May I Take Your Order? escrita por Kori Hime


Capítulo 3
A crítica destrutiva




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O guia East Blue já estava sendo enviado, embalado em caixas de papelão para todas as livrarias da cidade. E em uma semana seria o país todo quem receberia, além das encomendas internacionais.

Era trabalho, mas o trabalho compensava e muito no final. Todos estavam reunidos na grande sala de reunião, fazendo um brinde. Ergueram as taças pelo trabalho concluído.

Mas era terminar um e começar logo outro projeto.

Nami estava sentada numa cadeira, bebendo a champanhe. Estava cansada, porém, livre da gripe. Ela bocejou, com sono, não dormiu aquela noite por conta de alguma festa. Aproveitou então que todos estavam relaxados e tentou escapar.

Porém, não ia ser assim tão fácil. Seu chefe entrou na sala, batendo a porta com uma força estúpida. Ele se aproximou dela. Parecia bravo. Mas a ruiva não levava desaforo nem do chefe.

E o que ele queria saber, era como o restaurante de seu amigo teve uma classificação tão ruim naquele guia.

Nami piscou devagar, olhando para o lado, Zoro estava ali próximo a ela.

– Ora, porque tava uma droga aquele lugar. – Ela mexeu a mão, sacudindo o líquido transparente e borbulhante na taça. – E você sabe que eu não dou moleza pra ninguém, não é?

É, ele sabia sim, por isso não tinha mais o que dizer. Se Nami classificou o Baratie como um restaurante regular, era porque deveria ter acontecido algo ruim, além do que ela informou no texto.

Do outro lado da cidade, Sanji estava prestes a engolir o próprio cigarro.

Ele chegou cedo ao restaurante, já encontrando Robin e Usopp sentados no balcão do bar. Eles haviam acabado de ler a crítica de Nami, que já estava correndo meio mundo em poucas horas.

A morena escondeu o guia atrás do balcão, antes que o chef pudesse ver. Mas não deu para esconder por muito tempo aquela notícia.

O loiro pegou o Guia, e procurou a aba vermelha que era a dos restaurantes. Antes, ele leu as críticas de alguns restaurantes conhecidos, e outros que eram novos, boas até. Porém, nenhuma nota excelente. Mas Sanji se gabava de que seria o único restaurante a ter a melhor nota, já que atendera a crítica com a maior delicadeza do mundo, fazendo todos os agrados dela. Ou quem ele pensava que era a responsável por aquelas notas nada amigáveis.

– Eu adoro mulheres bravas assim, elas são impetuosas. Difíceis de agradar.

Robin concordou com um sorriso, mas estava pronta para ver o chef cair pra trás quando lesse o que foi dito sobre o Baratie.

Ele começou a ler a nota inicial, e abriu um sorriso magnifico, até a sobrancelha começar a torcer e sua cara avermelhar-se de repente.

O Baratie é conhecido pelo seu bom gosto, tradição e ótimas refeições. Com atendimento exemplar e um clima familiar no ar. Um restaurante magnífico, que ficou anos sendo o melhor lugar para passar um tempo agradável na companhia de amigos, parentes e até mesmo sozinho, já que o lugar é tão aconchegante que você nunca se sentia um ponto solitário no infinito.

E é triste saber que tal lugar dos sonhos, tenha se tornado só mais um em um milhão.

Eis uma surpresa para mim, quando me aproximei do local. Não havia vagas para estacionar, e no fim acabei tendo o carro roubado e depenado na esquina sem qualquer segurança.

A recepção foi boa, uma mulher bonita em seus trajes modernos de trabalho me fez acreditar que eu estava em uma daquelas Saunas esperando uma massagem, ao invés de um cardápio para almoçar.

O garçom era tão bem treinado quanto uma foca de circo. E a comida mais parecia sobremesas retiradas da geladeira, que vindas de um fogão de chama acesa. Ou talvez estejam mudando a forma de cozinhar as coisas.

Mas nada foi tão desgastante naquele horário de almoço, do que esperar um chef vir pessoalmente me servir um prato decorado e sem gosto, deixando-me a ver navios enquanto beijava a mão de uma jovem ao meu lado.

Com certeza, depois dessa experiência desastrosa, eu pensarei duas vezes antes de ir aquele lugar. Felizmente meu seguro cobre as despesas do roubo do carro, e quem vai cobrir meu tempo perdido e o gosto estranho ainda na minha boca, após aquela refeição?

– Nami, acho que você pegou pesado. – Zoro sentou-se ao lado da ruiva, após ler pela milésima vez a crítica.

– Você acha mesmo? – A ruiva sorriu, piscando para o colega e cúmplice. – A culpa é sua, quem mandou só falar mal do lugar?

– Mas lendo aqui, parece que eu estava num inferno.

– Para de se lamentar, Zoro. Relaxa.

Nami se levantou, tinha algumas coisas a fazer na hora do almoço, e por isso acabou saindo mais cedo.

Zoro pousou a mão no queixo, por um momento ficou com pena do cozinheiro.

Sanji deu um grito agonizante, Usopp correu para buscar água e um calmante, mas o cozinheiro deu um chute na mão do garçom, fazendo a bandeja voar longe. Robin, por outro lado, tentou uma abordagem mais eficaz. Serviu um generoso copo de whisky, e massageou os ombros dele, fazendo-o se acalmar um pouco.

– Só suas mãos delicadas mesmo para me tranquilizarem.

– Não fique tão deprimido. Aquele foi um dia atípico. O importante é que sabemos que não é verdade o que foi dito aí. – As palavras de Robin, mesmo sendo encorajadoras, não eram o suficiente para fazer Sanji se animar.

– Tomara que o chef não leia isso. – Usopp pensou alto, fazendo o loiro saltar do banco onde Robin o havia pedido para se sentar.

– Isso é um desastre, preciso mudar a ideia dessa pessoa malvada, que destruiu o meu trabalho. Ele vai ver quem é o melhor cozinheiro do mundo todo. – Sanji fez uma pose de heroi, com a mão erguida para cima e a outra na cintura.

– Calma, como você sabe que é um homem?

– Não vê? Robin-chan. Isso só pode ser obra de um trasgo sem paladar e que não entende nada de uma refeição elaborada e deliciosa como a minha. Quero saber na última semana quem entrou no nosso restaurante que era assim tão odioso e sem coração.

Usopp e Robin pensaram. Só houve uma pessoa que se encaixava naquelas qualidades. Eles se entreolharam, e concordaram em silêncio que era melhor não falar nada, senão Sanji iria vasculhar a cidade atrás do cliente de cabelos verdes.

– Tem alguma ideia de como vai descobrir? Porque se ligar para o responsável do Guia, eles obviamente não vão deletar seu crítico. – Robin estava certa. Completamente certa.

– Tenho um contato, onde posso descobrir o que aconteceu de errado. Vou falar com ela. E vou descobrir quem é esse monstro que está me difamando desse jeito.

O loiro saiu batendo o pé, para a sala de descanso. Pegou o celular do bolso e caçou na lista de contatos o nome de sua colaboradora.

Ele não sabia o nome real dela, a chamava de Monalisa. Só pela voz, acreditava que era como uma mulher bela, tal qual uma pintura magnífica e perfeita...

– Fala logo que eu estou ocupada. – Ela também era bem arrogante e grossa às vezes. Mas isso só deixava Sanji mais bobo.

– Minha querida, sou eu. – Ele acendeu um cigarro, e voltou a falar. – O que aconteceu? Eu tratei meus clientes com tanto amor e afinco como sempre, e fui apunhalado pelas costas por um trasgo sem paladar. Quero, exijo saber quem é esse monstro que transformou o restaurante em chacota para botequins.

– Ah! Sanji, é você. – Do outro lado da linha, Nami dirigia seu carro, estacionou-o de frente a lavanderia. Tinha umas roupas para buscar. – Eu estou um pouco ocupada agora, podemos falar depois?

– Negativo. Quero nomes.

– Escuta aqui! – Nami estreitou os olhos. Ninguém mandava ou exigia assim dela como se fosse um general. – Não tenho culpa se você não atendeu todos os seus clientes como devia, ou se não consegue controlar seus garçons. Da próxima vez, seja mais complacente com todos. E não distinga ninguém por raça, ou cor do cabelo.

Nami desligou o celular furiosa, deixando Sanji falar sozinho.

O loiro pensou um pouco, não entendeu o que ela queria dizer com distinguir raça e cor do cabelo. Desde quando ele achava a cor do cabelo de alguém estranho a ponto de destratar em solo sagrado, como era aquele restaurante?

Já estava na hora de reabrir o Baratie para o jantar, porém ele deixou os primeiros clientes serem atendidos por sua equipe. Afrouxou a gravata preta que usava, e tirou os sapatos, deitando-se no sofá, com a cabeça apoiada numa almofada confortável.

Ele ficou ali, deitado, olhando para o teto revestido em madeira da sala de descanso, enquanto pensava no que teria acontecido de errado aquela semana. E se alguém diferente apareceu lá, para que sua Monalisa pudesse dizer com tanta braveza que ele foi indiferente com algum cliente...

– Não pode ser. – Sanji se levantou, com os olhos arregalados, de boca aberta, deixando o cigarro cair no chão. – Não pode ser aquele marimo... Espera. Pode ser sim.

Sanji se arrumou e foi para a cozinha, que deveria estar a mil pelo horário de janta. Mas lá só havia Usopp, Robin e outro ajudante de chef. Ele olhou atônito para os três, e perguntou o que estava acontecendo.

– Não há clientes.

– Como assim não há clientes? – O loiro saiu da cozinha, indo direto para o salão. Realmente, só havia um homem bebendo no bar, e dois casais em uma das mesas do centro. Sanji respirou fundo. – Onde estão todos?

– Do outro lado da rua. – Robin cruzou os braços, parando ao lado dele. – Lembra-se daquela reforma?

– Mas... mas era um espaço de festas, não era?

– Sim, só que pelo visto, mudaram de ideia.

– Mesmo assim. Não era pra ficarmos às moscas. – Sanji levantou as mãos, confuso com o que estava acontecendo. Ele foi para a porta do restaurante, e quando saiu na calçada, viu o que estava acontecendo. O lugar estava repleto de pessoas. Mas todas do outro lado da rua. Claro.

Havia um homem numa perna de pau, feita de bambu. E algodão doce sendo distribuído de graça. Uma dançarina odalisca, e várias outras coisas chamando a atenção das pessoas.

O queixo de Sanji caiu, e Robin e Usopp tiveram de levá-lo para dentro do Baratie, antes que ele fizesse qualquer coisa impensada.

– Não dá pra competir com o cardápio deles, nem com o preço muito baixo que colocaram nas refeições, fora as sobremesas de graça.

Robin olhou séria para Usopp que matracava sem parar. Até ele entender que não era para falar aquelas coisas na frente de Sanji, mas já era tarde.

– Além disso, teve a crítica péssima do restaurante. – Sanji se lamentou. – Isso tudo é culpa daquele dinossauro esquisito que veio aqui outro dia.

Robin imaginou se ele se referia à mesma pessoa que ela estava pensando. Mas não demorou muito para ter a certeza disso. Ela e Usopp tentaram inutilmente segurar Sanji no restaurante, porque o dono do restaurante largou as férias obrigatórias que tirou, para ir ver o que diabos estava acontecendo com o seu restaurante seis estrelas. Obviamente que já haviam ido ler para ele sobre a publicação da crítica do Baratie, e nem foi alguém de sua família, mas sim um jornalista que estava coincidentemente no mesmo hotel que ele.

Por onde Sanji começaria? Pelo escritório do Guia East Blue. Isso era o mais lógico a se fazer. E no dia seguinte, ele foi, achou que seria fácil se chegasse lá e dissesse que procurava um homem alto de cabelos verdes, iria achá-lo rapidinho.

Ele encontrou dificuldade já na portaria. Não tinha uma hora marcada para visita e nem o nome de alguém que pudesse dizer que era amigo. E por acaso fosse falar quem ele realmente era, Sanji sabia que ia perder a chance de encontrar o crítico sem paladar. Claro, iriam querer protegê-lo de suas facas de cozinha. Porque com certeza o loiro o matava ali mesmo.

Estava quase desistindo e indo embora, quando a porta do elevador se abriu, e Zoro saiu de lá, dando boa tarde para o porteiro. Depois que assinou alguma coisa, ele saiu do prédio. Sanji estava lá fora, acendendo o seu cigarro, e já não tinha pressa para correr atrás daquele dragão e encurralá-lo com uma faca no pescoço.

Zoro jogou o casaco nos ombros, o tempo parecia que ia fechar quando ele saiu de casa, então o tempo mudou de uma hora para outra. O sol foi a pino durante a manhã e a hora do almoço. Nem teve vontade de comer, de tão quente que estava. Preferiu beber uma cerveja gelada.

Então, já que o sol deu uma trégua, e a tarde estava ficando mais fresca, já poderia voltar para casa. Isso porque seu ar condicionado estava com defeito, e não ia ficar em casa derretendo. Ficou na redação até aquele momento, sem fazer nada.

Sanji estava encostado na parede de uma loja, mais à frente, fumando seu cigarro. Zoro passou ao lado dele, olhando para frente, sem notar sua presença, até então.

– Hey, marimo. – Ele acendeu outro cigarro, e guardou o isqueiro, enfiando as duas mãos nos bolsos da calça. – Quero falar com você.

Zoro olhou para trás, soltando um ar cansado pela boca, como se já estivesse prevendo a ladainha que iria se desenrolar ali mesmo na calçada.

De início, Sanji até parecia que queria conversar, mas não demorou nem mais um minuto e os dois estavam discutindo em voz alta, com ameaças de morte e outras coisas que não dava para entender. Uma pequena roda humana se formou, todos assistindo a briga.

Isso só foi resolvido quando o porteiro do prédio ligou para a redação e pediu para que alguém fosse ver o que estava acontecendo. Por sorte, Nami estava ainda no prédio, e foi ver a confusão. A princípio ela não queria se intrometer naquilo, mas uma hora ou outra Zoro poderia revelar o seu nome, e dizer ao cozinheiro que estava lá porque ela estava gripada no dia. Isso iria acabar com sua carreira profissional. Não poderia jamais deixar Zoro tocar no seu nome. E já era o que ele estava tentando dizer. Mas Sanji não ouvia uma só palavra.

– Já basta vocês dois! – A ruiva se colocou no centro da briga, esticando os braços para separar um possível luta. Ela olhou zangada para cada lado e os mandou calarem a boca. Em seguida, ordenou que os curiosos fossem embora, porque apesar daqueles dois parecerem dois palhaços, ali não era um circo.

– Não precisava ofender também. – Zoro cruzou os braços, ignorando o cozinheiro elogiar o pulso firme e a forma como ela resolvia as coisas.

– Espera. – Sanji pegou outro cigarro do bolso, e o acendeu. – Eu conheço sua voz.

Nami tinha esquecido de que eles nunca se viram, mas isso não era o mais importante naquele momento.

– Se tiverem algo para resolver, não faça isso na frente dos outros como duas lavadeiras. – Ela desconversou, enquanto a discussão retornava. – Eu disse, chega!

Ambos ficaram quietos, resmungando baixinho, virados de costas um para o outro.

Para o seu nome não ser revelado, nem sua reputação manchada por causa de dois idiotas. Nami resolveu dar um fim naquela situação. Só que para isso Sanji exigiu algumas coisas. Condições que Zoro teria de cumprir, para que ele se desse por satisfeito. Claro que Zoro não aceitou no começo, mas depois de uma rápida conversa com Nami, ele decidiu aceitar. Ela prometeu que seria o último favor que fariam.

Marcaram então de se encontrar mais tarde no restaurante Baratie.

Na recepção, mesmo sem clientes, estava Robin. Devidamente trajada e pronta para atender quem quer que aparecesse aquela noite. Zoro chegou mais cedo, porque veio de táxi. Seu carro ainda estava na perícia devido ao roubo. Nami chegou logo depois, sendo recebida com um sorriso simpático por Robin.

A ruiva agradeceu pela bebida que lhe foi servida e em seguida sentou-se na mesma mesa que Zoro.

O restaurante só não estava mais vazio, porque alguns garçons trouxeram seus familiares para o jantar. Sanji acabou tendo essa ideia, seria bom o lugar ter pessoas, mesmo que esses não fossem pagar pela refeição.

– O que foi, Zoro? – Nami perguntou, experimentando um pouco do coquetel na taça.

– Estou com fome. – Ele franziu a testa, olhando ao redor, as pessoas conversando. Nami não entendeu porque ele tava com aquela cara azeda, já que logo iria jantar. – Acho que vou lá do outro lado da rua, senti um cheiro bom quando sai do táxi.

– Nem pensar. – Nami pousou a taça na mesa, apertando o braço de Zoro. Mesmo usando sua força, ainda assim não o machucou. – Você me prometeu, e trate de ficar quietinho aí e comer tudo o que o Sanji-san lhe trouxer.

Não dava para fugir daquela noite, a não ser pelas bebidas oferecidas por Robin.

Usopp e alguns outros garçons se dividiam para atender as pessoas, e em alguns minutos Sanji trouxe os primeiros pratos.

– Vamos começar com essa salada de frutos do mar. Tomei a liberdade de reservar um bom vinho. – Sanji serviu Nami, sorridente e com uma cara bem boba. Depois, na vez de Zoro, ele fez o possível para não xingá-lo. Afinal, estava ali para receber sua nota dez pelo serviço.

– Essa coisa aqui parece que está viva. – Zoro mexeu com o garfo no prato, e Sanji trincou os dentes, contendo-se para não chamá-lo de ogro.

– Experimente, vai gostar. – Robin, estava logo atrás, trazendo as bebidas. Ela tentou acalmar a situação.

– Se ela diz que está bom, então eu acredito. – Nami experimentou sua salada, adorando. Mandando depois Zoro parar de frescura e comer.

Ele fez uma careta, e enfiou a primeira garfada na boca, mastigando devagar, com os olhos fechados. Até engolir tudo e limpar a boca no guardanapo.

Não foi tão ruim quanto ele imaginou que seria. E o vinho estava bom também. Apesar de ele preferir outras bebidas mais fortes, mas era apenas tentar acostumar-se, ou realmente descobrir por um passe de mágica que a bebida casava perfeitamente com o prato.

Mas isso não ia ser o suficiente para quebrar toda aquela muralha construída há anos, por muito saquê, cerveja e comidas rápidas e calóricas.

O próximo prato era uma massa tipicamente italiana, com um molho cremoso e algumas torradas temperadas com alho e outros ingredientes que Sanji não revelava para ninguém.

Nami estava adorando aquele banquete gratuito, além de que, a comida de Sanji era realmente muito saborosa. Ela sentiu-se um pouco mal por ter feito aquela crítica muito exagerada, mas não poderia fazer nada com isso. Já que Zoro quem estava à frente de tudo, e ela não poderia escrever qualquer coisa. Bem, poderia sim, mas não o fez.

– O que são essas coisas aqui nesse prato? – Zoro apontou para o pratinho.

– São anéis de cebola. – Sanji respondeu, servindo mais bebida para Nami. – Fiz uma viagem, e descobri um quiosque que fazia esses anéis de cebola. Eu gostei da receita, e adaptei para o restaurante.

Zoro enfiou o garfo numa porção e levou a boca, mastigando. Ele gostava de cebola, e alho também, por isso acabou com todas as torradas e os anéis. Robin foi até a cozinha e trouxe mais.

– Sanji-san, a refeição foi maravilhosa... – Nami já ia agradecer pelo jantar, até o cozinheiro balançar a mão no ar e dizer que ainda não havia acabado.

Mais quinze minutos, ele trouxe um pernil nem decorado, com frutas e fios de ovos. Sanji cortou fatias do pernil e serviu em cada mesa, deixando para Zoro as coxas, porque ele pediu. O cozinheiro apenas anotou mentalmente que aquele era uma espécie de troglodita.

– Guardem espaço para a sobremesa. – O chef foi aplaudido pelos familiares de seus garçons, enquanto voltava para a cozinha. Ele saiu, a fim de fumar um cigarro. Robin foi com ele, mas não para fumar.

– Esta tudo ótimo. – Ela tentou animá-lo, mas sabia que o loiro só ficaria feliz completamente quando recuperar a ordem naquele lugar, antes do dono voltar. E estava com os dias contados. Sua vida também estava, e sua carreira. Poderia ser banido do mundo gastronômico depois de um vexame como esse. E tudo por culpa do trasgo de cabelos verdes.

– Robin-chan, você é sempre tão gentil comigo. Vamos voltar. Tenho uma nota dez para receber. – Eles voltaram para a cozinha e preparam o carrinho com as sobremesas geladas que haviam preparado.


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