Shiroi Tsubasa escrita por Shiroyuki


Capítulo 18
Capítulo XVIII




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Tadase afundou ainda mais a cabeça entre os braços, tentando talvez, com esse gesto, sumir de uma vez. Qual a parte do “eu não quero sair” os seus amigos tinham dificuldade em entender? Bem, isso já não importava, afinal. Ele estava ali, de qualquer forma.

No meio da tarde do domingo, enquanto ele aproveitava para por em prática o seu plano de dormir o dia inteiro e acordar de madrugada para tomar sorvete enquanto via filmes de terror, Amu, Rima, Yaya, Kukkai e Nadeshiko invadiram impiedosamente seu quarto, com sua mãe como cúmplice, e o arrastaram até esse café no centro da cidade. Aparentemente era onde o namorado de Amu trabalhava, não que isso fosse relevante.

Já estava completando duas semanas desde que Hitomi fugiu pelo bosque do colégio. Desde então, ela nunca mais foi vista, e o diretor informou que sua matrícula havia sido trancada logo no outro dia pelo tio da garota. Tadase tentou entrar em contato, e foi procurá-la em sua casa, mas o mordomo disse apenas que a família Yamisaki havia saído de férias, e que não voltaria tão cedo.

Tadase suspirou, pela trigésima sexta vez apenas naquela hora. Ele sabia que era patético ficar depressivo dessa forma por causa de uma garota. As pessoas quebram a cara o tempo todo, e nem por isso deixam de viver. Ele queria realmente superar isso e dar a volta por cima. Mas aquela cara de “eu te avisei” que Kukkai demonstrava sem querer não ajudava em nada.

— Ah, Tadase-kun – Amu surgiu de dentro do balcão, com um ar decepcionado, e sentou novamente em seu lugar junto à mesa – O Ikuto está viajando, você não vai poder conhecê-lo hoje.

— Certo – ele disse apenas – então posso ir para casa.

— NÃÃO! – Yaya esperneou, segurando-o pelo braço. Tadase corou, notando os olhares de todos os clientes do café subitamente postos nele – Tadase não pode ir agora! A gente ainda nem pediu os bolos!

— Eu fico mais um pouco então – ele assentiu, voltando a sentar. Yaya sorriu vitoriosa, fazendo um vê com uma das mãos, enquanto a outra ainda segurava Tadase pelo braço, garantindo que ele não fosse fugir para esconder-se debaixo dos cobertores novamente.

— O que vão querer? – uma voz feminina indagou, repentinamente. Tadase ergueu a cabeça para a direção de onde vinha a voz.

Quem perguntou era uma garota, alta de longos e lisos cabelos amarrados em dois rabos de cavalo loiros. Ela tinha olhos cor púrpura, ferinos e desafiadores, e sua expressão denotava que ela estava irritada por ter que vestir a roupa azul-clara e branca de garçonete, embora o avental de babados combinasse com ela. Segurava na mão, um bloquinho de papel, com uma caneta a postos para anotar o pedido.

— U-utau-nee-chan? – Tadase balbuciou, surpreso. A garota o fitou por alguns segundos, e então a expressão de reconhecimento cobriu sua face.

— Tadase? Como você está grande! – ela exclamou, dando pequenas batidinhas na cabeça do loiro.

Rima olhou de um para o outro, confusa.

— Ela é sua nee-chan? Pensei que não tinha irmãos, Tadase...

— Ah... nós somos amigos de infância! – Utau apressou-se em explicar, ainda com a mão pousada na cabeça do garoto. A expressão dele era de dor. – Tadase passava o tempo todo correndo atrás e mim e do meu irmão, choramingando... ele era um bebê chorão! Bons tempos aqueles...

— Por que está trabalhando aqui, Nee-chan? – ele perguntou, tendo o cuidado de deixar a cabeça longe do alcance das mãos da garota.

— Você não sabia? Esse restaurante é do Nii-chan, e eu estou cuidando de tudo enquanto ele está fora. – ela informou, trocando o peso de um pé para o outro.

— Isso quer dizer que... o Ikuto namorado da Amu é o mesmo Ikuto-nii-chan? – ele fitou intrigado Amu, que parecia perdida na conversa.

— Essa é a famosa Amu? – Utau encarou Amu, analisando-a de cima abaixo. Não parecia gostar do que viu, mas soube disfarçar bem. – É um prazer – sorriu cordialmente, voltando-se para o bloquinho – O que vão querer hoje?

— Um chá verde para mim, e um parfait para a Rima – Nadeshiko disse calmamente, pronunciando-se pela primeira vez.

— Eu quero bolo de pêssego – Kukkai disse, fitando indiscretamente a garçonete, que pareceu nem perceber.

— Yaya quer bolo de Chocolate! Com chá! – Yaya interferiu, olhando irritada para Kukkai. Apertou ainda mais o braço de Tadase, que ainda segurava com força.

— Eu quero bolo de morango, com chá também, por favor. – Amu pediu, um pouco intimidada.

— Torta de frutas, por favor, Utau-nee-chan – Tadase pediu desanimadamente, brincando com as folhas do cardápio distraído. Utau o encarou por poucos segundos, notando que havia algo errado, e então deu as costas, não sem antes dizer que os pedidos seriam logo atendidos.

— E-essa garota é... irmã do Ikuto? – Amu sussurrou, exasperada!

Tadase assentiu, sem olhar na direção dela.

— Ela é um pouco violenta e amedrontadora, mas no fundo é bastante gentil, e responsável. Lembro que muitas vezes ela me salvou de apuros quando éramos crianças – ele contou, sem nenhuma inflexão na voz, arrastada – Uma vez, alguns garotos queriam me bater, e ela me defendeu... e depois me bateu por ser tão covarde.

Rima e Nadeshiko se entreolharam. Apesar de não serem as amigas mais próximas de Tadase, eram capazes de notar o quanto ele estava abatido. Mesmo agora, enquanto contava uma história de infância que poderia ser engraçada e divertida, estava desprovido de expressão, e sua voz não continha nenhuma emoção em particular.

Amu também pareceu notar, pois fitava o garoto com apreensão, e discretamente cutucou Kukkai, indagando algo a ele. Este apenas balançou a cabeça, indicando que responderia depois. Yaya apenas olhava de um para outro, e de volta para Tadase, procurando uma forma de ajudá-lo.

Utau retornou, equilibrando uma bandeja com todos os pedidos. Entregou-os, e depois de uma última encarada para Tadase, direcionou-se para outra mesa.

Todos começaram a comer, sentindo o clima pesado que emanava e se espalhava pela mesa.

— Rima! – Nadeshiko exclamou repentinamente, balançando o celular no ar – Você tá vendo que horas são? Seu pai pediu que chegássemos cedo hoje, por que ele tinha algo importante para falar! – ela se desesperou, largando algumas notas aleatórias na mesa. Rima estava inalterada e calma, comendo seu parfait. Nadeshiko puxou-a pela mão, fazendo com que ela se levantasse, deixando a taça para trás – Vamos logo! Até amanhã, todos vocês – com um longo aceno, ele se afastou a largos passos, rebocando uma inexpressiva Rima, que olhava fixamente para o parfait perdido.

Assim que saíram da loja, Rima endireitou-se, andando ao lado de Nadeshiko. Não soltou sua mão.

— Rima-chan – Nadeshiko chamou, sobressaltando a garota – Aqui. Tem um pouco de calda de chocolate – ela disse sorrindo gentilmente. Segurou o queixo de Rima delicadamente, aproximando o rosto dela do seu, e passou o polegar onde estava manchado. Rima fechou os olhos, esperando por algo mais, e Nadeshiko sorriu, afastando-se. Ela abriu os olhos surpresa, a tempo de ver Nadeshiko lambendo o dedo polegar.

Rima bufou e recomeçou a andar, levando Nadeshiko (que ainda sorria presunçosamente)  consigo, considerando que elas nãos soltaram suas mãos.

— Você pode soltar os cabelos? – ela pediu baixinho, tentando parecer indiferente. Nadeshiko fitou-a pasma.

— Eu... ainda estou de saia. – ela balbuciou, no tom de quem se desculpa.

— Não importa – ela disse em um sopro, apertando a mão de Nadeshiko contra a sua.

Nadeshiko acatou o pedido. Assim que dobraram uma esquina, em um local com menos movimento, ela desamarrou a fita vermelha em um gesto rápido e preciso, deixando os cabelos caírem delicadamente sobre as costas. Rima parou de andar, fitando-o diretamente. Nagihiko sustentou seu olhar, sorrindo de canto. Como ele conseguia ser tão lindo? Como ela conseguia ser tão fofa? Deixando de lado as divagações, ambos se prepararam.

— Nagi... – ela começou, aproximando-se ligeiramente – Eu queria perguntar... o que foi que você disse para a Yaya naquele dia em que ela... nos viu... n-naquela situação... – ela corou, apenas de recordar do fato. Nagihiko alargou o sorriso, com a mesma lembrança.

— Por que pergunta? – ele pigarreou, para retornar ao tom de voz usual.

— Bem... desde que ela conversou com você... tem me olhado diferente. E sorri de maneira estranha cada vez que nos vê junto. Sem contar que eu imaginava que a essa altura, toda a escola já estaria sabendo do que aconteceu!

— Eu apenas disse a verdade – Nagihiko deu de ombros, simplesmente – Que eu sou seu segurança, e que você se apaixonou perdidamente por mim.

— Ap-p-paix... Quem se a-apaixonou aqui?? – ela se apressou em dizer, estupefata, tentando encarar Nagihiko de frente.

— Você – ele a mirou diretamente nos olhos, aproximando-se e enrolando uma mecha de cabelo loiro nos dedos.

— E você? – Rima perguntou em um fio de voz, colocando-se na ponta dos pés, mais perto – Não se apaixonou... por mim? – ela fechou os olhos com força, corando até a raiz dos cabelos.

— Desde o primeiro momento – Nagihiko suspirou, tomando-a nos braços. Deu um selinho de leve nos lábios entreabertos, para então se aprofundar. Rápidos segundos depois, se afastou, depositando outro beijo na bochecha, e na testa. Rima ofegou, segurando entre os dedos o paletó do uniforme feminino que Nagihiko usava.

— Temos que ir – ela lamentou, forçando um tom inexpressivo, que não saiu como devia. Nagihiko assentiu, segurando a mão dela novamente e recomeçando a correr.

-

Enquanto isso, no café, após observarem a indiscreta saída de Nadeshiko e Rima, todos se voltaram para seus respectivos pratos. O silêncio pesado e incomodo se instalou, deixando todos desconfortáveis. Amu, Kukkai e Yaya se entreolharam, preocupados, e tornaram a fitar Tadase. Ele suspirava a todo o momento, olhando pela janela. Nem mesmo havia tocado na sua torta de frutas.

— Tadase-chii! – Yaya apertou ainda mais o braço do garoto, chacoalhando-o em diferentes direções – Não fica assim! Yaya não gosta de tristeza! Yaya gosta de sorrisos!

— Eu não estou triste, Yaya – Tadase tentou se explicar, mas sua expressão denotava o contrário. Ele era um péssimo mentiroso. Yaya parecia à beira das lágrimas.

— Está sim! – ela gritou, levantou-se e bateu o pé energicamente, atraindo a atenção de todos os clientes – A Yaya pode ser tudo, mas não é boba! Tadase-chii está muito, muito triste! Vamos, Tadase, sorriaaa! – ela levantou Tadase pela manga, e apertou suas bochechas com força, puxando-as em direções opostas. Tadase debateu-se, sentindo seu rosto sendo arrancado.

— Yaya! Para com isso! – Kukkai segurou a garota por trás, obrigando-a a soltar Tadase. Yaya paralisou, com os lábios tremendo e os olhos brilhando por causa das lágrimas. Tadase encarou-a atônito, massageando a face que mostrava um estranho tom de vermelho em ambas as maçãs do rosto.

— D-desculpa a Yaya, T-tadase-chii...  – ela fungou, limpando o nariz nas costas do braço – A Yaya n-não gosta de ver os amigos desse j-jeito... – soluçou.

Tadase entreabriu a boca para dizer algo, mas nada bom o suficiente passava por sua cabeça. Ele apenas ficou olhando a pequena garota, que chorava a sua frente.

— Vamos, Yaya. - Kukkai segurou a mão de Yaya, puxando-a para trás e largando algumas notas sobre o dinheiro que Nadeshiko deixara mais cedo. – Eu vou levar você para casa.

Assim que os dois se afastaram, Tadase sentou. Amu, do outro lado da mesa, não sabia para onde deveria olhar. O garoto, que estava sempre radiante, agora parecia alguns anos mais velhos, com a culpa transparecendo em sua face.

— Você pode ir também, se quiser, Hinamori-san. – ele murmurou, desejando que ela também fosse embora. Era suficiente que uma pessoa tivesse chorado por ele hoje, e nesse momento, tudo o que ele queria era poder ficar sozinho, para pensar.

— Eu vou ir... então... você tem certeza que ficará bem sozinho? – ela indagou, incerta.

— Estou bem – ele mentiu, muito mal, novamente. Amu deixou sua parte na conta e afastou-se lentamente, não sem antes dar uma última olhada na direção do loiro, que havia deitado a cabeça sobre os braços. Não conseguia reconhecê-lo com aquela máscara de depressão que escondia seus lindos olhos. Aquela garota só podia ser louca de deixa-lo para trás, depois de tudo. Suspirou. Não havia nada que ela pudesse fazer, mesmo? Pensando nisso, ela saiu do local para a rua iluminada e sem muito movimento.

— Tadase – Utau o chamou, cutucando-o na bochecha com o indicador. Ela ainda doía um pouco.

— O que foi? – ele respondeu, fazendo o possível para não ser rude.

— Me conta. O que fizeram para você? – ela perguntou, sentando do outro lado da mesa, e apoiando a cabeça nas mãos. Tadase ergueu a cabeça, fitando-a. Utau o encarava seriamente, como uma mãe preocupada.

— Por que você acha que tem algo errado comigo? – ele tentou rir, como se estivesse fazendo uma piada, mas mesmo esse gesto simples era doloroso.

— Primeiro, essa sua cara demonstra tudo! Você não sabe disfarçar. E outra: Yaya passou o tempo todo agarrada no seu braço e você nem mesmo corou. Parecia estar em outro planeta!

Sentindo que logo iria transbordar, Tadase não conseguiu se conter. Mordeu os lábios com força, segurando as lágrimas, e começou a falar.

— Eu sou um idiota, Nee-chan... – fitou a mesa, com uma sombra projetando-se sobre seus olhos. Corou levemente, sabendo que estava para dizer coisas muito constrangedoras – Eu... acho que não sirvo para algo como o amor... é complicado! Se Ikuto-nii-san estivesse aqui... daria um tapa na minha cabeça e diria que sou um covarde. E é exatamente isso o que eu sou!

— Explique direito – Utau pediu, confusa – o que aconteceu?

— Eu... me apaixonei por uma garota. De verdade! Não era como quando eu mandei aquela carta para Fujisaki-san...

— Carta? Você mandou uma carta de amor para uma garota? Oh, Meu Deus, você está crescendo tão depressa Tadase! Ainda ontem você limpava a meleca do nariz na minha saia...

— Nee-chan!  - Utau calou-se, e ele continuou – O que estou querendo dizer é que...  Eu não sei como isso foi acontecer, e nós nos conhecemos há apenas poucos meses... mas, quando percebi... tudo o que eu conseguia pensar, dia e noite, era sobre ela. E meu coração acelerava só em vê-la nos corredores da escola, mesmo que não nos falássemos. Eu estava um pouco preocupado, por que ela sempre parecia tão triste, e não tinha nenhum amigo. Eu queria me aproximar dela, poder conversar normalmente... talvez até fazê-la rir algum dia. – ele sorriu fracamente com a expectativa, mas logo voltou a ficar inexpressivo – Eu não entendia todos esses sentimentos misturados, e achei que era somente por que eu a via tão sozinha... e então, um dia, eu a vi na biblioteca. Ela estava dormindo e eu... – Tadase travou, não sabendo como poderia contar essa parte.

— Você a beijou? – Utau presumiu, erguendo uma das sobrancelhas. Tadase acenou afirmativamente e ela sorriu – E então...?

— Ela me bateu – Tadase disse simplesmente – e não falou mais comigo. Duas semanas atrás, eu me declarei para ela. Ela me bateu novamente e fugiu. E desde então, ninguém mais a vê.

— Hmm... – Utau analisou a situação por poucos segundos – Essa garota... como se chama mesmo?

— Yamisaki Hitomi-san – Tadase sentiu-se trêmulo somente ao falar o nome dela em voz alta.

— Essa Hitomi-san... você a beijou alguma outra vez, em que ela estivesse acordada?

— Bem... eu... – Tadase sentiu o rosto queimar, e seu olhar variou entre Utau, a mesa, o bolo de Yaya ao seu lado e suas próprias mãos – Eu fiz... no dia em que me declarei para ela.

— E ela negou? Te afastou? Pediu que você parasse?

— Não exatamente. Ela deixou que eu fizesse – Tadase parecia prestes a explodir, mas continuou a falar – Ela deixou, e só depois de um tempo me bateu.

— Entendo – Utau afirmou, comendo o resto do parfait de Rima que estava bem a sua frente – Certo... eu tenho uma conclusão. Essa garota com certeza gosta de você. Ela não deixaria que você a beijasse uma segunda vez se não fosse assim. E mais, ela gosta muito de você, por que fugiu – Tadase não entendeu a afirmação controversa, mas assentiu - Como você disse, não tem amigos, e provavelmente também não teve um namorado. Ela é inexperiente, então está confusa com esses sentimentos e não tem com quem conversar. Provavelmente, também tem algo a esconder... Algo que o afastaria dela, e por isso, ela decidiu afastá-lo antes que se envolvesse demais. Ela tem medo de se machucar. Isso é tudo.

— Utau-nee-chan! Como você pode saber de tudo isso? – Tadase exclamou espantado.

— Intuição feminina – ela jogou os cabelos para trás, presunçosamente. – Agora, você vai ir para casa, e dormir muito bem. Vai tomar um banho, está precisando, sem ofensas, e se arrumar. Pense bastante no assunto, e quando achar que está pronto, vá atrás dela. Ajude-a com os problemas dela. Vocês precisam conversar.

— Obrigado, Utau-nee-chan. – Tadase exclamou, sorrindo fracamente – Levantou da mesa, com energia renovada e contornou-a até Utau – Muito obrigado – ele murmurou novamente, depositando um beijo no rosto da garota e saindo rapidamente.

Ela ficou para trás, com a mão posta no local onde ele havia tocado.

— Ele cresceu tão rápido...


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Notas finais do capítulo

Gomen pela demora, minna! o/ Espero que não me abandonem TT^TT
Ah~ eu adoraria se vocês pudessem dar uma olhadinha na minha nova fic de Shugo Chara, que eu estou escrevendo junto com a Teffy-senpai . É Yaoi, só para constar~
https://www.fanfiction.com.br/historia/198965/Yakusoku
Kisuu♥