Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 8
4 Real


Notas iniciais do capítulo

Ei, povo! Eu gostei muito desse capítulo, realmente achei que saiu algo bom... Provavelmente porque eu comecei a escrever meia noite. Minha inspiração vem de madrugada. Fazer o quê.
Hoje eu colei um poster dela no meu quarto, e eu escolhi essa música logo depois. Sinal. '-'
Enfim, aí vai o cap. Espero que gostem!



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Quando você me olha nos olhos, como fez noite passada,
Eu não consigo suportar ouvir você dizer adeus.
(...)
Eu estou segura, eu estou ilesa, quando você está por perto.

- 4 Real, Avril Lavigne


- Percy!! – gritou Clarisse, vindo furiosa até mim. – O que você está fazendo aqui? Você atrapalhou o jogo, nós estávamos ganhando!

- Eu não ligo. – respondi. Olhei para Thalia, ela precisava ir para a enfermaria.

Segundos depois, Annabeth chegou correndo. Ela se abaixou e botou a mão no pescoço dele.

- Ele mal está respirando! Ele precisa ir para a enfermaria!

- Não. – respondi, pegando Thalia nos braços. – Ela precisa ir para a enfermaria. Ele vai ficar bem, desde que não apareça na minha frente por um tempo.

- Isso foi uma ameaça? – ela virou para mim.

- Mais pra um aviso.

- Percy, ele...

- Porquê você se importa?! – gritei. – Essa é sua amiga, droga! Sua melhor amiga! E você está preocupada com o cara que a fez ficar assim??

Ela olhou para Thalia como se só tivesse reparado que ela estava ali: - Nós estamos só jogando, Percy. É só um jogo.

Ignorei ela, mas não pude ignorar a voz que pareceu sussurrar no meu ouvido enquanto eu corria para a enfermaria:

‘’Isso é só um jogo.’’

* * * * *


- Ela vai demorar muito a acordar? – perguntei. A ninfa olhou pra mim como se não aguentasse mais ver minha cara.

- Eu. Não. Sei. – respondeu, só aumentando meu nervosismo.

- Nenhum palpite?

- Eu daria mais uns dois dias. – falou. Encarei ela. – O quê? Foram machucados feios, aquela espada passou a centímetros do coração dela. Você devia agradecer por ela ainda estar respirando.

- Eu agradeço. – falei.

- Você ficou aqui a noite toda... E a noite anterior.... E a anterior a essa também. Porquê não vai dormir um pouco?

Acenei que não: - Posso dormir aqui. Olhe a quantidade de camas vazias.

Ela suspirou: - Eu desisto. Eu preciso ir, não tenho tempo pra ficar de babá. Sinta-se livre para ir embora quando quiser.

Imaginei o que uma árvore podia ter pra fazer, mas deixei pra lá.

- Eu não vou embora até ela acordar. – falei, como se fosse óbvio.

- Imaginei. – ela suspirou. – Só... fique aqui, e não toque em nada.

- Você não tem alguma coisa pra fazer? – perguntei.

Ela saiu de lá, fechando a porta gentilmente. Eu fiquei observando Thalia dormindo. A respiração dela era superficial, quase impossível de ver. Quanto tempo mais iria demorar para ela acordar?

Talvez a ninfa estivesse certa, talvez eu devesse sair dali um pouco. Me levantei devagar, e começei a andar de costas. Eu não queria deixá-la sozinha ali. Eu queria estar ali quando ela acordasse. Eu queria...

Gritei ao mesmo tempo em que tropecei num carrinho de intrumentos. Potes com ambrosia e néctar caíram no chão, e o carrinho se moveu por metros até bater numa pilastra, causando o barulho mais alto que já ouvi na minha vida.

- Merda. – sussurrei, olhando para a bagunça. Me abaixei imediatamente e comecei a arrumar aquilo.

- Hmm... Travis... Espada... Veneno... – murmurou Thalia.

Larguei as coisas no chão e olhei para ela. Ela se mexeu um pouco e murmurou mais alguma coisa. Depois de alguns segundos ela ficou em silêncio novamente, e eu terminei de pegar as coisas. Eu estava abri a porta para ir embora, mas Thalia começou a murmurar mais coisas, e eu parei para ouvir.

- Dor... Ajuda... Percy. – ouvir meu nome me sobressaltou. Ela se mexeu e continuou:

- Percy. – repetiu – Segura.

Eu franzi no mesmo momento em que uma corrente de ar veio e fechou a porta num estrondo.

- AAHH!! – gritou, se levantando – Ai, ai, ai!! – reclamou, botando a mão no peito.

- Ei, ei, calma! – falei, sentando no banquinho do lado dela. – Calma, sou só eu. Desculpe pela porta, eu acho que não estou no meu melhor dia. – ela olhou para os lados, e pareceu se acalmar.

Ela gemeu: - Ai... Isso dói... – ela olhou para baixo e gemeu de novo. – E isso está muito feio. E eu me sinto horrível.

- Bem, a espada passou muito perto do seu coração. Você deveria se sentir horrível.

Ela riu de leve e fez uma careta, botando a mão na barriga: - Obrigada pela parte que me toca. Quanto tempo eu fiquei apagada?

- Sabe, a ninfa disse que você vai poder ir embora logo... – menti.

- Percy.

- E ela também disse que você está muito melhor, e...

- Percy.

- Olha, isso realmente não é importante.

- Claro que é. – eu hesitei. – Só responda logo.

- Olha, realmente não importa. Você acordou e está bem, isso é importante.

- O quê, foram... Dez horas? Quinze? Vinte? Não pode ser tão ruim. – ela murmurou.

- Três noites. – ela nem pareceu surpresa, apenas gemeu de novo. – Que foi?

- Agora eu estou me sentindo mal. Aposto que fiz você passar todas elas aqui.

- Claro que não. Mas, a ninfa disse que você está se curando muito rápido, e... E que talvez você possa sair daqui amanhã. Não é bom?

- Você mente muito mal. – murmurou, encostando a cabeça no travesseiro.

Ri: - Eu minto muito bem. Só não consigo mentir pra você.

Ela fechou os olhos: - Me pergunto porquê.

- Ei, você devia dormir, você está muito cansada, e precisa de sono para curar. Eu vou embora, tudo bem? – disse, me levantando.

- Não, não, não. – ela segurou meu braço, e eu só fiquei porque quis. Ela estava tão fraca que me assustou. – Você vai ficar.

- Você precisa dormir.

- Eu posso dormir com você aqui.

- Eu preciso comer, Tha. E tomar banho. E só sair daqui um pouco, está ficando deprimente.

- Eu não me importo. – ela me puxou, com mais força dessa vez, e eu me sentei do lado dela na cama.

- Sua egoísta. – murmurei. – Tudo bem, eu fico.

- Seu mentiroso. Eu sei que você vai embora... No segundo em que eu dormir...

Suspirei: - Isso de eu não poder mentir pra você vai ser um problema.

Ela riu e eu vi o rosto dela ficar cada vez mas sereno, até que ela estava dormindo. Me levantei com cuidado, ajeitei os cobertos dela e saí da enfermaria fechando a porta – com cuidado, dessa vez.

Quando eu me virei, vi Nico vindo em minha direção, correndo. Ele parecia preocupado, e eu me perguntei onde ele esteve esse tempo todo.

- Percy!

- Ei, Nico.

- Thalia está lá dentro? Eu fui recrutado para trazer dois novatos, eu só fiquei sabendo disso agora.

- Você chegou agora? – perguntei. Ele assentiu. – Hm. Olha, ela acabou de dormir. Mas você pode voltar depois.

- Como ela está? – ele franziu.

- Ela está... Bem. Cansada, mas bem. Ela precisa de descanso para curar, só isso.

- Hmm...

- Ei. – botei uma mão no ombro dele. – Ela é forte. Ela vai superar.

Ele olhou pra mim e suspirou: - É, claro. Tchau, Percy.

- Tchau. – falei. Eu fui para meu chalé, e ele para o dele.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? A coisa das músicas continua de pé, se vocês conhecem mais músicas, mandem! Eu escutei todas, gostei de algumas, não gostei de outras, mas ouvi. Espero opiniões.
Beijos,
Lii..