Mais que Palavras escrita por Dark_Hina


Capítulo 5
Capítulo 5 - Primeiros Contatos




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Mesmo com as circunstâncias não havia euforia, várias ambulâncias em volta, muitas pessoas deitadas em macas, e as duas peritas olhavam as equipes táticas anti-bomba entrando com inúmeros equipamentos no prédio e fora do alcance de suas vistas Raymond e Brass esperando Grissom se aproximar.

Ao contrário delas, eles tinham uma ótima visão panorâmica de lá. Grissom se aproximou com as mãos no bolso em passos lentos observando as mulheres.

-Quando pretendia me contar que ela está aqui? - Grissom falou olhando para morena. Raymond se atentou para a conversa do supervisor e do policial.

-Não me culpe por ela não estar falando com você. - Grissom arqueia a sobrancelhas.

-Ela falou isso?

-Nem se escutasse da boca dela faria uma cara melhor. - Soltou o policial com ar de brincalhão que não recebido.

-Eu já nasci com esse rosto. - Grissom fitou Brass lhe matando com o olhar.
Do nada os três ficaram parados, calados, imóveis, olhando para o movimento do prédio.

-Você não vai falar com ela? - Brass falou sem ambigüidade no tom de voz.

-Ela vai falar comigo?

-Não sou eu que vou te responder. - Grissom suspira voltando a encarar com maus olhos o policial. Em silêncio começa a andar com as mãos no bolso em direção as mulheres.

-O que há entre o Grissom e a Sara? - Raymond falou avistando a caminhar descompassado do supervisor.

-Eles já tiveram um caso.

-Qual a história?

-Não há história, eles acabaram bem antes de começar. - Brass disse passando a mão na testa.

-Parece que não se sente confortável falando nisso.

-Não é você que se preocupa com algum deles quando Grissom faz besteira.


Faltavam alguns passos para Grissom chegar às mulheres, ambas com olhares fixos nas massas de pacientes que saiam do prédio na esperança de ver Nick e Greg.

Grissom engoliu a seco quando se viu próximo a Sara, roçou os dedos fechando sua mão com força, sentindo um metal no anular direito, aquela aliança nunca tinha pesado tanto.

De repente, em sua memória, as recordações daquela fatídica noite lhe aparecem em flashes, a luz das velas, a mesa branca, o que agora parecia um mal gasto champanhe Chandon, as mãos trêmulas, suadas e aquecidas segurando a caixa de veludo azul que estava em seu bolso... Todas aquelas imagens fotografadas pela sua consciência estavam sendo passadas como um filme em câmera lenta por sua mente.

A poucos passos de Sara e de Catherine chega a hora da verdade quando ele para ao lado delas e nem ao menos tenta balbuciar qualquer palavras.

-O que aconteceu? - Catherine perguntou lhe olhando, principalmente sentindo a tensão que os dois estavam, Grissom e Sara se encaravam e talvez a hipnose dos seus olhares houvesse retirado e isolado qualquer coisa que Catherine houvesse falado dos ouvidos dele. -Grisom! O que aconteceu?

-Um telefonema. - Ele falou assustado quando as palavras de Catherine finalmente chegaram a seus ouvidos, pareciam um estrondo bem ao pé de seus tímpanos.

-Que telefonema? - O retardo do amigo foi sentindo por Catherine, olhou para Sara e para ele, ambos estáticos se olhando, Sara olhando mais o anel no dedo de Grissom que ele próprio. -Eu acho que Brass está me chamando. - A loira falou saindo de perto dos dois.

-Brass não estava chamando ela. - Grissom falou vagamente se aproximando de Sara.

-É o anel do seu pai? - Sara indagou secamente.

-Sim. - Ele respondeu ainda mais enxuto.

-Você deu o anel da sua avó a Heather?

-Não é a primeira conversa que eu queria que tivéssemos.

-Talvez você esteja certo, o problema é que eu não em importo mais com o seu querer. - O desdém de cada palavra marcou a frase que por um minuto balançou os sólidos e inabaláveis pilares da razão de Gil Grissom.

A morena lhe olhou dos pés a cabeça e encarou fundo os olhos azuis que retribuíam o gesto, ela negou com a cabeça, engoliu a seco e quando pensou em falar mais alguma coisa o esquadrão de bombas saiu do prédio.

Ambos se olharam mais uma vez e viraram-se, cada um seguido direções opostas, como ultimamente vinham percebendo que sempre foi assim.

~♥~



Flash branco iluminou a sala pela última vez. Sara e Raymond colocaram o colchão que estava na parede de volta na armação da cama.

-Impressionante, nem sequer um fio de cabelo! - Sara resmungou soltando o colchão de uma vez, ato acompanhando por Raymond. - Quando eu ficar doente quero que me internem aqui.

-Eles sempre erram.

-Mas nós nem sempre vemos esses erros ou temos paciência para procurá-los.

-É nosso trabalho.

-Não, é nosso dever. - Ela retrucou fechando seu Kit.

-Você está com raiva de que, exatamente? - O doutor colou um ênfase na última palavras.

-O que?

-Não nos conhecemos e sei que não tenho intimidade suficiente para falar com você sobre isso, mas você está irritada. - Sara deu um sorriso sínico tirando as luvas de látex que cobriam sua mão. - O que? Eu me preocupo, acho que as pessoas precisam estar de bem consigo mesmas para estar bem com os demais.

-Eu não pedi para ser sua amiga.

-Nem eu para aturar mal-humor, vamos juntar o útil ao agradável, em vez de pedir minha amizade, que tal eu oferecê-la? - O cinismo do rosto da perita se desfez e foi esboçado em seu lugar um sorriso no canto da boca.


~♥~




Grissom pincelou a maçaneta da porta de dentro da área das escadas junto a Catherine, fitou seu olhar nas saliências visuais que provocaram, parciais de digitais e algumas borras.

-Isso é perdido! - Catherine disse quase que vencida. -Estamos em um hospital, todo mundo que trabalha aqui usa luvas, por que ele não usaria? - Ela jogou seu material de coleta no chão, que acidentalmente ou não, caiu dentro do kit de Grissom.

-Porque ele não trabalha aqui. - Ela falou ríspido. Catherine exalou com força.

-Então é assim? Temos um terrorista a solto, Nick e Greg internados, gente inocente está a um passo de morrer e sua principal preocupação é com qual das duas vai ficar? - Ele começa a subir as escadas pincelando o pó de digitais no corrimão.

-Isso não é da sua conta.

-Nem se fosse eu ia me incomodar, mas você não pode estar irritado porque ela voltou para ajudar e não para se jogar a seus pés pedindo perdão por querer ter uma vida, faça-me um favor Grissom!

-Eu já fiz, deixei você continuar nessa investigação.

-Você é tão engraçado que faria qualquer palhaço chorar. - Ela retruca subindo as escadas e indo para o segundo piso.

-Parece que eu tenho o dom de fazer todo mundo chorar e de tudo que eu tocar virar pó. - O celular de Grissom vibra em seu bolso, ele para de pincelar e atende o telefonema. -Grissom?... Está certo... Tudo bem, a Catherine está indo. - De cima a loira encara o supervisor.

-O que foi?

-As fitas de segurança, Archie disse que encontrou alguma coisa, você vai lá ver.

-Esse prédio tem doze andares, você termina isso sozinho? - Grissom sorri de banda e volta a pincelar a corrimão. -Os reforços de Ecklie... Se lembre que tem alguém em casa lhe esperando a noite Grissom, e você sabe que pode te receber com um chicote nas mãos.

Ele acenou com a cabeça arqueando as sobrancelhas mostrando desdém com o comentário da colega.


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Notas finais do capítulo

Um capítulo por semana daqui em diante o/

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