A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 22
Capítulo 21 - Horcrux.


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, tem recadinho no final, e ficaria muito feliz se vocês pudessem responder. Boa leitura.



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      - E o que seus amigos disseram quando você contou?

      - Bom... Richard e Alice disseram que já sabiam. Apesar de Alice ter ficado um pouco chateada por eu não ter contado antes. Eldred disse que Penélope havia comentado algo do tipo. E Cory parou de falar comigo.

      - Foi melhor do que imaginei. Eu já estava me preparando para outro duelo. – Falou Ted ironicamente.

      - Colin e Leonard aceitaram sem reclamar?

      - Depois que Penélope começou a sair com Eldred, eles não poderia reclamar de nada.

      - Ted, tem hm... Chocolate aí ó – Apontei para a boca de Ted.

      - Tira pra mim? – Perguntou de modo nada inocente.

       Aproximei-me e com o curto beijo tirei o pedacinho de chocolate de seus lábios.

      - Bela estratégia – murmurou Eldred abraçado com Penélope, sentados de frente para nós.

      - Esqueci que vocês estavam aqui – comentou Ted sorrindo angelicalmente.

      - Percebemos... A boca de Belly tem te distraído de mais. – disse Penélope rindo.

      - Exatamente. AnnaBelly você deveria parar de me distrair na frente de nossos amigos.

      - Agora é culpa é minha?

      - Ninguém mandou ser tão perfeita.

      - A Ted – murmurei, enquanto nos aproximávamos para outro beijo.

      - De tão meloso isso já está enjoativo – Disse Eldred.

      - Vem Belly, vamos mostrar o nosso amor em outro lugar – Disse Ted pegando em minhas mãos enquanto nos levantava – Feliz dia dos namorados pra vocês.

      - Não somos tão melosos assim, somos? – Perguntei enquanto saiamos do Café Madame Puddifoot.

     - Não, não. Eles que não sabem apreciar nosso amor – disse Ted rindo me abraçando pela cintura enquanto voltamos para o castelo. – Falando em amor, sabia que eu te amo senhorita Marvolo?

      - Pra dizer a verdade, eu desconfiava disso.

      - E quanto ao fato de eu ser louco por você?

      - Já não posso confirmar isso.

      - Não? – Perguntou ele parando no meio do caminho – Sou louco por você – afirmou ele me puxando para outro beijo do qual eu correspondi com todo amor que sentia.

      - Vocês deviam parar de fazer isso em público. Ninguém é obrigado a ver essas coisas.

      - Alicia, eu digo a mesma coisa pra Belly, mas você acha que ela me ouve?

      - Ted, fale o que quiser Alice sabe que não faço essas coisas, não?

      - Não sei mais de nada Belly, de nada! O mundo que eu conhecia desmoronou depois que vocês dois começaram a...Nem consigo falar! – Resmungou Alice saindo a pesados paços a nossa frente.

       - Sua amiga tem probleminha, é sério.

       - Não fala assim da Alice! Ela ainda não se acostumou com a idéia, só isso.

       - Se você diz... – Disse Ted dando de ombros – Agora, onde tínhamos parado mesmo? A sim! Lembrei. – Finalizou Ted me puxando novamente em direção aos seus lábios.

       - Eu não agüento mais isso – falei num sussurro ao lado de Richard – Minha cabeça parece estar sendo comprimida por alguma coisa muito dura, é horrível.

       - Vá à enfermaria, Denise deve ter algo para isso.

       - Você acha mesmo que a Denise vai ter algo que faça Tom parar de mexer comigo? – perguntei ironicamente.

        - Não, mas pode ter algo que melhore sua dor de cabeça... Aonde você ta indo Belly?

        - Enfermaria – respondi indo em direção a enfermaria, mas entrando pela primeira porta que vi.

        Não sabia, nem me importava a onde estava. Deixei-me sentar no chão escorando na parede e fechei os olhos. Maldito Tom que tanto mexia comigo.  Ele nada dizia, apenas me deixava fraca. Podia sentir a força dele emanando em minhas veias, mas mesmo assim ficava fraca.

       - O que está armando Riddle? – Perguntei sem esperar uma resposta que não veio.

       A porta se escancarou e por ela entrou o Senhor Rowle, professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Mal percebi que a sala de aula em que eu entrei era a de DCAT, me levantei num salto, uma tonteira eminente se abateu sobre mim.

       - Senhorita Lestrange, que surpresa inesperadamente desagradável.

       Como se agissem por vontade própria minhas pernas foram caminhando até parar a alguns passos do professor.

     - Belly... Ó céus, o que aconteceu?

     - Não sei – respondi ajoelhada ao lado do vaso depositando nele todo meu café da manhã e almoço – Droga! Alice, por favor, chame o Eldred ou o Richard. – Novamente meu estomago embrulhou e senti o líquido azedo subir por meu esôfago em direção a boca e me voltei para o vaso.

     - Certo... Não demoro, mas você tem de me contar o que aconteceu.

     - Tá, tanto faz, apenas vá.

    Encostei-me na parede de um dos boxes femininos e pela milésima vez tentava recordar o que acontecera, mas nada me vinha à cabeça apenas uma insuportável dor quando eu tentava lembrar como essa maldita marca veio parar em mim. É claro que conhecia a marca. Era a marca de todos os seguidores do Lord das Trevas, a marca de meu pai. A marca negra.

     Meu braço esquerdo queimava de uma forma que parecia estar se deslocando do lugar, eu acordara no mesmo lugar que adormecera, encostada a uma das paredes de uma sala de aula. Sentia repentina queimadura no braço e me assustara com que vira. Primeiramente pensei que estivesse tendo alucinações ou que ainda estava dormindo. Mas não estava.

     Logo depois de sentir a dor da queimadura senti repentina raiva. Não, não era raiva. Era ódio, um ódio tão profundo e mortal que me fizera perder o controle e sem querer lançar diversos feitiços em um pobre e infeliz garoto que aparecera em minha frente. Depois de apagar sua memória senti um nojo tão grande de mim pelo que acabara de fazer, por torturar um pobre inocente que não tem nada haver com minha vida, e senti mais nojo ainda ao ver a marca em mim. Tal nojo revirara meu estomago e cá estava eu, colocando tudo pra fora.

     As lágrimas de ódio rolavam quentes por minha face e eu sentia mais ódio ainda por não conseguir reprimi-las.

    - O que diabos você fez Riddle? – Perguntei com os dentes cerrados. Mas nada, nem uma pequena reação ou sentimento que não fosse meu era sentido dentro de mim. Tom fizera a benção de me abandonar com minha raiva e ódio.

    - Belly – chamou Alice empurrando a porta do Box – Eldred está aqui.

    - Obrigada Alice, nos deixe falar a sós? Prometo que lhe conto tudo depois – respondi da forma mais doce que pude. Alice não era obrigada a agüentar minha ira.

    - Tudo bem, é só que... Ted também está aqui.

    - O QUÊ?

    - Vou deixar vocês três...

       Com grande esforço me levantei e sai do pequeno e apertado Box. Apesar de o banheiro ser feminino, ninguém ousava a entrar nele pelo fato de ser assombrado pela murta-que-geme por isso não tinha a mínima importância Eldred ficar encostado de braços cruzados em uma das pias, e Ted estar seguindo com os olhos cada pequeno movimento meu.

     - Não era pra você estar aqui – Eu disse a Ted enquanto lavava minha boca e minhas mãos.

     - Certo, depois de ouvir Alicia falando desesperadamente a ele que você não está bem e dizendo que você queria vê-lo eu ia ficar quieto em meu canto.

      - O que aconteceu? – Perguntou Eldred ignorando Ted.

      - Por Merlin Ted, isso não é de seu interesse!

      - Tudo o que diz respeito a você é de meu interesse!

      - Até Alice entendeu que não interessa a ela, você não consegue entender por quê?

      - Porque você é a minha namorada!

      - A última coisa que precisa sentir em meio a isso tudo é ciúmes!

      - Vocês vão brigar mesmo?

      - Ted não complique mais as coisas, por favor.

      - Eu estou complicando? Olhe pra você Belly! Você está pior do que nunca e não quer que eu pergunte o que está acontecendo? Ciúmes é á ultima coisa que estou sentindo agora.

      - Olha AnnaBelly, desculpe dizer, mas Teddy tem todo direito de saber o que está acontecendo com você. Talvez se nos contar ele também possa ajudar.

      - Vai ficar do lado dele agora?

      - Não estou ao lado de ninguém.

      - Quer saber? Esquece. Não vou discutir com vocês.

     Fui saindo em direção a porta, mas Eldred me segurou por um braço e me puxou para frente dele.

      - O que foi?

      - Esquece.

      - Por favor, AnnaBelly, não haja como uma criança.

      - Que se dane tudo – com um arranco soltei meu braço das mãos de Eldred e puxei a manga da blusa expondo a marca feita a pouco no meu braço. – É isso que foi. Satisfeitos? – Estavam tão perplexos e surpresos que nem se quer me impediram de sair. – Quem sabe Ted possa ajudar, não?

    Minha frustração se possivel aumentara mais. A última coisa que queria era que Ted descobrisse tudo que minha vinha acontecendo do modo como descobriu. Todos esses meses ao seu lado eu vinha pensando na melhor maneira de contar, de um modo do qual ele não sentisse raiva ou ódio de mim, ao máximo apenas terminar comigo, eu aceitaria isso. Mas o fervor do momento o fez descobrir na pior maneira possivel e agora eu teria de aceitar seu eterno ódio e repugnância comigo. Eu aceitaria.

    - Você contou ao Potter? Logo ao Harry Potter?

    - Você foi quem disse que eu deveria contar a alguém.

    - Sim Belly, a qualquer um, qualquer um menos ao Potter! – Richard andava de um lado para o outro lívido e incrédulo – Como ele pode te ajudar?

    - Ele já destruiu Riddle, não uma, mais duas vezes. Quem melhor para me ajudar com isso? Draco? Por favor.

    - Na verdade nas minhas contas são três – intrometeu Alec – Quer dizer, quando era um bebê, quando Riddle possuiu sua mulher, e na batalha de Hogwarts.   

    - Está vendo? Três vezes! Pare de reclamar Richard, depois do que me aconteceu hoje eu aceito ajuda até de Neville.

    - Ainda não consigo acreditar. O que vocês conversaram?

    - Contei tudo a ele. Ele deve voltar por esses dias para contar se descobriu uma forma de acabar logo com isso.

    - Mas ao Potter Belly?

    - Richard, supere – Disse Alice – Pelo menos você não foi o ultimo, a saber, que sua melhor amiga está sendo possuída pelo bruxo mais poderoso que já existiu. E Belly, não fico chateada com você, porque vejo o quanto está sofrendo.

     - Eu só queria descobrir como fiz essa marca em mim – falei passando o dedo pela horrenda caveira em meu braço.

      - Agora que você mencionou... Se não me engano um bruxo com uma alma pura não pode marcar a si mesmo, nem a outro. – comentou Alec baixando o livro.

      - O que seria alma pura? – Perguntou Cory.

      - Nunca ter matado antes – respondi – Então não fui eu mesma... Quer dizer, não foi Tom quem fez?

      - Não – disse Eldred – Mas isso não quer dizer que ele não tenha levado outra pessoa a fazer, ou você acha que qualquer um por livre e espontânea vontade iria fazer isso sem você ver. 

      - Mas quem?

      - Qual o único bruxo nessa escola que conhecemos que temos certeza que já matou?

      - Não sei...

      - Alguém, talvez, que tenha passado longos anos em Askaban por isso?

      - Ted? – Chamei empurrando vagarosamente a porta de seu quarto – Está ai?

      - Como entrou? – Uma voz fria sentada de costas mirando a janela perguntou.

      - Penélope me deu a senha. Precisamos conversar.

      - É, precisamos.

      - Desculpe, não queria que você tivesse descoberto daquele modo. Eu juro que tentei te contar, mas... É difícil. Fiquei com medo de que você não entendesse.

      - Eu só não entendo uma coisa. Porque não cofiou em mim, depois de tudo... Pensei que confiaria em mim para enfrentarmos isso junto, não acredito que pensou que eu iria te deixar sozinha em uma situação dessas – finalizou ele se virando para ficar de frente a mim. – Por quê? – Me perguntou com os olhos acusadores.

      - Desculpe. Vou entender se nunca mais quiser me ver. – Me sentia como se alguém tivesse me lançado um reducto, de tão inútil e pequena que estava diante da situação. 

      - Na verdade não quero mesmo. Mas eu consigo? – Ele se aproximou de mim, e no escuro do quarto eu apenas conseguia ver seus olhos brilhando – Porque eu tenho que te amar tanto?

      - Não ame Ted.

      - Eu lutei contra esse sentimento, juro que lutei. Afinal não é certo ficarmos juntos.

      - Me disseram que amar é para os fracos, basta ser forte, poupará sofrimento de ambos os lados.

      - Já deixei de ser forte e desisti de lutar a tempos, não é agora que vou conseguir te deixar.

      - Tom Riddle está dentro de mim Ted. O mesmo Tom Riddle que levou a morte de seus pais.

      - Por isso eu devia te deixar?

      - Sim, é o mais sensato a se fazer, além disso... Não consigo me controlar – confessei num sussurro – Você viu o que aconteceu...

      - Outro motivo para não te deixar. Não irá conseguir sozinha.

      - Mas Ted...

      - Shh – Ele me silenciou com o indicador – Daremos um jeito, prometo por tudo de mais sagrado que existe que daremos um jeito. – Ted me abraçou forte e com a cabeça em seu peito eu me sentia ao mesmo tempo tão agradecida por ele ficar ao meu lado apesar de tudo, e me sentia tão egoísta por querer continuar ao seu lado, afinal, ambos sabíamos os riscos e mesmo assim os enfrentávamos.     

       - Obrigada – falei num sussurro.

      Ao falar isso eu queria agradecer não só por ficar ao meu lado, mas por me amar, me ajudar, me fazer sentir que ainda valia à pena lutar, que eu ainda tinha um motivo, agradecer por cada gesto e palavra que era capaz de arrancar de mim a mínima motivação para continuar tendo forças e não me deixar se entregar a Riddle.

         - É minha sobrinha Potter! Você devia ter me contado antes!

       - Lúcio eu não devia estar te contando nem agora, fiz uma promessa a AnnaBelly, mas devido as circunstâncias sou incapaz de cumpri-la!

        Harry tentava acalmar de diversas maneiras os dois homens loiros a sua frente, mas estavam desesperados de mais para ouvi-lo.

        - Eu senti... Narcisa sentiu também. Havia quinze anos que não sentíamos nada, mas veja como está escura Potter, veja – O loiro mais velho de cabelos extremamente cumpridos avançou alguns paços até Harry esticou o braço esquerdo e levantou a blusa. Em sua pele era possivel ver uma caveira com língua de cobra, a caveira parecia se mexer embora estivesse completamente imóvel no braço do loiro – Veja como a marca está forte, veja Potter! Ela mal era visível... Então sentimos e na hora sabíamos que algo acontecera com AnnaBelly! Como você não nos contou, como?

         - Eu não entendo – o outro loiro andava de um lado para o outro, pensativo e visivelmente frustrado – Como ela pode mexer com isso? Como conseguiu trazer o Lorde de volta se em anos os poucos seguidores dele que sobraram não conseguiu. Não entendo...

         - A questão é: AnnaBelly corre perigo. Minhas suspeitas estavam erradas, não vai ser tão fácil assim eliminar Riddle dessa vez.

         - E porque não? – Perguntou Lúcio.

         - O fragmento de sua alma que sobrou está rapidamente se juntando com a alma de AnnaBelly.

        - Mas isso é como se AnnaBelly fosse uma...

        - Horcrux? Também penso assim, mas torço para que esteja errado.

        - Espere, mas existe apenas uma forma de destruir uma horcrux – interveio Draco – Não?

        - Na verdade duas. Uma é o bruxo que criou a Horcrux, no caso Voldemort se arrepender de ter tirado uma vida para criá-la. 

        - Estamos falando do Lord das Trevas, por Merlin, ele nunca se arrependeu de nada do que fez, não vai se arrepender agora – Falou Lúcio sentando-se na poltrona do escritório de seu filho.

         - E qual a outra alternativa?  - Perguntou Draco temendo a resposta.

         - Destruir a Horcrux.

       Um silêncio se abateu sobre os três homens na sala, cada um imerso em seus próprios pensamentos. Harry lembrava de quando ele próprio descobriu que era um horcrux do tão temido Lord, lembrou-se do sacrifício que teve de fazer, temia que se AnnaBelly realmente estivesse se tornando uma horcrux não tivesse a mesma sorte da qual ele teve.

       Draco por si, pensava na prima como uma filha, não poderia estar acontecendo isso com ela, afinal era só uma criança. Deveria ter outra maneira.

       E Lúcio se lembrara de que a única coisa que o fez sorrir depois de tanto tempo foi o amor e carinho que a sobrinha o proporcionava, não poderia perde-la, não poderia deixar o Lord das Trevas se aproveitar de sua menina.

        - Mas estamos falando apenas de suspeitas, certo? Certo Potter? – Draco perguntou querendo não acreditar no que já tinha certeza.

        - Claro – respondeu Harry forçando a acreditar no que dizia.


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Notas finais do capítulo

Então queridos, eu estava com a história toda pronta, mas os comentários de vocês me fizeram ter altas idéias, e estou reescrevendo os próximos capítulos, por isso queria que vocês dissessem o que acham que poderia acontecer, e outra, o namoro de Ted e Belly já está mais "sério" gostariam que eu colocasse as cenas mais intimas ou não? E a mais importante de todas, o que acharam do cap? Por favor, não deixem de me falar, é muito importante pra eu continuar a história, beijos.