Mais que Palavras escrita por Dark_Hina


Capítulo 7
Capítulo 7 - Dama de Ferro


Notas iniciais do capítulo

Feliz Páscoa... Para o ano que vem... #FAIL



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Em uma impactante linha reta frontal, caminhando pelo o laboratório, andavam em passadas ritmadas Grissom, Sara, Catherine e Raymond, todos destinados a sala de evidências.

Ao entrarem e trancarem todas as portas e janelas, sentaram-se em uma mesa quadrada com papéis, fotos, mapas e painéis espalhados por todo o local.

-Vamos juntar o que já sabemos...

Três hora e meia antes

Grissom e Sara se entre olharam segurando seus kit's de frente para o elevador, desde a ligação de Heather estavam calados e não falavam em outra coisa a não ser as parciais e borrões de digitais encontradas nos corrimões.

Grissom engolia a seco e Sara percebia que tudo na conversa era uma protelação da parte dele para que de alguma forma atingisse o assunto dele e Heather, mas não havia adiantado, então ele havia se calado.

Diante da espera e do silêncio agonizante, no momento em que milhares de coisas deveriam ser ditas, Sara não se controlou. Ela olhou para Grissom, que retribuiu o olhar, ambos concentrados na troca de olhares, ela encostou sua mão na barba grisalha e desferiu sem pensar no que suas palavras causariam.

-Eu sei o que você deve estar pensando: “Só um beijo, ninguém vai saber de nada, só para saciar a vontade”. Toda vez que você olha para mim eu sinto isso. - Sara juntou sua testa com a de Grissom e ambos estava encostados na parede oposta ao elevador. -Só que se acontecer isso você não vai dormir à noite.

-Há muito tempo que eu não durmo à noite.

-Então você também não vai conseguir dormir de dia. - O elevador abriu atrás deles com Raymond dentro. Ele tossiu em falso.

-Espero não estar atrapalhando nada.

-Não via hora mais oportuna do senhor aparecer, Doutor. - Sara falou com um sorriso amarelo, largando o rosto de Grissom e entrando no elevador e apertando no botão para fechar a porta em seguida. -Grissom você vai no outro, está certo? - Falou para o supervisor estático olhando o nada.


We'll say our goodbyes you know it's better that way
Nós nos despediremos, você sabe que é melhor assim
We won't break, we won't die
Nós não quebraremos, nós não morreremos
It's just a moment of change
É apenas um momento de mudanças
All we are, all we are, is everything that's right
Tudo o que somos, tudo o que somos é tudo que é certo
All we need, all we need, our love is at a bind
Tudo o que precisamos, tudo o que precisamos, nosso amor está por um fio.
(OneRepublic)


O elevador estava silencioso.

-Não estava acontecendo nada disso que está pensando. - Sara quebrou o silêncio.

-Eu não estou pensando nada. - Os dois sorriram no canto de seus lábios. -Vocês são adultos, contanto que isso não atrapalhe o trabalho eu não posso me entrometer. - Sara olhou para baixo e suspirou.

-Doutor, o senhor é o único por aqui que não tem motivos para me esconder nada, o que aconteceu com todos desde que eu fui embora? - Raymond arrumou os óculo e olhou para a Sara que ainda mantinha sua visão baixa.

-Muitas coisas aconteceram, eu lhe confesso que não sei especificar quais foram exatamente após sua saída, mas desde que eu cheguei parece que tudo virou de cabeça para baixo.

-Como assim? - Sara encarava fixamente o chão, como se tivesse medo de olhar para Raymond e assim ver a realidade com sua face sangrenta e desfigurada.

-Lindsey fugiu de casa com o namorado, Catherine não gostava dele, ele não era do tipo 'futuro feito', mas queira algo com ela. Bom, ela está grávida e em alguma lugar pelas bandas do México. - Sara mordeu seu beiço inferior e fechou os olhos engolindo a seco, tentou imaginar por um momento a dor que Catherine estaria sentindo.

Nunca foram amigas, longe disso, tinham uma verdadeira competição por território no laboratório, duas mulheres determinadas a provar o quão capazes eram na sua profissão. Mas aquilo fugia da alçada de inimizades e convivência suportável, era algo pessoal e ao mesmo tempo de exposição, Catherine deveria estar arrasada por dentro, só que de qualquer jeito ainda estava determinada a ajudar os companheiro... “Sempre tentando ser a melhor”, Sara pensou levianamente sem se conscientizar de seus atos... “Ela pelo menos tenta”, a perita foi abrigada a ver esse lado das coisas.

-O que mais? - Disse em meio a uma exalar pesado.

-Grissom, bom, ele está noivo de Heather.

-O senhor a conhece bem?

-Não passamos de uma apresentação formal, mas ela é diferente, deixa-o desconfortável quando junto a muitas pessoas, principalmente próximas.

-Não parece doutor, eles estavam muito bem apresentados em uma cerimônia de premiação.

-Aquilo foi uma situação atípica, Catherine não pôde acompanhá-lo àquela noite, ainda se recuperava dos problemas com Lindsey.

-Com certeza todos queremos acreditar disso. - Sara foi sarcástica.

-Com certeza ambos estamos ansiosos para esse elevador abrir, tenho a nítida impressão que essa foi a descida mais longa de nossas vidas. - O tom foi normal, não esboçou nenhum traço de irônia ou de insinuação, mas serviu para Sara calar-se.

Raymond estava certo, aquela “passeio” no elevador só serviu para que Sara se sentisse mais desconfortável em estar de volta.

Depois de mais alguns segundos em silêncio as portas de metal finalmente abriram.

-Finalmente. - Raymond soltou com um sorriso no canto da boca saindo do elevador e ficando de frente para Sara ainda dentro da caixa de metal.

-Já estava ficando com claustrofobia. - Só agora ela havia parado de encarar o chão e olhado para o rosto do perito, tinha dados dois passos para frente saindo do elevador. - Não se importaria em me dar uma carona, não é doutor?

-Claro que não, e prometo não conversa sobre nada fora as músicas bregas do rádio. - Ambos sorriram, Sara foi na direção de Raymond, que encostou sua mão em sua cintura e lhe guiou para seu carro.

No outro elevador que acabara de abrir, olhos azuis admiravam a cena enciumados. Houve um praguejar em pesamento de algo e um andar bufante de raiva. ”Eu ainda quero me casar?”

~♥~



A loira saíu do carro, fazia muito tempo que a atmosfera excitante de Vegas não lhe agitava àquela maneira, verdadeiramente aquilo estava sendo mais empolgante que qualquer injeção de êxtases.

Abotou o último botão da blusa azul social, fechou o carro e adentrou na delegacia.

Nem todos os olhares se voltaram para ela, mas todos que a acompanhava com os olhos estavam, no mínimo, surpresos, como se vissem um fantasma andando entre os vivos.

A loira caminhou tranqüilamente por entre as salas com janelões de vidro até chegar a sala do capitão James Brass, que assim intitulava a porta.

Ela segurou a maçaneta gelada, sentiu seguidas injeções de adrenalina lhe subirem pela espinha. Aquilo era de um prazer sem fim ou limites, a euforia interna era tanta que lhe fazia trepidar... Era aquela sensação que tanto buscava, era aquele o perigo que desejava... Era aquela sensação que faria justiça.

Ela girou a maçaneta e usando sua máscara de falsidade entrou na sala com um sorriso singelo no rosto.

-A quanto tempo capitão? - A loira falou em meio à passadas rápidas se aproximando da mesa.

-Sofia? A quanto mesmo! O que faz em Vegas? - O capitão se levantou e foi receber a colega, trocaram apertos de mãos e abraços e entre o beijo em seu rosto do capitão, Sofia respondeu.

-Ora Jim, eu vejo jornais e se bem me lembro tenho amigos aqui, ou não? - O sorriso amarelo de Brass foi automático.

-Imagine, certamente. - Os dois ficaram em pé se olhando, e ficariam assim até que Sofia falou.

-Bom Brass, eu queria ver Nick e Greg. Podia me levar até eles?

-Claro. Ele foram removidos para o lugar isolado, não estamos mais nos arriscando a deixá-los perto de civis. Devido as circunstâncias atuais.

-Entendo, mas eu vou poder vê-los, não é?

-Sim, claro, por que não? - Os dois sorriram no canto dos rostos e digiram para fora do prédio. -Você quer ir no meu carro? Ficaria melhor.

-Claro Jim. - Os dois se dirigiram ao carro do capitão, quando Sofia entrou no banco do carona da frente viu pelo espelho do carro malas na parte traseira. -Eu pensava que só os CSI's tinham guarda-roupas no carro. - Disse brincando, colocando o sinto.

-E só eles tem, essas coisas são da Sara.

-Ela está em aqui? - O semblante da loira mudou totalmente... “Está tudo perfeito” , pensou esboçando um sorriso maior que seu rosto.

-Sim. Por quê?

-Nada Jim. É que eu estou apenas surpresa. É como dizem, “não há um mal que não venha para um bem.”

-Mas bem que certas coisas podiam ser dispensadas. - Brass deu a partida no carro e se dirigiram para ver os amigos... A partir daquele ponto tudo mudaria, e não era para melhor, Brass não sabia, mas as coisas que aconteceriam daquele momento até o final da noite surpreenderiam a todos...

~~CONTINUA


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