Predestinados 2: Forever Always escrita por carolinem


Capítulo 6
Capítulo 6: Crescendo


Notas iniciais do capítulo

Recordando o último capítulo:

«- O que quer fazer agora, Mary-anjo? Ivan perguntou.

— Isso! eu disse e o beijei. Enterrei meus lábios nos lábios do Ivan e fiquei vendo Seth, observando»



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Capítulo 6: Crescendo

Ponto de Vista da Mary


Se Seth podia fazer e beijar quem queria, eu também poderia fazer o mesmo.

Seth nos separou (a mim e a Ivan) com seus braços.

- Hey! O que pensa que está fazendo? – Ivan perguntou chateado para Seth.

- Mary, eu preciso de falar com você. – Seth disse me agarrando no braço.

- Me larga. – eu disse. Minha voz estava fria como navalhas – Já!

- Tudo bem, venha comigo, eu preciso de falar com você. – Seth disse.

- Pois agora, quem não quer falar com você sou eu.

- Eu pedi, você não veio. – ele disse e esfregou sua testa – Assim, só me resta uma opção. – ele disse e me pegou no colo.

- Seth, me larga! Me larga, me larga, me larga. – eu fui batendo e gritando até o exterior do baile. Ele nunca me largou.

A música estava demasiado alta. Ninguém tinha ouvido além de mim e ele.

Vi Ivan vindo atrás de nós, mas Seth era obviamente mais rápido e o despistou.

Entrámos na floresta e depois de um bocado, Seth finalmente me colocou no chão.

- FINALMENTE! – eu disse quando ele me colocou no chão – Adeus. – eu disse, começando a me levantar e ir embora, de volta para o baile.

- Espera. Onde vai? – ele me perguntou.

- Voltar para o baile, obviamente. – eu disse.

- Espera, eu preciso de falar com você.

- Eu NÃO quero falar com você.

- Porque você beijou aquele cara?

- Aquele cara tem nome. Se chama Ivan. – eu disse.

- Quero lá saber o nome dele! Porquê? Eu só quero saber porquê!

- Eu também queria saber muita coisa e não sei. – eu disse e comecei andando de novo.

- Mary… – ele disse me segurando pelo ombro.

O toque quente da palma da sua mão estava enviando choques eléctricos por todo o meu corpo, e eu irremediavelmente me virei.

Me perdi nos seus olhos castanhos escuro. Como eu o amava… Foco Mary, foco! Ele não te merece. Ainda assim, eu estava chorando e ele estava vendo.

Passei minha mão para limpar meus olhos.

- Mary?? Mary?? – Nick estava chamando por mim.

- Aqui. – eu gritei – Na floresta.

Seth largou meu ombro e se afastou. Ele explodiu em lobo e correu o mais rápido possível.

- Está tudo bem com você? – Nick me perguntou, quando me viu.

- Me abraça. – eu pedi e ele assim o fez.

Minutos se passaram de puro silêncio entre nós. Só se ouvia o ruído do baile ao fundo e os meus soluços.

Quando tinha o choro controlado, eu disse:

- Vamos cair fora daqui.

- Como? – Nick perguntou.

- Sei lá…telefona para Jane. – eu disse.

- Ok. – ele disse e pegou em seu celular. Ele procurou o número dela na memória do celular e começou a ligar para ela.

- Ainda não atendeu? – eu perguntei.

- Alô, Jane. – Nick disse.

- Nick? Oi! – ela disse. Dava para ouvir daqui, sendo que eu estava abraçada a ele.

- Pode nos vir buscar? – Nick pediu – A mim e à Mary?

- Vou vos buscar onde? – ela perguntou.

- Ao baile da escola. – Nick disse.

- Quando?

- Agora, se possível. – Nick disse.

- Tudo bem, vou já para ai. – Jane disse e desligou.

- Ela já vem, Mary. – Nick disse acariciando meus cabelos.

- Espero que ela chegue logo. – falei.

- O que foi tudo aquilo ali dentro? – Nick me perguntou.

- Maninho, se importa se eu não falar sobre isso? – eu perguntei.

- Claro, eu entendo. – Nick disse.

Nós fomos para uns bancos mais perto da estrada esperar por Jane. Meia hora depois, ela apareceu no seu Ford com Victor e Maggie. Nick ficou muito contente, obviamente.

Quando cheguei em casa, entrei e não dei explicações a ninguém. Ninguém precisava de me ver assim.

- Mary? Mary! Espera… – mamãe me chamou.

Eu corri escadaria acima e tranquei a porta do meu quarto às chaves. Me joguei no chão, encostada à porta, chorando.

- Mary, me deixa entrar. O que se passou? – minha mãe disse batendo na porta. Eu ignorei – Mary, por favor!

- Mamãe, me deixa em paz! – eu disse – Eu quero ficar sozinha.

- Tem certeza? – ela perguntou.

- Sim… – eu disse.

- Tudo bem. Se acalma. Seja o que for, se lembra: eu te adoro. – ela disse.

- Ok…

Ela se foi, eu acho. Me troquei de roupa e me joguei na cama o resto da noite. Eu não dormiria, disso eu tinha plena consciência.

Ponto de Vista do Nick

Depois de chegarmos a casa, a confusão foi mais que muita. Mary entrou batendo com todas as portas e mamãe foi atrás dela.

Eu e Maggie fomos para a casa grande.

Todos estavam entretidos. Angie e Alec estavam enrolados no sofá, bem dizendo, eles estavam deitados e enrolados um no outro.

Maggie tossiu e começou falando animadamente com a sua irmã.

Eu aproveitei a grande diversão e agitação que essa casa estava aparentando ter hoje e me escapei para meu sítio secreto.

- Linda, a paisagem! – Maggie disse.

- Woah! Maggie! – eu disse surpreso por a ver aqui.

- Sim, sou eu. Desculpa, não te queria assustar.

- Não faz mal. Gosto da sensação quando se apanha um susto...hum...que faz aqui?

- Pergunto o mesmo, Nick. Num instante você estava com todo o mundo e noutro você desapareceu. Fiquei preocupada.

Hey, também não foi tão rápido! Eu saí da sala a passo normal. Garotas…gostam de exagerar tudo.

- Nick…

- Sim?

- Está tudo bem com você? – ela perguntou.

- Sim, porquê?

- Nick, nós somos amigos desde que você nasceu, eu te conheço bem o suficiente e sei quando algo se passa com você.

Eu não digo? Garotas! É sempre assim. Pensam que sabem tudo. Já a minha irmã é mesma coisa, às vezes. E porque é que ela está sempre a repetir o meu nome?

- Eu estou muito bem. Eu gosto de subir essa árvore quando quero pensar ou me isolar do mundo. Não é nada de mais.

- Tem certeza?

- Sim. Absoluta.

- Ok, então eu vou indo.

- Espera! – eu pedi. O que é que eu estava a fazer?

- Diz, Nick.

E aqui estava ela a repetir o meu nome, de novo.

- Já que está aqui...fica. Me faz companhia.

- Quer mesmo companhia? – ela perguntou.

Será que a ofendi quando disse que me queria isolar? Eu queria me isolar. Não queria companhia agora. Companhia de ninguém para além...

- Sim. – eu respondi.

...da dela.

- O que está a ouvir?

- «This is How Rock'n'Roll Looks Like» de Porcelain Black. Quer ouvir comigo? – eu perguntei e ela assentiu.

Se passaram 2 minutos.

- Nick...

- Diz...

- O seu celular está tocando.

- Ah! Obrigado...não ouvi. – eu disse. Que estúpido! Só de pensar que acabei de fazer a minha voz mais suave a pensar que ela ia dizer algo especial! Quem seria que me estava me chateando por celular numa hora dessas?

''Oi. Você foi embora da festa tão depressa...Tá tudo bem? Bjs, Marie.''

Que droga! Qual desculpa hei-de inventar? Marie não sabia que Ivan e Mary tinham se beijado? Ela não sabia que Seth levou Mary do baile e que eu fui atrás? Bolas, eu a deixei pendurada…!



''Oi, Marie. Desculpa ter ido embora tão depressa. Precisava de ajudar minha irmã. Te vejo na escola. Bjs, Nick.''

Deve servir. Espero que ela não fique chateada comigo, afinal apenas disse a verdade.

- Quem era? – Maggie perguntou.

- Hum...um amigo da escola.

Maggie sorriu desconfiadamente.

- Ok. Tenho de ir. Te vejo amanhã. – ela disse.

- Está bem. Até amanhã. – eu disse sorrindo de volta para ela.

Ela colocou a sua mão no meu ombro como sinal de despedida. Isso era tão bom. Nunca me senti assim.

Eu esperava que a nossa amizade nunca acabasse. Aliás, era bom que a nossa amizade fosse algo mais...Nick, foco! Ela é só uma amiga!

Por enquanto... Que droga! Os sentimentos são uma droga! Quer dizer, de um dia para o outro já estou caidinho?!?! Ou será que não foi de um dia para o outro? Bem…veremos...esta árvore está me fazendo pensar demais…

Ponto de Vista da Mary

Amanheceu em Forks. Meus olhos estavam mais empapados do que alguma vez estiveram. A razão era óbvia: uma noite de sono perdida, passada a chorar.

Hoje era sábado, eu não precisava de ir na escola. Peguei alguma roupa de meu closet e fui tomar banho.

Liguei música no banheiro e me deixei envolver pela água quente, que batia levemente no meu corpo.

Eu me vesti. Senti meu celular tocar. Era uma mensagem do Ivan.

“O que se passou ontem? Quem era aquele cara? Ele machucou você? Você está bem? Me responda por favor, estou preocupado com você. Beijos, Ivan.”

Eu tinha mais de 20 ligações perdidas desde ontem. Todas de Ivan.

Nem eu sei bem o que se passou ontem. Era o Seth. Ele não me machucou, ele é meu amigo…Falamos melhor na segunda. Beijo, Mary.”

Ele não me machucou…ele é meu amigo…tanta mentira junta. Ele não me machucou fisicamente, mas machucou emocionalmente…muito.

Passei base até dizer chega e corrector de olheiras para ver se disfarçava, mas acho que nem toda a maquilhagem do mundo poderia apagar o efeito da noite passada em mim. Não mesmo…pelo menos a nível psicológico.

Desci apática para tomar o café da manhã. Nick estava andando nervosamente de um lado para o outro. Eu estava ficando impaciente com ele.

Mamãe interpelou-me com perguntas.

- Você está bem? – ela perguntou.

- Sim…

- O que se passou ontem?

- Nada…

- Mary, por favor. Fala direito. Não fala assim.

- Claro…

- Você não sabe dizer uma frase com mais de uma palavra?

- Não…

- Mary!

- Mamãe, me deixa em paz. Não tou com disposição para falar, por favor!

- Mary… – ela disse, mas já era tarde demais. Eu já havia corrido escadaria acima e entrado no meu quarto.

Me tranquei o resto do dia.

Ponto de Vista do Nick

Eu me decidi. Eu iria a La Push.

Quando cheguei a La Push, eu fui directo na casa da Maggie. Chamei ela para dar um passeio.
Sorri para mim mesmo. Maggie estava correndo pela floresta. Conseguia a ouvir tão bem como nunca...Acho que está na hora de ir praticar algum exercício físico.

- Maggie! – chamei.

Ela se virou para me ver. Ela era tão linda, mesmo na sua forma de loba... Os olhos dela brilharam ou teria sido impressão minha?

- Que tal corrermos juntos? Preciso de manter a minha forma física. – eu disse piscando o olho para ela.

Ela pareceu gostar. Ela me acenou em concordância e começámos a correr.

Eu adorava correr! Acho que era capaz de correr o dia inteiro e não me ia cansar. O melhor é a velocidade...e o vento a bater na cara. Só de pensar que sou capaz de ser mais rápido que um carro! Que gozo!

Um dia, eu iria me transformar em lobo também. Eu acho…eu pelo menos tinha possibilidade disso. Eu queria isso…

E melhor que isso é ser bem acompanhado. Acompanhado por alguém tão veloz e tão capaz como eu. Definitivamente, tenho sorte.

Ela olha para mim e pisca o olho. Não me digam que estou a ser desafiado…

- O quê? Quer ver quem ganha a corrida? – eu lhe perguntei. Ela abanou o focinho. – Hahahaha. Que vença o melhor.

Começámos os dois a correr ainda mais rápido. Tocava tão pouco o chão que parecia que estava a voar. Mas, num ápice demos por nós sem chão debaixo dos pés.

Tínhamos acabado de saltar do penhasco sem nos apercebermos. Ambos reagimos depressa e mergulhámos como nadadores profissionais nas águas bastante agitadas…Alias, melhor que eles. Eles não tinham genes de lobo e vampiro no sangue,

Quando emergimos, ela estava na sua forma humana. Fiz um esforço para não olhar...a tentação era forte!

- Maggie...

- Ah! Desculpa por estar assim, nesse estado. Tive de me voltar a transformar em humana para conseguir nadar. – ela disse embaraçada.

- Eu nem olhei! – respondi o mais rápido que pude.

Rapidamente nadámos para a costa. Eu me sentei na praia, sem nunca olhar para Maggie. Tinha de ser cavalheiro, enquanto ela rapidamente corria para casa para trocar de roupa. Quer dizer, se vestir!

- Voltei. – disse ela enquanto vinha de encontro a mim.

- Demorou uma eternidade! – eu disse fazendo troça.

Ela sorriu parecendo ficar intimidada. Ela só demorou dois minutos no máximo e a distância era grande!

- Então? Eu ganhei? – eu lhe perguntei.

- Você? Nem pensar!

- Está a zombar comigo? Fui mais rápido! – eu protestei.

- Mesmo? Eu acho que não tem coragem para admitir que perdeu. – ela implicou.

- Quero revanche! – eu disse.

- Tá bem. Eu ganho outra vez. – ela disse rindo. – 1,2....3! – ela gritou.

Começámos a correr para a casa grande. Dei o meu melhor, mas ela ganhou.

- Então o que diz agora, garoto? – ela disse claramente gozando.

Fiz uma careta. Eu ainda hei-de ganhar.

- O que foi Nick? Acabou de comer limão? – disse tio Emmett sempre com o seu ar de gozo, enquanto eu e Maggie entrávamos para a sala da casa grande.

- Que piada. – eu disse.

- O Nick perdeu pela segunda vez numa corrida contra mim. – disse Maggie triunfante ao tio Emm.

O tio Emm começou a rir tanto que quase caiu do sofá abaixo.

- Hahaha! Que piada. – protestei amuado.

- O Nick perdeu. Ahahaha...para uma garota...ahahaha. – disse tio Emm entre as suas gargalhadas. Parecia um urso.

- Nem mais uma palav....haha ra hahahaha. – eu não me pude conter. Comecei a rir junto com tio Emmett e Maggie.

- Minha nossa! – vó Bella disse – O que é isso? Está todo mundo rindo e a rebolar pelo chão. Não ingeriram hélio, pois não?

Nós três olhámos para ela sérios por breves instantes e voltámos a rir de novo e com mais intensidade.

- Não querem comer? – perguntou vó Bella.

Os dois olhamos para ela esfomeados.

- Sim! – dissemos em coro.

- Então, venham para a cozinha.

Depois do jantar, Maggie disse que tinha de ir embora e eu fui acompanhá-la até à porta.

- Amanhã eu ganho de você. – disse a Maggie.

Ela me agarrou por trás e me despenteou.

- Acha mesmo, garoto? – perguntou ela ainda segurando os meus ombros com as mãos.

Por breves instantes, ficámos a olhar um para o outro, olhos nos olhos, nos aproximámos e ficámos a um centímetro um do outro...

- Tenho de ir. Até amanhã. – ela disse, interrompendo.

- Te vejo amanhã.

E ela foi embora, corando.

- O que foi aquilo? – perguntou tio Emmett.

- Aquilo o quê? – respondi com uma pergunta, fingindo não entender a pergunta dele.

- Tá bom tá. Não quer dizer, não diga, mas a sua cara já diz tudo... – disse ele e rebolou no chão, rindo de novo.

Eu aproveitei a deixa e fugi para o meu quarto. Este definitivamente tinha sido um dos melhores dias da minha vida.

Ponto de Vista da Mary

Dois longos dias se passaram. Não vi mais Seth desde sexta. Também não comuniquei com ele, de maneira alguma.

Hoje, eu iria para a escola. Eu iria lidar com Ivan. O que poderia acontecer? Eu não sabia, mas eu iria descobrir…

Notas finais da Autora:

Espero que tenham gostado do capítulo.
Minha amiga Iryna Samilyak me ajudou a escrever ele.

Sinopse do próximo capítulo:

Capítulo 7: Brincando com o fogo

Ponto de Vista da Mary


Não sabia o que o futuro me reservava. Em menos de vinte minutos, iria tocar e eu e Nick estávamos muito perto da escola.

Quando cheguei perto do portão, vi um círculo à volta de alguém. Começaram cochichando assim que eu apareci.

O círculo se desfez e eu vi Ivan, de joelhos no chão, com uma guitarra.

- Um, dois…um, dois, três…É para você, Mary. – Ivan disse e começou tocando e cantando.

«Foi nesses teus olhos castanhos,
Que eu me perdi…
Mary, é um anjo,
Pode confiar em mim…

Mary, meu amor,
Namora comigo, por favor
Eu só te quero a ti,
Desde que te vi…

Aceita, Mary
Aceita por mim…
Pode acreditar,
Eu só te quero a ti…

Desde que…eu te vi…»


- Uhu!! – a galera toda começou assobiando e batendo palmas – Aceita, aceita, aceita…

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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam do capítulo? E da sinopse?

Bjs e comentem! *.*



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