A Lenda de Uzumaki Naruto ! escrita por DeeH


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal espero que gostem do cap



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/134336/chapter/17

— Uau então aqui que você mora? – Yume estava incrivelmente encantada com o a paisagem que tinha à sua frente.

— E ai, o que achou de onde moro? – ele perguntou a ela.

— É incrível! Onde eu moro, nada se compara a isso. Parece que tudo aqui é encantado, sinto uma sensação de paz e segurança dentro do peito.

— Hai, para pessoas como você, esse lugar da essa sensação.

— É tão boa essa sensação, até parece que estou voando – comentou animada.

— Yume-chan, na verdade você, está voando - Daikokuten a avisou.

— Sim... Até pare... – Parou de falar subitamente no momento em que olhou para baixo – KAMI-SAMA, O QUE ESTOU FAZENDO A ESSA AUTURA? DAIKOKUTEN, SEU RETARDADO, O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO? ME LEVE PRO CHÃO, ERO-BAKA! –o escândalo que a morena fazia era ensurdecedor.

— Hai, hai, escandalosa-chan – ria enquanto os dois desciam ao chão suavemente. Yume se jogou ao chão e depois de levantar depressa, correu até uma arvore se agarrando a ela. – Pronto, feliz agora?

— SEU RETARDADO! QUER ME MATAR DO CORAÇÃO? ISSO É COISA QUE SE FAÇA COM UMA MOÇA DECENTE E TÃO DELICADA?

— Yume-chan, chega de escândalo. A única forma de vir para meu lar é assim e nem de longe você tem algo de delicado – Yume estreitou os olhos. O loiro, percebendo o perigo, tratou de se desculpar logo. – Gomen se não a avisei antes.

— Hai, então seja um cavalheiro e me ajude a levantar – ela esticou a mão para que ele a levantasse, ele prontamente a ajudou – Arigato, ero-baka.

— Não quero que me chame dessa maneira.

— Eu chamo você da maneira que eu quiser e, se eu quiser chamar você assim, eu o chamarei.

— Bela e muito bem educada sua amiga em, Daikokuten-sama – um senhor surgiu ao lado deles, Yume ficou espantada com a aparição do homem.

— Ai meu, Kami-Sama, hoje eu realmente morrerei do coração. Não seja mal educado, seu velhote. Anuncie sua presença antes de ir falando e fazer as pessoas se assustarem – uma pequena veia podia ser notada na testa do senhor.

— Gomen, Fūjin-san, essa é a camponesa que contei a você, ela se chama Namikaze Yume.

— Olá, mocinha – Fūjin acenou para a morena – Muito contente em conhecê-la.

— Não posso dizer o mesmo, velhote – ela cruzou os braços e virou o rosto. – Não fui com sua cara.

— O que? – o Senhor estava realmente aborrecido com a educação dela. – Daikokuten-sama onde encontrou esse ser tão desprovido de educação? Creio que ela não tem os requisitos pra ter a oportunidade de pisar nesse solo sagrado.

— O que você disse seu velho? – falou irritada com as palavras de Fūjin.

— Por favor, Füjin-san ela foi a única no mundo dela que encontrei que tem o direito de pisar nesse solo. Seu coração ainda não foi corrompido pela humanidade.

— O coração pode até ser, mas a educação realmente já foi corrompida – disse zombeteiro.

— Seu velhote baka – ela partiu pra cima do senhor, mas foi segura por Daikokuten. – Me solta, vou ensinar umas belas lições para esse velho.

— Yume-chan, você não pode bater em um Deus.

— Por mim ele pode ser até o grande Kami-sama, vou esfolar a cara dele por ele ter falado isso de mim.

— Daikokuten-sama, retirar-me-ei. Quando sua amiga estiver sabendo onde está, nos falaremos novamente – sumiu em um redemoinho de vento.

— O velhote sumiu na ventania, ai eu estou realmente ficando louca. Primeiro saio voando por ai, depois me aparece um velho do nada, e agora ele me desaparece como uma ventania – a morena se ajoelha e coloca as mão sobre a cabeça. – Ai, ai, ai sabia que não era pra eu ter levantado da cama hoje.

— Acalme-se, Yume-chan, vou levar você até minha casa, lá conversaremos e lhe contarei o porquê de você estar aqui — o loiro ofereceu a mão a ela. — Vamos? — Yume olhou para ele e assentiu com a cabeça.

— Hai.

— Então aproveite a paisagem, iremos caminhando até minha casa – recomendou a ela.

— Esse lugar é realmente lindo – ela parou de andar e estancou no lugar.

— Yume-chan?

— De quem é esse castelo? – ela estava apontando para um grande castelo que surgiu a frente deles.

— A esse é meu é meu lar.

— Uau, é muito lindo — falava entusiasmada. — Eu bem que gostaria de morar em um lugar assim.

— Que bom que gostou, vamos entrar? — perguntou ele a frente da entrada principal do castelo.

— Mas é claro – nem esperou o loiro e já foi entrando.

— Yume-chan, vamos à sala, lá poderemos conversar melhor e vou explicar a você o porquê de você estar aqui.

— Hai – ela prontamente o acompanhou até uma sala que ficava ao lado da entrada principal. No ambiente, duas poltronas e uma mesa de centro entre as duas.

— Sente-se, por favor – ele se sentou e indicou a outra poltrona a sua frente.

— Claro.

— Bom... Por onde eu devo começar?

— Ora, pelo começo – brincou.

— Por favor, Yume-chan, seja mais educada.

— Ai ai, está bem, mas então não enrola e me conta tudo logo. Ainda tenho afazeres em casa.

— Hai. Bom... você foi escolhida entre todos os humanos como a única merecedora de conhecer o mundo dos deuses... — começou, mas foi interrompido pela morena.

— Daikokuten-chan... De novo essa historia?

— Por favor, Yume-chan, me deixe terminar e depois lhe darei provas de que falo a verdade – ela assentiu com a cabeça e ele continuou. — De todos os humanos, você foi escolhida porque eu vi em você o que a muito eu não via. Eu andei por todo o seu mundo e confesso que não encontrei um coração mais puro que o seu, por isso lhe foi concedido o direito de conhecer o meu mundo. O mundo dos humanos ainda é um local de paz e harmonia, mas esses tempos de paz estão perto de seu fim de acordo com uma profecia que meu antecessor me fez.

— Uma profecia? — perguntou interessada.

— Sim, vou lhe mostrar — fez um gesto com os dedos e um pequeno pergaminho apareceu em suas mãos. – pegue e o leia — pediu estendendo o pergaminho a morena.

— Hai.

[Pergaminho]

“Chegará o tempo em que a humanidade perderá sua essência e a confiança uns nos outros. O mundo estará embrulhado em trevas, monstros que carregaram o ódio e a destruição surgirão com enormes poderes. Essas aberrações serão cruelmente enjauladas em corpos humanos e essas pessoas serão meras armas para o combate em busca de poder e glória. Sangue inocente será derramado nas guerras em busca do enorme poder selado nos hospedeiros. Um homem voltar-se-á contra o mundo e reivindicará o poder desses seres para si e declarará guerra ao mundo. Nesse período, a humanidade estará envolta na mais espessa nuvem de escuridão e ódio. Mas um descendente dos mundos celestial e humano lutará contra o homem que conquistou tanto poder. O salvador será a reencarnação de um ser celestial, será fruto de um amor proibido, acontecido na antiguidade entre um Deus e uma humana que causará uma guerra celestial. Nessa batalha, tanto o Deus como a humana perderão suas luzes, mas deixarão uma pequena luz que servira de ponte para o surgimento dos descendentes deles. Ele ira lutar bravamente pela paz do mundo, enfrentará um ser divino que terá seu coração corrompido novamente. Lutará batalhas, perderá amigos e enfrentará o homem que declarou guerra ao mundo de igual para igual. O vencedor será aquele que domar luz e trevas ao mesmo tempo.” 

[Pergaminho]

— Meu kami-sama! Isso é verdade? – Ela terminara de ler o pergaminho e olhava espantada para o loiro a sua frente. – Isso só pode ser brincadeira.

— Infelizmente isso é real.

— Quem foi esse que fez essa profecia?

— Ele foi o superior de todos os outros deuses, mas ele abriu mão de sua imortalidade pra viver no seu mundo. Por isso eu assumi seu posto.

— Mas que coisa, esse negócio de deuses pra cá, deuses pra lá está me deixando louca.

— Acredite em mim, Yume-chan, o que estou te contando é verdade e creio que a mulher a quem a profecia se refere seja você.

— Eu?

— Hai. De todas as pessoas que existem em seu mundo, você é a única que ainda não teve o coração corrompido.

— Que besteira é essa? Eu? A mulher da profecia? Não... jamais seria eu. Com certeza essa mulher nem foi descoberta ainda ou sequer nasceu.

— Infelizmente não. Da forma que o mundo está caminhando, no futuro não haverão pessoas com o coração que você tem.

— Já chega. Quero ir embora, me cansei dessa loucura.

— Entenda, é melhor você ficar aqui, assim poderei cuidar pessoalmente de você.

— Eu fico muito agradecida, mas eu recuso. Sei me virar muito bem sozinha, não preciso de babá.

— Mas a profecia diz que você terá um romance com um deus e isso não pode acontecer, temos que evitar que essa profecia se concretize.

— Não me importo com isso, não acredito no que ela fala, eu acredito que nossas escolhas, elas sim, dirão nosso futuro.

— Mas, Yume-chan...

— Por favor, Daikokuten-kun, me leve embora – ela olhou para ele que viu ser impossível fazê-la mudar de ideia, então concordou.

— Tudo bem, se você prefere assim, levar-te-ei para sua casa, mas a visitarei sempre para ver se algo de anormal está acontecendo.

— Não irá precisar, sei me cuidar bem sozinha.

— Não pedi sua autorização, farei isso você queira ou não.

— Por mim tanto faz, contanto que não interfira em minha vida.

— Se assim você prefere... — tocou o ombro dela e eles sumiram. Não notaram que, antes de saírem, eram observados por duas pessoas.

— Ele ainda não percebeu que o deus da profecia é ele.

— Não fale bobagens, Füjin-sama. Nosso líder jamais se envolveria com uma humana — comentou áspera uma mulher estava ao lado de Füjin.

— Benzaiten-san, infelizmente, nem nosso superior é imune a esse sentimento.

— Eu sei, mas por ele ser nosso líder, ele deve escolher uma deusa para ficar ao seu lado, não pode seguir o mesmo caminho que nosso antigo superior.

— E quem seria essa deusa? – ele olhou para a mulher ao seu lado.

— Seria muito bom se ele me escolhesse, nos conhecemos há muito tempo, e somos bons amigos.

— Ai é que está, Benzaiten-san. Vocês são amigos e disso não passará.

— Não fale bobagens, você verá... Iremos ficar juntos — ofendida, ela se vira e sai rapidamente.

~•♦•~

Muitos meses passaram após a conversa entre Yume e Daikokuten. Nesse tempo, tudo havia voltado ao seu ritmo normal, exceto que ele a visitava quase diariamente, o que a deixava extremamente aborrecida. Eram silenciosos, as palavras eram inexistentes no período em que ele estava na casa de Yume. Ficava olhando tudo como se procurasse algo estranho e sumia sem deixar rastros ou ao menos para falar uma única palavra de despedida.

Yume deitou-se em sua cama após o jantar. Naquele dia Daikokuten não havia aparecido e ela estava aborrecida por ele não ter ido. Mesmo que não se falassem, ela se sentia bem com a presença dele.

— Isso já está saindo do controle. Ele vem e aparece aqui não me fala nada, olha tudo e vai embora – falava sozinha, coisa que se tornou costumeira, pois há vários meses não falava com alguém. – Preciso conversar com alguém, pois assim vou desaprender a falar – um barulho de panelas e copos caindo pode ser ouvido na sua cozinha. – Daikokuten-kun é você? Fiquei chateada por... – Yume não terminou de falar, ficou espantada com o que via. À sua frente, um homem revirando todos seus armários. – Ei, o que pensa que esta fazendo? Essa é minha casa!

O homem, de costas para ela, não se mexeu mais..

— Estou falando com você – Yume não se lembrava de quando foi a ultima vez que sentiu tanto medo em sua vida, mas tentou manter-se forte. Quando o homem se virou, ela conteve o grito ao ver os olhos vermelhos com três pontos pretos em forma de vírgula.

— Olá, mocinha. Estive te procurando por muito tempo.

— M-me p-procurando? – gaguejou espantada com aqueles olhos.

— Hai, minha mestra me mandou te procurar dar um presentinho.

— P-presentinho?

— Hai, aposto que você irá gostar – ele se aproximou mais enquanto ela recuava. – Não tenha medo, você não vai sentir nada, apenas olhe em meus olhos – ela por não estar entendendo e também por reflexo, acabou olhando para os olhos dele. No mesmo instante, se viu em um lugar completamente escuro.

— Onde eu estou? – não conseguia se mover tamanho era seu medo. – Por favor, alguém.

— Não se preocupe, você não sentirá nada. Você esta presa sobre o poder de meus olhos, morrerá e nem vai sentir.

— Por que esta fazendo isso? Eu nem conheço você – começou a ficar desesperada e não conseguia ficar mais em pé. Caiu ao chão.

— Foi um pedido de minha mestra, não pergunto motivos só cumpro o que me foi ordenado – ele se aproximou e a levantou pelos cabelos. – Você ira morrer agora – Yume viu sua vida inteira passando em sua frente e um nome veio a sua mente no momento em que estava prestes a morrer.

— DAIKOKUTEN – tudo ficou branco. Ela sentiu seu corpo ser arremessado e talvez algo dentro de si quebrando quando bateu fortemente contra a parede de sua casa. Ela estava fraca somente via vultos em sua frente sem entender o que estava acontecendo. Sua visão voltou a escurecer. – Acho que estou morrendo, droga nem pude dizer ao Ero-baka que me apaixonei por ele – murmurou com um último sorriso nos lábios. Depois, tudo era escuridão.

~•♦•~

Yume abre seus olhos. Estava deitada em um quarto em que nada lembrava o seu.

— Mas onde será que eu estou? Não consigo lembrar-me de nada – Nesse instante ela pode ouvir vozes do outro lado da porta.

— Isso é inadmissível, uma deusa fazendo isso contra Yume-chan e ainda por cima dando aqueles olhos amaldiçoados para humanos! – Yume reconheceu a voz como sendo a de Daikokuten. – Ela irá pagar por sua insubordinação, ainda não sabe que eu sou o líder? Ela me deve obediência!

— Por favor, Dakokuten-sama, se acalme. Por hora, aguardemos a mocinha acordar, Benzaiten-san já esta sendo procurada, não ficara impune pelo que fez.

— Füjin-san, nesse momento ela pode estar se aliando a ele.

— Essa é a pior das hipóteses. Se ela chegar até, ele pode começar uma guerra entre os deuses.

— Infelizmente a profecia irá se cumprir... A guerra está para acontecer.

— Sim, mas quanto à outra parte da profecia? A que dizia que uma humana e...

— Eu me apaixonei por Yume-chan. Por vela todos os dias, não sei... Vê-la cuidando de suas coisas era a coisa mais fascinante para mim. A profecia estava certa, um deus iria se apaixonar por uma humana.

— Daikokuten-sama, por hora, você deve cuidar dela. Vocês dois tem muito a conversar.

— Hai, verei como ela está – Yume viu a porta do quarto se abrir e por ela entrar Daikokuten sendo acompanhado por Füjin. — Vejo que já está acordada, Yume-chan.

— Onde eu estou? – ela perguntou com a voz um pouco rouca pelo tempo sem usá-la.

— Em meu castelo, te trouxe aqui após o que aconteceu anteontem.

— E o que realmente aconteceu? Quem era aquele homem e por que ele queria me matar?

— Vamos com calma. Aquele homem se chamava Uchiha Hajime, ele queria matar você porque uma deusa o mandou. Os olhos eram o sharingan, eles foram uma herança do nosso antigo líder.

— Antigo líder?

— Aquele que fez a profecia, Yume-chan. Sinto contar isso a você somente agora, nosso antigo líder não abriu mão de sua imortalidade, ele apenas renunciou ao seu posto de deus supremo e desceu ao seu mundo para governá-lo, mas antes de ele partir houve uma batalha entre nós e eu venci. Por ter ganhado, o bani desse mundo e do seu mundo. Mas ele deixou para trás algumas coisas que poderiam ser usadas para encontrá-lo.

— E o que seriam essas coisas? — Yume não estava entendendo nada do que o loiro estava falando.

— Aqueles olhos que você viu ontem era uma dessas coisas. A pessoa que queria ver você morta os deu a esse Uchiha. E a outra coisa que ele deixou foi um pergaminho informando a forma de trazer ele ao nosso mundo novamente.

— Mas o que irá acontecer se ele voltar? Eu não entendo o que está acontecendo.

— Lembra da profecia? Que haveria uma guerra entre os deuses? Que a razão dessa guerra seria a paixão entre um deus e uma humana? — Yume ficou corada, sabia bem onde ele queria chegar.

— H-hai, eu me lembro do que estava escrito na profecia.

— Então você deve já saber que você é a mulher dessa profecia.

— Não fale besteiras eu não sou...

— Você é ela porque eu me apaixonei por você e eu sou um Deus. Se eu não estiver errado, você também gosta de mim.

— Não seja inconveniente, Daikokuten-sama. Ela é uma moça, não deve fazer esse tipo de alegação a uma mulher — Fujin, vendo que nenhum dos dois o deu atenção, achou melhor se retirar do quarto. — Tá bom, já vi que estou sobrando aqui.

— N-não sei do que e-está falando, Daikokuten-chan — Yume havia ficado nervosa e tentava a todo custo disfarçar o rosto rubro.

— Haha, não negue, Yume-chan. Você, antes de desmaiar, falou que não pode falar que havia se apaixonado por mim.

— N-não me l-lembro disso — colocou as duas mãos sobre o rosto.

— Por favor, não fique nervosa — pediu sentando-se ao lado dela na cama. Retirou as mãos dela do rosto e Yume se espantou pois ele estava perigosamente perto. — A profecia estava certa, eu me apaixonei perdidamente por você. Não sei o porquê nem quando, mas eu definitivamente gosto de você. E eu estou disposto a lutar por esse sentimento. Irei mover céus, montanhas, tudo por você e lutarei contra essa profecia. Nossas luzes não iram apagar, vamos ser felizes pela eternidade. 

— Mas e se tudo isso for em vão? E se realmente morrermos?

— Se realmente morrermos, faremos de tudo para que, no futuro, nosso descendente traga paz a esse mundo novamente. Faremos de tudo para que ele saia vencedor dessa terrível batalha, daremos as melhores amas a ele para essa guerra. — Yume estava perdida no olhar de loiro, as palavras a acalmaram deixaram seu coração em paz.

— Mas mesmo assim... Você é um deus e eu apenas uma camponesa, o que eu tenho a oferecer a você? Ou deixar de herança ao nosso descendente?

— Yume-chan, o que você irá deixar tem mais valor do que qualquer arma que eu deixe.

— E o que seria isso? — ele levantou sua mão e tocou o lado esquerdo do peito da morena. Quente.

— Você deixará seu amor, essa será a maior arma que ele vai ter.

— Então iremos lutar juntos por isso.

— Hai, juntos Yume-chan — os dois se abraçam em um impulso e, quando percebem o que fizeram, se afastaram lentamente até ficarem um de frente para o outro.

— Daikokuten-kun? – Ela chamou, os dois ainda se fitavam.

— O que foi?

— Quando você vai tomar coragem e me beijar? Você tem que fazer jus ao seu nome não é?

— Como assim jus ao meu nome? — perguntou vermelho pela indireta de Yumi.

— Ora, você não é o Ero-baka? Então que está esperando? — ele não respondeu, apenas deu um sorriso que a deixou hipnotizada.

Daikokuten parou de sorrir e aproximou seu rosto. As bocas imploravam pelo contato da outra. Formaram um encaixe perfeito, ali criam um universo e, nesse momento, o mundo se desfez. O fundo saiu de foco e deu espaço a um lugar particular dos dois onde tudo são luzes e sons inelegíveis. Um lugar muito acima do nível do mar, onde o ar é rarefeito e a sensação de dormência que começa na boca, bate no peito e corre por todo o corpo entorpecendo os sentidos, ocorre devido a mudança de altitude. A pressão atmosférica em universos paralelos faz com que os dois tenham o mundo inteiro dentro do peito e os sorrisos mais largos. Os dois se separaram novamente. Os olhares se cruzaram.

—  A partir de hoje, seremos um só, Yume-chan.

— Ninguém irá nos separar.

~•♦•~

2 anos se passaram...

— Força, Yume-sama, está nascendo. Vamos, mais um pouco, já posso ver o rostinho dele.

— Isso dói muito, parece que eu vou explodir — Yume estava dando a luz ao primeiro filho seu e de Daikokuten e isso parecia não acabar. O som de uma criança chorando invadiu o quarto.

— Nasceu, nasceu, Yume-sama. É um menino, um lindo menino.

— Por favor, me deixa ver ele, Mikoto-san – a parteira entregou o menino a Yume. – Oi, meu menino, bem vindo a esse mundo, meu amor – Yume não pode mais conversar com seu filho, pois a porta do quarto foi aberta de repente. Por ela, entrou Daikokuten desesperado com Füjin pendurado em seu pescoço.

— Meu filho, cadê? Eu o ouvi chorando — estava tão nervoso que nem reparou que Yume e seu filho estavam ao seu lado.

— Daikokuten-kun, aqui — ele se virou e viu. Ali estava a mulher de sua vida e um lindo bebê em seu colo. — Vem, venha conhecer seu filho.

— Me desculpe, Yume-sama, mas não consegui segura-lo lá fora, quando ele ouviu o choro ele ficou sem controle.

— Não ligue para isso, Füjin-san. Venha você também olhar seu afilhado – os dois se aproximam cautelosamente da cama. Daikokuten, extremamente emocionado. — Meu amor, quer segurar ele?

— E-eu?

— É claro! Você é o pai.

— M-mas eu n-não sei se c-consigo.

— Não seja baka, você consegue sim – Yume disse entregando o bebe a ele.

— Ele é lindo, Yume-chan, meu filho é lindo – lagrimas começam a cair dos olhos do loiro.

— Bom, e qual será o nome? — Mikoto perguntou curiosa.

— Um nome? — Daikokuten olhou para Yume que apenas sorria para ele e o filho.

— Füjin-san, escolha o nome.

— Eu? – Füjin avia se espantado.

— Hai, você é o padrinho — Daikokuten e Yume concordaram.

— Está bem... Vejamos... O que acham de Koushirou?

— Koushirou? – Yume perguntou curiosa.

— Hai, é bem apropriado não acham? O significado do nome tem tudo a ver com ele.   

— Koushirou, criança iluminada. É eu gostei, o que achou, Yume-chan?

— É lindo – ela olhava emocionada o bebe no colo de seu amado. — Escolheu muito bem, Füjin-san. Fará isso mais vezes — brincou.

— Só espero que ele não puxe a mãe – Füjin falou parecendo despreocupado.

— Como assim velhote? — perguntou começando a se irritar.

— Ora, se ele puxar sua educação, teremos sérios problemas por aqui.

— Seu velho, me deixa levantar daqui e você verá se eu não vou te esfolar vivo. Vou mostra a... – Yume não pode mostrar a Füjin, pois uma grande explosão aconteceu no quarto.

— Mas que raios foi isso? – Füjin havia escapado da explosão com Yume no colo.

— Arigato, velhote, mas e meu filho onde ele está? E Daikokuten-kun? Onde eles estão?

— Se acalme Yume-chan. Eu e Koushirou estamos bem — Ele estendeu o filho à mãe que estava no chão, sentada sobre os joelhos. — Füjin-san, se prepare, Ele está aqui – o semblante de Daikokuten era sério e isso preocupou Yume que nunca o havia visto assim. Um grande poder emanava de seu corpo. — Yume-chan, infelizmente chegou o dia.

— Que dia? Do que esta falando, meu amor?

— Por favor, sei que esta debilitada, mas faça um esforço e se esconda.

— Por quê? O que esta acontecendo? E onde está Mikoto-chan?

— Infelizmente ela morreu na explosão – lagrimas começaram a escorrer pelos olhos de Yume e o seu marido sentiu-se culpado. – Gomen, Yume-chan, mas não pude ajudá-la – Daikokuten disse de cabeça baixa.

— Daikokuten-sama, rápido. Ele esta vindo.

— Hai, vamos, Yume-chan, se esconda.

— Não vou a lugar nenhum sem antes saber o que esta acontecendo!

— Por favor, Yume-san, não é o momento.

— E por que não é o momento Füjin-san? — ema voz perguntou a frente deles. — Não tem por que não falar para ela agora, pois não haverá um futuro para essa linda jovem.

— Seu desgraçado, como ousa? — Daikokuten se pôs à frente e sacou suas espadas. — Eu o bani desse mundo uma vez e vou fazer isso novamente.

— HAHA, não seja tão confiante, Daikokuten-chan, tudo o que você sabe fui eu que ensinei a você.

— Quem é esse? Por favor, Daikokuten-chan me fala alguma coisa.

— Esse, Yume-chan, é o meu antecessor, aquele que fez a profecia e meu antigo sensei — Yume ficou espantada e o medo se apossou de seu coração. — Seu nome é Tsukuyomi.

— M-mas o que ele quer?

— Ora, menina tola, vingança! Eu fui banido e aprisionado em um mundo só de escuridão, tudo graças a esse aluno ingrato.

— Não seja cínico, você se desviou do seu caminho, se corrompeu.

— HAHAHA, o que eu procurava era mais poder e a única forma de conseguir era fazendo o que eu fiz.

— Onde está Benzaiten-san? Sabemos que foi ela que o libertou. – Füjin perguntou.

— Aquela ingênua... achou que podia se aliar a mim! Deve estar se escondendo em algum lugar. Infelizmente, ela deixou o sharingan cair em mãos de humanos. Bom, não faz diferença já que, assim que eu derrotar vocês, eu resolverei esse problema.

— Füjin-san — Daikokuten chamou.

— Diga.

— Fuja com Yume-chan, eu cuidarei dele. Nossa prioridade é a vida do meu filho e dela.

— Mas e você?

— Eu já o venci uma vez — ele se colocou em posição de luta. — E vou vencer novamente.

— Hai, tudo bem... Se você prefere assim.

— Como assim, você prefere assim? — Yume havia ficado brava. — Se você acha que vou deixar você aqui sozinho com esse maníaco, está enganado. Nem morta eu faria isso, me ouviu? Nem morta.

— Eu não estou colocando esse assunto em discussão, Yume-chan, estou mandando — ele, percebendo que Yume iria novamente protestar, ordenou a Füjin. — VAMOS, FÜJIN, ESTOU MANDANDO! — Füjin pegou Yume no colo junto com seu filho e saiu correndo. Tudo aconteceu muito rápido, num instante Füjin estava com Yume correndo e no segundo seguinte, estavam Daikokuten e Tsukuyomi a poucos centímetros dos três. Daikokuten estava segurando um soco de Tsukuyomi que iria acertar Yume em cheio.

— Você melhorou, mas será que é o bastante?

— Lute comigo e veremos.

~•♦•~

Uma luta monstruosa começou. Explosões, fogos, tornados. A luta dos dois estava devastando o mundo dos deuses. Yume e Füjin acompanhavam tudo de longe.

— Então isso é uma guerra celestial? — perguntou ao velho.

— Hai, quando dois deuses se enfrentam o estrago é tão grande que chega a se comparar a uma guerra.

— E agora, Füjin-san? O que iremos fazer? — ele notou um tom de pânico na voz dela e isso não o agradou.

— Por enquanto só esperamos. Daikokuten-san, nunca nos desapontou, creio que não será agora que ele o fará.

~•♦•~

— Vamos, Daikokuten-kun. Mostre-me seu poder – os corpos de ambos estavam muito machucados, mas eles não queriam perder. – Ou esse é todo seu poder? — falou zombeteiro. — Veja, eu não sou mais imortal, mas os anos que passei naquele lugar me serviram de treinamento. Estou muito mais poderoso do que antigamente. Muito mais!

— Não usei nem metade do meu potencial, “sensei” – Ele falou, mas, na realidade, já estava esgotado. Seus poderem não se comparavam. — Droga, droga, DROGA, meus poderes não são o bastante, esse desgraçado aumentou seu poderes muito além do que eu posso suportar — pensou nervoso.

— O que foi? Perdeu a vontade de lutar, meu aluno? Ora, não seja mau com seu sensei e me mostre o seu verdadeiro poder. – Dakokuten olhou seu oponente e sua vista ficou desfocada. – Eu já percebi, Daikokuten-kun... Seus poderes não se comparam aos meus e, já que você não é um oponente a minha altura, irei terminar com isso – ele avançou contra o outro. As espadas que estavam no chão foram usadas por Tsukuyomi para acertar Dakokuten, provocando vários ferimentos graves. E, por último, ele atravessa o peito de seu aluno com a espada sem pensar duas vezes. Logo em seguida, estica a mão em direção a Daikokuten, a palma começa a brilhar intensamente. – Agora você terá o mesmo destino que eu tive, irei mandar você ao mesmo lugar em que eu estava por todo esse maldito tempo – a luz correu em direção a Daikokuten que estava ao chão apenas esperando seu fim.

— Gomen, Yume-chan. Acho que a profecia estava certa... De qualquer forma, foi muito bom te conhecer – a forte luz tomou conta do ambiente e tudo se transformou em um forte clarão. Nada mais foi visto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado pessoal

abrigado pelos comentarios até a proxima