Predestinados 2: Forever Always escrita por carolinem


Capítulo 20
Capítulo 20: Um novo corpo


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um capítulo...ainda no meio do caos...



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Capítulo 20: Um novo corpo

Ponto de Vista do Nick


Acordei por volta das 6h da manhã (pelo menos era isso que marcava meu despertador digital que projetava as horas na parede).

Esfreguei meus olhos e tentei me lembrar como eu tinha adormecido ontem. Eu estava sentado na secretária…

Enquanto eu tentava lembrar, um golpe de dor me atingiu. Primeiro veio fininho e logo depois parecia quebrar meu coração em cacos. Com a recordação do dia de ontem, tudo o que aconteceu passou pela minha cabeça junto.

Parecia um pesadelo ruim quando eu estive dormindo, mas agora eu via que meu pesadelo era bem real. E eu não precisava que ninguém me beliscasse para eu saber isso. A dor era tão intensa que era por si só o melhor indicador de vida real.

Eu sabia que segundo minha família, principalmente meus avôs Edward e Bella e meus pais que amor não trazia só felicidade. Amor trazia junto muitas outras coisas.

Um dia, mamãe disse sabiamente: “O amor é o melhor e o pior sentimento do mundo ao mesmo tempo.” E em nenhuma altura da minha vida eu tinha concordado e entendido aquilo como agora.

A música era algo que me acalmava um pouco nesse inferno. Por isso, eu peguei na minha guitarra e comecei dedilhando algumas notas e tomando anotações de uma possível letra.

Eu não sabia porquê e eu sabia que devia parar de chorar feito bebê e me comportar como um homem, mas as lágrimas não abandonavam meu rosto nem por um segundo.

No fim, eu olhei para a letra que eu tinha escrito e a toquei ao mesmo tempo que cantava.
Mentira

Dá-me vontade de te ter a meu lado
Vendo-te a olhar pra mim
Sei que estou apaixonado
Mas não posso ficar assim

Deitado num rochedo canto para ti
Como um pássaro livre que voa sem fim

Porque é que a vida nos trama
Quando alguém se ama?
Ter de partir
E não poder sorrir

Porque é que choras?
Porque é que dizes o meu nome
Sem nunca me poderes tocar?

(Refrão) – 2x

Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando uma guitarra
Junto ao mar
Recordo-me de ti
E imagino porquê
A tua cara a flutuar

Porque é que a vida nos fascina?
Tantas vezes nos domina?
Acreditar que no amor
Não se sente a dor
Mas é mentira!
Mentira! Mentira! Mentiraaaa!

Apetecia-me a rasgar para ver se com a verdade escrita na minha frente desaparecia de meu coração.

Maggie terminou comigo. Ela é que beijou o garoto, eu é que fui o traído aqui, mas ela é que quis terminar tudo. E eu acho que eu era incapaz de fazer isso.

Mesmo depois do que aconteceu, eu era capaz de ficar uns dias chateado com ela, mas não tinha força suficiente para terminar com ela.

Eu chamei Jane. Ela veio sem entender.

- Jane, podia me fazer um favor? – eu pedi e ela olhou para mim confusa.

- Claro, Nick. Tudo o que precisar. – Jane me falou.

- Usa seu dom em mim. – eu pedi falando sério.

- Nick! Você está louco? – Jane me perguntou – Eu era incapaz de usar meu dom em você…você não sabe a dor que eu sou capaz de causar com meu dom…

- Você tem razão. – eu concordei – Eu não sei qual é a dor que seu dom provoca fisicamente. Mas uma coisa eu sei. Nada pode me machucar mais do que eu já estou.

- Nick…

- Olha, vê assim…Me disseram que seu dom é terrível, provoca ondas de dor que não conseguimos pensar em mais nada, só em fazer essa dor parar. Portanto, é isso que eu quero. Eu prefiro sentir dor física do que psicológica. Eu prefiro isso do que pensar…nela…na Maggie…

- Oh, Nick, eu sinto tanto…

- Não sinta. – eu falei sério – Apenas use seu dom.

- Eu queria ajudar você, mas não nisso. Me desculpa, mas eu não posso. – Jane explicou.

- Deixa Jane. – Mary disse chegando de roupão, pantufas e camisa da noite – Eu assumo daqui. – Mary disse bocejando.

- Tudo bem. – Jane adicionou – Qualquer coisa, me chama.

- Claro. – Mary disse suavemente para ela e fechou a porta de meu quarto – Nick, eu estou aqui. Fala comigo, maninho.

- O que você quer que eu te diga? – eu perguntei bruscamente – Que você tinha razão quando foi do Seth? Que agora eu sei o que você sentiu naquela noite do baile da escola em que o Seth beijou a Fillipa? – eu falei torto e sem pensar, mas logo me arrependi pela cara que a Mary fez. Eu a magoei…

- Ele estava drogado… – ela disse triste por eu estar lembrando a ela de um passado que ela preferia esquecer.

- Me desculpa, Mary. – eu pedi com a consciência pesada – Eu não queria que você lembrasse disso. Eu fui egoísta. Eu estou mal e não sei o que digo…

- Não há problema. Nós somos irmãos. Melhor, nós somos especiais. Nós somos gêmeos. Eu era incapaz de ficar magoada com você, nossa ligação é especial. Nosso elo como irmãos é indestrutível. – minha irmã disse com sinceridade e eu a abracei. Era tão fácil falar com ela, às vezes.

Mary tinha exactamente a minha idade e ela me percebia como mais ninguém nesse mundo.

Ela tinha razão quando mencionou nosso elo de irmãos gêmeos. Eu concordava com os estudos que por aí havia sobre serem irmãos especiais.

Sempre que ela estava em apuros, eu sentia uma necessidade extrema de a proteger…assim como agora, ela estava me tentando proteger a mim.

- Você sabe o que dói mais? – eu lhe perguntei ao fim de um tempo abraçado com ela. Ela negou com a cabeça – Eu não teria coragem de acabar com ela. Não interessa o quão ruim fosse a situação. Podia até ficar uns dias chateado com ela, mas terminar…terminar não.

- Eu sei que não. – ela disse e se sentou no meu colo – Eu sei como você a ama, maninho. E eu sei também que ela te ama com todas as suas forças.

- Se ela me amasse assim tanto não tinha beijado o ex. E também não teria terminado comigo…

- Ehr…eu realmente não sei porque ela fez isso. – Mary me disse – Mas de uma coisa eu tenho certeza. Ela não queria fazer isso. Ela estava lavada em lágrimas na noite passada…eu demorei duas horas para a adormecer…

- Você ficou do lado dela? – eu perguntei um tanto ofendido.

- Ela está sofrendo, Nick! – Mary disse uma décima mais alta.

- E eu não?!? – perguntei.

- Eu sei que você está. Aliais, vocês os dois estão. E eu não consigo entender o porquê disso que está acontecendo. Mas Nick, você sabe: imprinting não falha. Ela não pode deixar de te amar de um dia para o outro. Ela simplesmente não pode deixar de te amar, nem você a ela. O imprinting é eterno! Simplesmente não dá para quebrar um imprinting.

- Parece que para o lado dela deu! – eu quase gritei. Lágrimas ferviam dentro de meus olhos. Estavam prestes a cair em segundos…

- Não, isso é impossível. E o imprinting também não nos deixa olhar para outros garotos/garotas. Ela não quer nada com o ex, tenho certeza. – Mary disse com convição.

- Eu não sei o que fazer… Eu não sei o que pensar… – eu disse. Mary me fitou por um segundo e me abraçou.

- Eu te amo, maninho. – ela me disse – E vou estar aqui com você, para sempre.

- Obrigado. – eu disse e apertei a Mary com toda a minha força deixando minhas lágrimas transbordarem.

- Se banhe e se arrume. – Mary disse ao fim de um tempo e se levantou de meu colo – Eu sei que tudo o que você menos quer é ir para a escola num momento desses, mas os humanos vão desconfiar.

- Mas…

- Nick, você faltou a metade do seu primeiro dia de aulas. Se você faltar hoje de novo, vai ser estranho. – Mary falou e passou a mão por seus cachos ainda não escovados hoje. Ela estava fofa, mesmo desarrumada e de roupão.

- Tenho outra opção? – eu perguntei mais para mim do que para ela – Ok, eu me rendo. Vou me preparar para a escola.

- Eu também Nick, até já. – Mary disse, depositou um beijo na minha testa e saiu do meu quarto.

Depois de algum tempo no banho, aquela sujeira parecia não sair por muito que eu esfregasse. A dor estava entranhada em cada uma das minhas células.

Quando desci para tomar o café da manhã, vi Maggie sentada comendo, mas ela nem olhou para mim.

Coloquei a minha cara mais dura e fria do mundo, peguei uma sandes e um pouco de suco e fui comer para a piscina.

Quando terminei de comer, peguei tudo e coloquei na cozinha o copo. Peguei minha mochila e minha jaqueta e fui para o carro da mamãe. Eu esperaria lá.

Mamãe e Mary desceram para a garagem sem a Maggie. Em que carro ela iria hoje?

Quando chegámos à escola, vi toda a minha família sair de seus carros e percebi que ela tinha vindo no carro da tia Rose.

Nick, não pensa nela! Eu precisava de me lembrar constantemente. Quando tocou para entrarmos para as aulas, tive de me cruzar com ela na porta da sala de biologia. Nossos olhos se cruzaram por um momento e eu vi muitas olheiras bem fundas em seus olhos: ela não tinha dormido e também tinha estado a chorar.

Por um momento, quase baixei minha máscara fria, mas então Damian me empurrou e pediu para passar. Eu fiquei pior que estava.

Alyssa e Matilde faziam parte da nossa turma de biologia também. Mary sentou com Seth, eu sentei com Alyssa, vó Bella teve de sentar ao lado de um garoto por falta de espaço e vô Edward se sentou ao lado de Tiago…eu acho que era esse o nome dele.

E…e ela…Maggie se tinha sentado ao lado de Damian que para minha infelicidade parecia partilhar as mesmas aulas que nós.

A professora tinha escrito no quadro: “O ciclo de Krebs”, mas eu não podia dizer o que era ou se ela realmente tinha falado nisso.

Minha aula se resumiu a espiar Maggie e Damian de meu lugar. Às vezes, Alyssa me distraia de espiar porque ela me chamava para a realidade e dizia para ter cuidado com a professora.

Por outro lado, vô Edward pareceu rosnar (ainda que baixo) para o garoto que estava sentado ao lado de vô Bella. Ele estava sem dúvida sendo atrevido demais e estava com sorte de vô Edward ainda não lhe ter partido nada. Vó Bella simplesmente dava o fora nele, mas o garoto parecia nem se importar.

O sinal bateu e aquela aula longa demais terminou. Mary me puxou do lugar e eu fui atrás dela, sem realmente querer ir a nenhum lugar.

O intervalo passou e nossa segunda aula do dia começou. Inferno de tédio de vida! Será que não há nenhuma lei para quando uma pessoa está de coração partido ficar em coma ou em casa?

O sinal para almoço bateu e mamãe me veio buscar. Ela me deu a mão e me puxou para a cantina. Escolheu a comida por mim e praticamente apenas faltou me dar na boca.

Tudo estava relativamente calmo, até que eu vi Maggie e Damian entrarem na cantina de mãos DADAS! Meu queixo caiu e o resto que me mantia de pé também.

Damian lançou um sorriso rasgado a todos os assobios que a escola inteira lançou sobre eles e os piropos e acabou com toda a minha dúvida a agarrando pela cintura e a beijando.

Ela não o agarrou. Seus lábios não se moveram. Mas ela também não o afastou, nem o impediu de a beijar.

Para mim, era o suficiente. Hoje eu não teria aulas à tarde porque ia haver uma reunião de professores.

O meu copo de suco quase explodiu em minhas mãos. Eu apertei-o com tanta força que 
o suco tinha feito uma “erupção”. E o copo não só ficou esmagado como ficou a ferver, quase a arder.

- Nick! – Mary me segurou – Ai! – ela se queixou – Você está fervendo!

- Não me sigam! – eu disse antes de me levantar.

Joguei meu tabuleiro no chão com a raiva e o sofrimento de brotava dentro de mim e peguei em minha mochila e na minha jaqueta.

Sai da cantina com passo apressado. Maggie lançou um olhar para mim, mas eu só consegui virar a cara e correr.


A minha vida estava acabada. Quer dizer, acaba comigo num dia e no dia seguinte já está com Damian? O que é isso?

Inferno de vida! Eu não quero mais viver! Onde está a minha Maggie que eu conheci desde que nasci?

Para mim, ela não existe mais. Ela agora é de outro. Eu realmente sou um bebê chorão porque lágrimas grossas e quentes desciam por minha face.

Eu corri para longe de Mead High School e entrei numa das muitas florestas de Fairwood.

Me sentei debaixo de uma árvore chorando, porque apesar de tudo era a única coisa que eu podia fazer.

Quando eu vi aquele garoto nojento agarrando minha Maggie, minha visão tinha ficado completamente borrada de vermelho. Se eu não tivesse saído dali a tempo, eu podia quebrar o pescoço dele em segundos.

Mas, minha família sempre me ensinou a preservar a classe. E a ter respeito pelos humanos…mesmo os asquerosos como Damian.

Eu estava suando como um porco. Mary tinha razão quando disse que eu estava fervendo. Eu nunca me senti tão quente como hoje. Minha temperatura corporal estava completamente alterada.

Comecei por desapertar 2 ou 3 botões de minha camisa, mas ao fim de um tempo senti necessidade de tirá-la por completo.

O calor que eu estava sentindo era inigualável. Assim como a dor e a raiva que fluíam dentro de mim.

Tirei meus sapatos e meias de seguida. Eu já não sabia o que fazer…eu estava completamente suado. Já não eram só minhas lágrimas que escorriam. Gotas de suor também. Bem, gotas não seria o termo apropriado. “Rios” de suor talvez o fosse.

Coloquei minhas meias e camisa dentro de minha mochila, mas acabei tirando meus jeans também. Estava se tornando insuportável o calor que eu sentia.

Só de boxers, me levantei e comecei caminhando de um lado para o outro. Estavam 2ºC em Fairwood hoje, mas mesmo assim eu sentia como se estivessem 50ºC.

De repente, espasmos musculares percorreram todo o meu corpo. Uma dor (e agora não era só dor emocional) impressionante se apoderou de meu corpo. Tudo me doía e o próximo espasmo me fez cair no chão de gatas. O que antes eram rios de suor agora pareciam oceanos. Eu estava cada vez mais quente e um rosnado nada familiar saiu de minha boca irracionalmente.

Não sei quanto tempo passou, mas eu desejava que aquilo parasse. Eu sou meio-vampiro, eu nunca tinha ficado doente…

Não percebi o que estava acontecendo comigo até que um último grito de dor saiu de minha boca e todos os meus ossos pareciam estar se partindo. Aí, eu fiquei completamente certo que algo não estava certo. A meio do meu grito e no último segundo que eu pensei que ia morrer, meu grito passou de grito para latido…

Mil e um bocados de meus boxers se espalharam pelo ar.

Oh, sim! Agora eu entendia. Virei minha face, ou meu focinho para ver melhor e reparei na quantidade de pêlo que cobria meu corpo.

“Sam, eu senti alguém.” – uma voz na minha mente falou. Eu tremi por completo com essa voz. Mas, meu pai já me tinha falado sobre isso…telepatia entre lobos.

“Ehr…alguém podia me ajudar?” – eu perguntei.

“Essa voz…essa voz…não me é estranha…” – o outro lobo pensou na minha mente. Ai eu reconheci: era o Quil!

“Quil sou eu: o Nick.” – eu me apressei a pensar – “Eu não sei bem como essa coisa de lobo funciona, mas eu acho que acabei de me transformar pela primeira vez num.”

“É…oi, moleque! Parabéns! Ei, Sammmmm: Nick se transformou!” – Quil gritou mentalmente.

“Ai, Quil: grite menos.” – Sam se pronunciou pela primeira vez – “Eu também estou aqui, eu percebi. Oi, Nick.”

“Oi Sam. Eu estou sozinho numa floresta de Fairwood. Será que podiam me ajudar a sair dessa…forma?” – eu perguntei.

“Ajudar você com essa distância é mais difícil. Vou me destransformar e telefonar a seu pai. Ele saberá ajudar você.” – Sam me assegurou.

“Ok.” – eu pensei.

Em pouco tempo, mais uma voz se juntou a nós: meu pai.

Nick, onde você está?” – papai perguntou.

Eu estou a uns 5km da escola, numa floresta.” – eu o informei.

“Eu vou já para ai. Agora, por enquanto tudo o que você tem de fazer é se concentrar. Esqueça seus problemas…sua raiva…sua dor, apenas se concentre em voltar à forma humana. Enquanto não se concentrar, você não vai conseguir e seu corpo não vai responder a seus comandos.” – meu pai me instruiu.

Eu vou tentar…mas não vai ser fácil.” – eu pensei.

E realmente não estava sendo. Imagens da Maggie e do Damian se beijando na cantina passavam e repassavam pela minha mente vezes sem conta. Toda a escola aplaudindo como se aquilo fosse uma boa novidade…

“Nick! Se concentre. Eu nem posso acreditar direito que isso aconteceu, filho. E eu sei a dor que você está sentindo, mas acredite enquanto não se concentrar não vai sair da forma de lobo.” – papai me avisou chegando. Agora ele estava frente a frente comigo, seus olhos de lobo olhando para mim.

“Pai e se eu não conseguir?” – eu perguntei.

“Filho, claro que você consegue. Ai, eu estou tão orgulhoso de você! Eu sempre soube que esse dia ia chegar…não tínhamos 100% certeza que vocês conseguiriam, mas aqui está você provando que é um Black com fibra. E você é filho de um alfa, por isso, ser lobo está-lhe no sangue. Agora…apenas se concentre.”

Com muita dificuldade e esforço ao fim de muito tempo com a ajuda de meu pai, aqui estava eu, nu, na minha forma humana. E meu pai também.

Ele desamarrou a sua roupa de seu tornozelo e se vestiu.

- Viu que você conseguiu? – ele disse com um sorriso nos lábios.

Eu sorri um pouco para não deitar abaixo o entusiasmo dele, mas meu sorriso não chegava a meus olhos.

- É, eu consegui. – eu disse.

- Não tem roupa? – ele perguntou – Ela se estragou durante a transformação?

- Oh, tenho sim. – eu falei me lembrando do momento antes da transformação…aquele calor horrendo – Eu estava suando muito e já não estava aguentando mais com o calor então a pouco e pouco fui me despindo. A única coisa que eu tinha vestida eram meus boxers, esses sim ficaram em trapos.

- Então, ótimo. – papai me disse.

Eu me vesti rapidamente.

- A cor de seu pêlo é interessante. – papai disse – Castanho avermelhado com um toque de castanho dourado…como os cachos de sua mãe…

- É…

- É lindo. – papai falou.

Senti alguns sons ao longe. De repente, eles ficaram mais nítidos.

- NICK! – minha família estava me procurando – NICK!

- Aqui! – eu simplesmente falei.

Tudo o que eu queria era estar longe de tudo e de todos. Melhor, eu queria morrer…E talvez não fosse tão difícil eu fazer isso…afinal, meu coração ainda bate…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Sei que alguns deviam estar à espera que tudo se resolvesse nesse capítulo, mas não deu. Esse capítulo já é grande, mas o próximo ainda é maior, por isso juntar tudo num era impensável...

O próximo capítulo é pelo ponto de vista da Maggie e vamos entrar no mundo nela...num mundo antes de conhecer a Nessie...prometo que nenhum de vocês deve estar à espera disso... É um capítulo grande, tenso e INTENSO!
Gostaram da transformação do Nick em lobo? Já esperavam por isso há algum tempo que eu sei...

Bjs e comentem! *-*



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