Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 27
Capítulo 27 - Batalha no cemitério


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o início do confronto Naruto x Sasuke. Uma luta que deixará talvez a marca final na história dessa amizade. A guerra está chegando ao final, mas as marcas se aprofundam cada vez mais.



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Ação e Reação

 

Capítulo 26 – Batalha no cemitério.

 

 

  Shikamaru e Rock Lee se dirigiram para o local em que estava a nuvem de fumaça formada pelo corpo da verdadeira Tsunade. Ela tinha arrastado casas na queda, tendo o corpo coberto por machucados. Tinha gasto tanta energia no jutsu que usara que nem tinha forças para formar uma cratera em sua queda.

 

  -Tsunade-sama... – Cochichou Rock Lee, olhando para a Hokage, que estava meio inerte em meio àqueles escombros que tinham sido formados pelas casas que derrubara.

 

  Mas ela não estava muito preocupada com si mesma. Tinha sentido uma densidade imensa de chackra vindo da direção em que estava o clã Hyuuga.

 

  -Naruto... – Disse ela. Reconheceria aquela massa de chackra prestes a lutar em qualquer lugar.

 

  -Rock Lee, veja se Makuno está morta ou desacordada e então a traga para cá.

 

  -Hai. – Disse o garoto, partindo em seguida.

 

  Shikamaru fixou seu olhar em Tsunade. A Hokage não estava tão ferida. Mas estava alheada a ponto de não fazer sequer esforço para levantar.

 

  -Hokage-sama... – Chamou ele.

 

  Tsunade continuava a fitar o nada.

 

  -Tsunade-sama! – Chamou ele bem mais alto.

 

  Tsunade, acordando de seu transe, levantou imediatamente e perguntou:

 

  -O que foi? Aconteceu algo?

 

  -Não. Rock Lee foi atrás de Makuno. Estou esperando ele.

 

  A Godaime olhou em volta. Mesmo nas vizinhanças do prédio da Hokage, estava tudo muito calmo. Não tinha nenhuma batalha por ali. E nem por perto.

 

  -O que houve com a guerra? – Perguntou ela.

 

  -Não sei. – Disse Shikamaru. – Parece que estão se dizimando.

 

  -Um empate?

 

  -Sim. – Disse ele.

 

  -GENTE! – Chamou Rock Lee, à meia distância, carregando um corpo enquanto corria.

 

  -O que houve? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Eu não sei. – Disse ele. – Parece que está havendo algo com o corpo dela.

 

  -Como? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Está acontecendo a mutação final. – Disse a Hokage.

 

  -O que é isso? – Perguntaram os dois.

 

  -Não sei. Mas me parece que, depois que o chackra se ausenta do corpo dela, seu organismo se permite retornar à forma original.

 

  Sem perguntar mais nada, Shikamaru e Rock Lee grudaram os olhos na transformação de Makuno. Curiosidade falava alto. Tsunade, que queria fazer uma verificação pela vila, resolveu esperar ao menos aquilo para começar a apressar os garotos.

 

  -Mas o que... - Começou Shikamaru, enquanto via a garota.

 

  O rosto dela lembrava muito o de Shizune. Com a diferença dos olhos serem mais escuros e o cabelo mais claro, puxando um pouco o castanho claro. Estatura padrão e corpo bem definido era o retrato dela.

 

  Mas Tsunade estava com pressa demais para ficar fazendo observações.

 

  -Vamos?! – Perguntou ela um pouco nervosa.

 

  Os garotos se assustaram um pouco. Tinham pensado que fariam uma pausa agora, mas parecia que a Hokage queria matar os dois!

 

  Só que ninguém tinha coragem o suficiente para discordar da Godaime. Então decidiram partir logo.

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  Yamato percorria toda a extensão da vila. Aquela tinha sido uma guerra relâmpago. Tinha tido informações de que os reforços da vila da chuva estavam mais perto a cada instante. Apesar das baixas, ainda tinha um pequeno time com dez pessoas e reforços cobrindo os pontos mais importantes da fronteira.

 

  -Yamato, o que temos que fazer? – Perguntou Sai, que estava ao seu lado esquerdo.

 

  -Vamos fazer uma busca mais aprimorada pela vila e, se não encontrarmos nada, vamos procurar a Hokage para pedir instruções. Mas, por enquanto, vamos continuar com a tarefa original. Neji? – Perguntou ele, enquanto olhava para seu lado direito. Neji estava ali, vasculhando o interior das casas pelas quais eles passavam com seu byakugan. Neji tinha se juntado ao time de Yamato pelo fato de ter se separado de seu time no meio de uma batalha.

 

  -Não vejo nada. – Disse ele. – Até moradores não estão mais em suas casas.

 

  -Não baixe a guarda enquanto procura. – Disse Yamato, tentando preveni-lo.

 

  -Achei! – Disse Neji, até um pouco eufórico, quando viu algo suspeito nas redondezas.

 

  -Onde? – Perguntou Yamato.

 

  -Ali. – Apontou Neji. Quando Yamato seguiu o dedo de Neji, deu de encontro com dois sobrados grudados. Estava próximo ao clã Hyuuga. Tinham dois ninjas de Konoha guardando a entrada. À volta deles, estavam vários corpos de shinobis comandados por Tsunade.

 

  -O que tem dentro dos sobrados, Neji? – Perguntou Yamato.

 

  -Só um segundo. – Disse o garoto, virando-se para os sobrados, enquanto estava com o Byakugan ativado.

 

  Yamato virou-se de costas um segundo, como se esperasse que alguém o atacasse pelas costas sem que ao menos causasse ruído.

 

  -Nn! – Exclamou Neji, enquanto segurava os olhos fechados com as duas mãos, curvando o corpo de dor. Se segurando para não causar muito barulho, ele praticamente se deitava, sentindo a dor de seus olhos aumentarem.

 

  -Neji! – Exclamou baixinho Yamato, enquanto se aproximava do garoto.

 

  Mas a dor que Neji estava passando só foi levemente compreendida quando Yamato chegou perto e viu as marcas vermelhas escorrendo dos olhos do garoto. Eles estavam sangrando.

 

  -Sai! Ache um ninja médico no grupo. – Ordenou Yamato, olhando para Sai e vendo-o obedecer prontamente.

 

  -Agüenta firme, Neji. – Disse Yamato pondo a mão sobre o ombro dele, que não parava de se mexer.

 

  -Pare! – Ele parecia ordenar para si mesmo. – Agora!

 

  Yamato olhava surpreso para o garoto. Só tinha escutado porque tinha ficado ao lado de Neji. Caso contrário, nem veria a boca se mexer consideravelmente.

 

  -Não temos ninjas médicos! – Disse Sai, chegando perto de novo. – Todos os disponíveis ficaram para curar os feridos na nossa passagem pelo hospital.

 

  -Então o leve para o hospital. – Disse Yamato. – Daqui em diante nós vamos sozinhos.

 

  -Não. – Disse Neji. – Eu não vou embora até essa guerra acabar ou eu morrer.

 

  -Mas você está impossibilitado! – Argumentou Yamato.

 

  -Não interessa! – Disse o garoto, ainda com os olhos fechados. – Isso vai passar!

 

  Neji cobriu a própria cabeça com chackra, procurando conter o ferimento. Aos poucos, o sangramento foi parando. Depois de alguns segundos, o ferimento tinha voltado ao normal.

 

  -Não sabia que era médico. – Disse Yamato.

 

  -E não sou. – Disse Neji. – Tenho apenas uma hora até o jutsu passar. Ele serve para reprimir meu Byakugan caso algo como esse acontecesse.

 

  -Bem... – Disse Yamato, decidindo o que ia fazer. – Parece que vamos ter que invadir para saber o que tem dentro da casa.

 

  Sem discutir os outros nove ninjas foram se posicionar de modo a dar cobertura a Yamato.

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  Naruto ainda encarava Sasuke. Mesmo depois de dizer para lutarem sem piedade, seu desejo não era lutar contra aquele que já fora seu melhor amigo.

 

  -O que foi, Naruto? – Perguntou Sasuke. – Está com medo de mim? Mesmo depois de dizer que poderíamos lutar sem piedade?

 

  Naruto não falava. O rosto de Sasuke trazia tantas lembranças que nem ao menos mover um dedo contra o garoto Naruto conseguiria.

 

  -Parece que foi ontem, não é? – Perguntou Sasuke, à meia distância. – Que você matou Suigetsu. Eu, que não me importo com ele, simplesmente assisti à sua luta. Na busca desesperada de encontro a Uchiha Madara, você tinha um trunfo histórico.

 

  Naruto se reprimia um pouco. Sentia seu estômago doer. Se lembrava daquela luta tanto quanto Sasuke. Tinha sido na época em que tinha ido embora de Konoha para treinar.

 

  -Será que vale a pena relembrar? – Perguntou Sasuke, com ironia nos lábios. Dava para ver a amargura nos olhos de Sasuke.

 

  Naruto sustentava sua expressão de confiança. Não poderia demonstrar fraqueza. Não agora.

 

  -Pelo que me lembro, você tinha matado Uchiha Madara há alguns dias. Mas não tinha se recuperado totalmente de seus ferimentos causados pela batalha. Suigetsu, assim como você, também queria o poder do sharingan. Ele soube que você estava estudando o olho de um Uchiha e a amostra sanguínea dele. – Sasuke sorriu levemente, sentindo a pressão de suas palavras atingirem o Uzumaki. – Ele foi atrás de você para roubar sua pesquisa.

 

  -Não precisa me lembrar de como foi. – Disse Naruto. – Eu me lembro bem de como foi a luta.

 

  Mas Sasuke não estava satisfeito. Queria chegar ao ponto principal.

 

  -Você matou Suigetsu. – Disse ele. – Mas não conseguiu escapar de mim. Quando percebeu que não ganharia, já que estava extremamente ferido pela luta com Madara e com pouco chackra pela luta com Suigetsu, você resolveu fugir de uma maneira que eu nunca tinha visto. E foi por isso que nunca definiram a identidade do “Yoko no Fuuton”. Pois Sasuke Uchiha havia matado ele.

 

  -Não acho que você compreenda totalmente como eu fiz para não lutar com você.

 

  -Pelo contrário. – Disse Sasuke. – Compreendo totalmente.

 

  Naruto se surpreendeu um pouco. O jutsu que ele usara não era compreendido facilmente.

 

  -Depois de eu pesquisar um pouco, fiquei sabendo que você aperfeiçoou o jutsu de Kage Bunshins. Não foi muito difícil depois disso.

 

  Naruto olhava firmemente para Sasuke, procurando entender aonde ele queria chegar com aquela conversa. Pareceu ao Uzumaki que o Uchiha estava apenas querendo se convencer de que estava certo. Por isso decidiu esperar mais um pouco.

 

  -Você estava morto, Naruto. – Disse Sasuke. – Mas vinte de seus bunshins foram parte de seu último jutsu. Eles me distraíram, enquanto cinco deles cercavam você. Eu não consegui me desvencilhar a tempo. Mas você teve tempo suficiente para um último jutsu, Naruto.

 

  -E qual foi? – Perguntou o Uzumaki, ainda frio.

 

  -Você se substituiu por um clone. – Disse Sasuke, com cara de quem já sabe de tudo.

 

  -Grande. – Disse Naruto, resolvendo ironizar. – Quer dizer que eu sou um clone?

 

  -Não. – Disse Sasuke. Ele queria deixar qualquer dúvida de fora. – Você apenas trocou de lugar com um clone, o deixando morrer, enquanto você ganhava um corpo novo, sem cicatriz nenhuma.

 

  Naruto tinha que admitir que Sasuke tinha entendido tudo. Aquele jutsu consistia em trocar seus ferimentos de corpo, deixando que outro corpo ganhasse aqueles ferimentos. No caso de um time, se Naruto quisesse se sacrificar para salvar outra pessoa, se ele obtivesse o consentimento de outra pessoa, ele poderia morrer no lugar dela. Caso contrário, não conseguiria completar o jutsu.

 

  -E o que isso muda na nossa luta? – Perguntou Naruto. – No final das contas, nós vamos lutar de qualquer modo, mesmo que eu não queira isso.

 

  -Não foi o fato de você ter matado Suigetsu, ou do jutsu que você utilizou. – Disse Sasuke. – Mas o elemento mais insignificante dessa luta. O fato de você ter se arriscado tanto apenas para não morrer e conseguir continuar com sua pesquisa. Inconscientemente você tinha um desejo ao se apegar nessa pesquisa.

 

  Naruto estava sentindo que o discurso de Sasuke iria lhe causar algum impacto. Mas estava tão curioso que não foi capaz de impedir o Uchiha de falar.

 

  -Você sabe o que eu acho sobre o “novo” Naruto criado por você? – Perguntou Sasuke.

 

  Naruto precisava responder firmemente. Não podia dar sinal de fraqueza. Por isso sua resposta foi dada com voz firme.

 

  -Não, Sasuke. Eu não faço idéia do que você acha.

 

  -Pois então eu digo. – Respondeu o garoto. – Você se tornou igual a mim. Em todos os aspectos.

 

  Naruto ergueu uma sombrancelha. Não tinha pensado daquele modo.

 

  -Você treinou, ficou forte, sério e calado. – Sasuke explicava com calma. – Tudo por causa da vingança contra Tsunade, na época em que você ainda planejava se vingar.

 

  -Eu não sou como você. – Disse Naruto.

 

  -Não? – Sasuke estava quase no ponto de ser irônico. – Mas então, por que o Sharingan? Sentiu que talvez não se equiparasse a mim, enquanto não o tivesse?

 

  -Nós somos diferentes. – Naruto tentava achar alguma diferença. – Sempre fomos opostos.

 

  -Nós éramos diferentes. – Sasuke não desistia. – Mas você se tornou, depois de alguns anos, totalmente igual a mim.

 

  -Será? – Perguntou Naruto.

 

  Sasuke chegara ao ponto em que estivera esperando.

 

  -Pois é, será? – Perguntou o Uchiha. – Se não for, me prove. Hoje. E agora.

 

  Naruto foi para cima de Sasuke com sua espada na mão.

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  Yamato estava à frente dos outros shinobis enquanto entrava na casa. Ao seu lado direito, Neji, com cara de quem estava se esforçando muito, andava sem seu byakugan. De seu lado esquerdo, Sai não dizia uma palavra sequer.

 

  -Parece que aqueles dois guardas eram os únicos que guardavam a entrada. – Disse Yamato.

 

  -Mas mesmo assim, não são os únicos shinobis por aqui. – Disse Sai. – Eu posso sentir.

 

  Eles continuaram vasculhando a casa, quando o último lugar não olhado fora o porão. Abriram a porta e começaram a descer. Todos tinham ido à frente, deixando Yamato, Neji e Sai para trás. Quando Neji passou, sendo o último a entrar no porão, o garoto sentiu algo frio percorrer seu corpo, como que se tivesse passado por uma cachoeira.

 

  -Yamato... – Chamou Neji, em voz baixa.

 

  -O que foi, Neji? – Aparentemente, Yamato não sentira nada de diferente.

 

  -É melhor retirar o máximo de ninjas que você puder daqui. – Disse o Hyuuga. – Acho que minha família lançou algum jutsu sobre esse lugar.

 

  Yamato se assustou um pouco com aquilo. Mas precisava dar um voto de confiança ao garoto.

 

  -Todos vocês, armem guarda do lado de fora! – Ordenou Yamato, em voz alta. – Quero que se dividam em dois grupos. Um que ficará na guarda do lado de fora e outro que irá ajudar ninjas que precisarem!

 

  Os shinobis obedeceram imediatamente. Não achavam que seria necessário discordar de Yamato.

 

  -Vocês dois. – Disse Yamato, se dirigindo à Neji e Sai. – Quero que fiquem. Vou precisar de vocês.

 

  Quando se viram sozinhos naquele porão, Yamato decidiu falar com Neji. Precisava saber o que tinha acontecido.

 

  -O que houve, Neji? – Perguntou ele, curioso. – Por que disse aquilo?

 

  Neji explicou o que houvera.

 

  -Mas isso não poderia ter decorrido devido ao fato de você estar fraco? – Perguntou Sai, calmamente.

 

  -Não. – Disse Neji. – É como se a partir daqui estivesse uma espécie de... – Ele não sabia a palavra certa. Mas não demorou para acha-la. – Genjutsu.

 

  -Tem certeza? – Perguntou Yamato.

 

  -Eu não sei. – Disse Neji. – Se eu pudesse usar meu Byakugan eu poderia conferir e tentar achar a pessoa que o está realizando.

 

  -Mas como só você teve essa impressão? –Mesmo querendo acreditar no garoto, Yamato ainda tinha dúvidas.

 

  -Eu não sei. – Neji repetiu a frase. – Me parece que tem algo a ver com a minha família. E, pelo que sei, menos ninjas atraem menos atenção. – O rapaz olhou para os lados, em alerta. – Por isso seria melhor se fôssemos sozinhos, para passarmos despercebidos por mais tempo.

 

  Yamato não discutiu. Se houvesse uma emergência, tinha Sai para mandar uma mensagem aos ninjas do lado de fora, caso precisasse de auxílio.

 

  -Verifiquem em todos os cantos. – Ordenou Yamato. – Vamos ver se achamos alguma passagem.

 

  -Hai. – Disseram Sai e Neji ao mesmo tempo, prontos para verificarem o local inteiro.

 

  Yamato também decidiu se mexer. Precisaria ajudar, caso quisessem terminar logo com aquilo.

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  Sasuke sentia que seu poder estava igualado ao de Naruto, quando o assunto era a manobra de espadas. Apesar de manipular sua espada de modo direto, Naruto conseguia executar os movimentos com perfeição, não perdendo em nada para Sasuke. Por isso o Uchiha pulou para trás, pegando um pouco de distância.

 

  Naruto viu Sasuke se afastar, mas ele mesmo continuou onde estava. E apesar de estar lutando com Sasuke, ainda tinha que prestar atenção nas lápides à sua volta, pois atrapalhavam na hora de andar.

 

  Sasuke, por sua vez, pensava em como atingir Naruto. Como estava em batalha, formulou um plano simples e pôs em ação.

 

  -Chidori! – Disse ele à meia voz.

 

  Naruto recompôs sua guarda, enquanto via as linhas do chackra relâmpago percorre-la. Em seguida, Sasuke lançou cinco shurikens para cima de Naruto.

 

  O garoto, que estava com sua espada na mão, desviou-as facilmente. No entanto, quando voltou o olhar para o local onde estivera Sasuke a pouco, onde não viu mais ninguém.

 

  Porém, a fonte de chackra de Sasuke o denunciava. Naruto olhou para cima e não estranhou quando viu Sasuke descendo em alta velocidade com a espada apontada para o Uzumaki.

 

  Naruto se surpreendeu com o ataque, mas conseguiu desviar, mesmo com dificuldade, dando um pulo para perto do muro, a uns quinze metros, que servia para limitar o território do cemitério.

 

  Sasuke ajeitou-se sobre uma lápide, ficando mais alto que Naruto, enquanto apontava a espada para o Uzumaki. Da ponta da espada os fios de chackra do Chidori começaram a se dirigir para o Uzumaki.

 

  Não tendo muita escolha, Naruto criou vinte bunshins, se dirigindo em seguida para cima do Chidori. Enquanto via as nuvens de fumaça se formando à sua volta, Naruto concluiu que Sasuke não podia mais o ver. Ele então guardou a espada e se preparou para sair da cortina de fumaça.

 

  Sasuke já imaginava o que Naruto pretendia. Por isso recolheu o Chidori e esperou. Por isso estava preparado quando Naruto saiu da fumaça com um Rasengan na palma da mão.

 

  Sasuke sabia que o Chidori não seria páreo contra um Rasengan por causa dos elementos. Mas, seu Chidori estava tão à frente do Rasengan primário que talvez ele até saísse ganhando.

 

  Quando a espada de Sasuke se encontrou com a bola de energia de Naruto, os dois foram lançados longe, se chocando com as construções próximas.

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  Sakura olhava para Ino. Ela parecia cansada. Assim como a própria Sakura. A luta tinha praticamente esgotado as fontes de chackra delas.

 

  -Você está bem? – Perguntou Sakura, olhando para a Ino.

 

  -Claro que sim. –Disse Ino, meio indignada. – Se você estiver me comparando com um monte de terra. – A garota olhou em volta. – Cadê a Tenten?

 

  -Eu não sei. – Disse Sakura, preocupada. – Eu acho que ela foi pega na própria explosão.

 

  Sem dizer mais nada, Sakura viu Ino se levantar ao seu lado e, em seguida, foram para o local onde o solo estava alterado e as construções estavam danificadas pela explosão.

 

  Quando chegaram, viram Tenten agonizando enquanto, com um esforço tremendo, se se encostava à parede mais próxima. Pareceu querer fazer uma piada quando viu as garotas, mas não conseguiu. Seu corpo estava cheio de ferimentos e suas feridas sangravam.

 

  -Tenten! – Exclamou Sakura, sem se preocupar com o fato de ser escutada. Afinal, o clã inteiro parecia estar vazio, exceto por uma área perto de onde elas estavam lutando...

 

  -A explosão te pegou? – Perguntou Ino.

 

  Tenten nem se esforçava para falar. Seu corpo doía tanto que a garota se impressionava de ainda estar acordada. Nunca, em nenhuma batalha que participara, Tenten se machucara tanto.

 

  -Vamos levá-la ao hospital. – Disse Sakura. – Tsunade ordenou a Yamato, antes da guerra, que recuperasse o hospital enquanto ainda tivesse bastante shinobis. Para podermos tratar vários feridos.

 

  -Está bem. – Disse Ino. – Mas vamos logo.

 

  Tomando cuidado para não ferir Tenten, Sakura levantou o corpo da amiga, seguindo Ino, que ia à frente para verificar a área. Precisava chegar ao hospital logo...

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  Tsunade já tinha andado pela vila inteira. As batalhas que encontrara tinha ajudado o seu lado. Presenciara algumas mortes e matara várias pessoas. Notava também que, antes de morrer, a última coisa que os inimigos tentavam fazer era destruir o máximo de patrimônio de Konoha que pudessem. Com exceção dos Hyuuga. Tsunade também tinha estranhado o número de Hyuuga lutando ou mortos. Tinha contado vinte no total.

 

  -Tsunade-sama. – Perguntou Shikamaru. – O que faremos? Já percorremos a vila toda.

 

  Tsunade se virou para Shikamaru. Tinha junto à si, cerca de cinquenta shinobis. Metade dos Anbus No Makis ainda estavam vivos. Ela achava estranho tudo ter acabado tão rápido. Apesar de terem sofrido baixas, Tsunade nem esperava a vitória, quanto mais uma vitória e um pequeno exército.

 

  -Vamos até o clã Uchiha. – Disse ela, respondendo à Shikamaru. – Fazer uma vistoria. Depois, retornarei ao que restou de meu escritório – Ela procurava ironizar o que dizia. – e vocês revistarão cada canto da vila. Depois liberaremos os moradores e recomeçaremos a reconstrução.

 

  A Hokage tinha poupado alguns shinobis inimigos, trancando-os e deixando shinobis seus de guarda. Queria recolher algumas informações adicionas sobre o ataque depois.

 

  Ela já estava quase recomeçando a andar quando parou de repente. Viu vários papéis se juntando à sua frente. Dois segundos depois Konan foi inteiramente visível. Não estava armada. Não parecia querer lutar.

 

  -O que você quer? – Perguntou Tsunade, com a guarda alta.

 

  Konan se curvou. Não queria parecer insolente.

 

  -Eu gostaria de ajudar Konoha

 

  Tsunade se surpreendeu. Apesar de não acreditar. Mas precisava ao menos conferir.

 

  -E porque eu acreditaria em você? – Perguntou Tsunade.

 

  Konan tinha a resposta pronta. Sabia que Tsunade não acreditaria. Mas Konan estava decidida a ajudar Konoha. A qualquer custo.

 

  -Por dois motivos. O primeiro é porque eu tenho um exército enorme perto dos portões esperando minhas ordens. Sei que a essas alturas meu exército não será tão necessário, mas ele ao menos ajudará na reconstrução.

 

  -E qual é o segundo motivo? – Perguntou Tsunade.

 

  -Naruto. – Disse Konan, com a certeza de que esse motivo convenceria.

 

  -Como assim? – Perguntou Tsunade, confusa. Às suas costas, os shinobis aguardavam.

 

  Konan decidiu explicar. Não que gostasse de ter que chegar a tal ponto para poder se redimir.

 

  -Ele me convenceu de que eu estava errada. – Ela falava enquanto se lembrava de tudo o que o Uzumaki lhe dissera. – Me convenceu de que Konoha não é uma vila injusta e me fez desistir de minha vingança, mostrando o outro lado da história de... – Ela se contraiu um pouco ao se lembrar dele. – Pain.

 

  Tsunade não estava cem por cento convencida do fato de Konan querer ajudar. Mas, se a kunoichi tinha mesmo um exército, precisava ao menos arriscar. Afinal, seria bem melhor do que lutar contra mais um exército.

 

  -Tudo bem. – Disse ela concordando. – Vamos até o portão da vila. De lá, esperaremos que você chame seu exército.

 

  Konan concordou com a cabeça e em seguida, começou a correr em direção ao portão.

 

  Naruto se erguia, ficando de frente para a rua que ficava ao lado do cemitério, enquanto sacudia os ombros, tentando se livrar do cimento que cobria sua roupa. Olhando para dentro do cemitério, ele podia ver Sasuke se erguendo depois de ter atravessado a parede de sua própria casa.

 

  Para evitar ficar no chão e limitado por prédios, Sasuke pulou para cima de uma casa baixa, se dirigindo para prédios mais altos, sendo paralelamente acompanhado por Naruto. Até que acabaram se afastando do centro do clã, alcançando um canto da fronteira. Ficaram em cima de dois prédios, em alturas iguais.

 

  Sasuke olhou bem para Naruto. Não achava que aquela luta estava simbolizando “sem piedade”.

 

  -Você não quer me matar, Naruto? – Perguntou o Uchiha. – O que houve com esse rasengan?

 

  Naruto ficou calado. Sabia que tinha cometido um deslize.

 

  -Você está maneirando? – Perguntou Sasuke. – Porque eu falhei. Mas não vou falhar desse jeito de novo.

 

  Naruto continuava calado. Não queria admitir que estava evitando matar Sasuke.

 

  -Parece que você realmente não se parece comigo, Naruto. – Disse Sasuke. – Mas a sua natureza é como a minha. Um pequeno deslize e o mais novo “Kenzo” vai surgir. – Ele ironizou bastante a palavra Kenzo. – Ou será que ele já quase não existiu com a Yoko no Fuuton?

 

  Naruto estava ficando nervoso. Precisava se controlar. Fechou o punho que não estava ocupado com a espada. Esse detalhe não passou despercebido à Sasuke.

 

  -Isso, Naruto. – Disse ele. – Fique nervoso. Libere seu poder. Porque, lá no fundo, você sabe que é isso que está faltando à você.

 

  De repente Naruto arregalou os olhos. Finalmente tinha entendido.

 

  -Falta ódio em você.

 

  Naruto sentiu o forte efeito daquela frase. Era como se Itachi estivesse falando com ele. Era no que Sasuke tinha se tornado.

 

  Mas Naruto tinha compreendido. Finalmente ele conheceu. Estava claro aos olhos do Uzumaki a sutil diferença entre ele e Sasuke.

 

______Fim do Capítulo 26______

 

  Leitor da face oculta: O que? Acabou?

 

  Uzumakilucas: (Sorridente) Pois é... Acabou.

 

  Leitor da face oculta: Porque você tá contente?

 

  Uzumakilucas: Bem... Sabe como é... Ultimamente eu tava meio sem inspiração... Tentando fazer a fic me atrair...  E pensando: Se eu não to com inspiração pra escrever a fic, como é que eu faço?

 

  Leitor da face oculta: (Coçando o queixo). Ahhh... É por isso que os últimos capítulos saíram pior do que o normal...

 

   Deidara: Puxa... Sabe que eu nem notei? Pra mim é como se sempre tivesse sido a mesma coisa.

 

  Uzumakilucas: (Tentando fazer algo que não o deixasse nervoso) Vocês não entenderam, eu estava escrevendo muito pouco, como se não tivesse o que escrever mais na fic. Não conseguia achar um meio de finalizar a fic de modo satisfatório. Isso não significa que a fic ficou pior... Eu acho...

 

  Deidara: Quer dizer que a fic tá acabando? *.*

 

  Uzumakilucas: Pois é.

 

  Leitor da face Oculta: T.T A não! De que fic eu vou reclamar se essa acabar?

 

  Deidara: T.T E pensar que eu vou sentir falta desse lixo!

 

  Leitor da Face Oculta: Peraí, se esse “lixo” acaba, então eu vou aposentar?

 

  Uzumakilucas: Mas é claro que não!

 

  Leitor da Face Oculta: Por quê?

 

  Deidara: Ora, mas não é simples? Você acha que o Uzumakilucas vai pagar sua aposentadoria?

 

  Uzumakilucas: Tá me chamando de caloteiro?

 

  Deidara: Mas é claro! :-P

 

  Uzumakilucas: EU-REALMENTE-VOU-TE-MATAR!!!

 

  Leitor da Face Oculta: Peraí!

 

  Uzumakilucas (Segurando o Deidara no pescoço, enquanto soca a cara dele): Que foi?

 

  Leitor da Face Oculta: O que você queria me dizer quando disse CLARO QUE NÃO (Grita na orelha de Uzumakilucas.), quando eu disse que iria me aposentar?

 

  Uzumakilucas: Você peraí! (Para Deidara, que tentava sair de fininho). E quanto a você, Leitor, o fato é que eu tô montando o começo de uma nova fic.

 

  Leitor da Face Oculta e Deidara ao mesmo tempo: O QUÊ!!!!???? EU OUVI DIREITO?!

 

  Uzumakilucas: Se foi a parte de eu estar começando a pensar numa nova fic, sim, vocês ouviram direitinho.

 

  Deidara: Eu acho que vou desmaiar...

 

  Leitor da Face Oculta: (Pega Uzumakilucas pelo colarinho e começa a balançar) VOCÊ FICOU MALUCO?! EU NÃO AGUENTO NEM ESSA, QUANTO MAIS UMA PRÓXIMA!

 

  Uzumakilucas: (Depois de se livrar das mãos do LdFO) Se não quiser, eu não apresento nenhum dos dois na próxima fic...

 

  Deidara e LdFO nem pensam antes de se ajoelharem.

 

  Deidara: Não me faz voltar pras fics de comédia!

 

  Leitor da Face Oculta: Me deixa reclamar de outra fic, por favor!

 

  Uzumakilucas: (assustado) Ta bom! Não precisa implorar!

 

  Deidara: (Se recompondo) E qual vai ser o nome da próxima fic?!

 

  Uzumakilucas: Vais ser: Depois da escuridão.

 

  Leitor da Face Oculta: Já começou com o nome tosco, não quero nem ver a fic...

 

  Uzumakilucas: Quer começar a reclamar depois que eu começar a escrever?

 

  Leitor da Face Oculta: Desculpa... Foi a força do hábito... : P

 

  Uzumakilucas: Bem, pra acabar logo com isso, eu gostaria de, mais uma vez, agradecer aos leitores que mandaram reviews. Àqueles que não estão pensando em mandar, gostaria de pedir mais uma vez para que mandassem. A fic tá chegando ao fim e... Bom... Eu gostaria de receber reviews mesmo daqueles que nunca mandam, para saber a opinião sobre esse encerramento da fic.

 

E aqui vai um pedido especial àqueles que sempre mandam reviews ou que mandaram apenas uma vez: Deixem reviews comentando sobre esses últimos capítulos, porque eu gostaria de saber as últimas impressões deixadas. Obrigado a todos!

 

  Leitor da Face Oculta: Você não ia matar o Deidara?

 

  Uzumakilucas: AH! É mesmo!

 

  Ele se vira para o local onde estava Deidara e vê um boneco de argila no lugar.

 

  Uzumakilucas: EU AINDA MATO ELE!

 Uzumakilucas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da história?
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O username é Uzumakilucas, mesmo.
Vlw!