Capitulo II

Naquela manha a jovem Haruno acordara animada, o sol batera levemente em suas pálpebras fazendo-as se aquecer levemente, passou as mãos pela cama esperando encontrar o corpo também aquecido do marido ao seu lado, mas tudo o que sentira fora o vazio dos lençóis já gélidos. Abriu os olhos preguiçosamente, esfregou as costas das mãos nos olhos e passou a mãos pelo corpo nu em baixo dos lençóis, corou levemente e sorriu lembrando-se da noite de amor que tivera com Sasuke horas atrás, com certeza o moreno já havia saído para trabalhar. Olhou para o relógio ao lado da cama e se assustou ao vê-lo marcar 06h55min, chegaria atrasada a clinica, mas de certa forma não ligava muito, afinal, não estariam precisando dela por lá mesmo! Do lado do relógio encontrava-se uma pequena folhinha amarela, sem linhas. “ Volto ás dez hoje! Sasuke.” Levantou e se arrumou rapidamente apressada para chegar ao local de trabalho.

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O moreno acordara bem disposto, sexo sempre lhe fazia bem, principalmente quando tinha um bom garantido na empresa. Acordou cedo para garantir o sigilo, afinal, as 5h da manha as pessoas ainda não haviam chegado ao escritório, o lugar costumava ficar movimentado após as 6h, então isso lhe dava uma hora de pura diversão com a secretaria gostosa. Saiu de casa no maior silêncio para evitar perguntas da esposa e chegou rapidamente ao local de trabalho. Estranhou o silencio no local, mesmo pouco movimentado ainda havia poucas pessoas há aquele horário, notou uma movimentação em uma das salas dos diretores e resolveu dar uma olhada, e ao adentrar o local teve uma surpresa, aparentemente 80% dos empregados estavam ali, junto de uma faixa grande de “Feliz aniversario Arome”. Ótimo, seus planos estavam frustrados.

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Ao chegar á clinica notou a animação dos enfermeiros a medica ia adentrando os corredores e cumprimentando quem quer que passasse por ela. Sorriu ao notar Hinata vindo em sua direção com uma expressão alegre.

- Bom dia Sakura-san. – A garota curvou o corpo em forma de reverencia.

- Bom dia Hinata! Algum motivo pra tanta alegria? – A rosada sorriu gentilmente.

- ah, sim Sakura-san, não lhe disseram ainda? Haky saiu da UTI, ele voltou pra cá e passa bem... – A jovem dos olhos perolados pensou por um segundo- Muito bem devo dizer, ele já está falando pelos cotovelos. – A rosada abafou um sorriso, Haky era um menino de nove anos, cheio de vida, apesar de ter nascido com leucemia, e sua mãe, não ter dinheiro pra tratá-lo devidamente, era uma criança cheia de alegria e carinho pra dar a todos que o rodeasse. Komoshi, sua mãe era uma mulher nos seus trinta e tantos anos, trabalhava de domestica pra sustentar os três filhos, se tornara viúva a pouco, e sem a pensão do marido ficava difícil sustentar os dois filhos. A família nunca teve dinheiro para uma operação, segura, desse porte. Há dois anos, em uma visita comunitária a uma escolinha publica a Haky passara mal e ela o socorrera, e dês de então a rosada vem ajudando a família em tudo o que pode, estava até agendando uma cirurgia com um dos melhores médicos do país, não sairia barato, más com certeza valeria o dinheiro gasto, afinal, se apegara muito ao garoto. A rosada entrara em um dos quartos de epidemia, aproximou-se da cama e pegou a prancheta em que se encontrava o formulário o leu com atenção e marcou em um grande caderno:

“INFLUENZA”, altamente transmissível.

Sintomas: febre elevada, geralmente, de mais de 38 graus. Dores na cabeça, articulações e músculos, além de dor de garganta e coriza. Inflamação no tímpano e convulsões.

Recomendações: Repouso absoluto, comidas leves e quentes.

Olhou para o paciente que repousava serenamente e sorriu, Inuzuka Yoru, acariciou os cabelos chocolate, observou a pele morena meio avermelhada e os olhinhos fechados, segurou levemente o tubo que ligava seu bracinho ao soro e injetou o antibiótico. - Melhore logo meu anjinho. – Calmamente e jovem saiu do quarto e continuou o seu dia, visitando pacientes e medicando-os. No fim do dia, Sakura sentou-se em sua sala, apoiou o queixo nas mãos e pôs-se a pensar. Talvez eu devesse fazer algo de bom para o Sasuke, algo diferente, sabe... Nós não temos um tempinho pra nós a meses e, bom, não sei mas como anda a vida dele, nós só brigamos, nem temos tempo de conversar mais... As brigas me lembram os pensamentos em que estive perdida antes que ele chegasse com o buquet ontem, ele quis me agradar, talvez ele esteja começando a perceber que nosso relacionamento não esta bem! - A rosada pegou o telefone do gancho.

- Tenten? Pode desmarcar o que eu tenho pro resto da tarde e avisar a quem quer que pergunte que eu fui pra casa mais cedo, pois tinha assuntos familiares a resolver? – Do outro lado da Linha a morena sorria ao escutar a amiga.

- Claro Sah, ah quando passar por aqui... Bom... Eu tenho uma coisa pra te falar, acho que vai te animar. – A morena do outro lado da linha sorriu, com certeza Sakura gostaria da noticia!

-Sim... Sim... Já estou descendo.

A medica colocou o telefone no gancho novamente, levantou-se da cadeira confortável, pegou sua bolsa e foi rumo ao elevador. Seus passos foram lentos e graciosos, a jovem estava animada, tudo estava ficando bem, não perdera nem um paciente em meses, a clinica estava com poucas crianças com doenças graves, Sasuke estava melhorando seu comportamento, agora daria um jeito em melhorar essa melhora dele. Chegou à recepção e encontrou Tenten conversando com um jovem, aproximou-se deles sorridente.

- Tenten... - ela cumprimentou com um aceno de cabeça. A rosada virou-se para cumprimentar o homem com quem papeava e se assustou, ele tinha grandes e grossas sobrancelhas, seu cabelo era cortado em forma de tigelinha e o mesmo usava um colam verde, totalmente unido ao corpo, carregava um crachá no peito dizendo Lee, e abaixo do nome Manipulação. Ótimo, um seguidor do Gai.

- Sakura-chan. – Os olhos abaixo das grandes taturanas pretas brilharam. – Que prazer enorme, sou um grande fã seu, admiro muito sua coragem e sua persistência, você é uma mulher de muita garra. – A morena que a pouco estava atrás do balcão correu para socorrer a amiga.

-Lee, não é uma boa hora. – Ela empurrou a taturana verde pra fora do hospital enquanto ele lagrimejava e gritava algo como “EU TE AMO SAKURA-CHAN”. Os olhos verdes da Haruno se arregalaram e ela ficou parada. O que foi isso Kami?

- SAKURA, CONVERSAMOS DEPOIS, ME DESCULPE! – A morena segurava Lee pela cintura, e o mesmo empurrava-a, tentando livrar-se dos braços de Tenten.

Assustada, a rosada saiu em disparada, caminhou em um ritmo rápido até não poder ver mais o prédio, parou no restaurante depois de caminhar por duas quadras, compraria a comida favorita de Sasuke e faria um jantar romântico a dois, pediu para que eles entregassem ás nove da noite, anotou o endereço num papel, caminhou até o ponto de taxi e pediu para que um taxista a deixasse a algumas ruas de casa descera em frente a uma pequena boutique e comprara algumas velas aromatizantes, seguiu caminhando o resto do percurso, carregando as velas em uma pequena sacola preta, chegou à casa animada para preparar algo diferente, que o alegrasse.