. Você se infiltrou como segurança para sequestrar Mashiro Rima?

Nagihiko a fitou por vários segundos, calculando qual seria a sua resposta, e medindo as reações de Hitomi. Ela era mais esperta do que ele supôs, e sabia de muito mais coisas do que deveria. Ele nunca pensou que ela fosse compreender as coisas tão rapidamente. Mas ele já tinha a resposta muito certa na sua mente, antes mesmo que ela perguntasse.

— Não, Hitomi-chan. – ele sorriu – Nunca foi minha intenção sequestrar a Rima, e eu não vou fazer isso de forma alguma. Eu a amo.

— Sua resposta parece sincera, para mim… - Hitomi o avaliou por poucos segundos, e então se deu por satisfeita – Vou levar isso em consideração.

No mesmo segundo, Ikuto e Tadase retornaram, junto com Amu, Yaya e Kairi, que eles encontraram no caminho.

— Vocês não vão imaginar!! O Kukai desafiou a Utau, e agora ela vai cantar! No palco e tudo! - Yaya chegou anunciando, com um coelho de pelúcia gigante, quase maior que ela própria, nos braços – Vamos, a gente tem que ver isso!!!

— Ah, daqui a pouco não vão ser os fogos, também? Acho que se a gente ficar perto daquele palco onde ela vai cantar, vai dar pra ver! – Amu lembrou, correndo abraçar Ikuto para não se separar mais dele, quando a multidão se juntasse para ver os fogos.

— Vamos, Hitomi-chan? – Tadase estendeu a mão para ela, que aceitou, soltando um último olhar significativo para Nagihiko antes de acompanha-lo.

— Alguém viu a Rima-chan? – Nagi indagou, olhando por entre os amigos, mas sem vê-la.

— Ué, ela não estava com você? Ela disse que ia vir pegar a bolsa, que esqueceu aqui, e não voltou… - Amu respondeu, preocupada – Será que ela se perdeu?

Nagihiko olhou para a pequena bolsa que tinha em mãos, e então começou a olhar ao redor, com o desespero estampado nos olhos. Ele não podia acreditar. Logo hoje, no dia do Festival… ele havia perdido a sua pessoa tão preciosa assim, em um piscar de olhos…








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Notas finais do capítulo

Yoo, minna-san~ Capítulo um pouco maiorzinho, pra compensar a demora .-. espero que tenham gostado! Eu revelei mais sobre a família do Nagi, alguém tem mais palpites sobre o que vai acontecer? aah, eu gostaria de saber...

certo, era isso~ agora tenho que ir assistir Shingeki no Kyojin *U* Rivaaaille, me espere ~o~ bye bye o/



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