Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 22
Capítulo 22 - O início do fim


Notas iniciais do capítulo

Kakashi foi sequestrado. Mas por quem? Por que? E Naruto está numa missão fora da vila praticando o novo jutsu, enquanto Tsunade está começando a desconfiar de algo estranho na vila.
Parece que a história de Konoha vai mudar...



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Ação e Reação

 

 

 

 

 

Capítulo 21 – O início do fim.

 

 

 

 

 

_____Flash Back On_____

 

 

 

 

 

  -O que houve, Shizune? – Perguntou Tsunade, enquanto tentava adivinhar.

 

 

 

  -Cadê o Naruto? – Perguntou ela, vasculhando a sala com os olhos.

 

 

 

  -Por quê? – Tsunade estava ficando preocupada.

 

 

 

  -Porque... – Shizune se lembrou então. – KAKASHI FOI SEQUESTRADO!

 

 

 

_____Flash Back Off_____

 

 

 

  Tsunade se arqueou uma sombrancelha. Duvidava um pouco do que Shizune dissera.

 

 

 

  -Tem certeza? – Perguntou a Hokage. – Não teria tanta convicção do fato de um shinobi como Kakashi ter sido seqüestrado.

 

 

 

  Shizune respirou fundo. Kakashi era seu namorado. Apesar dele ainda não admitir isso. Mas, mesmo assim, precisava se controlar.

 

 

 

  -Chegou um bilhete. – Ela tirou um papel de dentro do traje. – Tentamos tudo. Kakashi estava sem missões. Deveria estar dentro da vila. – Quando viu o olhar da Hokage, interrogando o “como” ela teria feito tudo isso, ela se justificou. – O bilhete chegou hoje de manhã, então eu tomei as providências neces...

 

 

 

  -Por que você não me disse? – Perguntou Tsunade, mantendo a calma.

 

 

 

  -Bem, - Shizune não precisava mentir para a sua Hokage, amiga e mestra. – eu queria cuidar disso eu mesma.

 

 

 

  Tsunade não questionou. Apenas pegou o bilhete das mãos de Shizune. Antes de ler, perguntou:

 

 

 

  -Você leu? – Shizune balançou a cabeça negativamente. – Alguém leu? Qualquer um?

 

 

 

  -Não. – Shizune falava enquanto balançava a cabeça. – Apenas você lerá.

 

 

 

  Tsunade não acreditara. Perguntaria mais uma vez.

 

 

 

  -Então, como sabem que esse bilhete tem a ver com o seqüestro de Kakashi? – Ela apontava para Shizune.

 

 

 

  -Nós lemos o que deu para decifrar. – Ela abaixou a cabeça enquanto falava. – Ou seja, os ninjas da Anbu leram o que deu para decifrar. – Ela apontou para o papel na mão da Tsunade. - Tem uma parte que eles não conseguiram decifrar.

 

 

 

  Tsunade abriu o papel. Dentro tinha mais um. Um deles era um papel à parte com o código decifrado e com a tradução logo abaixo. Foi esse papel que Tsunade leu primeiro. O que leu foi o seguinte:

 

 

 

  “Kakashi foi pego por nós. Não queremos brigas. O que queremos é que Konoha seja governada da maneira que acharmos correta.”

 

 

 

  Até aí, Tsunade não achou nada demais. Era um bilhete de resgate com exigências. Tudo como num seqüestro comum. Foi quando ela decidiu ler o outro papel. E o que leu a fez cair. Tsunade tinha desmaiado.

 

 

 

  -HOKAGE! – Exclamou Shizune.

 

 

 

  A assistente da Hokage, sendo ninja médica, analisou os níveis cardíacos dela e deu-lhe um medicamento para sua pressão não baixar muito. Carregou-a, com bastante dificuldade, até o sofá ao canto da sala e a deixou repousando ali.

 

 

 

  Neji corria o mais rápido que podia. Sentia uma dor de cabeça extremamente intensa, por isso tentava correr mais rápido do que podia, pensando que, desse modo, poderia diminuir sua dor.

 

 

 

  O selo tinha sido quebrado, mas alguém da família principal queria deixá-lo fraco, sabendo que ele não poderia ter perdido o selo totalmente. Apenas não podia ser morto por ele. Mas quem ativara o selo, sabia que a dor de cabeça atrapalharia o ninja.

 

 

 

  Tudo o que Neji pensava era no escritório da Hokage. Estava a uns quinhentos metros. Ele tinha feito sua escolha e agora não tinha volta. Mas a dor de cabeça estava muito forte...

 

 

 

  Neji caiu. E tudo o que conseguiu ver foram dois vultos pulando à sua frente.

 

 

 

  -Saco... – Para ele, agora seria morto. Ou então, seria torturado. Mas, sinceramente, desejava morrer rápido.

 

 

 

  Tsunade abriu os olhos. Tudo estava meio embaçado. Então se lembrou do por que desmaiara. Quase que desmaiara de novo. Ela não se levantou de imediato. Sabia que isso não lhe faria muito bem. Sem contar que precisava pensar.

 

 

 

  Quando se sentiu bem, ela se levantou para sentar. Shizune, que estivera rodando pela sala pensando, só percebeu que Tsunade tinha acordado naquele momento.

 

 

 

  -Tsunade-sama!

 

 

 

  A Hokage não ligou muito para a preocupação da assistente. Apenas fez sinal para ela não intervir e foi sentar-se em sua cadeira. Estava sentada a uns cinco minutos quando olhou para a cara de Shizune.

 

 

 

  -Já viu quais são os primeiros sinais? – Perguntou a Hokage.

 

 

 

  -Que sinais? – Perguntou a assistente. Então Tsunade lembrou-se que não tinha mostrado a tradução. Pegou uma caneta em sua mesa e começou a escrever, em uma outra folha, o restante da tradução.

 

 

 

  -É um código criado pelo segundo Hokage, para poder se comunicar, em caso de suspeita de alguns Anbus, com os dois principais clãs de Konoha. Apenas os Hokages e principais membros de dois clãs têm acesso a esse esquema de código.

 

 

 

  -Acha que pode ter sido Sasuke? – Perguntou Shizune.

 

 

 

  -Não. – Disse Tsunade. – Todos os arquivos sobre qualquer informação Uchiha estão extremamente bem guardados. Sem contar que Sasuke não tinha idade para aprender quando seus pais eram vivos. Portanto não sabe nada sobre ele.

 

 

 

  -Não pode ser um outro Uchiha? – Perguntou Shizune.

 

 

 

  -Não. – Tsunade soltou um sorriso de canto. – Acho que todos os Uchihas escondidos já foram descobertos

 

 

 

  -Então, quem foi? – Perguntou Shizune.

 

 

 

  -Acho que é meio óbvio. – Disse Tsunade. – Foi alguém ou o próprio clã Hyuuga!

 

 

 

  -Mas... – Respondeu Shizune.

 

 

 

  -Você leu? – Perguntou Tsunade.

 

 

 

  -Eu achei que era uma distração. Alguém tentando nos levar ao clã Hyuuga.

 

 

 

  -Talvez não seja. – A godaime estava preocupada. – Eu estou começando a achar que o clã Hyuuga realmente pode ter tentado nos alertar. Quero que entre em contato com eles e pergunte. Se achar que não é uma farsa, - Tsunade escreveu uma ordem para que os Anbus ficassem no comando dos Hyuugas e assinou embaixo. – dê isto a eles. Também quero que me traga todos os relatórios de incidentes ocorridos na última semana imediatamente.

 

 

 

  -HAI! – Responde Shizune bem alto, saindo correndo logo em seguida.

 

 

 

  Tsunade relaxou um pouco o corpo. Infelizmente tinha dito para Naruto ir e voltar somente em duas semanas. Pelo menos ainda poderia contar com os No Makis.

 

 

 

  Ela olhou para sua mesa. Achou estranha uma coisa. A letra no papel era de Shizune, e não de outra pessoa, como a de um Anbu decifrador. Pelo que vira, Shizune mal lera o papel que Tsunade lhe dera e o largara em cima da mesa. Quando deu-lhe uma ordem para dar a Anbu para que obedecessem aos Hyuuga, Shizune saiu correndo. Meio afobada.

 

 

 

  -Essa não... – Cochichou Tsunade. Quando olhou pela janela, viu as ruas de Konoha todas apagadas. Quando aumentou sua sensibilidade ao chackra alheio, pode sentir centenas de massas aglomeradas na região nordeste, tomando a janela seu escritório como ponto de referência. Era uma reunião. E só faltava a ordem.

 

 

 

  Tsunade fechou os olhos. Não dava tempo para mais nada. Não tinha muitos ninjas ao seu favor ultimamente. Agora que descobrira que Shizune era uma traidora então, o número de pessoas em que ela confiava, diminuíra ainda mais.

 

 

 

  De repente, apareceu um shinobi às costas de Tsunade. Com sua máscara, olhava para Tsunade intensamente, como que esperando ordens.

 

 

 

  -O que você quer? – Tsunade já esperava um ataque.

 

 

 

  -Naruto-sama ordenou que eu, quarenta minutos depois que ele se retirasse de Konoha, entrasse para ver se precisava de ajuda.

 

 

 

  -Por quê? – Indagou ela.

 

 

 

  -Ele mandou dizer que é porque achou que algo de ruim estava para acontecer com a vila, já que Shizune estava com o chackra extremamente estranho quando batera na porta.

 

 

 

  -Estranho como? – Perguntou ela.

 

 

 

  -Ele não me deu detalhes, apenas disse que ela parecia indecisa, ao mesmo tempo em que estava desesperada.

 

 

 

  Tsunade olhou por dentro dos furos daquela máscara. Se não podia confiar em Shizune, não confiaria tão facilmente num Anbu.

 

 

 

  -E se eu não acreditar? – Perguntou ela.

 

 

 

  -Ficarei às suas ordens da mesma maneira. Se Naruto-sama mandou que ficasse às suas ordens, então ficarei até ele voltar com novas ordens.

 

 

 

  Tsunade pensou por alguns segundos. Estava extremamente desesperada. Tinha sido trancafiada na vila que comandava. Não tinha chances de vencer os Hyuuga ou seja quem fosse que estivesse fazendo aquilo. Sem contar que, agora, eles tinham controle total sobre a Anbu normal. E deveriam ter mais aliados.

 

 

 

  -Naruto-sama disse que voltará em duas semanas exatas, contando a partir de amanhã. – Disse o Anbu. – Ele falou que não deu tempo dele decidir se dava tempo ou não.

 

 

 

  -Obrigado. – Tsunade tinha decidido. – Quero que traga todos os outros Anbus No Makis aqui. – Disse ela. – Naruto concordou em me deixar no comando de vocês se ele estivesse fora.

 

 

 

  -Hai. – Ele nem questionou ela. Saiu em seguida.

 

 

 

  Tsunade olhou pela janela de seu escritório. Estava no meio do início de uma guerra civil. Tinha que recorrer ao plano C. Um plano em que não recorria à Shizune. Mas no qual a pessoa de maior confiança fosse sua outra discípula. Estava na hora de recorrer à Sakura.

 

 

 

  Naruto saiu da fronteira do país do fogo em três horas. Já estava próximo à fronteira da Vila oculta da areia. Porém, gastara muita energia e chackra. Não parara para descansar já há alguns dias, quando iniciara a missão na vila da chuva.

 

 

 

  O local onde Naruto parou era ao pé de uma montanha de pedras no meio do deserto que separava a vila da areia e outros locais. A montanha era cheia de cavernas. Naruto, com receio de ser atacado, resolveu não gastar chackra e dormir em uma das cavernas, mesmo.

 

 

 

  Quando estava dentro da que escolheu, bem no meio da montanha, acendeu algumas tochas e deixou o lugar iluminado o suficiente para ele poder ler.

 

 

 

  Encostou-se em uma parede e abriu o pergaminho, lendo o que estava escrito.

 

 

 

  Ali dizia que, aquele que utilizaria o jutsu precisaria dar um jeito de controlar dois elementos: vento e terra. Naruto tinha um e podia improvisar o outro, dependendo do que fosse.

 

 

 

  O jutsu não era apenas um jutsu. Era um conjunto de três técnicas. Clonagem, decomposição e reconstituição. Clonagem pareceu ser a parte mais fácil aos olhos de Naruto, por isso ele decidiu dar uma olhada nela primeiro.

 

 

 

  Não seria tão fácil. O objetivo era, primeiramente, criar clones de terra. O jutsu era dividido em duas etapas.

 

 

 

  Naruto não teve dificuldades com a primeira. Ele sabia atravéz do elemento vento, criar formas com partículas de terra. E também sabia a primícia do jutsu de clonagem de sombras. Em três tentativas ele conseguiu. Conversou um pouco com o clone e fez ele criar um rasengan com uma mão só.

 

 

 

  -Agora teste o rasengan em você. – Disse o garoto. – Se estiver forte o suficiente, o golpe o fará sumir.

 

 

 

  Submisso, o clone fez o que o garoto mandou. E Naruto gostou do que viu.

 

 

 

  Antes de o clone sumir, criou uma espécie de espaço dentro de si ao entrar em contato com o jutsu. Ou seja, o clone se desfazia apenas naquela parte, enquanto rapidamente se recomponha, mantendo sua funcionalidade. Mas, como tinha pouco chackra, o clone não pode manter a função por muito tempo, se desfazendo em seguida.

 

 

 

  Curioso, Naruto tentou fazer a mesma coisa com o jutsu de clonagem aprimorado, que inventara enquanto estivera em “exílio”. Foi cinco vezes mais difícil, portanto, se já estava fraco antes, agora Naruto sentia que deveria parar. Quando conseguiu uma vez, cedeu todo o que restou de seu chackra para o clone. Seu receio de ataques tinha sumido.

 

 

 

  -O que quer? – Perguntou o clone, solícito.

 

 

 

  -Quero que faça um rasengan. – Disse Naruto.

 

 

 

  O clone, sem exitar, o fez.

 

 

 

  -Agora quero que o teste em si mesmo.

 

 

 

  -Está bem. – E, obedientemente, o clone realizou o pedido do mestre, enfiando o rasengan em seu peito.

 

 

 

  No local onde antes havia um peito, agora havia um buraco. O clone, sem sentimentos, não ficou surpreso. Ele era o que Naruto se tornara.

 

 

 

  -Como faz isso? – Perguntou Naruto ao seu clone.

 

 

 

  -Isso?- Perguntou o clone, tirando propositalmente o rasengan do peito, deixando o buraco se cicatrizar numa velocidade tremenda.

 

 

 

  -É, - Repetiu Naruto a pergunta, agora apontando para o local. – Eu perguntei como faz isso.

 

 

 

  -Ora, - Disse o clone, com um pouco de ironia. – Eu apenas sei. Foi você quem me fez. Se você não sabe, eu não sei. Se você sabe, eu simplesmente sei. Não tenho teorias ou técnicas para realizar algo.

 

 

 

  -Está bem. – Disse Naruto. – Pode ir.

 

 

 

  -Hai. – O clone fez uma pequena reverência enquanto se desfazia em partículas de terra, deixando o vento levar.

 

 

 

  Então caiu a ficha de Naruto. De repente ele entendeu o porquê de serem preciso dois elementos tão distintos. O fato dos três fatores utilizados serem clonagem, decomposição e reconstituição. O que, infelizmente, não ajudaria em nada, quando o assunto era prática. No entanto, na técnica, Naruto já compreendia todo o jutsu.

 

  No entanto, um fato ocorrido antes dele sair para cumprir sua missão ainda passava por sua cabeça. E estava difícil de esquecer.

 

 

 

  Tsunade estava em seu escritório com Sakura e todos os Anbus No Maki. A garota tinha acabado de chegar, escoltada por um deles. Não sabia o que estava acontecendo e nem o que devia fazer. Então decidiu tomar a dianteira.

 

 

 

  -O que houve Tsunade-sama? – Perguntou ela.

 

 

 

  -Preciso que reúna todos os shinobis de nossa confiança. – Falou ela. A autoridade era extremamente grande. E Sakura nem ousou questionar. Só precisava fazer uma consulta.

 

 

 

  -E quem eu devo chamar? – Perguntou ela.

 

 

 

  Tsunade foi até Sakura e lhe entregou uma lista.

 

 

 

  -Todos os listados estão conosco. Aconteça o que acontecer. Você conhece a maioria deles. Alguns são apenas de confiança. Mas acho que nos defenderão.

 

 

 

  -Por que Neji não está na lista, junto com o Gai, Rock Lee e Tenten? – Perguntou ela.

 

 

 

  Tsunade baixou um pouco a cabeça. Sabia que, se o clã Hyuuga estivesse envolvido, não poderia confiar em Neji.

 

 

 

  -Tenho que admitir que não sei se ele é confiável no momento, Sakura. – Disse ela. – Agora, preciso que os chamem.

 

 

 

  -Hai. – Respondeu a garota enquanto se dirigia até a porta.

 

 

 

  -Mais uma coisa. – Disse Tsunade. Sakura se virou para ela. – Não confie em ninguém que não estiver nesta lista sem ser Naruto, que está fora e em mim. Agora, até Shizune nos oferece perigo.

 

 

 

  Sakura não se mostrou muito chocada. Eram tantas notícias esquisitas de uma vez que Sakura, sem querer perdera momentaneamente a sensibilidade.

 

 

 

  -Está bem, Tsunade-sama. – A garota respondeu e foi embora.

 

 

 

  Sakura desceu andar a baixo para sair na rua principal da vila. Já era meia-noite. Mesmo com as ruas bem iluminadas, Sakura ainda achava que não havia luz suficiente para deixar alguém à vontade. Já tinha debatido isso com Tsunade, mas, infelizmente, tinham vários assuntos mais urgentes.

 

 

 

  Mas uma coisa Sakura tinha que admitir. Estava extremamente destraída com o que ocorrera há algum tempo.

 

 

 

_____Flash Back On_____

 

 

 

  Naruto tinha saído do escritório da Hokage. Realmente tinha sentido no chackra de Shizune, um certo distúrbio emocional. Depois de algum tempo, parou no meio de uma viela e disse:

 

 

 

  -No Maki.

 

 

 

  Apenas um vulto parou na frente de Naruto. Era o Anbu da sua guarda pessoal. E, como a situação parecia grave, ele decidiu dispensa-lo. Deu a ordem já mostrada. Quando viu o Anbu afirmar com a cabeça, se retirou dali. Precisava passar num lugar antes.

 

 

 

  Sakura queria ver Naruto. Precisava conversar com ele. Tinha que esclarecer alguns assuntos pendentes. Assuntos que não podia mais adiar.

 

 

 

  -Onde eu te encontro, Naruto? – Perguntou ela de si para si, cochichando, enquanto pensava se estava ficando louca.

 

 

 

  Foi então que lembrou de um lugar. Só tinha aquela alternativa naquele momento. Já tinha ido ao apartamento dele e a todos os lugares que ele poderia estar. Mas somente um dos prováveis lugares ela não tinha consultado um deles. E, se Naruto estivesse na vila, ele realmente deveria estar ali.

 

 

 

  Como se esquecera daquele lugar... Era tão óbvio...

 

 

 

  Hyuuga Hinata.

 

 

 

  Naruto tirou a máscara do rosto e a guardou dentro de seu sobretudo. Aquele nome na lápide parecia trazer um poder hipnótico sobre ele. Naruto tinha que admitir que, mesmo depois de todo o seu treinamento, o coração continuava sendo seu maior ponto fraco.

 

 

 

  -E eu nunca me toquei... – Naruto falava em voz baixa consigo mesmo. – Estava na minha cara o tempo todo e quando eu começo a me tocar, a chance sai por entre meus dedos como fumaça...

 

 

 

  -Falando sozinho, Naruto? – Perguntou Sakura. – Considerando que está num cemitério, isso não é um bom sinal.

 

 

 

  Naruto se virou. Tinha se distraído de tal modo olhando para onde Hinata estava enterrada que nem notara Sakura se aproximando. Ela estava na entrada do cemitério, encostada no portão, a uns cinco metros de onde o garoto estava.

 

 

 

  -Ouve algo? – Perguntou o garoto, um pouco preocupado.

 

 

 

  -Não. – Disse ela. – Isto é, se você estiver se referindo à vila.

 

 

 

  -Ainda bem. – Disse ele, se dirigindo até a garota. – Sinto muito, Sakura. Mas já estou indo embora. Tenho que realizar outra missão urgente.

 

 

 

  -Não parecia com tanta pressa há alguns minutos, quando chegou aqui. – Sakura sorriu de canto. Sarcasmo parecia algo perfeito para se usar naquele momento.

 

 

 

  -Você quer conversar? – Naruto não demonstrava nem um pouco, mas estava um pouco surpreso.

 

 

 

  -Não. – Disfarçou Sakura. – Eu só quero acompanhar você até o portão, se já estiver se retirando.

 

 

 

  -Está bem. – Disse ele em resposta. – Eu já estou indo. Vamos? – Perguntou ele, se virando para o lado onde ficava o portão.

 

 

 

  Sakura não respondeu. Apenas saiu o mais rápido que conseguia. Queria testar a velocidade de Naruto. E se impressionou. Sem nem ao menos parecer se esforçar, Naruto a alcançou e pressionou um pouco, a fazendo perceber que ele tinha realmente mudado em todos os aspectos.

 

 

 

  Em meio minuto eles chegaram ao portão. Pararam exatamente no extremo esquerdo do portão, olhando de dentro para fora. Naruto parou exatamente ao lado da coluna esquerda. Sakura estava ao seu lado direito.

 

 

 

  -Caramba... – Ofegou ela, se apoiando levemente ao ombro dele, tocando os ombros dele com uma das mãos. – Eu cansei.

 

 

 

  Naruto, ao sentir a mão da garota o tocando tão de leve, sem nenhum ato brusco, se concentrou para descontrair os músculos, para não parecer nervoso.

 

 

 

  Ao perceber que Naruto estava se sentindo pressionado, Sakura retirou a mão do ombro dele. Quando recuou um passo, estava um pouco corada.

 

 

 

  -Sakura, eu preciso te contar uma coisa... – Naruto queria alterar o rumo do clima que estava dando. Pensava em falar sobre o clima no escritório de Tsunade.

 

 

 

  Sakura parecia totalmente alheada ao que estava acontecendo. Não tinha escutado o que Naruto tinha começado a falar. Estava tremendo. Pensava se estava se precipitando ou se realmente deveria se arriscar.

 

 

 

  -Eu nunca fui muito boa nessas coisas, não é mesmo, Naruto? – Sakura estava de cabeça baixa, enquanto cerrava os punhos, tentando parar de tremer.

 

 

 

  -Não entendo. – Naruto abaixou levemente a cabeça, enquanto falava.

 

 

 

  -Eu... – Sakura estava perdendo o controle. A voz tão próxima de Naruto estava a fazendo tremer. A proximidade entre os dois estava a fazendo balançar.

 

 

 

  -Pode falar comigo, Sakura-chan. – Naruto tocou o ombro dela. Decidiu que deveria deixar a timidez de lado.

 

 

 

  Aquele “Sakura-chan” fez Sakura lembrar. Lembrar de quem era Naruto. Lembrar de tudo o que ele já fizera por ela. De todas as vezes que ele se sacrificara por ela. E o toque em seu ombro a fez se decidir. Exitar não fazia muito seu estilo.

 

 

 

  Ela se atirou sobre o garoto, prensando-o com a coluna da entrada de Konoha. E não só se atirou, como o beijou com uma vontade imensa.

 

 

 

  Os dois se entrelaçaram como se já estivessem se segurando a anos. O beijo se prolongou por um tempo que, aos dois, pareceu curtíssimo, mas que, na realidade, não foi.

 

 

 

  Quando se separou dele, Sakura sentiu uma onda de timidez invadir seu corpo. Foi como se violasse algo sagrado. E o sentimento foi tão grande que a fez sair correndo. Sabia que Naruto não viria atrás de si. Ou era o que pensava, pelo menos.

 

 

 

  Dali a uns três quarteirões, parou para pensar. Já estava assim a um bom tempo quando o Anbu mandado por Tsunade chegou para pedir que o acompanhasse até o escritório da Hokage. Ela o seguiu imediatamente.

 

 

 

  Naruto viu Sakura se afastar. Por alguns segundos, ficou sem ação. Por fim, decidiu que deveria a deixar pensando por algum tempo.

 

 

 

  Ele então se virou de frente para a pequena estrada que ficava em frente à entrada de Konoha. Sair não era o problema. Mas sim o fato de não saber se conseguiria voltar.

 

 

 

  Estava no meio de um dilema. Tinha acabado de visitar o túmulo de Hinata. Mas o beijo de Sakura acordou dentro dele sentimentos pela garota que ele já não fazia idéia que ainda existiam. Naruto se sentia sujo. Sentia-se traidor. Não sabia o que fazer ou o que sentir. Agora ele só tinha um objetivo fixo. Cumprir a missão que Tsunade lhe dera. E era o que faria.

 

 

 

  No instante seguinte, o lugar em que Naruto estivera não passava de um lugar vazio. E a única testemunha do ocorrido fora uma borboleta que parecia feita de uma folha de árvore, pousada sobre o lugar onde dois porteiros dormiam, insolentemente.

 

 

 

_____Flash Back Off_____

 

 

 

Fim do capítulo 21

 

 

 

Uzumakilucas: ACABEI! EU ACABEI!

 

 

 

Leitor da face oculta: ¬¬

 

 

 

Uzumakilucas: EU NÃO ACREDITO! EU ACABEI!

 

 

 

Leitor da face oculta: Eu preciso perguntar para você dizer o que você acabou?

 

 

 

Uzumakilucas: Pra falar a verdade...

 

 

 

Leitor da face oculta: DIZ LOGO, SEU ESCRITOR DE MERDA!

 

 

 

Konan: Merda é uma palavra muito feia.

 

 

 

Uzumakilucas: Olá, Konan.

 

 

 

Leitor da face oculta (descontrolado) : ME DIZ LOGO!

 

 

 

Uzumakilucas: O que?

 

 

 

Leitor da face oculta (chorando num ataque de nervos) : O que você terminou!

 

 

 

Uzumakilucas: É MESMO! EU TERMINEI O CAPÍTULO!

 

 

 

Leitor da face oculta: ¬¬

 

 

 

Uzumakilucas: EU FINALMENTE TERMINEI O COMEÇO DO FIM!

 

 

 

Leitor da face oculta: E de que isso adianta se você não terminou o fim?

 

 

 

Konan: É, de que isso adianta?

 

 

 

Uzumakilucas: (coçando o queixo, sem saber o que responder) Sabe que eu não sei...

 

 

 

Leitor da face oculta: Cara, ce tá bem?

 

 

 

Uzumakilucas: Sabe que eu não sei... (Fazendo isso de propósito só para ver o Leitor da Face Oculta irritado.).

 

 

 

Leitor da face oculta: ESSA FIC JÁ É RUIM COM VOCÊ SÓBRIO! COM VOCÊ  DESSE JEITO ISSO AQUI FICA COMO?!

 

 

 

Uzumakilucas: Sabe que eu não sei...

 

 

 

Konan: Que tal você matar ele? (Perguntando ao leitor)

 

 

 

Leitor da face oculta: E o que acontece comigo se eu fizer isso?

 

 

 

Uzumakilucas: (coçando o queixo mais uma vez) Sabe que eu não sei...

 

 

 

Leitor da face oculta: (vai pra cima de Uzumakilucas) AHHHHHH!!!!!

 

 

 

Konan: Bem, a todos os leitores, obrigado pela atenção, eu não apareço desde que Naruto enfiou uma agulha no meu pescoço, mas quero dizer que eu dei uma espiada nos planos para os próximos episódios da fic e posso dizer com toda certeza que esse apenas é o início de um belo fim.

 

 

 

Uzumakilucas desesperado: VOCÊ VIU MEUS PLANOS PARA A FIC?!

 

 

 

Konan: Todos que puderem, peçam a minha volta, eu tô com saudades do meu tempo de boazinha. TCHAU!!!!

 

 

 

Uzumakilucas: EU TE MATO! AGORA EU SOU O VILÃO! (Sai correndo atrás de Konan, sem ter tempo de dizer adeus).

 

 

 

Uzumakilucas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da história?
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O username é Uzumakilucas, mesmo.
Vlw!