A Herdeira do Lorde escrita por letter


Capítulo 17
Capítulo 16 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

um beijinho aos novos leitores, obrigada por todos comentários, é tão bom entrar aqui e ver mais um novo leitor e comentário, vocês não sabem o quanto me fazem feliz *-*



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Capítulo 16 - Descobertas

Para a felicidade de Alice, Cory não foi expulso. Não da escola, apenas do time de quadribol. E seus pais foram chamados novamente na escola, e ele seria obrigado a cumprir detenções até o fim do ano letivo. E para infelicidade de Alice eu não a perdoara pela nossa discussão apesar de ela já ter implorado por desculpas e dito que foi tudo momentâneo, que não queria ter me dito tudo que disse.

O fato deu não estar falando com Alice e ela ficar grudada em Cory, me fez nos últimos dias ficar ligada ao Richard de uma forma que nunca pensei que poderíamos ficar antes, ele estava sendo um perfeito irmão mais velho.

- Olha quem está ali - Ric me cutucou e apontou para o Hall de entrada enquanto íamos em direção as masmorras. Era Harry Potter. Parado no saguão de entrada conversando com o diretor Kingsley.

- Vamos dar a volta, não quero que ele me veja - sussurrei para Ric, mas assim que viramos...

- Belly! - Chamou Potter.

- Tarde de mais para eu fingir que eu não o vi? - Perguntei ao Richard.

- Tarde de mais. - Respondeu ele, virando-se junto comigo em direção ao Potter.

- Não sabia que conhecia a Srtª Lestrange, Harry – Falou Kingsley como se fôssemos velhos amigos, embora nunca tenhamos conversado.

- Já conversamos algumas vezes. Como está Belly?

- Bem, e o senhor?

Harry ia abrir a boca para dizer algo, mas ele levou às mãos a testa, onde estava sua cicatriz e a pressionou com força como se estivesse sentindo uma grande dor.

- Harry, você está bem - Perguntou Kingsley preocupado.

- Sim, estou, foi só uma ferroada - Eu podia o ver lançando um olhar significativo para Kingsley, mas que para mim não fazia sentido. Tentei usar Legilimência neles, mas a mente de ambos estava bloqueada pela Oclumência

- Vamos à minha sala. Crianças foi bom ver vocês. - Kingsley e Harry rapidamente saíram em direção às escadarias.

- Que diabos foi isso? - Perguntou Richard.

- Foi à confirmação de que Eldred estava certo - falei soltando um pesado suspiro

- Vou ter que pedir para você me contar?

- Vamos para o salão comunal e eu te conto.

Richard e eu nos sentamos em baixo da escada onde ninguém nos via. Lancei o abbafiato para que ninguém nos ouvisse e contei para ele tudo que Eldred me contou. Depois que Ted me devolveu o diário de Tom estava inutilizável, não absorvia mais nada do que eu escrevia e não respondia. Richard perguntou se isso se significava que Tom Riddle realmente se foi e infelizmente estava errado. Há duas semanas, o que eu mais queria era trazê-lo de volta, hoje eu já me arrependia de um dia ter entrado na sala da direção e o roubado. Contei a Richard que segundo as pesquisas feitas por Eldred, a consciência que havia em Tom foi absorvida para dentro de mim, pois me abri de coração e alma para Tom permitindo tal acesso. E os surtos de poderes que eu tinha eram os poderes provenientes de Tom, quanto as minhas percas de memórias, era a consciência de Tom tentado assumir meu controle.

- Por isso a cicatriz de Potter ardeu quando me viu. Porque a consciência de Tom está viva dentro de mim, e pelo que sei todas as vezes que meu pai estava por perto, a cicatriz de Potter ardia fervorosamente - finalizei.

- Ele com certeza desconfiou de algo.

- Não duvido. Mas por favor, Ric, não conte a ninguém, nem mesmo a Alice e a Cory.

- Claro que não Belly, não se preocupe.

Por algum tempo eu via que Richard estava tentando absorver tudo o que eu tinha dito a ele, era difícil, nem mesmo eu havia absorvido.

- Estou com medo - admiti por fim.

- Venha cá - Richard se aproximou e me abraçou - Vai dar tudo certo - disse ele acariciando meus cabelos - Vamos resolver isso, eu prometo.

- O que será que vai acontecer comigo? - Perguntei baixinho com a cabeça em seus ombros.

- Não vai acontecer nada Belly, você é forte e poderosa e vamos achar um jeito de tirar isso de dentro de você. - Afastei-me um pouco de Richard.

- E se não conseguirmos?

- Vamos conseguir Belly. - Respondeu ele acariciando meu rosto.

Tentei sorrir, mas era difícil. Difícil de acreditar que o bruxo mais poderoso de toda a história estava tentando me controlar. Eu era sua filha, como poderia ser capaz de fazer isso comigo?

- Hoje iremos treinar truques. - Ia dizendo o professor Daves andando por entre as mesas - São simples, mas não deixam de terem importância, e são de grande ajuda na hora do aperto. Como por exemplo, Obliviate, um truque que serve para apagar a memória, e outros menos ofensivos como Dellertius, que faz objetos desaparecerem. Hoje iremos trabalhar com os que estão escritos no quadro...

- Licença professor - Uma aluna da Corvinal entrou na sala e caminhou até o professor entregando a ele um pergaminho. A aluna saiu e o professor passou os olhos pelo pergaminho.

- A sim... - Resmungou ele consigo mesmo - Srtª Lestrange o diretor quer sua presença na sala dele agora. Depois veja com seus amigos o que perdeu, pode ir.

Sem saber o motivo da intimação, fui para o quarto andar, para o gabinete do diretor. Em minha cabeça vinham improváveis teorias do motivo dessa intimação. Nem ao menos esperaram as aulas acabarem como Minerva fazia. Devia ser algo sério. Mas pelo que me lembro nos últimos dias agi como um perfeito exemplo de sonserina quartanista.

A gárgula estava aberta, subi as escadarias devagar. A porta também estava aberta. Dentro da sala estava Kingsley Shacklebolt sentado na antiga poltrona super confortável de Minerva, e na poltrona desconfortável de frente a ele estava Harry Potter, encostado perto da vidraçaria estava Neville Longbotton, e sentado no primeiro degrau da escadaria que levava ao segundo andar do gabinete estava Teddy.

Agora que eu não entendia nada mesmo.

- Srtaª Lestrange. Entre, sente-se, por favor - disse Kingsley educadamente. - Creio que esteja curiosa para saber o que lhe traz nessa sala ao meio de suas aulas. Vou direto ao ponto, reconhece algum desses objetos? - Perguntou ele apontando para sua mesa onde estavam alguns objetos que eu não tinha notado. Meu coração gelou.

- Por sua cara eu vou concluir que isso é um sim. - Disse ele.

Em sua mesa estava as cópias das horcruxes de meu pai.

Eu sabia que eram as cópias, pois o diário ainda estava com o horrível buraco no meio e com as manchas de sangue do lado, e eu sabia que o anel e o medalhão estavam seguros guardados em uma tábua embaixo do assoalho do quarto de Scorpius, em casa.

- Finite Incantatem - Disse o diretor apontando a varinha para os objetos que desapareceram - Viu AnnaBelly? São simples cópias. Outro dia eu trouxe o senhor Potter a minha sala e ele viu as Horcruxes e de cara ele percebeu que eram cópias. Eu já desconfiava, mas não cheguei perto das originais para ter certeza. O que você tem a me dizer quanto isso?

Minha vontade era sair correndo da sala. Ou para ser mais direta desaparecer. O que eu poderia falar? Eles me pegaram, não tinha como fugir. Eu seria expulsa e minha varinha quebrada, nunca mais poderia usar novamente a magia, minha vida literalmente acabara.

Eu não tinha nada a dizer. Aceitaria as conseqüências de meus atos em silêncio.

- Eu disse! Ela não vai admitir que a culpa é toda e só minha - Ted se pronunciou pela primeira vez, eu tinha esquecido dele na sala - Tudo bem Belly eles já sabem a verdade. - Disse ele me lançando um olhar significativo, onde muitos segredos estavam ocultos.

- Sabem...? - Perguntei desconfiada.

- Sim - Ele suspirou e fixou os olhos no nada - Desculpe, não deu para esconder. Contei a eles como eu estava a fim de te conquistar e para isso no dia em que Minerva me deixou sozinha na sala dela eu... Eu vi e peguei essas coisas, pois eu sabia que pertenceram ao seu pai. Eu quase a obriguei a aceitar - Disse ele olhando para Kingsley, mas que diabos estava acontecendo? Ted Lupin me livrando de uma? - Eu disse tio, ela nunca iria admitir que a culpa era minha, eu a fiz prometer não contar.

- É tudo verdade Lestrange? - Perguntou Kingsley me analisando com cuidado.

Tentei fazer parecer que a história não era novidade nenhuma para mim e assenti.

- E onde estão às verdadeiras horcruxes? - Perguntou Neville.

- Em algum lugar da Floresta Proibida. Na noite em que encontrei Ted lá eu estava indo jogá-las fora. - As palavras foram saindo naturalmente, como se fossem verdade.

- Nunca esperei isso de você Ted. Você sabe que não são simples objetos. E agora estão perdidos por aí, só rezo para ninguém os ache. Quais serão as conseqüências para ele? - Perguntou Harry se dirigindo ao diretor. Ele mantinha a cabeça baixa, não olhara para mim uma única vez.

- Bom... Como não houve maiores danos apenas lhe aplicarei algumas detenções e pontos serão tirados da Grifinória. Depois lhe chamarei para conversarmos a sós Ted, você e a senhorita Lestrange podem ir.

Em silêncio, saí do gabinete do diretor ao lado de Ted. Ele andava direto para a escadaria, mas antes dele descer o puxei discretamente para os fundos da biblioteca me certificando que esta parte estava vazia.

- O que foi aquilo? - Perguntei incrédula.

- Um obrigado seria bem vindo e eu aceitaria na maior humildade.

- Por que fez aquilo? - ele se afastava para perto das estantes cheias de livro, fui andando atrás dele.

- Porque eles te expulsariam. Ouvi meu tio conversando Kingsley, dizendo que você roubou as horcruxes, então eu falei que fui eu. Eu posso fazer o que eu quiser que apenas recebo algumas detenções. Vantagem de ser afilhado de Harry Potter - Falou ele com seu sorriso maroto passando as mãos pelos cabelos e indo mais para o fundo da biblioteca. - Aquele seu diário... Não era seu... Era?

- Não - admiti.

- Por que pegou aquelas coisas? - Perguntou ele sério, virando-se para mim.

- Não sei... Não me orgulho do que fiz, e se pudesse voltar atrás, voltaria. - Respondi sinceramente, e pela primeira vez na vida senti vergonha de admitir algo que fiz - Pensei que assim ficaria mais perto de meu pai - E agora estamos mais perto do que nunca, pensei com frustração.

- Todos nós cometemos erros Belly.

- Obrigada, de verdade nem sei o que faço para agradecer.

- Bom... Tem uma coisa que você pode fazer - Falou ele como se não tivesse pensando no assunto antes - Eu estava precisando de uma coisa... - Ele passou a mão pelos cabelos bagunçando-os, o que eu notara ser uma mania, mas o que deixava extremamente mais atraente.

- Que seria...? - Perguntei desconfiada.

- Estou sem companheira para o baile de inverno, e eu queria muito ir.

- Eu sabia que não era a única garota que não te agüentava, mas não pensei que fossem todas da escola a ponto de não sobrar nenhuma para ir com você - Falei ironicamente.

- Haha, muito engraçado. Quem disse que o que falta é garotas que me querem?

O fato era que desde o terceiro ano Teddy Lupin era, por falta de palavras, um galinha.

- Então por que quer minha ajuda para arrumar uma companheira?

- Não quero sua ajuda. Quero que você vá comigo.

- A tá, nem em sonho Teddy.

- Eu te livrei de uma!

- Qualquer outra coisa eu faço, mas não vou ao baile com você.

- Por que não? Já tem par?

- Por que odeio bailes e odeio dançar.

- Não precisa dançar.

- Odeio vestidos e salto altos.

- Daremos um jeito.

- Não vou a baile nenhum. Pode voltar na sala do diretor e falar que eu que roubei as horcruxes.

- Você vai sim. E não vou aceitar não como resposta, não se esqueça que está me devendo uma.

- Você não vai contar ao Cory, vai Richard?

- Claro que não. Não queremos outro duelo. Primeira revolta dos duendes?

- Ano de 1113. - Respondi - E você e a Jhulia?

- Acho que estamos namorando. Principais causas da revolta?

- Requisição de direitos iguais entre bruxos e duendes. Como você pode achar?

- A gente fica de vez em quando, mas você não nos vê saindo por aí juntos. Principais conseqüências da revolta?

- Centenas de mortes. Você gosta dela Richard?

- Muito. Mas vai saber se ela gosta de mim. Você gosta do filhote de lobo?

- É Ted. E não, não gosto. Chega de estudar?

- Por favor. - Respondeu ele fechando o livro e pegando uma tigela com frutinhas que estava ao lado de sua cama e me oferecendo - Só para constar, eu sei quando você mente.

- Não vou comer isso, vai saber quanto tempo isso está aí - falei brincando

- Não muda de assunto Belly - ele falou sério.

Já eram três da tarde e desde as uma eu e Richard nos trancamos em seu quarto, já que Cory estava com os pais na diretoria e fomos estudar.

- Não estou mudando. - Menti. - Eu não o suporto. Ele me tira do sério!

- Já ouvi falar sobre isso uma vez, como chama mesmo? Lembrei! É amor - Disse ele rindo, peguei seu travesseiro e taquei nele de brincadeira - Ai isso dói - Ele puxou o travesseiro de minha mão - Sem violência, Belly. Olha... Não importa o fato de ele ser da Grifinória ou de ser afilhado de Harry Potter. Se você realmente gosta dele, aproveita e vai em frente. E não vem falar que não gosta mocinha.

- Não acredito que estou tendo uma conversa de melhor amiga como você - Falei rindo.

- Gata, amiga é para isso - Ele disse brincando forçando uma voz muito fina.

- Alguém sabe o por quê da reunião de última hora? - Antes que eu chegasse a porta da sala de poções eu já ouvia a irritante voz de Alice.

- Você deveria saber já que é o braço direito da AnnaBelly - Agora que entrava ouvia a voz de Nott.

- Vocês deviam fechar as portas. Ninguém deveria ouvir o que falam, para isso que criamos a senha - Eu disse enquanto fechava a porta e ia para frente das oito pessoas ali reunidas. - Nott você conseguiu a lista que eu te pedi?

Ele se levantou e foi até mim me entregando um pergaminho, nele estava escrito pelo menos uma centena de nomes.

- Ótimo. Ric, Jhulia o que descobriram para mim?

- Se não estivermos errados - Richard começou a dizer - o diretor passa a maior parte do tempo fora do castelo, o novo ministro está tendo muitas dificuldades e o diretor passa o dia inteiro no Ministério, deixando Neville encarregado. Apenas alguns professores sabem disso. Ficamos escondidos na sala dos professores algum tempo e assim descobrimos.

- O que me leva a outro ponto, Alice e Mary, o que me relatam?

- O professor Neville foi auror por algum tempo antes de se tornar professor, mas há tempos não exerce a profissão, se não estivermos entendido errado ele está realmente paranóico e colocou alguns alunos de sua confiança para ficar te vigiando. Ele está convicto de que você está aprontando alguma coisa muito séria.

- Descubra quem são esses alunos. Alec, Ric, como anda nossa surpresa para o baile de inverno?

- Está tudo preparado, esse baile jamais será esquecido - Disse Alec com um sorriso maligno no rosto. Sorri junto.

- Ótimo. É bom ver que estamos progredindo, vocês têm sido de grande ajuda, prometo que tudo valerá a pena mais para frente, podem ir. Na noite de véspera do baile de inverno nos encontramos nesse mesmo horário.

Todos se retiraram - apenas Eldred continuou sentado em seu lugar me encarando de um modo como se tentasse ver através de mim.

- Você está bem Belly? - Perguntou ele preocupado.

- Estou, por quê?

- Você sabe o por quê.

- Estou bem Eldred, de verdade. Não se preocupe Riddle não tem me afetado ultimamente.

- Certeza?

- Absoluta - respondi tentando parecer sincera, ele pareceu não acreditar, mas nada disse e saiu da sala.

Na verdade, Tom Riddle estava me afetando muito. Eu já não dormia noite, toda vez que fechava os olhos turbilhões de imagens e lembranças apareciam em minha mente. Mas eram as memórias de Tom Riddle. As imagens me assustavam e eu admito que já tenho medo de deitar na cama a noite e ver as lembranças de Tom. Era de mais para mim.

- Bom dia – Com um bocejo Eldred se sentou como de costume no seu lugar em minha frente na mesa do café da manhã - Richard à tarde faremos alguns testes para ver quem vai substituir o Cory como apanhador.

- Por favor, conversem sobre isso quando eu estiver longe. É deprimente, eu sou o melhor apanhador dessa escola. Se isso afetar no meu futuro como jogador de quadribol eu mato aquele filhote de lobo. - Disse Cory terminando sua refeição

- Quem sabe assim você pensa melhor da próxima vez que quiser sair atacando as pessoas - Disse Richard comendo suas torradas.

- Não me venha com lição de moral logo cedo. - Cory se levantou e saiu do Salão Principal.

- Richard olha o que você fez com o coitado! - Alice levantou e foi atrás dele.

- Qual é a desses dois? - Perguntou Alec se sentando ao lugar de Alice - Pensei que ela fosse a fim de você Richard.

- Não foi só você - Comentou Eldred.

- É que agora ele tem dona - Jhulia chegou por trás dando um beijo na bochecha de Ric - Bom dia para vocês.

Os quatro continuaram a conversar normalmente mais eu já não os ouvia nem os via.

Eu via a mim. Levantado de minha cama na casa dos Malfoy, indo para o final do corredor e abrindo a porta do quarto de Scorpius, que dormia profundamente em sua cama. Meus olhos passaram por ele e pararam em uma das tábuas de seu quarto ao lado da cama. Mas era uma tábua oca eu sabia. No primeiro dia de férias eu resolvera esconder ali o medalhão e o anel de meu pai, mas eu fizera questão de proteger com um feitiço que eu não lembrara o nome. Vai que Astoria resolve trocar as tábuas enquanto eu estava na escola, ou Scorpius enquanto brinca, sem querer descobre que ela era oca? Decidi que não mexeria nessas horcruxes, não até conseguir realmente entender o diário de Tom. Meus olhos desfocados andavam até a tábua, e sem vontade própria minhas mãos em vão tentavam arrancar a tábua oca, mas eu tinha colocado o tal feitiço. Imediatamente cortes surgiram em minhas mãos impedindo que de novo eu tentasse arrancar a maldita tábua. Os cortes ardiam e queimavam minha pele, não conseguiria chegar perto deles novamente. Quem sabe o garoto dormindo não conseguiria? Caminhei até Scorpius, o garoto estava descoberto devido ao calor e vestia apenas uma longa camiseta branca. “Império” Ouvi as palavras saírem de minha boca e antes que o garoto abrisse os olhos ele já estava tentando arrancar a tábua, mas os mesmos cortes em minhas mãos se formaram nas deles. Era uma magia poderosa, magia negra que protegia as horcruxes. Claro que minha herdeira é cuidadosa. Foi o que eu pensei. Mas não era eu pensando. Era? E aos poucos a consciência voltou e eu vira Scorpius e vira a mim mais de nada lembrava. Como fui parar no quarto?

Com dificuldades consegui voltar a mim. Meu coração batia forte, sentia meu corpo tremer. Tom Riddle conseguira me controlar. Por um curto período de tempo, mas conseguira. O ar faltava em meus pulmões.

Meus olhos se focaram a pessoa em minha frente que me analisava com um misto de preocupação e curiosidade e um penetrante olhar de interrogação.

- Eldred... ele... eu...


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Notas finais do capítulo

comentem, elogiem, critiquem, recomendem, tudo é bem vindo, até o próximo. ;*