When you were eight

(Quando você tinha oito)
And you had bad traits
(E você tinha traços do mal)

You go to school

(Você ia a escola)
And learn the golden rule

(E aprendia a regra dourada)

A semana passou tão rápido que mal tive tempo de voltar ao pet shop, meus dias voavam, já era sábado e ainda não tinha visitado a antiga casa que pertenceu aos meus avós.

 Kiba me ligara na quinta perguntando se poderíamos sair no sábado e disse que me buscaria as oito, aceitei, claro, ele era um homem e tanto, trabalhava, cuidava do filho, era solteiro, bonito e simpático, parecia ser o cara certo pra mim no momento, e eu queria esquecer o Uchiha e seguir em frente.

Todos meus pensamentos voltam sempre ao inicio de toda confusão, Uchiha Sasuke! Mas que Droga!

Sasuke sempre fora do tipo galinha e cabeça dura, dês dos tempos de colégio não era de ninguém. O conheci aos dose anos, ele era o menino mais lindo do colégio, todas minhas colegas viviam se jogando aos seus pés e brigando por ele. E eu, bem, eu também era assim, apesar de ter Naruto comigo na época, eu me encantei pelo garotinho frio e misterioso. Tentei me aproximar. Sasuke não me deu bola, bom, eu achava isso, nós conversávamos...não....eu falava com ele e ele murmurava, eu levava isso como um “não quero papo”, mais ao longo do tempo notei que esse era o jeito dele, fazer o que não é?

Acabamos por nos tornamos amigos, conversávamos sobre algumas coisas, mais nunca nada fora como eu e Naruto, o loiro sempre seria meu melhor amigo, apesar da distancia de agora. Sasuke me contava sobre suas conquistas e tudo que se é possível, e eu me limitava a dizer pequenas coisas sobre meu loirinho maravilha, tudo que o Uchiha precisava enxergar era que eu sempre fora afim dele. Mais ou menos dois meses após a partida do Uzumaki, aos meus dezessete anos, foi que tomei coragem para dizer ao Sasuke sobre meus sentimentos, logo começamos a namorar, o moreno nunca fora de demonstrar afeto em publico e eu respeitava isso, sempre soube do tipo do garoto e de como ele era, quando completei dezenove ele me pediu em noivado num jantar que incluía nossos pais, aos vinte nos casamos, e a cinco estávamos juntos.

Escutei o telefone tocar, retirando-me de meus devaneios, corri para atender esperançosa de que fosse Kiba.

- Sakura? – Escutei a voz rouca do outro lado da linha antes mesmo de me pronunciar.

- Sasuke?- Ouvi uma risada abafada.

- Não, será que você não tem o bom senso de saber a diferença? Que conhecimento do marido você tem em?

- Ex marido Itachi, estou prestes a pedir o divorcio, quero me livrar logo dessa sua família de cobras! – Pude ouvi-lo rir novamente.

- Cobras cunhadinha? Não é isso que você pensava quando vinha nos visitar a poucos tempos, garanto que meu pai não ficara feliz ao saber que a família dele anda sendo difamada por ai, ao contrario, ele ficará muito triste com você.

- Poupe-me Uchiha! O que você quer afinal?

- quanto veneno senhora Uchiha, e nós ainda somos as cobras?

- Se não falar logo vou desligar. – Disse fria.

- Sabe que se eu descobri onde voce está ele também já deve ter descoberto, ou logo descobrirá. Você não pode fugir de nós Sakura e sabe disso! O que pensa que está fazendo correndo e se escondendo desse jeito?

- Droga! Eu sei disso Itachi, mas preciso de um tempo pra mim, preciso pensar, dispersar a raiva e voltar a ser eu mesma. Se olhasse pro desgraçado do seu irmão agora poderia desfigurar aquele lindo rostinho dele, e você sabe bem disso!

- Certo. Vou atrasá-lo o Maximo que puder mais você sabe que uma hora vai ter que enfrentá-lo.

- Obrigada. – Eu sabia que Itachi não era tão ruim quanto transmitia ser, sabia que ele me ajudaria o maximo possível se os Uchiha’s não interviessem, precisava me livrar desse sobrenome logo.

- hm... xau. – Não houve resposta, eu esperaria que Itachi desse conta de tudo por um pequeno prazo até que eu tomasse rédeas da situação.

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Sábado chegou logo, tive que sair para fazer compras já que nem sempre sairia para comer em algum restaurante, alem do que, eu adoraria pegar alguns DVDs e ficar o dia todo de baixo das cobertas assistindo filme e me empanturrando de porcarias.

Os corredores do supermercado estavam pouco movimentados, peguei uma cestinha no caixa, seria o suficiente para encher de futilidades. Sorvete, chocolate, pipoca, pizza, refrigerante, meus olhos brilharam ao ver um saquinho de marshmallow recheados de chocolate. Segui para a ala de danones, peguei alguns naturais e alguns de frutas e quanto estavas prestes a sair de lá acabei esbarrando em alguém.

Olhei para o individuo a minha frente e assustei-me ao ver quem era. Os olhos negros me fitaram e um sorriso enormemente brilhante ofuscou meus olhos.

- Você tem intestino preso também? – Disse apontando para o Danone de frutas que eu levava.

- Lee?- Peguntei assustada, as grandes sobrancelhas se arquearam e um brilho surgiu em seus olhos.

- Você se lembrou do meu nome. Sakura-san. – Medo. Aquele cara me assustava, definitivamente.

- Sim, como esqueceria? – sorri sem graça- Desculpe-me tenho que ir, foi um prazer Lee. - Sai em passos largos de perto dele e pude ve-lo vindo em minha direção e gritando.

- Sakura-san não fuja de mim! – apressei os passos e corri com a cestinha pelos corredores. Senti o impacto novamente assim que cruzei o segundo corredor correndo. Droga aquele cara estava em todo lugar. Fui de encontro ao chão com o impacto, fechei meus olhos mas não senti a queda.

- Se você não abrir os olhos e sair dessa posição nós dois vamos cair! – Pude escutar uma voz rouca sussurrando próximo ao meu rosto, o hálito quente cheirava a eucalipto, meu sangue pulsava e eu sentia seu coração batendo próximo ao meu peito. Não era o Lee, com certeza não.

Abri os olhos lentamente dando de cara com os lábios avermelhados próximos aos mesmos, endireitei meu corpo que até então estava curvado pra traz apoiado nos braços do homem próximo a mim, como em uma dança.

- Desculpe-me senhor! – Só então pude avaliar o homem a minha frente, ele tinha lindos olhos verdes água, a pele era branca, os lábios avermelhados abrigavam duas pequenas bolinha metálicas uma de cada lado, dois piercings.

Na testa havia uma tatuagem escrita em mandarim, com o símbolo de amor, os cabelos lembravam os de Naruto, desgrenhados, só que em um tom de vermelho vivo.

Ele tinha jeito de meninos maus que não seguias as regras, perigoso e educadamente... Gostoso, existe uma forma educada para dizer isso? Acho que não!

 Meu corpo estava ainda mais próximo do dele, as respirações aceleradas, podia sentir o grande e largo peitoral de encontro ao meu peito, e então, sem esperar, senti um puxão e o resto eram só gritos do Lee.

- Como você se atreve a agarrar a Sakura-chan desse jeito? Quem te deu essa intimidade cabeça de fósforo? – Os olhos do sobrancelhudo faiscavam e queimavam de raiva.

- Agora entendi por que você estava fugindo. - Ele ignorou qualquer movimento do sobrancelhudo a nossa frente como se não existisse, frio. Vi o ruivo a minha frente lançar-me um sorriso de canto que me lembrou Sasuke e seus pequenos jestos, mais ao contrario do Uchiha que sempre parecia ironico e incrivelmente sexy este era sedutor e sádico, o vi dar-nos as costas e caminhar em direção ao caixa.

Observei suas costas largas e fortes até onde pude vê-lo dobrar o corredor. Uau!  

So why are you
(Então por que você está)

Acting like a bloody fool
(Agindo como um idiota sanguinário)

If you get hot
(Se você esquentar)

You must get cool

(Deverá ficar frio)