A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 11
Capítulo 10 - O Livro


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, mais um capítulo pra vocês, agradeço de todo coração pelos comentários e elogios, fico muito feliz de ver cada vez que entro mais novos leitores mais um novo comentário. Espero que curtam a leitura.



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Capítulo 10 - O Livro

Não fazia sentindo, não estava em nenhum dos planos, e definitivamente não poderia acontecer de novo. Minha cabeça estava cheia, de idéias, de dúvidas, de planos e incertezas. Mas uma coisa era o fato de que em uma semana eu estaria em casa “curtindo” minhas férias de verão, ou seja, uma semana pra colocar tudo no lugar e não ir embora deixando coisas inacabadas.

Começando pelo diário de Tom. Depois de meses com o diário em mãos, depois de várias e várias pesquisas finalmente consegui despertar algo, finalmente conseguia me comunicar com quem eu tanto queria. Tom Riddle não era meu pai, era um confidente e que ultimamente me conhecia mais que a mim mesmo e se abria para me deixá-lo conhecer da mesma forma.

Depois de semanas na biblioteca nem um livro me mostrou como recuperar uma horcrux, apenas alguns livros tocavam no assunto, mas eram apenas menções o único livro que realmente se aprofundava no assunto era ‘’Os Segredos das Artes Mais Tenebrosas’’. O livro se encontrava na sessão restrita da biblioteca onde apenas alunos que cursavam os níveis de N.I.E.M. têm acesso. Devido a esse pequeno empecilho tive de passar várias noites em claro escondida na biblioteca. Pelo livro, descobri que há apenas uma maneira de reintegrar as partes da alma rompida: através do remorso. Mas como o falecido Lord Voldemort, se arrependeria de algo? Primeiro por estar morto e segundo por bom, por ele ser ele. Enfim, a partir do momento em que me abri para o diário, que tive um contato emocional, algo extraordinário aconteceu. Um Tom Riddle de quinze anos começou a se comunicar comigo. Era apenas uma consciência que absorvia tudo o que eu escrevia no diário, mas que sempre me dava respostas. E quando o diário - ou Tom - se mostrou capaz o suficiente de absorver e entender tudo o que eu falava contei-lhe tudo. Contei de sua ascensão, de seus poderes, de como foi temido, de como fez várias horcruxes após o diário, como foi morto e por último, contei sobre mim, sua jovem herdeira.  Uma horcrux não pode se regenerar, mas se fui capaz de me comunicar com Tom, talvez eu seja capaz de trazê-lo de volta. Talvez.

“Doce AnnaBelly, você não pode se envolver emocionalmente com nenhuma pessoa, entenda. O amor é uma distração e lembre-se apenas pessoas fracas e inseguras de si mesma amam.”

Eu acabara de escrever para o Tom o que havia acontecido na Torre de Astronomia, contara a ele como estava confusa e como logo depois de beijar Ted usei um rápido feitiço de desilusão, e assim que ele abriu os olhos, sorrindo... Ele não vira nada. Eu desapareci por completo. Desci as escadas sem fazer qualquer ruído e me tranquei no dormitório. Não contara o ocorrido a ninguém, e evitava sair no corredor, não queria correr riscos de esbarrar com Ted e ter que encará-lo depois do que fizemos, depois da forma covarde de como fugi dele. Mas seria inevitável. Era a última semana de aula, teria que vê-lo em algumas das aulas, mesmo não querendo.

“Não o amo Tom, nem sei o que significa essa palavra” - escrevi.

Depois de trazer a tona um pequeno fragmento de consciência do Tom, o diário se restaurou. Sem qualquer feitiço ele voltou ao seu estado, ao meu ponto de vista, normal. Sem páginas rasgadas, sem amassados, sem rabiscos, e sem o que mais me incomodava, o buraco que havia no meio, que fora causado por uma presa de um basilisco há vários anos. Culpa de quem? Claro de Harry Potter.

“Um beijo, é onde tudo começa. Ainda insisto em dizer, um Obliviate teria sido a melhor saída para ambos. Mas não vai ser por causa de um mestiço que você pequena primogênita continuará trancada em seu dormitório como se estivesse detida”

Logo que terminei de ler, as palavras haviam desaparecido. Pelo que soube, Tom lembrava de toda sua vida até o momento da criação da horcrux, que é seu diário. Depois disso, dizia ele que tudo era apenas um branco. Que era como se você tentasse forçar ver o que acontecera na sua vida na próxima semana, ele só pode imaginar o que houve.

“Tom, onde você está? Estou falando com você, então você deve estar em algum lugar... onde?”

“Eu estou em uma Hogwarts de quase setenta anos atrás da qual você está. Vivo o ciclo repetidamente a cada dia, de tudo que já me aconteceu, e quando chega ao fim do dia em que criei o diário, o ciclo começa em um orfanato a onde passei a infância... AnnaBelly, você tem que me tirar daqui. Você precisa. Isso é pior que um purgatório”

“Sim, passarei o verão inteiro trabalhando nisso, sem nenhuma distração, prometo."

Assim que as palavras que escrevi desapareceram, absorvidas pelo diário, Alice entrou no quarto, estava mais pálida que o normal. Ultimamente desde que seus pais vieram à escola ela andava assim, com incerteza se eles aceitaram a desculpa de que estava apenas treinando feitiços junto com os garotos da grifinória. Ou se acreditaram na versão de um professor que dizia que sua filha de apenas quatorze anos havia torturado quatro pessoas da mesma idade. Nem Minerva nem Neville foram capazes de provar que juntamente com Richard e Cory, Alice tortura os garotos da grifinória.

- Esqueci meus livros - Disse ela indo até seu armário, abrindo-o e tirando os livros das matérias do dia. - Você vem? - Era a última semana de aula, não se usava os livros.

- Sim, claro. - Fechei o diário e o coloquei embaixo do travesseiro, minha mochila estava aos pés da cama, peguei-a e junto com Alice caminhamos até o terceiro andar.

Caminhávamos devagar em silêncio. Passávamos por corredores vazios, a escola parecia deserta.

- Ted estava te procurando no café da manhã. - Disse Alice olhando para baixo, fingindo que não estava pensando em um jeito de me contar isso há algum tempo.

- Sério? - Fingi surpresa. - Ele falou algo?

- Não... - Disse ela como quem não quer nada com nada - Quer dizer, ele insinuou que estava surpreso como você se escondia bem, algo do tipo... Mas Cory ficou com raiva dele pensando que por culpa dele que você não saia do quarto e lançou Levicorpus no Ted. Neville viu e tirou cinco pontos da gente...

Um dos defeitos de Alice era que ela falava mais do que pensava, e eu não tinha muita paciência para ouví-la falar tanto.

- Alice onde estão Cory e Ric?

- Fazendo a prova de recuperação de Herbologia... Por quê? - Perguntou ela desconfiada enquanto entrávamos na sala.

- De um jeito de falar com um deles antes do almoço. Independente de qual, mande um deles me encontrar na antiga sala de poções, mas não deixe o outro saber. - Respondi enquanto sentava no nosso lugar de costume, no fundo, ao lado da janela.

- A que fica nas masmorras?

- E por acaso tem alguma outra antiga sala de poções, Alice?

Alice se preparava para falar alguma coisa, mas antes de conseguir dizer algo, o professor entrou na sala ralhando com os alunos.

- Silêncio. - ordenou antes de fechar com um grande estrondo as portas as suas costas. - Não estou nada contente com a nota que obtiveram em DCAT. Sinceramente esperava mais. - Alunos do terceiro ano que não sabem diferenciar um animago de um lobisomem? Pra mim é demais.

Thorfinn Rowle nosso professor de DCAT é um antigo comensal da morte, solto a poucos anos de Azkaban, foi preso logo depois da batalha de Hogwarts mais foi solto ao dar valiosas e desconhecidas informações ao ministro, e foi através do ministro que foi contratado para Hogwarts, se dependesse de Minerva ele nunca teria colocado os pés aqui.

- Claro tivemos algumas poucas exceções, a esse horrível desastre que foi a nota de vocês, mas infelizmente todos tiveram média suficiente para passar. Não pensem que ano que vem serei tão bom com vocês em termos de nota. Como é nossa última aula antes das férias irei passar uma lista de exercícios sobre a matéria do próximo ano para vocês realizarem no verão. Não quero que vocês cheguem aqui como se não soubesse nada do que eu vou falar. Copiem em silêncio.

- Bobão - sussurrou Alice ao meu lado, começando a escrever em seu pergaminho.

Ao fim da aula todos tinham copiado exatos cento e cinqüenta exercícios. Eu mal sentia minha mão quando o sinal bateu, todos saíram reclamando e discutindo qual seria a melhor maldição para lançar no professor.

- Não sinto minha mão. Queria que o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas fosse amaldiçoado como era antigamente, mas não - Alice dizia de modo dramático - A maldição tem que ser quebrarem logo quando esse sádico vem nos dar aula.

- Alice, não se esqueça do que lhe pedi.

Alice resmungou alguma coisa inteligível, mas não dei ouvidos. Estava andando demasiado depressa para antiga sala de poções. Eu sabia como trazer Tom de volta, pra valer, mas não poderia fazer isso sozinha. Precisava da ajuda de alguns “amigos”.

Enquanto descia para as masmorras sentia que estava sendo observada. Ted foi à primeira coisa que me veio à cabeça, mas assim que virei para descobrir quem era o espião havia apenas um pedaço de papel no formato de uma pequena borboleta flutuando as minhas costas, estendi a mão e o papel encantado pousou suavemente nela se abrindo automaticamente.

“Srta. Lestrange gostaria de conversar com você hoje a noite, por volta das oito horas em meu escritório, seria possível? Ótimo irei te esperar. Não se esqueça a gárgula é ENCANTADA.

Minerva McGonagall“

Assim que terminei de ler o papel se desfez em cinzas sobre minha mão e as cinzas desapareceram. O que será que aprontei dessa vez? Ou melhor, o que será que dizem que aprontei? Bom às oito horas eu iria descobrir.

Cheguei à antiga sala onde há quinze anos atrás era lecionado aulas de poções por um ex-diretor, Severus Snape. Depois que Snape se tornou diretor por um ano sua sala fora abandonada, mas eu tinha certa desconfiança que mesma quando a sala era habitada ela sempre fora fria, poeirenta e sombria.

- Mandou me chamar? - Disse a conhecida voz de Cory que enchia a sala com um eco encantador. Claro que Alice chamou o Cory, ela não confiava em mim o suficiente para me deixar a sós com seu amado Richard.

- Sente-se.

Eu estava sentada sobre a mesa que eu julgava ser do professor, Cory se sentou em uma carteira a minha frente e apoiou o rosto nos braços, ele sorria como sempre fazia ao me olhar, seus olhos verdes esmeraldas brilhavam, ele se sentia feliz pelo simples fato de poder passar alguns minutos que fosse comigo, sozinho ao meu lado. Pisquei algumas vezes tentando controlar minha mente, não era legal ver o que os outros sentiam quase todo o tempo.

- Estou as suas ordens - o sorriso continuava presente no rosto em cada palavra.

- Cory, eu tinha que fazer algo extremamente importante essa noite e preciso de sua ajuda.

- Que seria...?

- Ir à biblioteca depois que ela fechar, após as oito, entrar na sessão restrita e trazer um livro pra mim. Mas veja bem, você tem que fazer um réplica do livro e deixar onde estava e me trazer o original.

- Belly, sendo para você, farei com todo prazer do mundo, mas se me permite dizer, você seria capaz de fazer isso sozinha, não precisa de minha ajuda.

- Nada pode sair errado Cory. Nada. Preciso de toda a ajuda possível... Mas, empecilhos acontecem e eu não poderei ir com você, Minerva solicitou minha presença em sua sala às oito, em ponto.

- Hm - seu sorriso diminuiu propositalmente para uma pequena curva de lábios deixando transparecer duas lindas covinhas de cada lado. - Pensei que passaríamos um tempo junto. Não lembro qual a última vez que fizemos alguma loucura juntos...

- Cory - Desci da mesa onde estava sentada e andei até ele, me ajoelhei ao seu lado - Prometo lhe recompensar - sussurrei em seu ouvido. Que diabos eu estava fazendo?

- Irei cobrar - Disse ele se virando para ficar de frente a mim, e seu sorriso voltou ao lugar.- Sim, agora tem certeza que não vai falhar no que lhe pedi?

- Tenho sim.

A tarde passou em um borrão entre aula de feitiços e adivinhação. Como não havia almoçado minha barriga roncava de fome, no Salão Principal a conversa era animada. Alunos do sétimo ano falavam dos preparativos para seus bailes de formatura e os demais falavam sobre como estava tudo planejado para o verão.

- Vou passar o verão todo em alguma parte remota da África já que meus pais estão fazendo sei lá o que de importante para o ministério, e nenhum dos meus irmãos me quer em casa - Resmungava Alice.

- Sério, vou furar os olhos desse garoto, um já está roxo, talvez ele queira que eu deixe o outro. Por Merlin ele não para de me encarar!

Com muito custo tirei os olhos de meu purê de batata e vi que Cory ao meu lado segurava seu garfo com tanta força que eu me perguntava como ainda não tinha quebrado o pobre e inocente garfo, acompanhei seu olhar que era um misto de raiva e ódio e quando vi o que, ou melhor, quem ele estava encarando desviei o olhar rapidamente.

- Eu diria que ele está olhando para outra pessoa - Disse Ric, olhando de Ted para mim.

- O que foi?

- Nada Belly, nada... - Dizia Ric - Mas já que tocou no assunto...

- Que assunto?

- ... Por que o filhote de lobo não para de te encarar?

- Boa pergunta, vou perguntar pra ele e te aviso depois, pode ser? - Disse ironicamente voltando à atenção para meu delicioso purê que chegava ao fim.

- Para de olhar Cory, as pessoas vêm vocês dois se encarando nessa frenética troca de olhar, vão pensar coisas... Terei que falar que não conheço você. - Disse Ric brincando, mas Cory não gostou e lhe lançou um pouco do olhar que perfurava Ted.

- É ciúmes - Insinuou Alice limpando a boca com um guardanapo - E não negue Cory. Você quase lança um Avada Kedrava em qualquer um que se atreve a olhar pra Belly. Seja por amor ou por ódio.Cory bufou, olhou no relógio, eram quase oito agora.

- Tenho coisas mais importantes a fazer do que ficar ouvindo isso - Disse ele saindo do Salão.

- Ê Belly você está...- Acho que você falou demais por hoje Alice, não acha não? - Ao dizer me levantei da mesa e fui em direção a sala da diretora.

Desde o começo do terceiro ano letivo eu sabia da queda que Cory tinha por mim, ele era o que mais chegava perto de ser um “amigo” e eu não podia lhe dar com isso, Ric e Alice sempre faziam insinuações que o deixavam irado, mas que infelizmente era a mais pura verdade.

- Encantada - Falei alto e em bom tom ao chegar à gárgula. Nada aconteceu.

- Encanto – Nada.

Continuei falando as duas palavras rezando para que a gárgula estivesse dormindo e quando acordasse me ouvisse e se abrisse imediatamente para mim, estava preste a desistir quando uma voz sussurrou atrás de mim.

- Encantamento.

A gárgula se virou revelando a conhecida escada em espiral de mármore. Olhei para ver quem era meu salvador. Era Minerva, ela estava com as mãos para trás sorrindo maternalmente para mim, ela indicou com as mãos para que eu subisse a frente dela e assim eu fiz.

Entramos em silêncio em sua sala e me sentei na mesma desconfortável poltrona de sempre, enquanto logo a frente ela sentava-se na sua gloriosa e majestosa poltrona. Era incrível parecia que ela se sentava em câmera lenta para mostrar com sua poltrona era superior a minha. Tentei em vão ignorar o fato.

- Chá, AnnaBelly? - Perguntou educadamente enquanto servia a si mesma.

- Não obrigada, acabei de jantar.

- Claro, claro. - Ela tomou um gole de chá e se recostou na poltrona. - Você parece precisa AnnaBelly, quer compartilhar algo?

- Não, não. Só me pergunto Diretora, por que estou aqui dessa vez?

- A me desculpe Belly, posso lhe chamar assim certo? É minha última semana em Hogwarts como sabe, não vou voltar depois do verão e eu queria me despedir pessoalmente de alguns alunos.

- Hogwarts não vai ser a mesma sem a Senhora, diretora.

- Bobagem... Vai ser bom ter Kingsley Shacklebolt em Hogwarts. Mas devo lhe avisar Belly, ele não a vê como você realmente é ele a vê como...

- Meus pais são - Completei com um suspiro

- Sim, mas aos poucos ele vai ver que você tem princípios e idéias totalmente diferentes do que seus pais tinham. Você me lembra minhas netas, são pouco mais novas que você, mas vocês se parecem muito...

Minerva ficou uma hora inteira falando de como eu era boa e inteligente de como eu me daria bem na vida e de como eu não tinha nada haver com Tom Riddle e Bellatriz, eu ouvia e assentia sobre tudo que ela falava e quando era quase nove e meia ela me permitiu sair. Eu sentiria falta de Minerva, ela era uma boa pessoa e depois que Hogwarts foi destruída na batalha há quase quinze anos foi ela quem começou do zero, e que sempre fazia de tudo como bailes e festas para animar os alunos. Sim ela faria tremenda falta a Hogwarts.

De volta ao dormitório passei pela parede pedra nas masmorras e entrei no salão comunal, o barão sangrento esta vagando por entre os estudantes causando gritos e arrepios, nem sinal de Cory. Talvez ele tenha sido pego? Não, eu provavelmente saberia. Fui para as escadarias em direção ao quarto, chegando ao quarto Cory estava lá.

- Você demorou. - Ele estava deitado de pernas cruzado sobre a cama de Alice. - Trouxe um presente - Ele mostrou o livro aberto em suas mãos - Você faz idéia das coisas que tem escrito aqui? Esse é praticamente um manual de como se tornar um bruxo das trevas.

- Accio livro. - O livro saiu de suas mãos e veio parar nas minhas.

- Tudo bem não queria ler mesmo, ele se levantou e veio em minha direção.

Não era para ele estar no meu quarto, ele podia ter mexido em qualquer coisa, ele podia ter mexido no diário.

- Parabéns Cory, você conseguiu, muito obrigada. Agora se me der licença...

- Você tinha mencionado uma recompensa - Interrompeu-me ele com os olhos maliciosos me olhando.

- Como pude me esquecer? - Caminhei até ele que estava em pé aos pés da cama de Alice. - Sente-se - Gesticulei a cama para ele - Agora - falei baixinho em seu ouvido - Feche os olhos, não vale abrir. O sorriso continuava estampado no rosto, sem fazer ruídos tirei a varinha das vestes e apontei para sua têmpora direita - Obliviate.

Seus olhos se abriram e estavam desfocados.

- Muito bem, agora você não se lembrará de nada que conversamos no almoço nem do que fez depois do jantar, certo?

Ele piscou algumas vezes e seus olhos voltaram a me enxergar.

“Estou com o livro Tom.”

“Muito bem minha pequena, muito bem. Vamos começar a trabalhar nisso logo, mal posso esperar para estar ao seu lado. Com sua ajuda voltarei ao poder. Você tem me saído uma boa menina, é de se admirar que seja descendente dos Black. Pelo visto o sangue de Slytherin fala mais alto em suas veias.” - As palavras desapareceram deixando apenas um brilho que logo foi junto, pelo resto da noite continuei falando com Tom.


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Notas finais do capítulo

Será que tem mesmo alguma forma do Tom voltar? E será que o Tom Riddle, cruel, misterioso e malicioso como era esta sendo realmente sincero com sua primogênita? Pois é vou adorar ver a opinião de vocês quanto a isso, por favor não deixem de comentar. Obrigada por ler *-*