Capitulo VII

Meu domingo não fora dos mais agitados, a senhora que me alugara a casinha viera me fazer uma visita, ver como estavam as coisas e acabou almoçando comigo.

Kiba me ligara as nove da manha convidando-me para que almoçasse com sua família, em sua casa, tive que recusar, afinal, não deixaria a pobre senhora a ver navios e zarpar para a casa do veterinário gostosão, apesar de parecer tentador toda vez que me lembrava do lindo sorriso dos homens daquela casa, eu ainda tinha uma grande educação.

Já eram quase quatro da tarde quando terminei de limpar a casa toda e resolvi mexer um pouco no jardim da casa, acabou que fiquei toda molhada e com os pés atolados de barro.

Mais ou menos a cinco da tarde o sol sumira por completo e em seu lugar surgiram carregadas e escuras nuvens, não tive tempo nem de correr pra dentro, o temporal me alcançou antes que pudesse chegar, e Voilà, eu estava completamente encharcada. Corri para dentro de casa e fui direto para o chuveiro.

Agora sim, poderia assistir a um bom filme e me esbaldar com porcarias.

Ouvi a campainha tocar, não me incomodei em ir atendê-la apenas de pijama, afinal, ele não era escandaloso, uma calça de moletom rosa bebê e uma blusinha de alças fininhas com um desenhinho de um ursinho na frente, sexy não? É super excitante, pra broxar o Sasuke na hora H. Ri com o pensamento, mais logo a alegria passou e eu notei o que essa frase realmente significava “tudo me lembra você não é?”.

Surpreendi-me ao abrir a porta. Kiba estava parado do lado de fora, já na varanda coberta, mais ainda sim estava todo encharcado.

-Meu Deus, o que deu em você pra sair com esse temporal de casa? – Olhei surpresa e dei passagem para que ele entrasse em minha sala. – Por acaso você não trouxe Shiro com você não é?

- Apesar de ele ter insistido, não. – O moreno arrancou os sapatos encharcados e a capa de chuva que estava sobre si, e as deixou sobre o banquinho na varanda. – Achei indevido tira-lo de casa com essa chuva, poderia resfriar-se. – Ele me dera seu melhor sorriso, aquele que péla primeira vez me deixou sem ar, completamente atônita. – Eu trouxe sorvete –

Estendeu-me a sacola. – Napolitano, assim pode escolher apenas o que você gosta. 

- Ótimo aceita assistir um filme comigo? Eu estava mesmo indo fazer isso agora mesmo!  - Sorri para o rosto alegre que me fitava e virei-me indo em direção a cozinha.

- Perfeito! – Ele me seguiu, quando chegamos à cozinha apontou para a geladeira e ergueu o sorvete – Posso? – assenti com um aceno de cabeça.

- Você quer escolher o filme? Comprei alguns uns dias atrás, estão na estante da TV. – Peguei a pipoca no armário e apontei para o lugar em que encontravam-se os filmes.

- Claro! – Kiba esfregou as mãos com uma cara de sacana, e eu ri dele.

- Já vou avisando, não tem nenhum tipo de pornografia lá Kiba! – Ele gargalhou indo em direção a estante.

-Que merda! São os melhores. – Rimos juntos.

Com Kiba a coisa era tão fácil, eu me sentia tão livre e espontânea para poder fazer brincadeiras sem medo de ser ignorada ou de ser xingada, isso era tão bom.

Pus os milhos na panela, nunca gostei de pipoca de microondas, não tem o mesmo gosto da tradicional.

- Que tal Piratas do caribe? – Ele fez uma voz de narrados de historinhas infantis – Navegando em águas misteriosas. – Virei-me para poder olhá-lo e deixei a pipoca no fogo.

- Ótimo! – Kiba pusera o filme sobre a mesa e viera em minha direção, colocara cada braço ao lado de meu corpo, apoiadas no mármore e me encurralara entre ele e a pia da cozinha. – Você está tão sexy vestida de ursinho sabia?  - Eu ri.

- Claro que sim! Ta achando o que? Eu sou sexy de qualquer jeito. – O olhei como se dissesse a uma criança que um e um fica onze.

- Você me deve uma coisa, sabia? – seu corpo viera um pouco mais pra frente, mais ainda não me tocava.

- A é? – Indaguei- Não me recordo de ter dividas pendentes com o senhor, alias, nem tenho animais de estimação! – coloquei minhas mãos sobre seus ombros.  

Seu corpo foi colado ao meu sem que mais nada fosse dito, ele me prensara na pia e invadira minha boca sem ao menos pedir licença dessa vez, assim nada poderia nos incomodar.

Suas mãos foram de encontro a minha cintura me puxando cada vez mais para si, eu sentia seus músculos sobre o tecido da camiseta, sentia seus ombros largos em meus braços, sua língua me invadindo ferozmente, cada vez mais ávida, mais sedenta.

Dividíamos as mesmas vontades, o mesmo gosto. Suas mãos rápidas ergueram meu corpo e sentaram-me na pia enquanto o corpo sarado da cor do pecado encaixava-se em meio as minhas pernas abertas. Quente, era tudo o que eu podia descrever no momento, extremamente quente.

Seu corpo afastou-se tão rápido quanto veio, eu estava ofegante, estava vermelha e com os lábios inchados, e então, eu senti o cheiro de queimado.

- Droga! – Ele pegou a panela e despejou toda a pipoca na bacia sobre a pia, deixando algumas delas grudadas no fundo da panela.

- Meu Deus, eu me esqueci complemente! – Nós rimos em cuplicidade.

-Desculpe, eu passei a noite toda louco pra vir aqui e fazer isso – Suas bochechas firam vermelhas. – Que dizer, não exatamente isso...

- Eu entendi.  – Sorri e aproximei-me dele novamente, seu beijo me dera sede de mais, eu precisava sentir os lábios macios e grossos junto aos meus novamente.

Enlacei sua cintura com meus braços e procurei minha  fonte da juventude novamente., mais claro, sem tanto fogo dessa vez.

Afastei-me mais do que rapidamente e sorri para seu rostinho confuso.

- Ao filme? – Segurei a bacia de pipoca e levei até a sala enquanto ele vinha com o filme.

Sentei no chão, no tapete felpudo de pernas cruzadas em “borboletinha”.

Kiba pôs o filme, desligou as luzes e sentou-se ao meu lado. Como quem não quer nada e como quem estava pegando apenas a bacia de pipoca ele me juntara pela cintura e pusera em meio a suas pernas definidas, eu e a bacia de pipocas. Pode isso?

O olhei espantada, mas recebi apenas um sorriso em troca. 

É! O Filme era realmente bom, sempre fui fã do Johnny Depp, más, talvez eu tivesse que assisti-lo novamente mais tarde.

Kiba segurava minha cintura, e exalava um calor maravilhoso, ao longo do filme seus lábios tocavam raras vezes a pele exposta de meu pescoço, o que me fazia arrepiar-me, seus braços fortes cobriam toda a minha extensão, ele apertava-me contra seu corpo maravilhosamente quente em alguns instantes, o que estava me deixando a beira do poço, com sede de toda água que continha ali.

Kiba encostara o queixo em meu ombro, sua respiração calma e compassada sob o meu pescoço estava me deixando inquieta.

- Mais que droga ein! – Acabei por escolher não me segurar. Juntei meus lábios aos seus o mais rápido que pude. Surpreso ele não demorou a retribuir.

Seus braços logo entraram em ação novamente, as mãos agarraram-se em minha cintura e me puseram sentada em seu colo, de frente pra ele, minhas pernas estavam acomodadas aos lados de seu corpo, uma de suas mãos desceu instantaneamente para minha cocha, segurado-a firmemente, e a outra acariciava gentilmente meu rosto, uma contradição.

A imagem de Sasuke brotou em minha mente assim que cessamos o beijo até então maravilhoso.

Eu sabia que teria que me resolver logo com Sasuke, que precisávamos conversar pessoalmente sobre o divorcio e não entrarmos em guerra por causa do império que construímos juntos.

Kiba voltou a me beijar, impedindo que o Uchiha invadisse meus pensamentos naquela hora, e eu agradeci que ele tivesse este efeito sobre mim.