A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 28
Capítulo 27 - Finalmente em paz.


Notas iniciais do capítulo

Último capitulo, eu não devia, mas estou tão triste com isso, poxa ): Queria pedir que lessem o cap com essa música (http://www.youtube.com/watch?v=O2wq06wSLFE) escrevi ouvindo ela repetidas vezes, prometo que não vão se arrepender. Não ficou grade, mas... Vamos lá



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       Eu estava pronta. Não voltaria atrás. Tinha feito minha escolha e agora chegara a hora.

       Talvez Draco, Lúcio e Narcisa nunca me perdoassem por minha escolha, mas como dizia Potter, era preciso arriscar. Segundo ele não havia chances de o plano falhar, e realmente não havia, a vontade de vencer Riddle era muito maior que o medo do plano falhar.

    - Você está pronta? - perguntou Harry colocando uma das mãos em meu ombro.

    - Estou. Precisa ser agora?

    - Não. Não aqui e não agora.

    - Quando?

    - Ao crepúsculo, na orla da floresta. Não podemos tardar mais do que isso Belly, você não vai agüentar manter-se mais no controle, será o máximo que vai poder agüentar. Kingsley também não quer agitação no castelo, melhor longe dos olhos alheios.

    - Eu entendo... O que devo fazer agora?

    - Belly posso ver o medo em seus olhos. Não se preocupe, continue sua rotina normal, prometo que nada vai dar errado.

       Forcei um sorriso para Harry. Por mais pronta que estivesse não podia admitir que não estava com medo, pois estava.

    - Eu também fiquei com medo, é normal.

    - E se... E se não der certo?

    - Só não dará se você não estiver realmente pronta, se não tiver aceitado.

    - Eu estou pronta.

    - Apenas isso que é preciso para o plano não falhar. Lembra do que eu lhe contei, não? - assenti - Então Belly, não é preciso ter medo. Vai dar tudo certo, e hoje à noite estaremos comemorando nossa vitória, você voltará a ter total e pleno controle de si, sem se preocupar com pensamentos e sentimentos que não são seus, sem medo de ser obrigada a fazer o que não quer.

    - Obrigada Harry - falei, por impulso o abracei, afinal, graças a ele tudo voltaria a dar certo.

    - Não acredito que você vai fazer isso Belly! Quer dizer, isso é tão... Por favor, não faça isso Belly.

    - É preciso Alice, mas não se preocupe, nada vai acontecer, nada de ruim.

    - E quem garante Belly? Potter? Ele matou o seu pai!

    - E vai matá-lo de novo.

    - Você confia mesmo nele, não? - perguntou Cory sentando ao meu lado.

    - Confio. Vocês deviam confiar também, graças a ele vou me livrar disso.

    - E por que tem que ser ele? Por que não pode ser o Lúcio, ou o Draco, ou eu?

    - Se eu te pedisse você faria?

    - Não! Mas isso não vem ao caso!

    - Alice, é muito complexo de se explicar, e mais ainda de se entender, mas segundo uma profecia, apenas Harry seria capaz de destruir Riddle, mesmo que não seja verdade, não podemos arriscar que outra pessoa faça sem que tenhamos garantia de que eu vá... - a palavra não saia.

    - Sobreviver? - uma voz abafada perguntou abrindo a porta do quarto.

    - Teddy!

    - Você não vai mesmo desistir dessa idéia maluca?

    - Er... Vamos deixá-los a sós - disse Alice puxando Cory e saindo seguidos por Richard que voltara a tomar sua postura de caladão, eles passaram e fecharam a porta.

    - Desculpe... Mas é preciso.

    - Você tem que parar de se desculpar por tudo que faz Belly - disse ele se sentando a minha frente.

    - Certo... Eu preciso fazer isso Teddy, não posso deixar Voldemort dominar tudo novamente.

    - E por que você está com tanto medo?

    - Não estou.

    - Não? - perguntou ele passando o polegar levemente por baixo de meus olhos - E isso é o que? Lágrimas de felicidade?

    - Eu sou emotiva.

    - A claro. Belly, você não precisa fazer isso.

    - Preciso Teddy, é a única forma.

    - Por favor, não faça isso - implorou ele com os olhos cheios de dor e amargura.

    - Eu preciso.

    - Não precisa! Por Merlin Belly, não precisa fazer isso!

    - Já tomei minha decisão.

    - E quanto a mim?

    - Ora - falei passando os dedos por seu rosto - vamos comemorar juntos quando tudo isso acabar.

    - E por que nós dois estamos com tanto medo?

      Apenas balancei a cabeça sentindo uma lágrima rolar por minhas bochechas.

    - Não posso te perder Belly, eu te amo demais para isso.

    - Você não vai me perder.

    - E quem garante que você vai para aquela maldita floresta e vai voltar? Quem Belly? Por Merlin, não faça isso comigo! Já perdi muitas pessoas para aguentar perder você também!

    - Você não vai me perder!

    - Não? - perguntou alterando a voz enquanto as lágrimas começavam a escorrer de seus olhos - O que vou fazer se Harry voltar sozinho? Dar pulinhos de alegria por Riddle ter sido destruído mais uma vez? Dar pulinho de alegria por sua vida ter sido o preço a pagar?!

    - Eu vou voltar Teddy!

    - Quem garante Belly? Quem?

    - Não é preciso de garantia, é preciso acreditar!

    - E você acredita?

      Não consegui responder, e nessa hora eu já não continha a quantidade de lágrimas que sem autorização rolavam por meu rosto, ambos chorávamos sem vergonha um ao lado do outro.

    - Não faça isso comigo Belly - implorou ele colocando as mãos em meu rosto - Eu te amo tanto!

    - Também te amo Teddy - respondi colocando minhas mãos sobre as suas - E é por isso que vou me arriscar, eu te amo demais para deixar você viver em um mundo controlado por ele.

    - Não me faça sofrer desse jeito Belly.

    - Me desculpe Teddy - falei limpando suas lágrimas - Mas, por favor, não chore por mim.

    - Não... Não fale isso - disse ele se aproximando mais de mim - Isso não é uma despedida.

    - Eu te amo tanto Teddy.

    - Não...

    - E sempre, sempre, serei apenas sua.

    - Não Belly, por favor, pare, não vou aguentar.

    - Você precisa ser forte Teddy, eu não conseguirei ir sabendo que você está fraquejando.

    - Por Merlin Belly! Pare com isso!

    - Me promete algo Teddy?

    - Não! Isso não é uma despedida! - ele disse se pondo de pé.

- Apenas me prometa, por favor - falei me levantando - Por favor - implorei - Prometa que o que quer que aconteça você vai continuar sendo esse cara tão maravilhoso que eu tanto amo e não vai deixar se abalar.

     Ele balançou a cabeça.

    - Não consigo Belly.

    - Por favor, Teddy, apenas isso.

    - Não posso.

    - Teddy, por favor!

    - Não...

    - Por favor!

    - Tudo bem - nos abraçamos e ficamos assim por um momento - Eu te amo - sussurrou ele em meu ouvido, minhas lágrimas manchavam suas vestes e as dele as minhas, mas não nos importávamos, apenas queríamos aproveitar aquele momento que não sabíamos se era o último. Assim que nos separamos fitamos os olhos encharcados um do outro enquanto nossos lábios iam de encontro um do outro.

    Diferente de todos os beijos que eu e Teddy tivemos antes, este não estava gentil, suave e carinhoso, este estava impregnado de desespero, dor e medo. As lágrimas se misturavam a saliva e deixamos os instintos agir por nós.

     Eu arfava diante do desespero do beijo, era como se fosse último, não queríamos e não podíamos nos separar, a dor que tomava conta de ambos era refletida em nossos atos. Sabíamos que aquela poderia ser nossa última chance, nosso último momento.

     Esqueci o que era o certo e o errado, deixei os instintos me dominarem.

      Eu o queria, o desejava. Ele me queria, me desejava.

      Sem pensar eu puxava Teddy para mim, meus dedos se entrelaçavam em seus cabelos. Suas mãos apertavam minha cintura e com facilidade Teddy me carregava até minha cama.

      Reza uma antiga lenda que o ser humano fora originalmente feito com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas. Tamanha era essa perfeição que chegou a causar invejava nos deuses, que usaram seus poderes e dividiram ao meio os homens, daí em diante fomos obrigados a procurar durante nossa vida a nossa metade, para que uma vez mais pudéssemos nos encaixar. Não foi preciso procurar muito, eu encontrara Teddy antes mesmo de pedir.

      Como se fosse a primeira e a última vez novamente nos amamos.

      Eu não me importaria se tivesse de morrer dentro de algumas horas, pois se fosse para ser eu morreria feliz, ao lado de Teddy eu conhecera e aprendera o que era a felicidade. 

     - Me promete uma coisa? - perguntou ele deitado ao meu lado, acariciando meu rosto que estava a centímetros do dele - Promete que vai voltar para mim?

     - Prometo - falei num sussurro.

      Por horas ficamos apenas um olhando o outro e na medida em que o quarto foi escurecendo eu sabia que a hora chegara. Eu desejava ter o poder de parar o tempo e viver esse momento ao seu lado eternamente.

     - Sabe por que não me arrependo de nenhuma atitude que tomei, nem de nada que fiz?

     - Por quê?

     - Porque todas essas atitudes me fizeram chegar até você - respondi me levantando - independente do que me acontecer agora, eu estarei feliz, pois cada momento que passei ao seu lado valeu mais que uma vida.

      Por um momento ele nada disse, apenas ficou me olhando, pensando em minhas palavras.

     - A bússola ainda aponta para você, sabia? - sorri ao vê-lo sorrir. Eu o amava tanto.

      Nos vestimos juntos e de mãos dadas descemos ao salão comunal. Estava vazio, a não ser por meus amigos, provavelmente o resto dos sonserinos estavam comemorando o fim das provas enquanto jantavam.

      Alice não conteve as lágrimas e me esmagou em um dos seus apertados abraços, Cory e Richard não a deixaram sozinha e vieram abraçar juntos, era sempre assim que fazíamos, nós quatro sempre juntos. Eu os amava mais do que podia falar.

     - Quer que a gente vá com você? - perguntou Richard tentando sem conseguir disfarçar o choro.

     - Quero ir sozinha. Por que não estão sorrindo? Afinal, o desespero está prestes a acabar, vamos poder voltar a ter uma vida normal - falei conseguindo sorrir.

     - Você se mete em cada uma Belly - disse Alice - e olha, se você não voltar, eu te mato!

     - Ela vai voltar - pressupôs Cory - Ela nunca nos abandonaria.

     - Você prometeu - finalizou Teddy se aproximando e colocando uma mexa de cabelo solta para trás.

     - Eu vou voltar.

      Apesar das insistências, os conti e os fiz com que me esperassem dentro do castelo. Segundo Harry ele me lançaria à maldição, mas ela mataria apenas Riddle. Eu ficaria desacordada por algum tempo, mas logo voltaria a mim. Teria de ser Harry a lançar a maldição, pois ele era o único que tínhamos garantia que conseguiria matar apenas Riddle e não a mim.

      Assim eu esperava.

      Quando cheguei à orla da floresta, Harry já estava lá, ao seu lado estava Kingsley e Longbotton, o trio conversava animadamente sobre as possibilidades de que tudo daria certo.

     - Pensei que não viria Belly - disse Neville amigavelmente - Seus amigos te prenderam nas masmorras?

     - Quase, mas consegui me livrar - falei forçando um sorriso.

     - Você sabe que não é obrigada a fazer isso, certo AnnaBelly? - Perguntou Shacklebolt

     - Sei sim senhor. Mas preciso, não?

     - Ótimo. Iremos levá-la para ala hospitalar e esperar até que você acorde, finalmente livre de Riddle.

      Assenti. Ao ver a confiança dos bruxos mais velhos, comecei a pensar que talvez eu tivesse exagerado, comecei a ver uma pequena luz no fim do túnel e percebi como tudo seria simples e ao fim daria certo.

     “AnnaBelly, você não pode fazer isso comigo, com nosco!”

    - Vamos acabar logo com isso - falei com uma confiança que desconhecia.

    - Não me sinto muito a vontade fazendo isso - comentou Harry se colocando de frente a mim - Mas tem de ser eu, não?

    - Apenas você Harry - confirmou Neville.

    - Certo, vamos lá.

     “Ainda é tempo de regressar, pense no que podemos conseguir juntos AnnaBelly! Não faça isso!

      Ignorando o falatório desesperado de Riddle fechei os olhos, não queria ver o que viria em seguida.

      Uma voz gritou a maldição, mas não era a voz de Harry. Num segundo tudo aconteceu, abri os olhos rapidamente antes que todo feitiço fosse pronunciado e vi os olhos do trio de bruxos a minha frente arregalados olhando para algo atrás de mim, ouvi gritos a minhas costas, passos correndo em minha direção e uma última batida descompassada de meu coração.

     - Avada Kedavra!

      Senti algo atingir minhas costas, mas não machucara e logo passara. Agora tudo estava bem, eu já não sentia, e não ouvia mais nada.

      Eu estava em paz. 


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo, epilogo depois de amanhã, certo? Então comentem muito até lá... E não me matem, sério mostrei esse cap pra uma amiga e fui ameaçada de morte-Q eu chorei escrevendo, acreditam? To ficando emotiva que nem a Belly.. Belly, minha bebê, poxa! Vocês viram que maldade s/2 Também achei... Ai meu coração até doeu, então podem me xingar, criticar, elogiar, ou apenas um "oi" para eu saber que leram, e todo mundo aqui no domingo pro epilogo, falo? Beijão pessoas. (Quem mais além de mim quer consolar o Teddy?)