Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 18
Capítulo 18 - Prólogo de uma nova vida




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Ação e Reação

Capítulo 17 – Prólogo de uma nova vida.

Ao acordar no dia seguinte, Naruto sentia uma ligeira dor na nuca, consequência de uma noite mal dormida. Demorara a pegar no sono – algo raro – e rolara até alta madrugada. Passara por uma crise mental, desejando afastar o momento de início da batalha que estava por vir e, se pudesse, ficaria em sua cama durante o dia todo, evitando-a. Esse pensamento o fez sentir vergonha. Afinal, sempre fora bem-disposto e nunca hesitara em realizar um feito que poderia, um dia, lhe fazer merecedor do título de “Hokage”.

Levantar devagar foi o primeiro gesto que pôde concretizar. Uma vez de pé, se esforçou para espantar tais pensamentos e, enquanto tomava banho, lembrou-se de Hinata. Sua dor se tornara paciência e ele, sério, aguardaria o momento de continuar vingando a morte dela.

Em sua mente, não havia quase momento em que não se lembrasse da garota e do único beijo que trocaram. A declaração dela, muito embora não trouxesse informação que ele não imaginava, ainda era uma surpresa e era impossível tirar a lembrança de sua cabeça. Estava pronto para sair quando teve uma ideia: Pedir à Hokage uma foto de Hinata, já que ela tinha uma ficha que sempre possuía os nomes e fotos atualizadas de todos os ninjas da vila. Era um meio muito mais agradável que tentar falar com a família dela, pois todos deviam odiá-lo a essa altura.

Ele continuou arrumando as coisas na sua pequena residência e não percebeu a transição de seus pensamentos para a luta que estava prestes a ocorrer. Sem intenção alguma, ele pensava na dificuldade que seria parar a filha de Pain e a outra kunoichi, com habilidades desconhecidas. Tentou montar um panorama da futura batalha, mas não conseguiu. Precisava saber exatamente quem estaria lutando e seus estilos. Se outra pessoa aparecesse, formular um plano agora não adiantaria muito. Decidiu pensar mais naquilo depois.

Foi para o lado de fora do apartamento assim que ficou pronto. Esperava surpreender alguém que não o encontraria dormindo ao chegar, para variar.

—__________________________________________________________________

Sakura chegou meio minuto depois que ele começou a esperar. Ela se aproximara rápida e silenciosamente, seus gestos idênticos ao de um ninja ANBU. Encontrou-o ali fora e eles se dirigiram para o escritório da Hokage. Naruto ficou surpreso pela alteração no modo de se mover dela e achou naquilo algo para conversar no caminho.

—Você tinha algum plano para entrar na Anbu antes de se tornar conselheira?

Ela tentou lembrar como era sua vida antes dos acontecimentos dos últimos meses. Por causa da missão que estavam prestes a iniciar, sua mente estava tão cheia de suposições que houve alguma dificuldade em espantar os pensamentos e refletir corretamente.

—Não. – Ela escolheu o melhor que pôde as palavras que usaria. – Na verdade, depois que você saiu para treinar fora, eu cheguei a pensar, na época, que teria que salvar Sasuke sozinha. Não poderia fazer isso como Anbu.

Ele sentiu-se constrangido pela lembrança daquilo. Não gostava de pensar em Sasuke e em sua salvação. Em sua mente, não precisava mais salvar alguém que não quer ser salvo. Por outro lado, jurara para Sakura que faria isso, independentemente do que acontecesse. Reviver aquele assunto fez suas ideias entrar num conflito tão grande que ele não a ouviu o chamando. Ela o chamou novamente e, ao perceber que não era a primeira vez, ele se surpreendeu por ela não ter ficado brava. Só então ele percebeu como ela soava mais calma que o normal.

—O que foi Sakura? – Ele tentou manter a educação em sua voz. Não queria vê-la brava.

A garota olhava o prédio da Hokage, cerca de três minutos de distância do local onde estavam. Ainda tinham algum tempo para conversar.

—Eu estive pensando. – Ela parecia envergonhada do que estava para dizer.

—O que? – Naruto tentou encorajá-la ao perceber sua hesitação.

—Você me prometeu que traria o Sasuke de volta, não foi? – Ele respondeu com um breve aceno de cabeça. Ela continuou. – Então. Eu resolvi que é meu dever pedir que você desista dessa promessa. Eu sei que o atual Naruto é capaz de entender que é hora de deixar Sasuke seguir seu próprio caminho shinobi.

A frase pegou Naruto de surpresa. Ele jamais imaginaria que Sakura desistiria de trazer Sasuke de volta. Por mais que ele não quisesse admitir aquilo, o Uchiha fora o amor da infância dela.

—Por que está dizendo isso?

Sakura resolveu que era melhor explicar.

—Eu já não sinto por Sasuke o que sentia anos atrás. Já não sou uma criança e está na hora de parar de fingir que não enxergo a indiferença dele para a vila. Para com a gente. – Ela ergueu a cabeça para demonstrar sua superioridade sobre a situação. – É hora de deixá-lo seguir seu próprio caminho, para que nós possamos seguir o nosso.

A palavra “nosso” o deixou desorientado por um segundo. Ele sentiu que não deveria dar grande importância para uma palavra utilizada sem intenção. Seu instinto lhe guiou para trocar de assunto.

—Sakura, eu estou com uma dúvida.

—Sim?

—Eu sempre reparei que a outra conselheira vestia um kimono sobre a roupa normal. Por que você não usa um?

Ela sorriu.

—É verdade, eu ainda não uso um. – Eles entraram no prédio Hokage. – Tsunade me prometeu um kimono daquele porque o da festa ficou grande, mas o novo ainda não está pronto

—E você sabe quando vai recebê-lo? – Naruto observava os corredores com pouca movimentação. Normalmente ele estaria dormindo àquela hora.

—Não faço ideia de quando vou recebê-lo. – Ela olhou para ele. – Por que quer saber?

—Por nada. – Ele ficou acanhado. Jamais diria a ela que ficara mais bonita usando o kimono no dia do festival.

Mas Sakura notou a intenção da pergunta e abriu o sorriso antes de bater à porta da sala da Hokage. Naruto sentiu, dentro da sala, várias pessoas, todas com grande quantidade de chackra. Ele estava apreensivo quando escutou a voz fraca de Tsunade.

—Entrem.

Sakura foi à frente, obstruindo a visão dele. Ainda assim ele contou vinte ninjas além dele, Sakura, Tsunade e Shizune. Depois que passou a soleira da porta, pôde enxerga-los colocados ordenadamente à esquerda da sala. Todos usando máscaras. Ele olhava para eles e lembrava que a Hokage avisara antes da batalha sobre a Anbu dos Hyuuga. A própria Tsunade deu um passo à frente quando viu o rosto dele.

—Bom dia Naruto. Como você está?

O olhar dele para ela ficou apreensivo assim que percebeu que o sorriso dela era falso. Tsunade pareceu perceber seu nervosismo, resolvendo apressar as coisas.

—Antes de mais anda, quero explicar porque seus amigos não estão aqui. A razão é bastante simples: Não caberia todo mundo aqui. Sem eles a sala já está bastante cheia, para falar a verdade. Apesar dessa ótima razão, tenho que te dizer que todos eles ficaram irritadíssimos ao saber que não assistiriam sua nomeação.

Ele percebeu que as janelas do escritório estavam abertas, de modo que o vento corria livre pela sala. Ela costumava fazer aquilo para relaxar, até onde ele se lembrava. A sua voz estava meio rouca e os olhos estavam vermelhos. Naruto procurou sobre a mesa alguma garrafa de bebida. Encontrou uma próxima de alguns papéis, mas com uma rolha intacta. O lixo também estava vazio. Ela não bebera.

—Porém, como pode ver, pelo menos a Sakura, que é conselheira, pôde vir. – Ela continuou suas explicações. – O outro e Danzou não puderam comparecer. Do clã Hyuuga, ninguém veio porque agora é o momento de estabelecer a parte política do clã. Neji não veio porque o clã esteve designando-o para diversas missões do clã. Ele pediu para dizer que queria vir, apesar disso.

Provavelmente fora o choro. Tsunade havia chorado antes de Naruto chegar. Mas por quê? Ainda havia marcas – fracas – das lágrimas que passaram por seu rosto. Queria dizer que ela chorara pouco antes dele entrar?

—Portanto, Naruto, esta foi uma reunião declarada como reunião “informal”, ou seja, é apenas uma pequena comemoração à sua promoção, apesar de você merecer mais.

Naruto sorriu com o canto dos lábios, dissimulando seu estado de espírito. Tinha chegado à conclusão de que, se Tsunade havia chorado a pouco, era porque tinha a ver com ele. Mas o que aconteceu? Não ocorrera nada de ruim na vila ultimamente a não ser a morte de Hinata e ele tinha a impressão de que não fora isso que a fizera chorar.

—Bem. – Ela se levantou da cadeira para ficar mais alta que o garoto, o que não funcionou, pois ele ficara mais alto nos últimos meses e agora a superava por alguns centímetros. – É minha obrigação, como Hokage, lhe informar como será sua vida depois dessa nomeação.

Naruto reparou que Sakura perdera sua risada. Shizune estivera amuada desde que ele entrara e nenhum Anbu mantinha clima de muitas amizades. Em resumo, o clima da sala estava sombrio.

—Parabéns, Naruto. – Tsunade fingia sorrir com sinceridade, mas não enganou. – A partir de agora, você é um jounin de elite e chefe da Anbu-

Houve um corte abrupto em sua voz. Ela pareceu desconcertada por esquecer um detalhe. Fez-se silêncio por um momento antes dela dizer:

—Falando nisso, você escolheu o nome do grupo?

Naruto não esquecera esse detalhe. Pesquisara a respeito da Anbu. Sabia daquela nomeação e, apesar de muito ser mantido em segredo, sabia da escolha do nome e preparara uma pequena declaração. Ele abriu sua boca lentamente, valorizando cada segundo daquele momento, sabendo que aquele dia mudaria tudo o que ele significava na vila.

—Eu escolhi um nome. – Ele sorriu, esperando deixar um pouco menos negro o clima da sala. Esperava que suas palavras ajudassem. – Durante a minha viagem, descobri que shinobis não passam de pedaços da história. Mesmo nós, ninjas de Konoha, não passamos de pum pedaço da história dessa vila. Mas justamente por sermos parte da história, temos a oportunidade de fazer com que a história seja sobre o quão importante nossa vila foi.

Ele sentia sua voz sair normal e com uma intensidade controlada. Ele não tremia ou hesitava e sua confiança era passada aos Anbu’s que, apesar de não sentirem emoções, perceberam a força grandiosa daquele garoto.

—É seguindo esse pensamento que nomeio a nossa equipe. Pensando assim, eu nos nomeio “No Maki” (Para quem não sabe, No Maki significa parte da história ou enredo).

Tsunade, por um momento, sorriu sinceramente, esquecendo os motivos pelos quais chorara.

—Então está decidido. O nome dessa ramificação da Anbu será No Maki.

O nome soara bem, e era conveniente, levando em consideração que o nome do responsável pela ramificação era Naruto Uzumaki, favorecendo a parte sonora.

Naruto lamentava que não o fossem reconhecer como mestre dessa parte da Anbu, mas apenas como jounin de elite, pois a existência dessa ramificação Anbu era negada tanto quanto possível. Os únicos que sabiam sobre ela eram os Anbu’s, ex-Anbu’s que sobreviveram à profissão, a Hokage, os Conselheiros e, obviamente, agora os colegas de Naruto sabiam também. Tsunade não se importou, sabendo que ele não seguraria o segredo por muito tempo.

A Hokage, depois de anotar o nome dado por Naruto num documento que estivera em sua mesa, assinou-o e, ao terminar esse breve ritual, permitiu que seu rosto retornasse ao estado de tristeza em que estivera antes do começo daquela reunião.

—Agora que passamos dessa parte, você deve saber de algumas coisas sobre suas obrigações na vila depois de assumir esse cargo.

Naruto passou a escutar com maior atenção. Shizune lhe entregava um colete e ele se perguntava se o motivo de choro de Tsunade estaria escondido no meio daquela conversa.

—Você está ouvindo? – O olhar dele estivera distante antes do chamado.

—Sim, Tsunade-sama. – Seus olhos voltaram a ficar atentos.

—Antes de qualquer coisa, você precisa saber que apenas missões de Rank A, no mínimo, serão designadas a você. Como chefe Anbu, nunca deverá demorar mais do que o mínimo estipulado para voltar, ficando com seus subordinados até o último instante. Não pode esquecer, também, que todos esses homens podem levar ordens suas a qualquer momento para qualquer lugar. – Com um gesto do braço ela abrangeu todos os Anbu’s a postos em volta e atrás do garoto. – Quando você não ordenar outra coisa, eles obedecerão a mim. Se houver algum conflito entre as suas ordens e as minhas, eu posso ordenar a eles que me obedeçam. Sua posição na vila, então, é a seguinte: Você tem menos poder que eu, quase o mesmo tanto que Sakura e mais do que Kakashi ou Gai, por exemplo.

Naruto gesticulou com a cabeça, manifestando seu entendimento. Pelo olhar no rosto de Tsunade, a conversa estava chegando ao ponto desagradável e, ao perceber isso, ele resolveu se adiantar:

—Tsunade-sama.

Ela, que já olhava para ele, pareceu aprofundar o olhar enquanto dizia:

—O que, Naruto?

—Você já deu missões para eles? – Naruto apontava calmamente para seus subordinados.

Tsunade apenas acenou com a cabeça que sim, então Naruto virou-se para eles para dizer:

—Esse é o meu primeiro dia como chefe de vocês, portanto, amanhã virei até Tsunade-sama para saber como foram nas suas missões. Não me façam passar vergonha, ou eu farei o mesmo com vocês.

Ele ficou olhando para aqueles homens e mulheres à sua frente enquanto pensava: Vou ter que treinar mais se quiser ficar forte o bastante para comandá-los. A essa altura, teria que utilizar até mesmo meu treinamento fora de Konoha para ganhar de um deles.

—Podem partir. – Ele fez sinal para que se retirassem.

Imediatamente eles partiram pela janela aberta às costas de Tsunade. A velocidade deles era respeitável aos olhos de Naruto. Em poucos segundos os quatro estavam sozinhos no escritório.

—Pois bem. – Disse a Hokage calmamente. Parecia ter recuperado parte da frieza que a situação exigia. – Você parece ter notado a bagunça que está o meu escritório.

Naruto franziu as sobrancelhas. Tomou então a liberdade de vasculhar o escritório todo com os olhos. Realmente, depois de olhar mais atentamente, percebeu que os cantos estavam manchados de saquê e tinha farelo de comida por todos os lados, o que significava que alguém fizera Tsunade espalhá-los.

—O que houve? – Perguntou Naruto.

—Os conselheiros estiveram por aqui. Sakura foi chamada. Junto com ela vieram o outro e o Danzou.

Naruto se virou para Sakura. A garota mantinha a cabeça abaixada, o que não era bom sinal.

—Danzou veio para cá com um caderninho. Aparentemente, queria te afastar da vila.

Naruto entendia menos ainda. Como Danzou realizaria aquilo?

—O que ele queria dessa vez?

—Ele queria fazer uma inquirição minha a respeito de você. – Tsunade foi até sua mesa e pegou um caderninho que dizia: Regras confidenciais.

—O que eu tenho a ver com isso?

—Tem que, segundo esse caderno, a Anbu dos Hyuuga é a elite do exército da vila, uma força tão grande quanto a que o próprio Danzou exerce e que deve executar o mesmo papel dele aqui dentro, fora das fronteiras. Tal força não pode ser perdida e o líder dela se torna um alvo de grande interesse de qualquer um que queira demonstrar seu poder. Apenas uma vila grande como a da Folha poderia ter algo assim além de seu exército shinobis e perder tal líder seria o mesmo que atestar a falta de força de seu exército regular. Por causa disso, instituiu-se o segredo quanto a essa força e, para segurança do líder, ele deve permanecer fora dos limites do vilarejo sob o pretexto de que está cumprindo missões de jounin. Afinal, é lá que estão seus soldados e, no seu caso, ficar aqui pode ser perigoso, considerando que teve de matar um líder Hyuuga para tomar posse e por mais que o clã seja submisso às suas tradições, existe uma ameaça a se considerar.

—Está dizendo que eu não poderei voltar à vila?

—Você vai voltar apenas para entregar relatórios de missões. Deve vir direto até o meu escritório. Nunca chegue atrasado. O prazo que receber deve ser cumprido à risca. Suas missões serão passadas a você sempre que vier entregar o relatório final da missão anterior. Quando receber uma nova missão deverá partir imediatamente.

—E qual será o meu time? – Em sua mente ele buscava alguma brecha nas regras.

—Você selecionará reforços de sua Anbu. Quando precisar de reforço, deverá também pedir ninjas para sua própria Anbu.

—E como vou controlar minha ramificação da Anbu, se nunca terei um lar fixo?

—Todo dia, às seis da tarde, quando não estiver envolvido com missões, você deve dizer: No Maki. Claro, você deverá estar na vila me fazendo um relatório ou se retirando dela para realizar outra missão. Antes de vir ao meu escritório também pode fazer isso. Se não os chamar até as oito, eles irão fazer seus relatórios para mim. Resumindo: Você só os chama se quiser. Não se esqueça. Se for chamá-los, diga No Maki. Claramente.

—Por quê?

—Porque, a partir do momento em que você disser isso, um nervo do cérebro de todos os membros de sua Anbu receberá uma mensagem, dando sua localização exata, obtendo a permissão de chegar até você antes do início do outro dia para lhe deem seus relatórios individuais.

—E quem garante que eles só sentirão quando eu falar?

—Somente o seu chackra é o do chefe da Anbu No Maki.

Naruto sentiu algum desespero. As consequências vieram ao seu cérebro de uma vez. Não veria mais seus amigos. Não moraria mais na vila. Não conversaria mais com os seus colegas. Não poderia nem comer um lámen no Ichiraku. Naquele momento, só tinha duas coisas a perguntar:

—Eu não posso recusar essa proteção?

—Não. Nada me garante que um inimigo da vila não está te obrigando a isso. Além do mais, a proteção não é para o “Naruto”, mas para o “chefe Anbu”, entende? É a imagem que você representa.

—E quanto à missão de hoje? – Seu rosto tomara uma expressão vazia. De uma só vez ele se recolhera tanto que apenas uma fração de si falava com Tsunade naquele momento.

—Essa será a sua última missão como membro do Time Sete. A propósito, será iniciada em quatro horas. – No dia anterior Naruto contara à Hokage sobre o recado de Kotsunu. Ela queria que eles comparecessem ao escritório para receber instrução final às 12h30min.

As notícias não eram boas. Naruto aproximou-se um pouco da Godaime, que agora estava em pé, virada para ele. Emparelhou com ela, encarando o lado de fora do escritório e murmurou:

—Obrigado. Eu sei que você fez o que pôde.

Ele foi até a janela aberta, fez um selo e virou um borrão de cores. Em dois segundos estava em seu apartamento.

—_______________________________________________________________

O Time Sete se reunira na sala da Hokage no horário combinado. Ao receber a permissão para entrar na sala, Naruto percebeu que estivera ocorrendo uma discussão entre Kakashi, Sai e Yamato com Tsunade. Naruto se surpreendeu ao ver Sai olhando com cara de poucos amigos para Tsunade.

A problemática era simples. Nenhum deles soubera que, sendo líder da Anbu No Maki, não poderia permanecer na vila. O que Tsunade contara era que, segundo as regras, ele precisaria permanecer constantemente em missões nos próximos anos, além de supervisionar, ajudar e treinar seus Anbu’s. Os três, por outro lado, insistiam que ela deveria retirar aquele fardo de missões externas dele para que coordenasse as coisas da vila. Tsunade, porém, se fez de surda a tais comentários, disfarçando o fato de que queria aquilo tanto quanto eles.

Naruto ainda estava atrás da porta quando escutou Kakashi soltando um último argumento: Ele acabou de voltar! Não podemos perdê-lo outra vez!

Aquelas palavras sofreram um efeito inimaginável em Naruto. Em duas sentenças ele se sentia novamente querido na vila. Foi como se finalmente tivesse sido reintegrado em Konoha e na vida de seus amigos. Ele entrou na sala sentindo-se renovado.

—E então Naruto. – Tsunade buscava uma pausa daquela discussão. – Como você sabe melhor que todos, hoje é o dia de cumprir sua última missão como integrante do Time Sete. Logo, é importante que nada saia errado. Entenderam?

Eles confirmaram seu entendimento com um gesto de cabeça.

—Certo. O plano é o seguinte: Naruto, Sakura e Kakashi vão à frente, para os inimigos pensarem que somos poucos. Vocês estarão sozinhos durante os primeiros quinze minutos. – Eles a encararam, surpresos pelo volume de tempo. – Isso é precaução para o caso de haver mais deles escondidos. Continuando: Depois de treze minutos, Yamato e Sai partirão daqui. Eu calculo que chegarão ao campo de batalha aos quinze minutos. Essa é uma precaução para que ninguém sinta o chackra deles. Todos entenderam? Então Kakashi, Sakura e Naruto estão liberados.

Eles se retiraram. Era hora de se preparar para a próxima batalha.


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo!