A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 18
Capítulo 17 - O Baile de Inverno


Notas iniciais do capítulo

mais um cap. pra vocês meus amados leitores, obrigada por acompanharem sempre, espero que gostem, boa leitura.



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Capítulo 17 - O Baile de Inverno

- Você e Alice não vão voltar a se falar?

- Pra quê? Para quando ela se irritar comigo, jogar na minha cara de novo, o quanto sou boa amiga?

- Também não é assim...

- É assim sim Cory! E a culpa é sua!

- Ninguém mandou ela gostar de mim!

- Ninguém manda no coração!

- Hey vocês dois, eu estou aqui - resmungou Alice.

- Acho que esqueceram que estamos em uma reunião - Alec cochichou para Eldred.

- Não esqueci! O Cory que fica mudando de assunto!

- É porque todos já estão de saco cheio de ver vocês duas agindo assim, vocês são melhores amigas, pô!

- Eu que não peço mais desculpas para a AnnaBelly. Quando ela aprender que os amigos erram e aprender a se importar, eu a perdôo. - disse Alice empinando o nariz.

- Eu que tenho que te perdoar! E eu me importo com meus amigos sim senhora! - Falei me colocando de pé.

- Isso parece cena de novela - exclamou Nott olhando de uma para outra.

- Você se importa? Então demonstre, ainda não aprendi a ler pensamentos. - Respondeu ela se levando e ficando em minha frente.

- Eu ignoro, desprezo, não corro atrás, mas acredite, eu ainda me importo.

- Ótimo.

- Ótimo.

- Então isso quer dizer que vocês vão se perdoar? - Nott perguntou.

- Não te interessa Nott. Mas eu perdôo a Belly se ela me perdoar.

- Se for assim, tudo bem pra mim.

- Cara essa mulheres! - Cory disse balançando a cabeça.

- Se abracem logo e vamos voltar aos negócios - Richard disse rindo de tudo o que acabara de ver.

- Ela que me abrace - eu disse.

- Eu não, você que me abrace.

- Merlin, daí me paciência. - Resmungou Richard - Mobilicorpus - disse ele apontando a varinha para mim e Alice nos obrigando a nos  juntar. - Abracem e eu solto vocês.

Resmungando eu e Alice nos abraçamos e aos poucos senti o feitiço de Ric deixar nossos corpos.

- Desculpe Belly - Alice sussurrou ao meu ouvido enquanto ainda nos abraçávamos.

- Desculpe Alice, de verdade sinto muito. - Nos afastamos e sorrimos uma para outra.

- E então, podemos voltar aos negócios? - Perguntou Mary ignorando o acontecido.

- Certo. Acho que não temos muito a discutir, já que está tudo preparado para amanhã. Alguém quer dizer alguma coisa? Ótimo, nos vemos depois das férias.

Devido à ansiedade para ver a execução do plano no dia seguinte, rolei na cama a maior parte da noite. Quando finalmente consegui adormecer vários sonhos que envolviam as memórias de Tom Riddle dominaram minha cabeça. Somente ao amanhacer eu consegui realmente dormir. Fui acordada bem depois do horário de almoço por uma Alice bastante agitada que se preparava nervosamente para o baile.

- Bom dia Belly adormecida - disse Alice sentada de frente para uma mesa que até a um dia atrás fora nossa escrivaninha, mas hoje fora transformada em uma mesa de salão de beleza, contendo todos os tipos de produtos trouxas e mágicos para transformar qualquer sapo em princesa de acordo com a embalagem de um. - Trouxe um pedaço de torta para você, está em cima do criado mudo. Uso cabelo solto ou preso?

- Bom dia... Solto, que horas são? - Perguntei com um bocejo, forçando meus olhos a ficarem abertos enquanto tentava sentar na cama.

- Quase quatro. Sério? Tudo bem cabelo solto então. Como conseguiu dormir tanto?

- Acredite, não consegui. Alguma notícia para mim?

- O Alec saiu com Richard, Cory e Nott para concluir o seu plano. Não entendi porque você não vai ao baile, quer dizer, além de perder toda a diversão não vai apreciar a execução do seu maligno plano.

- Eu seria a primeira suspeita se estivesse na cena do crime, por isso.

- Eu ia discordar, mas estou atrasada.

- Faltam quatro horas para o baile Alice.

- Por Merlin, só isso? Oh deuses, preciso ir tomar banho!

Três horas e meia depois, Alice estava se admirando em frente ao espelho com os loiros cabelos lisos e brilhantes presos em um nó na nuca e usava um vestido rosa-pervinca acompanhado por uma comprida echarpe de mesma cor e uma sapatilha delicada com um laço na frente. Realmente parecia uma princesa.

- Cory vai gostar? - Perguntou ela se analisando de todos os ângulos possíveis.

- Com certeza. Você está linda, de verdade.

- Obrigada Belly. Tem certeza que vai passar a véspera de natal fazendo redação?

- Não é qualquer redação. É sobre o “Mito das Bruxas de Salém”!

- Eu te enxeria o saco, mas Cory está me esperando. - disse ela com um olhar sonhador - Boa noite Belly. - Terminou ela enquanto saía e trancava a porta.

Voltei à atenção para meu pergaminho, e no quarto só era escutado o som que a pena fazia ao deslizar no pergaminho. Fui tirada de minha concentração por um barulho da porta sendo destrancada.

- O que você esqueceu? - Perguntei sem me virar, vendo mentalmente Alice procurar por seu batom ou coisa do tipo.

- Eu não esqueci nada. Você que se esqueceu.

O susto foi tão grande que derrubei o tinteiro em cima do pergaminho manchando todo meu trabalho e a mesa.

- Que diabos! - Me virei nervosamente para o intruso - O que você está fazendo aqui? Olha o que você fez!

- Skurge - Ted apontou a varinha para a escrivaninha que voltou a brilhar na hora em que ele lançou o feitiço - Respondendo sua pergunta, eu vim buscar minha companheira para o baile.

- Veio ao lugar errado!

- Não vim não. - Disse ele rindo de toda a situação. - Me parece que você esqueceu que o baile era hoje - Ele falou olhando desde meus cabelos amarrados com um rabo de cavalo passando por minha camiseta e short chegando aos meus pés descalços.

- Eu disse que não iria a baile nenhum, agora pelo amor de Merlin, saia do meu quarto antes que eu te tire a força!

- Eu disse que não aceitaria um não como resposta, mas se quiser eu espero você se arrumar - ele se encaminhou e sentou na cadeira de frente a escrivaninha.

- Ótimo, perca sua noite sentado nessa maldita cadeira. - Falei cruzando os braços.

- Isso quer dizer que você não vai se arrumar?

- Que legal, Ted Lupin pensou. - respondi ironicamente.

- Me arrumei tanto para essa noite... Tudo bem não importo de ficar aqui com você.

- Você não vai ficar no meu quarto a noite toda. Aliás como entrou no salão comunal da Sonserina?

- Robert me deu a senha.

- Richard - corrigi-o.

- Também serve. Enfim, por que não vai ao baile, iria ser divertido nós dois juntinhos.

- Se eu fosse não iria com você. E depois odeio dançar. Odeio vestidos, odeio saltos, odeio ver as meninas histéricas, e odeio... Para de me olhar desse jeito!

- Você fica linda nervosa.

- Ted!

- O que? Sabe, no meu mundo isso é um elogio.

- Sai do meu quarto!

- Não saio. Vou ficar aqui até você dançar comigo.

- Ótimo. - Eu disse me jogando na cama, e abrindo um livro. Iria fingir que eu não o via.

Alguns minutos ou horas se passaram, Ted continuava me encarando e eu fingia ler, mas não conseguia me concentrar. Sem eu querer minha barriga roncou.

- Viu! Se estivesse no baile não estaria com fome. - acusou ele.

- Vá ao baile Ted, eu não saio daqui. - Falei virando a página que não li.

- Apenas uma dança e eu te deixo em paz.

- Não entro naquele salão nem que seja apenas para um dança.

- Não precisa ser no salão - abaixei o livro e olhei para ele que sorria enquanto me olhava - Tem uma vitrola no meu quarto. Podemos dançar lá, ninguém iria ver.

- Não vou ao seu quarto - Levantei o livro e voltei minha atenção para as letras que eu mal enxergava.

- Qual é, é só uma dança! - Ele se levantou e jogou-se ao meu lado na cama.

- Sozinhos, no seu quarto, com música tocando? - Perguntei olhando para ele que estava sorrindo a centímetros do meu rosto.

- Uma dança e depois não te incômodo mais. Prometo.

- Apenas uma dança?

- E nada mais.

Não pude conter o suspiro de frustração que saiu de mim.

- Você me paga Ted.

- Bolas festivas - Ele deu a senha e uma mulher gorda abriu a passagem para torre da Grifinória, entrei atrás do Ted, a minha volta tudo era vermelho e dourado, me dava náuseas. O salão comunal estava deserto e de lá dava para ver o lago. Ted andava na frente olhando para trás a todo instante, subi uma escadaria redonda atrás dele e entrei em uma porta que dava acesso a um quarto redondo com três camas bagunçadas. Roupas no chão, vassouras no canto, livros abertos e esparramados, e vários pôsteres de times de quadribol.

- Ó céus, o que passou por aqui? - Perguntei assustada olhando a bagunça do quarto, era pior que o quarto de Richard e Cory.

- E ainda está arrumado, acredite - Ted andou até ao lado de uma janela onde se encontrava uma grande vitrola e colocou um vinil para rodar, uma música instrumental, lenta e romântica começara a tocar. Agora que o via de perfil percebia o quanto estava bonito, mas que o normal. Estava com vestes a rigor negras, os cabelos estava mais escuro, um anel com o símbolo de um leão brilhava em seu dedo e seu sorriso estava no lugar de sempre, lindo e caloroso.

Ele caminhou até mim e estendeu sua mão. Eu a peguei enquanto ele passava a outra mão por minha cintura me puxando para junto de si, coloquei a outra mão por seu ombro. Sorrindo para mim e concentrada em meus olhos ele começou a se mexer lenta e perfeitamente, seguindo o ritmo calmo da música. Não pude conter um sorriso e retribuía ao seu olhar. No meio do quarto, nos mexíamos harmonicamente, nada foi dito apenas nos olhávamos enquanto suavemente nos mexíamos em pequenos passos no meio do quarto bagunçado, nunca em toda minha vida me imaginei um dia no salão comunal da Grifinória, no dormitório masculino e com Ted Lupin com as mãos em minha cintura, dançando e acima de tudo, nunca imaginei que eu iria gostar e que fosse me sentir bem, e tudo parecia tão perfeito, tão certo como se fosse para acontecer. Vendo aquele lindo sorriso de Ted, eu esqueci de todo o resto, esqueci de tudo que precisava fazer, esqueci de toda raiva que já me fizera passar, esqueci de quem eu era, nada importava, nada, apenas Ted ao meu lado. Estávamos tão próximos um do outro que chegava ser íntimo demais. Seus olhos brilhavam, aquelas lindas bolas cor de mel. Sem poder controlar sentia que meu coração disparava. Queria poder saber o que ele estava pensando, mas não iria invadir seus pensamentos sem autorização, apenas iria imaginar o mistério que se passava por trás daquele lindo sorriso.

Era para ser uma música, mas depois da terceira eu parei de contar, uma vez ou outra sem querer eu pisava em seus pés, ríamos o tempo todo por nossos passos inventados, por horas ficamos nos mexendo um nos braços do outro sem nada dizer, apenas rindo de toda a situação, por fim o disco chegou ao fim e a sanidade voltou a mim.

- Ted... Tenho que ir - falei sorrindo para ele.

- Eu te acompanho. - Respondeu entrelaçando minhas mãos nas dele, e fomos descendo em silêncio em direção as masmorras. Não continha o sorriso que estava em meu rosto e olhava para baixo para disfarçar, Ted também sorria, mas nada dizia. Por fim chegamos a passagem para o salão comunal da Sonserina. Ele se virou de frente para mim.

- Obrigado pela ótima noite senhorita. - Disse ele puxando a minha mão e deixando nela um beijo. - Boa noite.

- Boa noite Teddy - Disse baixinho enquanto nos olhávamos. Eu queria dizer algo, para quebrar o constrangedor silêncio, mas o que dizer? Não queria que Ted fosse embora, não agora.

Virando-me de costas para Ted sussurrei a senha para a passagem se abrir e quando estava prestes a entrar senti as mãos de Ted na minha, me virei para ver o que ele queria e ele me puxou com delicadeza para perto de si, e sem dizer nada, seus lábios foram de encontro aos meus e nos unimos em um beijo. Enquanto uma de suas mãos segurava a minha a outra estava posta por baixo de meus cabelos, em minha nuca. Diferente do último, não nos afastamos rapidamente e eu não desapareci, retribui o beijo com a mesma paixão e fervor de Ted e por meu corpo corria contínuos arrepios. Eu já estava sem fôlego, mas não queria me separar de Ted, queria continuar a sentir seu suave e apaixonado beijo. Meu coração disparava, minhas mãos suavam, eu não me continha, ele não se continha.

Um barulho ensurdecente foi o que nos fez separar, amaldiçoei mentalmente o que quer que tenha sido o causador do barulho, Ted olhou para os lados e depois se focou em mim.

- O que foi isso? - Perguntou ele

- E eu é que sei?

O barulho se repetiu, como se fosse algo explodindo ou estourando, Ted ainda com sua mão segurando a minha me puxou para as escadarias que levava ao térreo.

- Ted... Onde...? - Minha pergunta foi interrompida por uma voz que estava a nossa frente.

- Lestrange! Estava a sua procura. - Longbotton estava com belas vestes a rigor, a varinha a posto e me olhava acusadoramente - Onde você estava?

- Estava comigo professor - Ted disse de uma forma protetora - O que aconteceu? - Os olhos de Neville se baixaram para nossas mãos, e sua cara ficou azeda ao ver elas entrelaçadas. - Professor, o que aconteceu? - Repetiu Ted sem notar a mudança.

- Uma barbaridade, a se eu pego que fez isso! Melhor voltarem para seus dormitórios, alguns aurores estão vindo para escola.

O plano dera certo, pensei em silêncio.

- Foi tão sério assim professor? - Perguntei angelicalmente

- Apenas voltem para os dormitórios - Neville se virou e rapidamente foi para o Salão Principal.

- O que será que aconteceu? - Ted perguntou mais para si mesmo do que para mim.

- Acho melhor eu voltar - Falei baixinho soltando de sua mão.

- Espera Belly, você vai passar as férias em casa? - Ele perguntou quando eu já estava quase virando o corredor.

- Resolvi dar uma folga aos Malfoy, e você?

- Resolvi dar uma folga aos Potter - respondeu ele sorrindo - Te vejo amanhã?

- Quem sabe? - Respondi retribuindo o seu sorriso e desci em direção as masmorras.

Às duas da manhã Alice voltou para o dormitório, estava radiante.

- Belly, você perdeu! Foi tudo perfeito!

- O baile, ou o plano? - Perguntei deixando minha redação de lado e me virando para ela.- Os dois. Cory estava lindo e agiu como um perfeito cavalheiro. Sabe com quem Eldred foi? Com Penélope a amiguinha do Ted! Fiquei boba quando vi. E o Ted não apareceu, não sei por quê. E o Ric? Estava um arraso, ele merece coisa melhor de que Jhulia, o Alec foi com a Mary, mas não parecia nada animado e Nott com uma garota da Corvinal. Eu e Cory dançamos até meia-noite e quando ele ia me beijar várias pessoas caíram de joelhos no chão e começaram a gritar, foi horrível e ao mesmo tempo incrível, porque ninguém sabia o que estava acontecendo, então Kingsley disparou algo de sua varinha, e as pessoas continuaram a gritar como se tivessem sido atingidas pela Cruciatos. Neville correu para chamar ajuda, mas os professores não bastavam, tiveram de chamar aurores. Depois com muito custo conseguiram conter os alunos e todos tiveram de ficar no salão principal para passar por uma revista pra ver se achavam quem fez aquilo. Depois de algum tempo foram achar aquela lista com os nomes que você pediu para o Nott queimando atrás de uma mesa e demoraram a perceber que todos os que os nomes que estavam ali eram os nomes das pessoas que foram atingidas pelo feitiço.

- Quer dizer que deu certo, mal acredito que nada falhou!

- Duvido que Kingsley tenha feito a ligação de que todos na lista eram nascidos trouxas.

- Não demora e vai fazer.

- E agora o que vai acontecer Belly?

- As pessoas vão perceber que tem alguém lutando por uma causa maior, e veremos quem vai apoiar, são essas pessoas que vão se juntar a nós.

- Se você diz. Eu vou dormir. Quem ainda quiser ir para casa para o Natal tem que estar bem cedinho na sala do professor Davis para viajar com Pó de Flu. Tem certeza que não quer que eu passe o Natal com você?

- Tenho. Aliás, Feliz Natal Alice.

- Feliz Natal Belly.Alice trocou de roupa e deitou-se na cama.

- O que tanto faz aí Belly? - Perguntou ela apagando o abajur ao lado de sua cama.

- A redação.

- Mas você havia começado assim que eu saí, não?

- Sim... É que... eu... eu... Eu comecei a ler um livro e quando vi já era tarde.

- Ah sim... Boa noite Belly.

- Boa noite Alice.

Ao me deitar na cama os acontecimentos da noite vieram todos em minha cabeça. Eu odiava admitir que quando estava perto do Teddy, me sentia outra pessoa completamente diferente, ele me fazia sentir algo que eu nunca sentira antes, um sentimento que eu desconhecia e que ainda não tinha certeza do que era, mas eu gostava de estar ao lado dele e gostava do fato de simplesmente sorrir ao vê-lo sorrir.

E depois me veio à cabeça a descrição de Alice da execução do plano. Saíra perfeitamente, da maneira como foi planejado. Eu havia enfeitiçado o pergaminho com uma magia negra, desconhecido pelos bruxos de hoje, à meia noite, a magia fora ativada e todas as pessoas que tinham o nome escrito no pergaminho receberam cargas diretas de dor e sofrimento, algo como dizia Alice, parecido com a Maldição Cruciatos. Eu sempre achara que depois disso talvez eu me sentisse bem, feliz ou animada, mas nada mudara dentro de mim, sentia grande indiferença diante do acontecido. Do que adiantava aquilo, para que exatamente fizera aquilo? Para mostrar ao mundo que ainda há alguém querendo continuar o que o tão temido Lord Voldemort começou? Mas eu queria mesmo continuar isso, ou apenas fazia isso para honrar meu título de herdeira do Lord e mostrar a todos que me seguem que sou tão boa quanto ele? Tantas dúvidas...

“AnnaBelly, há tempos estou esperando te encontrar... hum... pessoalmente, por falta de melhores palavras” - Olhei em volta, estava numa floresta, com meu uniforme da sonserina e a minha frente um garoto, também com o uniforme da sonserina. Isso era... “um sonho minha querida, não se preocupe” Ele respondeu antes mesmo de eu concluir o pensamento.

“Tom?” - Não sei como eu sei, mas eu sei, este lindo rapaz de cabelos negros e olhos claros a minha frente com certeza é Tom Riddle.

“Sou eu. Por que não está surpresa?”

“De certa forma eu esperava... Esse sonho, não é um sonho normal, é Tom?”

“Não minha doce AnnaBelly, eu estou manipulando-o. Precisava falar com você, pessoalmente, já que o diário não mais funciona, e aqui estamos nós. Devo acrescentar o quanto estou impressionado com tamanha beleza a sua?”

“Fico lisonjeada Tom, mas, por favor, se é um sonho não é real, é?

“Como você mesma disse, não é um sonho normal, apenas descobri que o único modo em que podemos nos comunicar é quando você está inconsciente, já que agora faço parte de você.”

“Por que está fazendo isso comigo Tom, por que está me usando? Eu o traria de outra forma, você teria seu próprio corpo, sua própria mente.”

“Acalme-se minha Lady...” - Tom veio caminhando para perto de mim e parou a poucos centímetros de mim, acariciando meu rosto com indicador começou novamente a falar “você carrega meu sangue, carrega também o sangues dos Black, mas qualquer um vê que seu coração é  puro, que você não seria capaz nem teria forças o suficiente para me trazer de volta, na última hora você voltaria atrás, você apenas quer, mas você não consegue ser má, de mim você não precisa esconder nada, meu amor”

“E o que você vai fazer comigo Tom?” - Perguntei num sussurro

“Por que a preocupação minha Lady? Na hora certa você saberá”

“Temo o que possa vir acontecer comigo, temo o que você pode fazer a mim, temo o que você pode fazer as pessoas que eu amo através de mim”

“Não tema minha Lady”

“Mas Tom...”

“Shhh” - disse ele levando o polegar aos meus lábios - “Apenas confie em mim”


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Notas finais do capítulo

Sei que o baile não foi nada do que esperaram, mas o que acharam? muito ruim ou mais ou menos?