Predestinados 2: Forever Always escrita por carolinem


Capítulo 21
Capítulo 21: A verdade vem sempre ao de cima!


Notas iniciais do capítulo

Se lembrem que nem tudo é o que parece! E até ao fim do capítulo revelações vão surgir! Espero que gostem do ponto de vista da amada do Nick!



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Capítulo 21: A verdade vem sempre ao de cima!

Ponto de Vista da Maggie


Minha vida estava completamente virada do avesso de novo. Damian trouxe de volta tudo o que me atormentava há anos.

Ele mal tinha crescido desde a última vez que o vi. Aliais, ele tinha 24 anos, mas arranjava vários documentos falsos para poder andar no colegial para se meter com as garotas.

E a idade foi muito boa para ele, ele conseguia se destacar dentro da multidão, parecia mais velho, mas ninguém lhe dava 24.

E a mim…assim que ele me viu na Mead High School, me reconheceu de outros tempos…Os tempos em que ele realmente tinha idade para andar no colegial…ele tinha 16 anos e eu tinha 14 quando fomos namorados.

Flashback

- Maggie, florzinha, você não quer namorar comigo não? – Damian, com seus 16 anos de idade me perguntou num dia chuvoso, em Port Angels.

Há mais de duas semanas que eu estava de olho nele. Damian era o sonho de rapaz para qualquer garota, naquela altura. Devo admitir que ele era bem mais giro que agora.

- Damian…você quer namorar comigo? – eu perguntei a ele só para ter certeza que eu tinha entendido bem. Oh, santa ingenuidade Maggie! Eu era tão ingénua com os meus 14 anos…

- Sim, é isso mesmo, bebê. – ele reforçou e passou seus braços à volta da minha cintura – Quer?

- Se eu quero? Claro que sim! Eu quero! – eu falei e ele me beijou.

Fim do Flashback

Pensar nisso nos dias de hoje, me dava uma repulsa enorme. Ah, como eu pude ser tão burra?

Passei por uma fase na minha adolescência que eu era muito rebelde. Sempre me vestia de preto e obriguei minha mãe a colocar eu e Angie em escolas diferentes. Eu não queria ter minha irmã mais velha sempre me controlando.

Eu não era definitivamente perfeita. Eu podia me considerar um monstrinho na altura. Eu era uma péssima filha e só causava problemas aos meus pais…

Flashback

Certa noite, eu me levantei para ir ao banheiro, mas a meio do caminho ouvi vozes vindas do quarto de meus pais.

Decidi abrir uma brecha da porta e escutei o que eles estavam falando…

- Mark, o que eu vou fazer com essa garota? – minha mãe estava perguntando a meu pai.

- Tem calma, Sophie. – papai dizia afagando os cabelos de minha mãe – Ela apenas está passando por uma fase de rebeldia.

- Uma fase? E se não passar? – mamãe perguntou preocupada.

- Passará. – papai disse convicto – Eu acredito na nossa garota. Maggie sempre foi tão dócil e especial, ela vai passar essa fase.

- Assim o espero, Mark. Assim o espero… – mamãe disse e o abraçou forte.

Eu fechei a porta do quarto deles com muita força e corri para meu quarto, me trancando às chaves.

“Minha mãe não tinha fé em mim. Achava que eu era um fardo na família?” eram pensamentos comuns dentro de minha cabeça nesse dia.

Mas no dia seguinte, eu me deixei logo de preocupar com isso e voltei as minhas actividades ilegais habituais…

Fim do Flashback

Como eu pude ser ainda mais burra? Meu pai, sempre teve esperança em mim. Ele acreditava que um dia eu ia mudar… Ele me defendeu sempre em frente a minha mãe, sem nunca me pedir nada em troca…e o que eu lhe dei? Não foi bem o que eu lhe dei…foi mais: o que eu lhe tirei!

Eu me transformei em loba e tive sorte de não encontrar nenhuma mente pelo caminho. Corri o mais veloz que pude na minha forma de loba até Port Angels. Havia um sítio que eu tinha de ir.

Quatrocentos e tais quilómetros para mim não eram nada. Alcancei a cidade em muito pouco tempo.

Me transformei em humana de novo e me vesti. Lágrimas correram pela minha face assim que entrei naquele lugar.

Há quanto tempo eu não ia ali? Talvez anos…eu não gostava de pisar na ferida do passado.

Arranquei algumas das flores que eu encontrei no chão e fiz um raminho improvisado que coloquei na campa de meu pai.

O cemitério estava vazio. Só eu e todos os mortos estávamos ali.

Me sentei no chão e comecei a chorar olhando para a campa ali exposta. “Mark Ateara 1969 – 2012”

- Eu sinto tanto, papai! – eu disse olhando para a fotografia um pouco desgastada pelo sol – Eu não queria, você sabe que eu não queria. – eu disse limpando minhas lágrimas, sem qualquer efeito – Eu nunca foi a filha perfeita, mas mesmo assim você me acarinhou e me protegeu como se eu fosse… Eu sinto tanto a sua falta papai…tanto… Eu não queria! Mas eu fiz…eu realmente deveria ter me entregado para a polícia naquele dia…mas eu fui cobarde, eu não tive coragem…

Flashback

- Maggie, só mais um! – Damian disse após 15 copos cheios de vodka que eu tinha bebido – Só mais um! Só mais um! Só mais um! Só mais um!

- Vá…ok…eu bebo! – eu falei com um sorriso bêbedo na cara. Eu estava completamente fora de mim, muito embriagada – Mas esse é o último!

- Claro, baby. – ele disse sorrindo, ele também estava bêbedo, mas não tanto como eu – Você tem dito isso desde o primeiro copo de vodka. E veja quantos já bebeu dizendo que é o último…

Nesse dia eu tinha faltado à escola para ir à uma festa na casa de Damian, com seus amigos esquisitos que vendiam e consumiam droga junto comigo e Damian.

Eu além de estar bêbeda tinha meu sangue cheio de haxixe. E eu nem me importava realmente…não era comum consumir muita droga para mim…mas álcool era como meu café da manhã…

Fim do Flashback

Eu perdi minha linha de pensamentos ai. Olhei de novo para a campa de meu pai.

- Eu era tão irresponsável… E a culpa não era de vocês, não mesmo. Vocês nem imaginavam a metade da porcaria que eu fazia nas vossas costas…desde saídas nocturnas sem permissão pela janela a bebidas e droga, entre outras coisas. Vocês realmente acreditavam que tudo o que havia de errado comigo era rebeldia e maus resultados na escola…Me desculpa, pai. Desculpa eu não ter sido melhor…me desculpa por não ter sido a filha que você merecia… – eu disse com um enorme pesar – Me desculpa por ter roubado sua vida…

Flashback

- Maggie, Maggie! – Damian estava me dando algumas pancadinhas na face quando eu acordei com minha cabeça encostada no volante do carro dele – Maggie, acorda! – Damian disse praticamente em pânico.

- Fala mais baixo! – eu pedi levantando a cabeça que me pesava muito…

- Maggie, nós atropelámos alguém. – Damian disse – Eu já fui lá ver e a pessoa não sobreviveu.

- Nós a matámos? – eu perguntei em choque.

- Sim, o homem está morto. Seu coração não bate. – ele disse. Eu nem fui capaz de olhar para a estrada.

- Oh meu deus! E agora? – eu perguntei. Eu não me lembrava de ter saído da festa, nem me lembrava de conduzir.

- Agora, passa para trás que eu vou nos levar fora daqui. Deixa que eu conduzo a partir de agora. – Damian me disse e eu assenti. Fui para o banco de trás e me recostei de olhos fechados. Eu não estava sóbria o suficiente para me preocupar devidamente por ter matado alguém.

Algum tempo mais tarde, Damian me acordou de novo e eu não sabia onde estava.

- Onde estamos? – eu perguntei.

- Longe de Port Angels. – ele falou – Estámos em Seattle. Mais precisamente numa das florestas de Seattle.

- Porquê? – eu perguntei super zonza.

- Não acha que eu vou guardar o carro do crime acha? – ele perguntou.

- Você está fazendo isso por mim? – eu perguntei.

- Claro, Maggie. – ele assentiu.

- Obrigada. – eu disse chorando. Eu ainda não estava sóbria o suficiente, mas eu sabia que matar uma pessoa não era correcto – Mas me conta uma coisa, como aconteceu o acidente?

- Nós saímos da festa, você quis experimentar conduzir meu carro, eu deitei o banco do acompanhante para trás e me recostei enquanto você conduzia. E depois, eu fui acordado por um grande estrondo e puxei o travão. Você estava dormindo em cima do volante e à frente do carro estava um homem não muito jovem, nem muito velho…sem respirar…

Fim do Flashback

Eu me sentia super culpada nesse dia, mas não tanto como agora. Damian e eu ficámos em Seattle, nos alimentámos e esperámos até eu ficar sóbria, o que demorou e foi preciso muitos cafés. Depois, apanhámos um táxi até Port Angels.

Me lembro nesse mesmo dia quando cheguei a casa.

Flashback

Assim que me despedi para sempre de Damian (porque tínhamos combinado nunca mais falarmos disso e ele decidiu se mudar de cidade), respirei fundo, arrumei meu cabelo e entrei em casa.

Eu ainda não podia acreditar que tinha matado um homem…

A visão à minha frente, na sala de estar chocou-me. Estava um homem com um bloco de notas na mão, com uma expressão amável e minha mãe e Angie abraçadas e vestidas de preto no sofá, chorando muito.

- Os meus pêsames. – ele disse se despedindo delas e se levantou se dirigindo para porta, onde eu estava observando a cena chocada – Força, menina. – ele disse para mim com uma mão no meu ombro e saiu.

- Filha. – minha mãe disse se assoando e limpando algumas lágrimas – Vem cá, Maggie. Temos uma notícia para te dar.

- Que notícia? – eu perguntei esperando o pior.

- Seu pai…bem…seu pai… – mamãe começou, mas as lágrimas impediam-na de falar.

- Morreu… – Angie desabou chorando ainda mais.

- O quê??? – eu disse em choque, caindo de joelhos no chão da sala – Como?

- A polícia ainda não sabe bem. – mamãe falou entre soluços – Ele estava vindo mais cedo do trabalho para casa e de repente um carro colidiu com o dele e ele foi enviado pelo vidro do pára-brisas fora e o embate com o chão foi tão forte que ele morreu instantaneamente.

- Não é possível… – eu dizia mais para mim do que para elas. Meus joelhos balançavam para trás e para a frente em negação, como as pessoas autistas.

- Não é mesmo. – Angie disse – E o pior é que o canalha que o matou fugiu sem sequer chamar uma ambulância!

- Ai, meu deus! – eu disse percebendo tudo. Eu tinha matado meu pai. A pessoa que eu matei hoje não tinha sido nem mais nem menos que meu PAI! – Eu matei ele! Minha rebeldia o matou! – eu gritei entre soluços.

- Se acalma, querida. – mamãe disse com os braços à minha volta, tentando me reconfortar – Seu pai sempre gostou de você, mesmo com essa sua rebeldia. Ele te amava…não vale a pena se culpar. Ele morreu num acidente…o assassino vai ser apanhado…

Fim do Flashback

Meu mundo caiu nesse dia. Daí para a frente, calada pelo medo de ser mandada para um reformatório ou de sofrer o julgamento de minha família, eu me acobardei e nunca contei para ninguém meu papel como assassina de meu pai.

Decidi mudar o rumo de minha vida. Deixei as más companhias para trás, eu e minha irmã nos mudámos para um colégio juntas pela primeira vez em Port Angels. Eu virei a filha perfeita, por assim dizer. E não me arrependo de ter mudado, nem por um segundo.

Mas, me arrependo sim da minha vida de antes dessa mudança. Foi preciso matar meu pai para eu abrir meus olhos! Isso era demais…

- Eu mudei pai. Seja lá onde você estiver, eu sei que você consegue ver que eu mudei. Eu me tornei a filha que você sempre quis ter. Não causei mais problemas para a mamãe e fui uma boa irmã. – eu disse tocando na fotografia que estava na campa – E eu sei que isso não muda o que eu fiz e que eu não mereço a vida feliz que a Nessie me proporcionou desde que eu a conheci…primeiro me ofereceu uma excelente amizade, depois me deu a maior felicidade do mundo quando deu à luz seu filho, o Nick. – eu me lembrei dele e mais lágrimas se formaram nos meus olhos – Eu não mereço ser feliz depois de tudo o que eu lhe fiz, pai. Mas eu fui…fui genuinamente feliz, até aquele carrasca de Damian aparecer de novo na minha vida…

Flashback

Era meu primeiro dia de aula em Fairwood e eu estava entusiasmada com esse novo rumo de nossa vida.

Agora vivia na mesma casa de meu namorado e imprint Nick e com toda a sua família maravilhosa e todos me tratavam muito bem.

Quando o sinal bateu para a primeira aula, dei um beijo de despedida no Nick e entrei dentro da sala.

Edward e Bella ocuparam logo os únicos dois lugares que havia juntos. Seth se sentou ao pé de um garoto. Nick e Mary se sentaram ao lado de uma garota, cada um.

E só um lugar vazio restava na sala para mim. Um garoto com uma jaqueta preta estava sentado nessa carteira já. Eu me dirigi para o lugar, com uma estranha sensação de insegurança no estômago. Aquelas costas me diziam algo…parecia como se eu já as conhecesse de outro lugar.

Me sentei e tirei um caderno.

- Bom-dia. – eu disse me virando para o lado – Ah!

Ao meu lado estava o meu pior pesadelo, o Damian.

- Maggie? – Damian perguntou.

Damian, o que você está aqui fazendo?” – eu escrevi aterrorizada. Eu não queria que nossa conversa fosse ouvida por outros da família.

Isso pergunto eu.” – ele escreveu.

Você primeiro.”

Você me conhece…eu gosto de andar a vaguear por ai…e as garotas me amam… E depois, eu fiquei esse tempo todo afastado da escola. Só no ano passado me inscrevi aqui para completar meu ensino médio.” – ele me disse.

“Inacreditável…”

Baby, ainda não me superou?” – ele perguntou convencido.

Há muito tempo…”

Isso é mau. Você vai me querer, já.”

Se cura, Damian.” – eu escrevi. Ele estar ali me fazia lembrar que foi por causa dele que eu bebi e me droguei naquele fatídico dia. No dia…no dia em que eu matei meu pai. Me fazia ter nojo dele.

Sabe, eu nunca esqueci você.” – Damian adicionou – “Mas, fico feliz de ver você. Assim podemos voltar a ser o que éramos.

Ele só podia estar louco. Eu nunca ia voltar para ele.

Damian já se passaram 8 anos! Não diga que não me superou. Isso é impossível.” – eu escrevi.

“Se quer saber a verdade, não: não superei.” – ele escreveu e olhou para mim de um modo que me pareceu ser sincero.

É pena. Eu agora não estou disponível.” – eu escrevi.

Pena o caraças! Eu queria distância dele! Ele representava uma fase da minha vida que eu preferia esquecer. Se eu matei meu pai, a culpa foi dele. Ele me levou para esses maus caminhos de álcool e droga.

“Isso não será um problema.” – ele escreveu.

“Como assim?”

Seu namorado está por acaso aqui na escola, para te vigiar?”

Claro! É aquele garoto ali, sentado ao pé daquela garota meia ruiva.” – eu o informei.

Aquele ao lado da Alyssa? Admita, eu sou tão mais bonito!!! J Não há problema. Você termina tudo com seu namorado.” – Damian escreveu e deu de ombros.

“Essa é a última coisa que eu faria no mundo, Damian!” – eu escrevi.

Então, será! Ou será necessário eu te lembrar o que eu já fiz por você?” – Damian escreveu.

Ele não podia estar cobrando isso! Só porque ele não me denunciou, não queria dizer que eu não me tivesse condenado a mim própria.

“Você não tem provas, de qualquer jeito.” – eu escrevi tentando parecer desinteressada e despreocupada. Duas coisas que eu sinceramente não estava.

“Será que não?” – ele me perguntou.

“Prove que tem provas!” – eu o testei.

“Olha aqui…” – ele escreveu e tirou seu celular do bolso.

Nele, continham várias fotos minhas com a testa encostada no volante, com a roupa que eu tinha vestido no dia do acidente e depois, tinha fotos de uma perspectiva mais longe com o carro dele, eu ao volante, o carro do meu pai e ainda o meu pai após ser projectado, no chão, morto.

Lágrimas escorreram por minha face.

“Ei! Não chora não, Maggie. Se você fizer tudo direitinho como eu estou a falar para você, ninguém nunca saberá que algum dia você atropelou aquele homem.” – ele escreveu rapidamente. Ele não sabia que o tal homem que eu tinha atropelado era meu pai!

Isso é chantagem!”

Não é não. É um acordo entre nós. Se você cumprir sua parte, eu cumprirei a minha. Será nosso segredinho!” – ele escreveu e piscou o olho para mim. NOGENTO!

Nick, nunca acreditará que eu quero acabar com ele.” – eu tentei me justificar.

Isso é fácil…deixa comigo…” – ele escreveu e o sinal bateu.

Fiquei com medo dessas últimas palavras de Damian. Ele nunca falava em vão. Ele cumpria sempre o que dizia. O que ele ia falar para o Nick? Ele não podia falar nada! Nick tinha de ficar fora disso!

Se alguém descobrisse o que eu fiz, não me falariam mais para o resto da vida!

Nick foi ao banheiro. E quando ele voltou, eu e Damian ao fundo do corredor continuávamos a sussurrar.

- Damian, o Nick vem ai. Vai embora. – eu sussurrei.

- Se lembra o que eu posso fazer contra você! – ele me lembrou – Simplesmente, não impeça. – ele avisou e me beijou, com Nick vendo…

Fim do Flashback

- Papai, me perdoa. Me perdoa por tudo… – eu falei – Tenho de ir agora, eles vão começar a desconfiar se eu não aparecer em casa em breve. Tá ficando tarde…

E era tarde. Já passava das 21h. Me transformei em loba e corri de volta para Fairwood.

Quando cheguei ao pé do riacho onde eu tinha depositado minha mala e meus livros, me destransformei e me vesti. Peguei em meu celular e reparei que eu tinha 8 ligações não atendidas da Angie e mais 4 não atendidas do Damian.

Isso era mau sinal. Ele poderia estar fazendo muita merda… Damian era impulsivo demais.

Quando abri o portão de casa com o meu reconhecimento digital, tudo parecia estar bem.

Quando cheguei à piscina, abri minha carteira para tirar meu cartão de entrada (de segurança) na casa dos Cullen e entrei.

Quando eu estava fechando minha carteira, ela de repente caiu e a foto de meu pai ficou à mostra.

Ponto de Vista da Nessie

Eu e Damian estávamos a ter uma conversa muito interessante. Mas ele, de maneira alguma, se descosia sobre a Maggie.

Assim que eu ouvi Maggie chegar no portão, eu comecei usando meu dom de leitora de mentes.

- Maggie está chegando. – eu avisei Damian. Toda a família estava na floresta caçando, menos eu e Elena.

- Ótimo. – ele disse – Já não era sem tempo.

Maggie fez o reconhecimento digital e depois passou o cartão para abrir as portas da sala. Sua carteira caiu no chão e Damian olhou fixamente para a foto que Maggie tinha lá.

“É…é o homem que eu matei naquela tarde…” – Damian pensou.

Homem? Ele matou um homem? Olhei para a carteira da minha amiga Maggie e a foto que apareceu foi a do pai dela, que eu já tinha visto várias vezes…

E foi então que eu entendi…Damian teve um autêntico flashback sobre o dia do acidente que matou o pai da Maggie…

Maggie e Damian estavam bêbedos e drogados, saídos de uma festa da casa de Damian. Mas, Maggie estava num estado péssimo. Maggie estava tão mal que Damian a deitou no banco traseiro a dormir.

Damian estava a conduzir feito louco a 220km por hora, completamente sem sentido quando embateu no carro de alguém.

Esse homem foi projectado para a estrada acabando por morrer instantaneamente. Damian ainda saiu do carro para ver se o homem estava bem, mas o homem estava definitivamente morto.

Damian não sabia o que fazer e Maggie no meio disso tudo continuava dormindo. Então, ele a retirou do banco de trás, a sentou no banco do motorista com a cabeça encostada no volante e lhe colocou o cinto de segurança.

Tirou várias fotos à cena do crime como se a Maggie fosse a culpada do acidente e como se fosse ela que tivesse a conduzir. O que era completamente falso e mentira.

Ele acordou Maggie e a fez acreditar que ela tinha morto aquele homem e os tirou dali. Desde esse dia Maggie e Damian não se falaram mais…até agora…

Mas Damian não compreendia o que aquela foto estava fazendo na carteira da Maggie. Damian não sabia que aquele homem, o homem que ELE matou era o pai dela!

- Damian! – Maggie disse aterrorizada por o ver aqui.

- Olá, queridinha. – ele falou – Estava esperando você.

- Mas… – ela disse agarrando logo a carteira e arrumando tudo.

Damian se recordou do dia em que chantageou Maggie na escola e a obrigou a terminar tudo com Nick ou mostraria para todos aquelas fotos que supostamente a incriminavam.

Então era isso! Ela esteve esse tempo todo achando que era culpada da morte do pai dela e cedeu à chantagem dele.

- Cretino! – eu disse e agarrei no pescoço de Damian.

- Nessie, o que está fazendo? – Maggie me perguntou.

- Maggie, eu sei de toda a verdade. Sei a verdade sobre seu pai. – eu disse.

- Ah! Você contou! – Maggie começou – Você prometeu. Ai, Nessie. Eu não queria. Eu juro que não queria. Foi um acidente…e se fosse hoje eu faria tudo de modo diferente…

- Maggie, não se martirize. – eu disse suavemente.

- Já podia me largar ruiva. – Damian disse de forma quase ameaçadora – E pai? Ainda não percebi nada…

- Não podia não. – eu disse – Maggie, esse aqui, ele é que matou seu pai! Não você.

- Como? – Maggie engasgou – Como disse?

- Isso mesmo. – eu falei – “Eu li a mente dele. Você estava dormindo no banco de trás quando o acidente aconteceu.” – eu introduzi em sua mente e mandei as imagens que eu tinha visto na mente de Damian para ela.

- Ai, seu sacana! – Maggie disse também colocando as mãos no pescoço de Damian.

- Ah, por favor. – ele disse com cara de desboche – Vocês acham que duas garotas frágeis como vocês me param?

- Frágeis? – Maggie perguntou – Você verá quem são as frágeis aqui! Essa é por meu pai! – ela disse e deu-lhe um coice com o joelho naquele sitio. Ele ganiu de dor.

- Parece que ele gostou. – eu disse para Maggie.

- Você já vai ver, Maggie. – Damian disse – Aliais, eu ainda tenho as imagens. – ele afirmou e puxou pelo cabelo da Maggie.

- Me larga. Me larga! – Maggie gritou.

- Larga ela. – Nick disse chegando a casa e dando um valente soco na cara daquele animal.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham entendido tudo...Damian sempre teve a culpa. Maggie não matou o pai dela! Qualquer dúvida que vocês tenham podem colocar comentando aqui no capítulo.

Gostaram do capítulo? Estavam esperando por isso? Eu acho que não...

Bjs e comentem porque eu quero muito saber vossa opinião! *-*



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