Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 19
Explode


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não me batam???
Me desculpem mesmo pela demora, mas ontem eu fui ver a capa da história e vi que faz quase um ano desde que atualizei. Acho que ver a data foi um choque de realidade. Eu estou me odiando o suficiente por ter demorado tanto, então não sejam muito duros comigo, ok? Só um pouco, pra não perder o costume.
Como alguns de vocês já sabem (obrigada pelas PMs), meu estilo de escrita mudou bastante nesse tempo que fiquei sem postar, o que foi parte do que me fez demorar tanto. Foi difícil mesclar os dois estilos, e reescrever tudo de uma maneira que eu gostasse. Trabalhei muito nisso durante essas duas semanas, e gostei do resultado.
Talvez (apenas talvez) eu reescreva algumas partes. Não mudando a história, mas a maneira como foi escrita. Mas não se preocupem, farei meu melhor para não deixar vocês outro ano sem update.
~Li..



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Você fala, e eu desmonoro.
Você se move, e eu tropeço.
Devagar, estou perdendo o controle.

– Explode, Cover Drive

PDV Damon Stark


A sala já estava cheia de campistas murmurando nervosos quando Annabeth voltou. Ela estava meio descabelada, claramente abalada pelo que tinha acontecido.

Logo depois dela, entraram o tal deus que se achava demais, e a filha de Zeus. Eles andavam rigidamente, a vários centímetros de distância um do outro, o que era estranho. Sempre que eu os via juntos, eles pareciam amigos próximos. Dei de ombros suavemente, me perguntando porque estávamos aqui pra começo de conversa.

Como se tivesse lido minha mente, Quíron limpou a garganta e falou num tom baixo, os campistas imediatamente se calando: - Campistas... Percy. – adicionou. O deus revirou os olhos. – Vocês foram chamados aqui em circunstâncias um tanto... desagradáveis.

O centauro olhou para Annabeth discretamente, mas tive a impressão de que todos notaram.

– Annabeth, você poderia...?

A garota acenou que sim, e respirou fundo. Andou lentamente à frente dos campistas, e olhou para o quadro pendurado na parede atrás de nós como se fosse a coisa mais interessante que já tivesse visto na vida.

– Hoje, mais cedo, quando eu estava conversando com Drew, um garoto apareceu e a chamou para discutir alguma coisa. – Logo aí, alguns campistas começaram a murmurar de novo, perguntando uns aos outros se viam Drew. Foi só aí que percebi que ela não estava aqui. – Algum tempo depois, eu fui... Fui...

Quíron olhou para ela com pena, como se esperasse que ela começasse a chorar a qualquer momento, mas Annabeth continuou devagar, medindo cada palavra: - Eu fui andar pela floresta, e eu encontrei... Encontrei Drew morta.

As vozes se elevaram de novo, e ouvi gritos indignados de ‘’Como assim morta?!’’ e soluços. As falas se misturaram, e logo eu não conseguia entender mais ninguém. Uma garota perto de mim chorava histericamente, e vi dois meninos carregando uma filha de Afrodite desmaiada em seus braços.

Annabeth olhou para Quíron, claramente pedindo ajuda. Ela sempre parecia composta e pronta para uma batalha, mas hoje ela estava tão vulnerável que eu sentia um impulso de a tomar em meus braços e protegê-la. O centauro bateu um pé (uma pata?) no chão, e o barulho quase não foi ouvido através do caos tomando conta do lugar.

– Campistas! – ele gritou, atraindo a atenção parcial de todos. Muitos ainda choravam ou lamentavam, mas também o ouviam. – Eu os chamei, porque o Acampamento está em alerta. A pessoa que fez isso ainda está solta, e quando a pegarmos, não sairá impune! Dispensados!

Imediatamente, os campistas saíram da Casa e se dispersaram em grupinhos, os sussurros mais altos do que deveriam ser. Empurrei algumas pessoas do caminho – não com tanta força pra ser grosso, mas o suficiente para mostrar que estava com pressa – e tentei desesperadamente achar Annnabeth.

Por quê?

Não sei. Não pergunte.

Finalmente a achei andando sozinha perto da floresta – uma escolha miserável, se me perguntar. Tudo em sua postura gritava tristeza, desde o andar arrastado até os ombros caídos. Franzi o cenho.

– Annabeth!

Ela se virou num pulo: - Quem- Ah. Damon.

Tropecei em meus pés por um momento; algo no tom dela me tirou do eixo. Parecia quase... Alívio ao me ver?

– Ei. – cumprimentei. – Eu só queria saber se... Eu não sei. Você está bem?

A expressão dela se tornou mil vezes menos convidativa do que antes: - Eu estou ótima, Damon. Não é como se eu tivesse visto alguém morto nem nada.

Não era esse tipo de pergunta que as pessoas faziam? Não era pra ela ter achado reconfortante? Senti a raiva começando a borbulhar. Eu tinha saído da minha zona de comforto para falar com ela - eu não sabia o que dizer, porque não havia nada que eu pudesse falar que a faria se sentir melhor. Mesmo assim, eu fiz um esforço, pois por um momento, os sentimentos dela eram mais importantes que os meus.

Essa simpatia estava se esvaindo bem rapidamente.

Bufei, pulando para modo sarcasmo: - Bem, me perdoe por ligar. Fique aí chorando sozinha, veja se eu me importo.

– Deuses! – gritou, apontando um dedo para meu peito. – Você é... Pare de ser tão... Ah! – desistiu, e deu suas costas para mim, andando com passos largos.

– O que foi, agora você vai ficar brava comigo? – exclamei, a seguindo rapidamente. – Eu só fiz uma pergunta, e você ficou toda irritada!

– Vá embora, Damon! Eu não tive um dia bom, e eu realmente não preciso disso agora! – olhou de relance para mim, seus cachos voando com o vento forte.

– Bem, eu não preciso de uma garota bipolar gritando comigo, mas eu estou aqui, né?

Ela se virou para a minha direção novamente, os olhos tão intensos como uma tempestade.

– É, você ainda está aqui. E por quê? Obviamente, não é porque se importa comigo.

– Como você sabe o que eu estou sentindo?? Você não sabe nada sobre mim, garota! Só porque é filha de Atena, não significa que tem todas as respostas!

Algo no olhar dela mudou, e eu sabia que essa discussão não tinha mais volta. Se eu não estivesse ocupado no momento, eu teria ficado impressionado com a facilidade com a qual brigávamos. Era como se existisse uma tensão entre nós, que nunca se extinguia, e apenas estarmos no mesmo lugar podia causar uma explosão.

– Bem, eu não tenho escolha, se você fica fazendo joguinhos comigo, como se fosse divertido! Eu não sei qual é a sua, Damon, mas o que quer que seja, me deixe de fora! – ela exclamou.

Ela voltou a andar para longe de mim, e senti meu coração se apertar, tanto com raiva como desespero. Eu não queria que ela fosse embora, e eu não sabia por quê.

Em um milésimo de segundo, tomei uma decisão. Corri até ela, e, tão rápido que ela não teve tempo de protestar, a puxei para mim, encaixando seus lábios nos meus.

Por um momento, foi maravilhoso. Depois desse momento, ela me empurrou com tanta força que eu cambaleei um pouco antes de finalmente cair no chão.

Pisquei uma vez e me levantei, estupefato: - Por que você fez-

O barulho do tapa ecoou em meus ouvidos antes mesmo que eu o sentisse em meu rosto.

Quando abri os olhos, Annabeth estava fumegante.

– Por quê? Por quê?! Eu podia te fazer a mesma pergunta! Você ficou louco? Eu não sou uma dessas garotas para as quais você pode simplesmente olhar e levar pra cama, seu... – ela parou, decidindo não terminar a frase.

Fixei meu olhar no nada enquanto ela ia embora sem me dirigir outra palavra.

PDV Thalia Grace


– Não, eu não vi ele. – o garoto se virou subitamente, como se tivesse esquecido de algo. – O que você quer com ele, de qualquer maneira?

Dei de ombros: - Obrigada mesmo assim.

Ele acenou e voltou a conversar com o menino que estava do lado dele, me mandando olhares estranhos. Ignorei, e decidi que o melhor lugar para esperar era a praia. Percy sempre aparecia lá, mais cedo ou mais tarde.

Depois do que tinha acontecido... Ou quase acontecido, entre nós, Annabeth nos interrompeu, e Percy estava me evitando desde então. Eu não julgava ele, mas não ia mais evitar essa conversa. Estava cansada de fugir.

Me sentei nas rochas, observando o vai e vem hipnótico das ondas. O dia estava ensolarado – como a maioria dos dias no Acampamento – e o sol brilhava na água verde do mar. Fiquei sentada por vários minutos, apenas olhando enquanto as ondas quebravam na areia.

Pelo canto do olho, vi alguém se sentar do meu lado. Não precisava olhar para saber que era Percy. Eu estava dolorosamente consciente de sua presença, a apenas alguns centímetros de distância. Resisti ao impulso de tocá-lo.

– Ei.

– Ei.

Ele pausou por um momento antes de continuar: - Thalia, eu não sei o que aconteceu hoje... Eu não sei o que estava passando pela sua mente, e muito menos o que estava passando pela minha, mas...

Ouvir ele dizer aquilo foi como uma pontada direto no meu coração. Ele falou como se tivesse sido algo errado, e subitamente, evitar a conversa parecia uma ótima idéia. Ele olhou para baixo, e depois para o nada, como se estivesse se fosse difícil falar o que queria.

– Eu tenho certeza que tem uma explicação lógica para aquilo, mas acho que o que estou querendo dizer é...

Ele parou, quase duvidoso, e por um momento eu tive esperanças: - Pers, eu...

Ele me interrompeu com tanta veemência, que não fiz nada além de encarar: - O que aconteceu hoje, não pode acontecer de novo. Você entende?

Lentamente, ele olhou para mim, e meu coração vacilou. Deuses, ele era lindo. Tudo que eu queria naquele momento, era que ele não tivesse dito aquelas palavras. Tudo que eu queria era ouvir um sim.

Engoli em seco e pisquei com força antes de responder.

– Sim.



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Notas finais do capítulo

Ah! Não me matem, por favor. Pensem nisso: se vocês me matarem, não vão ver o final da história!
Também: FELIZ ANO NOVO!!!! Dá pra imaginar uma data mais perfeita pra eu postar, depois de tanto tempo??
Sei que não estou merecendo, mas... Deixem reviews? Please??