Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 26
Capítulo 26 - Reação.


Notas iniciais do capítulo

A guerra se desenrola, as batalhas não acabam e todos estão em constantes brigas. Como e quando isso vai acabar? Desistir? Não é uma opção. Então, o que restou foi somente uma opção: Lutar até que vençam. Ou morrer tentando.



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Ação e Reação

 

Capítulo 25 – Reação.

 

  Tsunade olhava para uns três metros à sua frente. Shikamaru e Rock Lee tinham acabado de matar o último Anbu que faltava. Estavam estourados. Tinham sido atingidos várias vezes e ainda estavam sangrando.

 

  Ela invocou duas lesmas pequenas e ordenou que curassem os dois garotos. Enquanto observava os dois se sentarem enquanto se recuperavam.

 

  Ela estava com um mau pressentimento. Sua intuição lhe dizia que os ataques a si estavam muito fracos. Tinham mandado apenas quinze Anbus que poderiam ser derrotados por dois jounins (Se ainda não mencionei, Shikamaru e Rock Lee tinham sido promovidos para jounins enquanto Naruto estava fora).

 

  Então ela percebeu qual era o plano dos inimigos. Enquanto olhava em volta em alerta máximo, ela percebia. O plano era cansar os reforços de Tsunade e depois atacar apenas ela com um ataque forte.

 

  -Shikamaru! Rock Lee! – Ela chamou tentando alerta-los. – Saiam daqui agora!

 

  Os dois se levantaram. Quase não houve tempo para eles pularem.

 

  O teto do prédio da Hokage tinha explodido.

 

  Naruto esperava. O dragão estava esperando a barreira se desfazer para atacar o garoto. O Uzumaki, por sua vez, tentava entender aquele jutsu. Aparentemente, os Hyuugas tinham se sacrificado para realizar aquele golpe. E Naruto, apesar de sua força, gastaria chackra demais para enfrentar o dragão no mano-a-mano. Precisava do mestre Gama.

 

  Ele realizou os movimentos enquanto o dragão olhava-o intensamente o garoto. Parecia se recompor conforme a barreira sumia. Naruto não podia entrar na barreira. E o dragão não podia sair.

 

  Quando Naruto terminou de fazer os selos, concentrou chackra na palma da mão e colocou-a contra o chão. O dragão viu a cortina de fumaça que se abriu depois, que foi se baixando aos poucos e revelando um sapo enorme, com uma pessoa em cima da cabeça dele. Naruto tinha conseguido realizar o jutsu.

 

  -Em qual encrenca você se meteu dessa vez, Naruto?! – Perguntou Gama-bunta, encarando o dragão, que estava quase se livrando da barreira.

 

  -Konoha está em guerra e eu quero protegê-la. – O garoto não precisaria de outro argumento.

 

  -O que quer que eu faça? – Perguntou o sapo, que já se desacostumara a ser chamado por Naruto.

 

  -Preciso que lute com aquele dragão.

 

  -Grande. – O sapo, ao contrário de Naruto, mantivera o senso de humor normal, depois desse tempo. – Mais alguma coisa?

 

  -Quando não aguentar mais, não precisa ficar. Desapareça e aumente ao máximo a cortina de fumaça.

 

  -E onde você vai ficar? – Perguntou Gama, levantando sua guarda enquanto sentia a barreira apenas nos quinze por cento.

 

  -Vou ficar a uma distância, procurando o ponto fraco dele à distância.

 

  O sapo não respondeu nada. Enquanto Naruto pulava para longe, ele ia para cima do dragão, que se livrara da barreira.

 

  Naruto observava os dois grandes se atracarem a quinze metros. Percebeu que mais nenhum Hyuuga da guarda estava por perto. Parecia que o que sobrara da guarda estava no dragão. Tirando o fato dos ninjas que estavam lutando a uma grande distância com Ino, Sakura e Tenten. O Anbu que fora auxiliá-las tinha morrido por ter ficado para trás, deixando Tenten e Ino ir à frente.

 

  -AHH! –Naruto ouviu a exclamação de dor repentina e voltou sua atenção para a luta de Gama.

 

  O sapo tinha sido acertado por uma rajada enorme de fogo e agora estava “torrado” dentro de uma enorme cratera. Quando olhou para o dragão, Naruto notou que este tinha sido acertado por alguns golpes do Gama, com marcas no corpo e alguns ferimentos sangrando.

 

  -PODE IR EMBORA, GAMA! – Naruto gritou.

 

  O sapo não discutiu. Depois daquele golpe, seria um inútil em batalha. A única coisa que poderia fazer era abrir a cortina de fumaça que o garoto pedira antes de ir embora.

 

  Naruto viu a fumaça que subiu depois de alguns segundos. Uma fração de segundos depois de o dragão ver Naruto.

 

  O garoto aproveitou a fumaça e criou cem clones. Estes rodearam o dragão, que estava preocupada em ir até onde vira o original da última vez. Naruto, com seu sharingan, embaçava a visão dele, dando uma vantagem à Naruto pela fumaça.

 

  Antes de atacar de uma vez, ele ao menos precisava fazer um teste.

 

  Naruto desativou o sharingan quando a fumaça baixou. Vendo-se cercado por Naruto, o dragão tentou levantar vôo. Mas foi obstruído por um Naruto com um grande rasengan na mão vindo por cima.

 

  -Odama Rasengan! – Naruto pôs força de vontade naquele rasengan.

 

  Quando atingido, o dragão caiu, voltando ao local onde estivera cercado por cem Narutos. Agora o plano estava pronto.

 

  Quando o dragão reergueu, Naruto viu que ele prevera algo. Provavelmente tinha percebido o plano do garoto. Afinal, aquele era um super Byakugan contra um sharingan inicial.

 

  Ele teria que acelerar o processo. Infelizmente, não tinha mais chackra próprio, que estava se recompondo. Mas isso não era problema para Naruto.

 

  -Kyuubi chackra. – Ele falou baixo, na tentativa de invocar o chackra da raposa mais rapidamente.

 

  Aquele era um de seus novos jutsus. E realmente estavam dando certo.

 

  Quando o dragão se recompôs, notou que o sharingan estava diferente. Agora o olho estava totalmente branco. Uma risca vermelha substítuira a íris e com as marcas do sharingan primário em preto. As marcas circulavam em volta do olho do garoto, sumindo de vez em quando, nos momentos em que passavam pela risca vermelha do chackra da raposa.

 

  -Agora está na hora dos Hyuuga conhecerem o poder do meu sharingan secundário. - Naruto sentia as vistas arderem enquanto ele cochichava e preparava seu jutsu. Não gostava de usar aquele sharingan, pois consumia muito chackra e o deixava tonto por instantes depois de usá-lo. – Mas não por muito tempo, já que eu vou usar o meu Mangekyou...

 

  O dragão estava atento demais aos clones à sua volta para perceber Naruto olhar para seu rosto. No primeiro vislumbre que o dragão viu de Naruto, o garoto piscou. E o dragão sentiu o corpo arder. Chamas negras cobriam o corpo dele. Chamas conhecidas demais.

 

  -Amaterasu? – Perguntou um dos clones de Naruto, se virando para o original. – Você nunca o usou antes, no seu Mangekyou.

 

  -Mas quem disse que eu usei o meu Mangekyou tantas vezes? – Perguntou o original, enquanto via o dragão se contorcer.

 

  -É... – Disse um outro clone. – É muito ruim vê-los morrerem assim...

 

  O dragão não estava coberto por nada. Apenas agonizava no ar por nada. Em segundos, o grande animal caiu morto, causando um enorme estrondo na queda.

 

  Quando viram o monstro realmente morto, um clone bem curioso no meio daquele descampado, comentou:

 

  -Vamos recapitular. Esse seu Mangekyou é uma ilusão que simula a morte da vítima. Quanto mais o alvo acredita que está morrendo, mais a morte dele se torna real.

 

  -Ou seja: - Naruto completou. – Quando se vê morrendo, a pessoa acha que é verdade, dando força ao jutsu e realmente morrendo. De qualquer forma que eu quiser. E a simulação é perfeita. Não importa qual golpe eu fingir. Ele simplesmente é simulado como no real. E a simulação faz a pessoa sentir a mesma dor que o jutsu verdadeiro.

 

  -Ainda bem que a simulação é tão real. – Um clone afirmou. – Ou seu Mangekyou poderia ser um dos mais fracos já vistos.

 

  -Ainda não sabemos como ativar o do Uchiha Madara. – Disse outro clone. – Senão teríamos o Mangekyou mais forte de todos os tempos.

 

  Naruto desativou o chackra da Kyuubi. Estava cansado demais para pensar em tudo o que havia a pensar sobre o sharingan.

 

  -Quero que cinquenta de vocês se desfaçam agora. – Ele ordenou. No instante seguinte, se sentiu revigorar. A força dos clones tinha voltado para o dono.

 

  -O que nós devemos fazer? – Perguntou o mesmo clone de antes.

 

  -Quero que eliminem qualquer Hyuuga que reagir em todo o território do clã. Evitem ferimentos. Mas ajam aberto. Não quero que matem sem motivos. Entenderam?

 

  Os clones não responderam. Apenas se movimentaram. Não precisavam dizer ao garoto que sim.

 

  -Agora eu preciso ir até Sakura. – Disse o garoto.

 

  Quando passou pelo dragão, viu o Byakugan tão forte no rosto dele. E sentiu que não precisava exitar. Apenas enfiou a espada no coração dele. Em seguida, levantou a lâmina na altura do rosto. Quando passou a língua sobre o sangue, sentiu que finalmente o Byakugan poderia ser seu.

 

  Sakura, Ino e Tenten olhavam para Kotsuny, que nem se mexia.

 

  Sakura pensava tão rápido que sua cabeça poderia explodir a qualquer hora. Estava raciocinando todos os fatos da luta. Gennou e Tenma tinham o rinnegan. Mas pareciam ser os únicos, sem nem ao menos terem se esforçado por controlarem outros corpos. Myozuke parecia mandar nos três que atacaram.

 

  -Achavam que iriam me matar tão facilmente? – Perguntou alguém às costas das garotas.

 

  -Não... – Sakura estava assustada com aquela voz. Era conhecida. Mas fora descoberta muito recentemente.

 

  -Minha cara está toda esfolada... – Disse ele. – Você vai me pagar.

 

  Quando Sakura se virou, assustou-se. Jin estava ali, com o rosto quase sem carne. Porém, seus ossos da cara estavam inteiros, pois tinham sido protegidos por placas pretas. Ou seja, receptores de chackra. Quando se concentrou nos olhos de Jin, percebeu que ele não estava mais agüentando disfarçar o rinnegan. Por isso, as marcas características deles estavam bem visíveis.

 

  -Como pensamos... – Disse Gennou, se levantando. – Elas não fazem a mínima idéia de quem somos.

 

  -E quem faria idéia de algo como isso, sendo que fizemos segredo por todo esse tempo? – Perguntou Tenma, que estava arrancando as kunais de si.

 

  -Vocês são imortais? – Perguntou Ino, assustada.

 

  -Não. – Quem respondeu foi Sakura. – São apenas marionetes controladas pela mente do possuidor original do Rinnegan. Só vão parar de lutar quando perderem órgãos vitais que os impeçam de realizar movimentos ou quando o controlador for morto.

 

  -Parece que alguém andou pensando. – Jin falava, enquanto ele, Gennou e Tenma cercavam Sakura, Ino e Tenten. – Vamos ver se realmente está certa. Se alguém nos controla, quem seria?

 

  Sakura se virou para o lado no qual todos estavam antes das lutas começarem. Apenas uma pessoa continuava no mesmo lugar. E Sakura apontou para ela.

 

  -A verdadeira filha de Pain e possuidora do Rinnegan é Kotsuny.

 

  A garota levantou o rosto para Sakura. Tinha tido uma ligeira surpresa. Não esperava que a garota se tocasse no meio da batalha.

 

  -Parece então que nem mesmo eu vou precisar desses olhos disfarçados. – Disse ela, enquanto deixava seus olhos voltarem ao normal.

 

  Kotsuny não saiu de onde estava. Apenas intensificou o olhar sobre as garotas. Queria ver o restante da luta com seus próprios olhos.

 

  Tsunade olhava para os lados procurando Rock Lee e Shikamaru. Quando os encontrou, seus olhos continuaram vasculhando a área, na tentativa de achar Shizune, que estivera inconsciente sobre o prédio.

 

  -Vocês viram a Shizune? – Perguntou a Hokage, em voz alta, em direção à Shikamaru e Rock Lee.

 

  Os dois apenas acenavam que não com a cabeça, enquanto continuavam procurando o responsável pela explosão.

 

  Tsunade estava mais preocupada com Shizune. Apesar de tudo o que a garota fizera, ainda era Shizune, e Tsunade gostava muito dela para apenas deixa-la morrer.

 

  Quando vira Shizune da última vez, ela tinha sido posta sobre o terraço, apoiada num dos cantos, enquanto Shikamaru e Rock Lee iam brigar contra os shinobis que subiam. Depois, era como se a garota tivesse sumido. E então Tsunade se tocou.

 

  Ela se virou para os dois ajudantes e apontou para sua sala, agora visível por causa de seu teto que tinha sido arrancado.

 

  Os três pularam para dentro do escritório dela. Tsunade pulou virada para a porta, enquanto sabia quem falava às suas costas.

 

  -Parece que você não cansa de se descuidar quando se trata de Shizune, não é, Tsunade? – Perguntou Shizune, balançando sobre a cadeira da Hokage, enquanto olhava para Shikamaru e Rock Lee, que tinham pulado e estavam virados para Shizune. No entanto, todos tomavam cuidado com o buraco causado pela briga de Sakura com Danzou.

 

  Tsunade sorria enquanto se virava.

 

  -Agora eu me lembro de você. – Disse ela. – Preso numa das celas de segurança máxima, considerado perigoso e inimigo meu. Simpatiza com a tortura e gosta de dor. Tem uma excelente habilidade de manipulação de fogo. Sua única técnica original é poder tomar a forma de outra pessoa.

 

  -Mas, - Completou “Shizune”. – em contrapeso com este grande dom, eu não tenho forma física própria. Sem a aparência que tomo, não tenho forma física. Isso desde que usei esse jutsu pela primeira vez. A única pessoa na qual não posso me transformar é em mim.

 

  -E por causa da missão em que teve que usar o jutsu pela primeira vez ter sido contra Konoha no meu regime, você não só pegou ódio contra a vila, mas também contra mim.

 

  -Eu fui convidado a entrar para a Akatsuki Remanescente dias antes de ser preso. – Explicou o shinobi. – Por isso, quando Konan causou a rebelião, eu seqüestrei Shizune, tomei a forma dela, aproveitei para seqüestrar Kakashi e vim lhe informar sobre a rebelião.

 

  -Quer dizer que desde aquele dia... – Tsunade se surpreendeu.

 

  -Sim. Desde aquele dia você não fala mais com Shizune, que deve estar mofando em algum canto junto com Kakashi.

 

  Shikamaru se pôs à frente de Tsunade. Não queria que a Hokage perdesse a cabeça e fizesse alguma besteira.

 

  -Deixe que lutemos com ele, Tsunade-sama. – Disse Shikamaru.

 

  Tsunade nem respondeu e o shinobi se levantou. Fez dois sinais de mão enquanto falava para Shikamaru:

 

  -Primeiro que não é ele. É ela. Me chamo Makuno. E segundo que alguém como você não é páreo para mim.

 

   Shikamaru nem pode responder, porque uma cortina de fumaça se abriu.

 

  -Droga... – Disse ele.

 

  -Saiam todos daqui! – Gritou Tsunade, de seu canto.

 

  Ao ouvirem a voz da Hokage, Shikamaru e Rock Lee reagiram imediatamente, pulando para fora do prédio, indo diretamente para um dos edifícios vizinhos.

 

  Esperavam ver Tsunade já do lado de fora, mas ela não estava lá. Não estava nem Makuno. Esperaram um pouco, olhando para a fumaça. E quando viram alguém sair de lá, se surpreenderam. Duas Tsunades tinham saído da fumaça e estavam se atacando.

 

  -O que estão esperando? – Perguntou nervosa, uma das Hokages. – Me ajudem! – Disse ela antes de tentar dar um soco na adversária, que desviou.

 

  -Não! – Disse a outra. – Não se metam! Vão correr perigo!

 

  Rock Lee, indo pela lógica, disse:

 

  -A que está tentando nos poupar, é a Tsunade verdadeira.

 

  -Não. – Interveio Shikamaru. – Não tenho tanta certeza. Precisamos pensar enquanto elas lutam. Ou vamos tirar a conclusão errada.

 

  Enquanto isso, entre as Hokages, como que para se identificar, Makuno tinha feito em si mesma um corte em seu braço. Tsunade, de seu lado, tentava acertar a adversária com golpes simples, mais não conseguia.

 

  -Acha que vai me atingir com isso?! – Perguntou Makuno. – E ainda ousa se chamar de Hokage?

 

  -Nunca subestime a Hokage de Konoha. – Disse Tsunade, ao ver Makuno desviar habilmente de um chute em sua direção. – Eu só quero pega-la viva.

 

  Makuno ria, enquanto desviava. Parecia não ter medo de morrer. Afinal, por vezes, mal desviava dos golpes de Tsunade.

 

  -Só não esqueça que eu não tenho o mesmo objetivo, Tsunade. – Disse ela, ainda com um sorriso no rosto que pertencia à Tsunade.

 

  No instante seguinte, elas pularam sobre um prédio. Casas o cercavam, então elas estavam isoladas, com única saída para baixo. Vendo a vantagem a seu favor, Makuno cobriu a palma da mão de fogo e jogou para cima de Tsunade.

 

  A hokage desviou, vendo que a adversária lançava rajadas de todas as direções à sua frente, deixando como saída apenas o pulo para fora do prédio. Mas antes de pular, a Hokage fez um selo.

 

  Vendo o corpo da verdadeira Hokage, Makuno estendeu as palmas das mãos na direção da Hokage. Dali saiu um manto de fogo, controlado pelas mãos de Makuno.

 

  -Adeus, Hokage. – Disse ela, antes de ser paralisada, não conseguindo mover o manto em direção à Hokage, que caiu por entre as casas.

 

  -Parece que ela já tinha tudo sob controle, Rock Lee. – Disse Shikamaru, ao lado de Rock Lee, numa das casas ao lado, com o selo de seu jutsu em mãos.

 

  -Como? – Perguntou Makuno, sobre o prédio. – Como sabem que sou eu, e não Tsunade?

 

  -Simples. – Disse Shikamaru. – Porque Tsunade-sama, além de não usar jutsus de fogo, não mataria alguém de uma forma tão óbvia.

 

  -Certíssimo, Shikamaru. – Respondeu a verdadeira Tsunade, do lado oposto da cobertura do prédio de onde estava Makuno.

 

  -Então, Tsunade, vai deixar eles te ajudarem? – Perguntou Makuno. – Afinal, já era para você estar morta, agora e por mim. – Ela fez questão de frisar bastante as últimas palavras.

 

  -Você não escutou Shikamaru falando sobre eu ter tudo sob controle? – Perguntou ela, enquanto começava a sorrir, prevendo o fim da batalha. – Eu tinha me substituído antes de saltar do prédio, ou seja, o que você acertou não era eu. No caso, era apenas um tronco.

 

  -E como pode provar que eles não te ajudaram, se nem ao menos termina isso de uma vez? – Perguntou Makuno.

 

  -Por que quero te dar mais uma chance. – Disse Tsunade. – Se quiser se juntar à Konoha como uma pessoa normal, poderá fazê-lo depois de algum tempo fazendo trabalho comunitário. Senão, terá o direito de dar apenas dar mais um soco contra mim. Claro que eu também vou dar um contra você.

 

  Makuno sorriu. Tinha achado aquela oferta tentadora. Para alguém que era apenas mais um. Makuno não achava que tinha vida. Ela não tinha aparência. Tinha sofrido com isso por causa de Konoha, que a obrigou a chegar a extremos, para matar seus ninjas. E não era agora que ela iria mudar seu ódio pela vila. E muito menos por quem a comandara.

 

  -Solte-me. – Disse ela, para Shikamaru.

 

  O garoto olhou para a Hokage, que acenou com a cabeça que sim. Quando se viu livre, Makuno olhou para o rosto de Tsunade. Olhou para suas mãos. Olhou para seu corpo. Era por isso que não mudaria de opinião. Não era seu corpo. Não tinha um corpo próprio. E nunca teria uma vida completa. Se era para viver a vida pela metade, que fosse matando a Hokage, permitindo que a glória ofuscasse sua tristeza.

 

  -Então não vai nem reconsiderar? – Perguntou Tsunade, sabendo de qual seria a escolha de Makuno, e já juntando chackra no punho, já fechado.

 

  -Parece que não. – Disse Makuno, séria.

 

  Makuno fez um manto e o conteve na mão. Estava juntando todo o poder sobre o elemento fogo que possuía na mão. Estava na hora de saber quem vencia. O punho de Tsunade ou o elemento fogo.

 

  -Pronta? – Perguntou Makuno, gozando a vitória prematuramente.

 

  Tsunade foi para cima de Makuno, com o soco armado. No meio do caminho, decidiu dizer:

 

  -Nunca subestime a Hokage de Konoha.

 

  Em seguida, os socos se chocaram. Duas Tsunades foram lançadas para lados diferentes da vila.

 

  Sakura se sentia encurralada. Ninguém as atacava. No entanto, as três estavam quase no limite, e os três que se preparavam para atacar, pareciam zumbis, sem cansaço, sem dor e sem piedade.

 

  -Sakura... – Chamou Ino. – Alguma idéia?

 

  -Várias. – Disse a garota, cujo cérebro estava trabalhando sem parar. – Mas nenhuma que sirva realmente. A não ser que... – A garota tivera uma idéia.

 

  -O que?! – Perguntou Tenten, ao lado da garota, sem vontade nenhuma de esperar.

 

  -Que concentremos nossos ataques somente na Kotsuny, fazendo com que a controla caia antes de nós. Assim, não precisamos nos preocupara com os outros.

 

  -Perfeito. – Disse Ino com ironia. – Um plano, ou seja, um meio de fazer isso.

 

  -Simples. – Sakura pensava muito mais rápido do que Ino. – Uma de nós realiza grandes ataques enquanto você toma a mente de Kotsuny. Depois disso, controla os três, deixando-os para nós. A que ficar livre cuida para que ela fique parada para você.

 

  -Ou seja, - Disse Tenten. – você realiza os grandes ataques, Ino tenta pegar a mente dela e eu a imobilizo por um segundo. Parece bem difícil.

 

  -É o único plano que temos. – Disse Sakura, nervosa e armando o ataque. – Vamos ao meu sinal.

 

  -Não sei Sakura, tem variáveis... – Disse Ino, pensando.

 

  -Agora! – Ordenou a garota, indo para cima de Jin, que estava no meio. No momento seguinte, ela recuou um pouco e socou o chão com toda a força que pôde.

 

  Tenten pulou, assim como Ino e Kotsuny. Tenten lançou vinte kunais com cordas para cima da inimiga, que desviou de todas. Tenten conduziu chackra pelas cordas enquanto puxava-as de volta.

 

  No meio da trajetória, elas se enroscaram e enrolaram no corpo de Kotsuny.

 

  -Agora, INO! – Gritou Tenten.

 

  Sakura, que saia do meio da bagunça que tinha criada, viu Ino com os pés grudados por chackra no prédio da família principal com o selo de possessão de mente apontado para Kotsuny. Antes de realizar o jutsu, ela teve tempo de gritar:

 

  -Pega meu corpo, Sakura! Ou eu te mato! - No instante seguinte, o corpo dela começou a cair inconsciente.

 

  Sakura foi em direção ao corpo. Quando o pegou, viu Jin vindo em sua direção com uma corrente elétrica na mão.

 

  Ele tentou socar Sakura, que desviou desajeitada, por causa do corpo de Ino, que estava carregando. Ela parou sobre uma casa. Deixou o corpo de Ino meio largado sobre o telhado, enquanto parava os ataques de Gennou e Tenma. E, pelo que parecia, Tenten estava tendo problemas.

 

  No momento em que Ino realizava o jutsu, Tenten chegava aos seus limites de força física para conter a força de Kotsuny, que tentava se livrar das cordas. Quando pensou que iria conseguir, sentiu uma enorme onda de choque percorrer seu corpo. Kotsuny usara as cordas como condutores.

 

  Quando sentiu a força de Tenten diminuir, ela se desvencilhou das cordas e fugiu do jutsu de Ino. Ou seja: O plano dera errado.

 

  No momento seguinte, Jin parou de atacar Sakura e se virou para Tenten. A garota armou cinco shurikens e as largou a esmo pelo caminho enquanto fugia em volta do “campo de batalha” que tinha sido instituído.

 

  -Vem. – Disse ela baixinho, esperando o inimigo.

 

  Quando percebeu Kotsuny se esgueirando por trás de si, ela se virou. Kotsuny segurou o braço de Tenten enquanto descarregava uma enorme carga elétrica na garota.

 

  Tenten teve que se segurar para não desmaiar. Precisava ajudar Sakura e Ino. Não podia mais enrolar.

 

  -Acho que é no meio da guerra que muita coisa acaba, né? – Disse a garota, enquanto sorria para Kotsuny, que não parava com a carga elétrica.

 

  Kotsuny não entendeu. Mas foi o suficiente. Tenten tinha armado o selo explosivo. No instante seguinte, Kotsuny tentou tirar o selo enquanto Tenten se afastava. Mas o selo explodiu imediatamente.

 

  Sakura, de onde estava, pode ver a explosão. No momento seguinte, Tenma e Gennou cambalearam. Era a brecha que a garota esperara. No momento seguinte, ela segurou Gennou pela cabeça enquanto o lançava para cima de Tenma. Enquanto os dois eram lançados para longe, Sakura os alcançou e meteu-lhes uma voadora na barriga.

 

  -Parece que se esqueceu de mim. – Disse Jin, se esgueirando por trás da garota.

 

  Ele descarregou uma pequena carga elétrica na cabeça da garota, enquanto pressionava o dedo contra a cabeça dela.

 

  -O que?! – Perguntou Sakura surpresa.

 

  -Bem familiar, não é? – Perguntou Kotsuny, enquanto olhava para Sakura, pulando da rua para cima da casa onde a garota estava. Suas roupas estavam ligeiramente rasgadas. E nesses lugares, ferimentos graves se apresentavam. – É basicamente o jutsu de Tsunade.

 

  -Mas menos eficiente. – Disse Sakura. – Não me parece limitar todos os movimentos.

 

  -Exato. Não consegui o jutsu inteiro, então me contentei com esse mesmo.

 

  -E o que vai fazer? – Sakura tentava ganhar tempo enquanto analisava o jutsu.

 

  Kotsuny estendeu a palma da mão para Sakura. Ali uma pequena bola de energia foi vista.

 

  -Vou simplesmente eliminar seu cérebro. – Disse ela. – Não importa o que faça, ele não será regenerado. E também não será algo muito bonito de se ver.

 

  Sakura congelou. Um frio correu pela sua espinha, trazendo o arrepio. Um jutsu daquele era extremamente perigoso.

 

  -Infelizmente tenho que me concentrar alguns segundos, por isso o uso do jutsu da Tsunade. Para garantir que você vai ficar parada.

 

  Kotsuny começou a se concentrar. Sakura sentiu que a própria energia de Kotsuny estava naquele jutsu. Se aquilo atingisse Sakura, poderia arrancar a cabeça dela.

 

  Mas tinha alguma coisa estranha. Primeiro, Jin caiu. Sakura estava olhando para Kotsuny, por isso não o viu cair, apenas quando Kotsuny sorriu para Sakura é que a garota achou estranho.

 

  -Parece que eu consegui, Sakura. – Disse Kotsuny.

 

  -Ino? – Perguntou a garota, reconhecendo o jeito dela.

 

  -Exato. – Disse ela, se fazendo de superior. – Agora, se me dá licença...

 

  Ino foi até Gennou, Tenma e Jin, enfiando uma kunai cinco vezes no peito de cada um. Sakura, em seguida, se “assegurava” de que eles não iriam mais levantar.

 

  -Agora, - Sakura se virou para Ino. – pode sair. Quando eu disser três, você sai para que eu possa acertá-la na hora exata.

 

  Ino fez que sim com a cabeça. Sakura começou a contar.

 

  -Um.

 

  Ino fez sinal de reversão.

 

  -Dois.

 

 Sakura armou o soco e foi para cima de Kotsuny.

 

  -Três!

 

  Sakura sentiu o chackra de Ino ir para fora do corpo de Kotsuny no momento em que sentia seu soco atingir o rosto da adversária.

 

  Naruto viu Sakura atingir o rosto de Kotsuny. Tinha chegado naquele instante. Mas não era o chackra de ninguém dali de perto que estava emanando aquela energia imensa. Ele começou a procurar com sua sensibilidade quem era. E a resposta estava no cemitério, atrás do prédio principal do clã. E foi para lá que Naruto foi.

 

  Quando deu a volta no prédio, viu uma pessoa. As vestes dela não eram da Akatsuki. Pelo contrário. Estava exatamente como da última vez que Naruto a vira. Corda roxa como cinto, formando um laço na cintura, camisa branca e cabelos pretos completavam a figura. Mesmo de costas para Naruto, ele era irreconhecível.

 

  Quando sentiu Naruto pular atrás de si, ele sacou sua espada. Quando virou-se para Naruto, estava falando:

 

  -Este lugar está cheio de corpos mortos enterrados. Da superfície, apenas os reconhecemos pela lápide.

 

  Naruto se aproximou um pouco dele.

 

  -Qual o nome que estará nas lápides daqui a algum tempo? – Perguntou o Uchiha. – Sasuke Uchiha ou Naruto Uzumaki?

 

  -Eu não sei. – Disse o garoto. – E não saberemos até tentarmos.

 

  -E como vamos lutar? – Perguntou Sasuke.

 

  Naruto sentiu, nos olhos de Sasuke, o vazio da solidão deixado pelo desejo de vingança por Konoha. Não tinha espaço para amigos na vida de Sasuke.

 

  O Uzumaki sacou sua espada. Ele virou sua espada para leste de onde estava, esticando o braço. O sangue escorria pela lâmina.

 

  -Como vamos lutar? – Perguntou Naruto.

 

  Sasuke fez sinal afirmativo com a cabeça.

 

  Naruto sabia como lutar. E não era de um modo muito agradável aos seus olhos. Mas era o que mais parecia próprio.

 

  -Sem piedade.

 

  Sasuke sorriu. Tinha gostado da decisão de Naruto.

 

_____Fim do capítulo 25_____

 

Shikamaru: Oi.

 

Leitor da face oculta: Shikamaru?! :-S Eu sou seu fã!!!

 

Uzumakilucas: Caramba... É tão fã assim?!

 

Ino: Deve ser maluco...

 

Shikamaru: Ih, cara, isso tá ficando problemático!

 

Leitor da face oculta: AHHH! Sua fala mais marcante! GENTE EU ESCUTEI O SHIKAMARU FALAR SUA FALA MAIS RARA!

 

Uzumakilucas: Leitor, você tem certeza de que tá bem?

 

Leitor da face oculta: NÃO! A INO TÁ AQUI! EU TAMBÉM SOU SEU FANZAÇO!!!

 

Leitor da face oculta vai até ao lado de Ino, agacha um pouco e fica gritando de baixo para cima: LINDA! MARAVILHOSA! PODEROSA! UHUUUUL!

 

Shikamaru: Acho melhor levar ele pro médico.

 

Ino: Também acho.

 

Uzumakilucas: (Quase chorando) Coitado... Todo esse tempo trabalhando na fic deixou o coitado meio louco... VOU FICAR SEM MEU AMIGO! MEU MAIS ODIADO AMIGO!!!

 

Tenten: Oras... Mas o que foi que aconteceu aqui?!

 

Leitor da face oculta: Ah, de você eu não gosto...

 

Uzumakilucas: Você voltou ao normal?

 

Leitor da face oculta: E algum dia eu fui igual a você? Desequilibrado?

 

Ino: Olha que Uzumakilucas é o escritor... Se ele quiser, te apaga daqui rapidinho.

 

Leitor da face oculta: Ele não vai fazer isso...

 

Shikamaru: Por quê?

 

Leitor da face oculta: Porque eu fiz um acordo com ele: Se ele prometesse me deixar até o final da fic, eu não contava pra mais ninguém sem ser o Deidara sobre os planos pro final da terceira fase...

 

Ino: E quanto ao Deidara?

 

Leitor da face oculta: Agora tem passe livre para aparecer na seção... Mas como eu sou seu fã, acho que posso te emprestar minha cópia com a anotação dos planos...

 

Uzumakilucas: Nem pense nisso!

 

Tenten: Ino, eu vim te chamar pra irmos embora. Você me prometeu carona.

 

Ino: Tchau, Shikamaru! (Olha para Uzumakilucas e Leitor da face Oculta, que esperam a despedida) Pra vocês eu não dou tchau por que eu nem gosto de vocês mesmo!

 

Sai de nariz empinado. Tenten vai atrás dela.

 

Leitor da face oculta cai em depressão e não consegue falar mais nada. Envergonhado, Uzumakilucas tenta encobrir o assunto.

 

Uzumakilucas: E você, Shikamaru, por que está aqui?

 

Shikamaru: Sabe, eu andei relendo uns capítulos, e...

 

Uzumakilucas: O que?

 

Shikamaru: Acontece que eu vi que você me transformou em assassino!

 

Uzumakilucas: E o que tem?!

 

Shikamaru: Se despeça.

 

Uzumakilucas: Tá. Pessoal, o Shikamaru tá com cara de quem acordou e tá de mau humor. Por isso, acho que ele vai vir pra cima de mim... Mas isso é outra coisa. Agora, quero agradecer a todos os que já mandaram review. A fic tá começando a mostrar indícios de que vai acabar, por isso, quero dizer antes que comecem a surgir dúvidas que a fic está realmente acabando.

 

  Já estamos nos capítulos finais. A partir daqui, serão esclarecidas dúvidas sobre “buracos” deixados no decorrer da história e que daqui a pouco a fic acaba. Mais uma coisa: Deixem reviews sempre que der, por favor. Mesmo com bastante gente deixando review, ainda tem uma grande diferença entre o número de leitores e o número de reviews.

 

Shikamaru: Já acabou?

 

Uzumakilucas: Já.

 

Shikamaru: Se prepare.

 

Uzumakilucas: To pronto.

 

Antes dos dois se encostarem, escutaram um barulho estranho. Em seguida, um cheiro forte subiu. Esqueceram da luta na hora taparam os narizes e começaram a olhar para o Leitor da face oculta.

 

Uzumakilucas: QUE NOJO!

Shikamaru: Deixa eu ir embora... (Sai correndo).

 

Uzumakilucas: Tchau leitores! (Olha para o Leitor da Face Oculta) NOJENTO! (Sai correndo junto com Shikamaru).

 

               Meia hora depois...

 

Leitor da face Oculta: (Recupera a fala) Não tava tão fedido...

 

Uzumakilucas.


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Notas finais do capítulo

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Vlw!



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