Capítulo 14 - O Novo Grupo

Eldred podia falar o que quisesse e o quanto quisesse, mas já não era decisão ou vontade minha deixar o diário de Tom de lado, no segundo dia de aula eu perdera o sono e quando vi já estava enroscada na cama com o diário nas mãos me comunicando novamente com Tom.

Alice também percebeu como eu estava dependente daquele diário, mas no fim das contas eu já não o via como o diário de meu pai, nem o diário de Tom e sim como meu diário. Todas as noites sem falta eu escrevia no diário, contando sobre meu dia, meus pensamentos meus medos e meus sonhos, sentia uma segurança e um conforto em contar para Tom tudo que me acontecia. E durante as aulas para eu ter certeza que o diário estava bem eu o carregava comigo.

- Você fala Belly.

- Eu não Alice, você que atrasou agente. Você fala, e anda logo.

- A professora me odeia Belly! Eu abro a porta e você fala.

- Como se ela me amasse! Fala logo Alice, eu quero entrar.

- Também quero, mas tenho vergonha, todo mundo vai ficar olhando.

- Claro que vai. Ninguém mandou você atrasar. Bate logo nessa porta.

- Porque tudo tem que ser eu?

- Senhorita Lestrange, senhorita Nigellus, talvez ao invés de ficarem discutindo na porta da sala, não querem entrar? - Disse a professora abrindo a porta da sala de aula.

- Desculpe professora, nos atrasamos - Falou Alice com a cabeça baixa.

- Certo, que não aconteça de novo. Fizemos trios para preparar as poções, mas sobrou dois grupos com dois alunos, cada uma de vocês se encaixa em um, ao final da aula quero a poção em minha mesa.

Alice olhou para as duas duplas sobrando, sem surpresa vimos que os trios estavam misturados entre as casas Grifinória e Sonserina. Alice correu para o canto onde estava Richard junto com Penélope preparando a poção.

Para minha sorte, ou azar, a única dupla que sobrava era a que estava Cory e... Ted.

Antes de sentar pude perceber a revolta dos dois ao serem obrigados a estudarem lado a lado. Cory que sempre fora muito branco estava vermelho e picava as vagens que jogava em seu caldeirão com raiva. Ted fazia frenéticas anotações, colocava tanta força nas mãos que eu não sabia como o pergaminho ainda estava intacto.  Era de conhecimento geral que os dois se odiavam. Sentei-me entre os dois na mesinha redonda e coloquei meus livros e o diário no banquinho ao lado, que me separava de Ted.

- O que temos que preparar? - Perguntei. Cory continuou trabalhando com suas vagens sem responder, e Ted fingia que não ouvia. - Cory? Ted?

Ted colocou a pena de lado e me passou suas anotações, no pergaminho estava ditados em uma caligrafia pequena e redonda materiais de uso e instruções para se preparar a poção Veritasserum conhecida popularmente com a Poção da Verdade. Era fácil. Alguns anos atrás em um aniversário de Scorpius eu preparara uma boa dose e colocara discretamente nas bebidas, nenhum dos convidados entendeu o porquê de revelar seus mais profundos segredos em público, culparam a bebida que estava muito forte. Foi nessa noite que Astoria perdeu todas suas amigas confessando tudo o que achava delas. Hilário.

Dobrei as mangas de meu camisete e me preparei para ajudar e auxiliar Cory, estava disposta a recuperar e acumular mais pontos para Sonserina com aquela simples poção. Aos poucos, Cory foi se animando e mudando seu humor, claro foi preciso esforço de minha parte, sorrir e fingir achar graça de suas piadas. Qual é? Também não gosto de ver meus amigos para baixo, apesar de tudo, ele é meu melhor amigo.

POV Ted

Ela estava conversando com ele, sorrindo com ele, preparando a poção junto dele, ajudando ele, se divertindo com ele. O que ele tem que eu não tenho? Quero dizer, também tenho covinhas, também jogo quadribol, posso ficar com os cabelos loiros como o dele e se for para forçar mais a barra também consigo ficar com ridículos olhos grandes e com cor de musgo igual o dele. Sou tão bom quanto ele, mas o que ela viu nele?

Todas as garotas em Hogwarts, até Penélope, minha melhor amiga, já admitiu que Cory Corner no dizer delas “ é o garoto mais lindo de Hogwarts”, até Victorie que é mais nova já soltou suspiros por ele. Mas o Corner têm olhos apenas para AnnaBelly, apesar de que ela nunca deu moral para ele, nenhum garoto se aproxima dela, bom, primeiro por ela ser... ela e depois, tinham medo de Cory, ele é pior que cão de guarda castrado.

- Ted, não quer nos ajudar? - Ela me perguntou me analisando com aqueles lindos olhos azuis.

- Não, ele não quer - intrometeu Corner - Ele está fazendo as anotações está vendo? Mas aqui, devo colocar a seiva agora Belly? - Perguntou ele tentando chamar sua atenção.

Por alguns segundos ela não disse nada, por alguns segundos tudo parou, ficamos nos encarando, olhos nos olhos, sem nada dizer. Suas duas safiras brilhantes me hipnotizavam e por incrível que pareça ela demonstrava naquele simples gesto de me olhar que também sentia algo. Será que eu estou louco? Lestrange sentir algo por mim?

- Belly?

AnnaBelly piscou algumas vezes e desviou seu olhar para Cory.

- O que foi?

- Devo colocar a seiva agora?

- Claro. Assim você explode todos nós.  Porque está bem explícito nas instruções, despejar a seiva ao terminar a poção, terminamos a poção Cory? Não, acho que não, então despeja tudo, e nos exploda, ou leia as instruções, porque pelo menos isso você consegue, não é?

Não sei se foi à repentina mudança de atitude de Belly com Cory ou a própria cara de Cory, mas sei que a raiva que eu estava sentindo  dele por ter me confrontado antes da aula começar havia sumido, agora um prazer de presenciar a cena me inundava por dentro. Abaixei a cabeça para Corner não ver minha satisfação e meu olhar bateu nos livros de Belly. Sob os livros havia um pequeno caderno, incomum para se usar em Hogwarts, pequeno e fino. Capa marrom com as bordas douradas, parecia mais um... Um diário! Como AnnaBelly Marvolo seria tão descuidada e tão segura de si para trazer o próprio diário para sala de aula?

Ela estava tão concentrada em sua poção e Cory tão vermelho de vergonha e raiva, nenhum dos dois perceberia se eu... Desse uma lida no diário de Belly. Talvez eu passasse o fim de semana o lendo e na segunda sem que ela visse colocaria de volta no meio de suas coisas. O que poderia estar escrito nele? Todos os segredos de AnnaBelly que sempre foi tão calada e misteriosa... Talvez ela até tivesse escrito sobre o nosso beijo, sobre o que achou... Escrito sobre mim! Essa é uma oportunidade única na vida, ler o diário da pessoa amada, eu que não seria tolo de perder tal oportunidade.

POV AnnaBelly

- Estou morrendo de fome, também, não comemos nada no café da manhã não é para menos.

- Também estou com fome Alice. Cory vai ficar emburrado até quando?

- Não estou emburrado. Só que você não precisava ter me tirado  daquele jeito na frente da sala toda!

- Não te tirei na frente de ninguém, você ouviu alguma coisa do que eu disse pra ele Ric?

- Não ouvi nada, deixa de ser dramático mano...

- O filhote de lobo ouviu! Você viu a cara de felicidade dele?

- Não, não reparo nos outros. E não espere que eu te peça desculpas, você mereceu.

- Eu não esperava que pedisse.

- Por que a professora te colocou logo com o Lupin, Cory? - Perguntou Alice.

- Porque antes da aula começar ele veio brigar comigo e...

- “Ele”? Não foi isso que eu vi, mas continue... - Disse Ric, enquanto se sentava na mesa da Sonserina no Salão Principal.

- Não vai defender aquele vira-lata vai Ric? Enfim a professora viu e juntou a gente...

- E para mim sobrou a Penélope, já que vocês duas fizeram o favor de chegar atrasadas.

- Culpa da Alice que não acordou na hora certa, porque ela quem fica responsável de colocar o relógio para despertar todos os dias.

- Já pedi desculpas Belly. E também a culpa não é só minha, ninguém mandou ficar até quase amanhecer com aquele maldi... Com aquele diário. Eba! Torta de fígado de dragão, adoro!

Durante alguns minutos comemos todos em silêncio, o Salão Principal não estava tão cheio. Como nas sextas-feiras temos as tardes livres normalmente às pessoas deixam para comer mais tarde.

- Eldred! Senta aqui mano - Chamou Richard - Boas aulas?

- Boa tarde gente. - Cumprimentou Eldred se sentando ao lado de Richard. - Na verdade não, os professores pensam que só porque este ano vamos fazer os NOM ‘s tem que nos lotar de deveres. Legal torta de fígado de dragão!

- Alguém já reparou que Kingsley nunca faz as refeições com a gente? - Perguntou Cory depois de alguns minutos - Quer dizer, não o vejo na escola...

- Ninguém o vê - disse Eldred terminando sua torta - Ele passa o dia inteiro trancado no escritório. Corre boatos que escolheu alguns professores de sua confiança para ficar de olho em certos alunos disfarçadamente.

- Aposto dez galeões em que certos alunos são esses, e em qual professor de confiança ele escolheu - Falou Richard com um sorriso de escárnio no rosto.

- O que me lembra de uma coisa. Fiquem atentos se não serão seguidos hoje à noite na nossa pequena reunião - Falei.

Quatro cabeças assentiram para mim enquanto terminavam sua refeição.

- O que vai fazer à tarde Eldred? - Perguntei enquanto descíamos em direção as masmorras.

- Nada que eu não possa deixar para depois, por quê?

- Íamos treinar hoje, costumamos treinar magia de vez em quando, duelos e combate, você seria bem vindo.

- Beleza, onde e que horas?

- Nos encontre as duas no salão comum e vamos juntos, voltamos até as cinco para vocês buscarem seus convidados para nossa reunião.

Deixei meus livros sobre a cama, troquei as vestes escolares por um jeans preto e camiseta de mesma cor. Tirei um cochilo de uma hora e fui acordada por Alice me dizendo que já eram quase duas, coloquei meu tênis e no salão comum encontrei os três garotos pontuais nos esperando na porta.

Em silêncio os quatro me seguiram até o sétimo andar onde paramos de frente a uma parede lisa, fechamos os olhos e demos as mãos. E em nossa frente se materializou uma porta que nos dava passagem para uma comprida sala fechada com apenas alguns pufes e cadeiras.

- A Sala Precisa - disse Eldred admirado olhando em volta - Não sei por que estou surpreso.

- Ela estava toda destruída quando a encontrei no primeiro ano, cinzas e mais cinzas a cobria, foi preciso apenas um pouco de magia para deixá-la limpa e utilizável novamente. Eldred eu nunca o vi em combate. Que tal nos mostrar o que sabe?

- Seria um prazer. Quem será meu adversário?

- Hm... Deixe-me ver, que tal Alice? - Adoro ver Alice combatendo, seu jeito fútil sempre enganava o oponente fazendo-o pensar que Alice não era de nada.

Alice levantou-se e amarrou os cabelos loiros em um rabo de cavalo, Eldred deu um sorrisinho de lado de satisfação, ambos caminharam para o meio da sala enquanto eu, Cory e Ric nos largamos sentados em alguns pufes espalhados para apreciar o duelo.

Como um perfeito aristocrata britânico Eldred se curvou em um cumprimento para Alice e em sua frente se preparou na posição de ataque. O rosto de Alice foi substituído por uma fria máscara onde se projetava um olhar assassino e um sorriso selvagem.

- Expelliarmus – Eldred lançou sem aviso

- Protego – Alice foi mais rápida - Estupefaça

Eldred se desviou indo para o lado.

- Alarte Ascendare - Bradou Alice fazendo com que Eldred subisse ao ar e fosse lançado na parede. Caiu sentado no chão, escorria do nariz de Eldred uma pequena faixa de sangue, ele limpou em suas vestes e se levantou encarando Alice freneticamente.

- Confringo!

- Impedimenta – Se defendeu Alice.

Por algum tempo continuou nisso, um lançando algum feitiço e o outro se defendendo. Cory sentado ao meu lado bocejo propositalmente, “que chatice” o resmungou.

- Que isso Alice, você pode mais! - Berrou Cory, Alice virou-se para ele e deu uma piscadela.

- Sectumsempra!

Os olhos de Eldred se arregalaram quando Alice lançou o feitiço, não sei se foi por susto ou choque ele não recuou nem se protegeu, apenas se curvou de dor ajoelhando-se no chão, o sangue escorria por suas vestes.

- Acaba com ele! - Incentivou Cory.

- Crucio! - Alice foi chegando com a varinha apontada para ele, Eldred estava caído no chão, a dor evidente no rosto, não gritou nem pediu para parar, mas seus olhos mostravam sua grande dor. Os olhos de Alice brilhavam ao ver o garoto sofrer, um sorriso brotou em seu rosto mostrando sua satisfação - Crucio! - Repetiu ela, as pupilas de Eldred estavam dilatadas, seus olhos vermelhos, o sangue ainda escorria por conta da maldição anterior, ele não continuaria conciente por muito tempo.

- Basta! - Falei, mas Alice continuou, vidrada na evidente agonia de Eldred - Alice, basta! - Ela continuou, Eldred fechava os olhos, ela não parava, apontei minha varinha para a dela - Expelliarmus.

Sua varinha voou longe, e ela percebeu o que estava fazendo.

É por isso que Crucio é uma das três maldições imperdoáveis, porque ela dá prazer para quem a usa, fazendo  querer usar cada vez mais.

Cory bateu palmas para ela em sinal para parabenizá-la. Ela se virou e sorriu para ele e como se estivesse ao fim de um espetáculo fez uma reverência em forma de agradecimento. Mas algo extraordinário aconteceu, ela novamente se curvou, não como uma reverência, mas sim de dor. Eldred se levantara e com um último esforço a amaldiçoou com a Cruciatos.

Ele se levantou e cambaleando foi até ela, que estava ajoelhada com as mãos na cabeça, Alice não conteve os gritos de dor, de agonia, de desespero, seus gritos eram estridentes, e ele continuou, sem dizer uma palavra, amaldiçoando-a. As lágrimas começaram a escorrer do rosto de Alice e ela curvou sobre si mesma, gritando cada vez mais alto.

Não foi preciso eu dizer nada, Eldred baixou a varinha e se deixou cair em um dos pufes. Andei até ele e me ajoelhei ao seu lado, ele fechou os olhos e comecei a murmurar o contra feitiço do Sectumsempra que era tão longo que mais parecia uma pequena canção.

Alice estava com os cabelos loiros todos bagunçados, as lágrimas de dor secaram e deixaram uma marca em seu rosto que estava vermelho de raiva e ódio por Eldred a ter atacado pelas costas.

- Melhor? - Perguntei para Eldred que abria os olhos.

- Sim - sussurrou ele - Só um pouco dolorido, quem diria que a Alice sabe maldições das Trevas.

- Você não viu nada - falei num pequeno sorriso - Continuem treinando, vou fazer um lanche, só não se matem.

Eles assentiram com a cabeça sorrindo, e saí da Sala Precisa indo na  direção da cozinha para pegar algo com os elfos, ver aqueles dois duelando me deu uma baita fome.

As oito em ponto eu sussurrava a senha para a porta da antiga sala de poções nas masmorras. Eu havia combinado com Alice, Cory, Eldred e Ric que para nossa segurança enfeitiçaria a porta e ela só se abriria para quem soubesse a senha, coisa que não era problema uma vez que nenhum professor nem aluno passavam por aquele corredor.

Quando entrei o murmúrio de vozes se cessou e eu vi oito pares de olhos me seguindo.

Sentei no lugar de sempre, sobre a mesa que seria do professor, cruzei as pernas e analisei cada rosto que ali eu via, além dos meus quatro mais conhecidos outros quatro novos estavam presentes.

- Boa noite. Eldred pode apresentar os convidados?

- Este é Theodore Nott Júnior, sonserino, quinto ano, bastante inteligente e devo acrescentar, seu avô e bisavô foram grandes comensais da morte - Disse Eldred mostrando um garoto moreno e magricela que assentiu enquanto era apresentado.

- Não procuramos novos comensais Eldred, por isso, isso não vem ao caso. Prazer Nott. - eu falei.

- Jhulia Parkinson, provavelmente a conhece, está no mesmo ano que você.  Essa é a Mary Jule - a reconheci como a garota que iria dividir quarto comigo e Alice no primeiro ano e que Cory e Ric a torturaram, mas apagamos sua memória depois disso - E por fim este é Alec Dippet, bisneto de Armando Dippet, quinto ano.

Gostei principalmente de Alec, o fato de ser bisneto de um diretor de Hogwarts contou muito para isso, além de que seus olhos verdes e profudos, e de seus cabelos negros estilo surfista o davam um charme irresistível.

Fiquei alguns minutos explicando a eles o que queria e pretendia com a formação do grupo e falei que se alguém não quisesse participar, sua memória seria apagada e voltaria a sua vida normal.  No final, todos estavam excitados com a idéia de um grupo formado por sangues puros comandado pela herdeira do Lorde das Trevas, expliquei a eles que não seríamos novos comensais, pois todos tinham essa idéia na cabeça. Fizemos um pacto seguido de um juramento de segredo perpétuo onde nem que a pessoa quisesse ou fosse obrigada por alguma poção, mesmo a Veritasserum, não conseguiria contar sobre nosso grupo.  Passei uma tarefa para cada um, e nos encontraríamos de duas em duas semanas para ver como estavam suas tarefas.

Ao fim da reunião, todos juntos foram pegar comida na cozinha, pois não tinham jantado, eu por outro lado estava sem fome e fui direto para o dormitório. Estava realmente ansiosa para contar ao Tom sobre os novos planos. Mandei Nott e Cory conseguirem uma lista de todos os nomes de sangues ruins que viviam em Hogwarts. Mandei Parkinson e Ric descobrirem o que o diretor tanto fazia que não era visto na escola. Já Alice e Jule ficariam encarregadas de vigiar o professor Longbotton, que estava de olho na gente. Alec e Ric ficariam ocupados preparando uma pequena surpresinha para o baile de inverno. E Eldred continuaria a pesquisar para me ajudar com o diário.

O diário não estava em cima da cama, eu sempre o deixava embaixo do travesseiro quando não o carregava comigo, olhei dentro da minha mochila e... nada! Desesperada olhei na pilha de livro sobre a escrivaninha e... nada. Meu Merlin, onde o coloquei? Não estava nas coisas de Alice, não estava nas minhas coisas, não estava no quarto. Revirei todo o quarto de cabeça para baixo, usei o feitiço convocativo, e NADA novamente! Eu não o perdi, o levei para a aula de Poções, depois para aula de Feitiços, depois para o Salão Principal e o trouxe para o quarto. Quer dizer, foi isso, não foi? Oh Merlin! Eu não posso ter o perdido, é o diário de Tom, o diário de Voldemort, não poderia cair nas mãos de qualquer um! E se Tom se revelasse para alguém pensando que sou eu? O que a pessoa faria ao ver as letras magicamente aparecendo e desaparecendo nas folhas amareladas... E se Neville o encontrasse ou Kingsley! Por Merlin, por Merlin, por Merlin, minha vida estaria literalmente acabada.