Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 16
Secret


Notas iniciais do capítulo

Eu nem sei se eu devo falar alguma coisa, ou só correr e fingir que não vi vocês... Ugh!! MILHÕES DE MILHARES DE CENTENAS DE DESCULPAS PELA DEMORA.
Tipo... Na verdade eu não tenho uma desculpa, além de um gigantesco bloqueio mental. E o fato de que a história tava toda bagunçada na minha mente, e eu tive que decidir o que eu ia fazer com os próximos capítulo antes de voltar a escrever. Como eu sou bem preguiçosa, isso demorou um pouco. Enfim. Detalhes.
MUITO OBRIGADA PELAS RECOMENDAÇÕES, eu quase chorei quando li, porque eu sou uma desgraça emocional qunado se trata de coisas que não deviam me emocionar. Geralmente eu choro muito sobre cachorrinhos e fanfics. Shh.
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Só queria aviar mais duas coisas: Primeiro, eu estou quase no fim do próximo capítulo, e com sorte vou postar logo. Tentem nao ter muitas esperanças, mas assim... Vou tentar.
E segundo, vai ter uma pequena mudança no formato da fic. Na parte das músicas, quero dizer. A partir de agora eu vou começár o capítulo com um pedacinho da música, que eu acho que se relaciona com a história. O link pra letra fica no nome da música e do artista. Assim que eu postar isso, eu vou mudar os outros. De novo, pode demorar, porque eu sou preguiçosa, e enfim...
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ANYWAYS, Obrigada por não me abandonarem, mesmo com essa demora toda. Eu realmente sinto muito. Vocês não sabem o quanto.
Beijos, e espero que aproveitem. Esse capítulo veio um pouco mais.... Sombrio.



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Leve esse para o túmulo.

Se eu te mostrar, sei que não vai contar o que eu disse
Pois dois podem guardar um segredo,
Desde que um deles esteja morto.

– Secret, The Pierces



PDV Desconhecido


Eu estava andando pelo Acampamento naturalmente, como se pertencesse ali. Troquei minhas roupas usuais por um jeans e uma camiseta laranja onde se lia ‘’Acampamento Meio-Sangue’’. Ninguém reparou em mim, ou se repararam, não foi mencionado.

Procurei alguém adequado para iniciar meu plano – alguém fraco, que não demonstre muita oposição, mas que seja conhecido por todos. Ela queria começar com os mais fortes, e vimos que isso não deu muito certo. ‘’Não vá com muita sede ao pote’’, eu disse a ela. ‘’Vamos com calma.’’ Ela não quis me ouvir, e acabou que não houve nenhum progresso desde que chegamos aqui.

Mas agora as coisas vão ser do meu jeito. Eu canto as jogadas, e vou começar com as bases. Se você abala as bases, o prédio inteiro vai ao chão.

Avistei duas garotas conversando longe de mim, e reconheci as duas. Uma era a líder do chalé de Athena. Alta, loira, olhos cinzas, como os irmãos. Ela não parecia nada feliz. A outra era do chalé de Afrodite, e sorria ironicamente. O nome dela apareceu na minha mente – Drew. Sorri sem mesmo perceber. Ela era perfeita. Eu me aproximei calmamente e preparei um discurso rápido na minha mente.

– Ei, hã... Desculpa atrapalhar a conversa... – eu usei minha voz mais inocente e botei a melhor máscara de adolescente ingênuo. As duas olharam para mim. – Mas eu preciso muito falar com a Drew.

– O que você quer? – ela perguntou com nojo, nem mesmo olhou para mim. Eu envolvi minha voz num tom que ficava entre malícia e raiva.

– Eu preciso falar com você, Drew. É sobre... – eu hesitei rapidamente – É sobre aquilo que aconteceu no chalé hoje.

Ela franziu: - O que aconteceu no chalé hoje? Eu nem me lembro de ter visto você lá.

Eu senti uma pontada de irritação, mas me controlei. Eu não tenho tempo pra isso, pensei. Você não vai questionar nem resistir. Você só vai concordar com o que eu disser, e vai me seguir. Com um onda forte de poder, enviei o pensamento para a mente dela, e o alojei na parte mais profunda da mente dela. Vi quando ela desistiou de argumentar e seu corpo se involveu numa névoa muito pouco substancial, que eu tinha certeza que só eu era capaz de ver.

Não só você, me lembrei. Mas qualquer outro ser mais poderoso que um humano, ou um semideus. Então é melhor se apressar.

– Drew? Vamos?? – chamei. Esperei que ela não pudesse ouvir a impaciência na minha voz.

– Hm... A... Eu... Sim, claro. – ela falou mecanicamente. Eu apenas sorri e esperei que tivesse saído mais amigável do que piscicopata.

Ela deu um passo na minha direção, antes da outra garota botar a mão no braço dela.

– Não, Drew... Espera, eu...

Flashes passaram na minha mente, rápidos demais para eu realmente vê-los, do que eu queria fazer com aquela garota. Do que eu iria fazer com qualquer um que me atrapalhasse. Mas não agora. Agora eu preciso engolir o orgulho e agir como se nada tivesse acontecido.

– Desculpa, mas eu realmente preciso falar com a Drew. – falei. E peguei o pulso dela e praticamente a arrastei floresta adentro.

Às vezes ela olhava pra mim com aquele olhar vazio e abria a boca, como se fosse falar alguma coisa. Mas nunca falava.

Chegamos ao lugar combinado – marcado, na verdade. Marcado com poder. Eu conseguia sentir e quase ver as linhas marcadas no solo, vermelho-sangue. Nem tentei impedir o sorriso que passou pro meus lábios.

Baixei as muralhas que impediam a garota de diezr alguma coisa. Mas me certifiquei de que ela ficasse no lugar, e não gritasse até que eu permitisse. Sim, permitisse. Era vital para meu plano que ela gritasse. Eu até ia fornecer um pouco de poder para ter certeza de que alguém a ouviria.

– O... O que eu estou fazendo aqui?? – ela perguntou, confusa.

– Você está aqui.... Me fazendo um pequeno favor.

– Quem é você? Eu nunca te vi antes. Porque eu não consigo me mexer? – percebi que ela estava começando a ter um ataque de pânico.

– Olha, eu não tenho paciência pra isso. Veja bem... – eu começei, andando ao redor dela. – Eu vou te matar. - ela tentou falar alguma coisa, mas eu continuei. – Eu preciso mandar um recado. E bem, você é a pessoa perfeita pra isso. Você é conhecida por todos, é bonita... A maquiagem faz o trabalho, mas tanto faz. Serve.

Senti a irritação dela quando mencionei a maquiagem. Engoli uma risada. Eu acabei de dizer que ia matá-la, e ela teve que ficar brava quando falei que usava muita maquiagem. Mulheres.

Isso me fez entrar um pouco na cabeça dela, ver as coisas das quais ela mais tinha medo. Todas as vezes que alguém a chamou de superficial, todas as vezes que a apelidavam de Barbie, todas as vezes que alguém a ignorava para falar com alguém mais interessante – ou pior, quando as pessoas a davam atenção apenas por causa da sua aparência. Pareceu pra mim que ela não era mais que uma garota insegura que levantou um monte de barreiras para si mesma.

– Drew, querida... – as pontas dos meus dedos tocaram levemente a bochecha dela. Ela tentou empurrar meu braço, mas mesmo com ela botando toda a força dela, eu não me movi. Deixei minha mão descansar lá e afaguei lentamente com meu dedão. – Você nunca achou que era boa o suficiente, certo? Pois pra mim você é. Finalmente, você vai servir pra alguma coisa. Não é isso que você sempre quis? Ser escolhida?

– Eu... Não... Eu não quero morrer. Não isso. – ela gaguejou.

– Bem, sinto muito Drew. Eu-

– Não, você não sente! – ela gritou. – Quem... Quem é você? Eu nunca te vi aqui, e eu conheço todo mundo! Que tipo de doido é você? Chega aqui e diz que vai me matar? Que tipo de pessoa faz isso?? Eu quero ir embora! Só... Me solte, e eu finjo que isso nunca aconteceu, eu te ignoro, e você me ignora, e todo mundo fica feliz! Só... me deixe ir. – ela soluçou.

– Desculpe, Drew. Não é nada pessoal. Você só aconteceu de ser boa suficiente pra isso.

– Boa suficiente pra morrer?? Você é doido! – ela chorava abertamente agora, as lágrimas marcando a face dela e caindo na camiseta.

– Talvez eu seja - falei sorrindo, tentando mexer com a cabeça dela mais profundamente -, mas pelo menos eu não sou estúpido. Eu não estou parado no meio de uma floresta com algum doido querendo me matar. Eu não sou tão inútil que só sirvo pra morrer.

– Me deixe ir. Por favor... – ela implorou.

Tirei do meu bolso uma faca negra, que brilhou na minha mão. Dei um meio sorriso quando encostei a faca no pescoço dela.

– Não é nada pessoal, Drew.



PDV Perseu Jackson


– Qual o estado da garota?

Dei de ombros e me encostei na parede: - Normal. Estabilizada. Deve estar dormindo agora, e estão tentando mantê-la assim.

Dionísio suspirou e botou a cabeça entre as mãos.

– Hã... Dionísio, você sabe que... Bem, foi o seu filho que fez isso, certo?

– Sei.

– Com uma arma que- bem, que você deu a ele.

– Sei.

– E sabe que a vida dele vai virar um inferno agora.

– Sei, Perseu, eu sei de tudo isso!! – gritou. Ergui as sombrancelhas, mas não falei nada.

– Eu acho que agora é uma boa hora pra você ir. E chame ele no caminho. Quero falar com ele.

– Ok. – falei, e saí da sala.

Andei um pouco pelo Acampamento, sem saber direito onde procurar. E então lembrei que eu não precisava procurar. Simplesmente abri meus sentidos para toda a extensão do Acampamento e senti todos os campistas presentes – podia dizer o parente divino de cada um, talvez até o nome, com sorte.

E por sorte, eu tinha uma ligação forte com o garoto – ele me atacou, eu não tinha como esquecer isso -, e vi que ele estava perto do chalé dele. Mais especificamente, sentado do lado de fora.

Me materializei do lado dele em um segundo, e só ouvi um barulho de água. Ele deu um pulo, mas quando viu que era só eu se acalmou.

– O que você quer? – perguntou.

– Eu quero que você pare de ser tão estressado. E seu pai quer falar com você.

Ele tentou não demonstrar, mas eu vi um certo receio na expressão dele. Devia saber que estava prestes a levar uma bronca – e as broncas de Dionísio são boas.

– Tá. – disse se levantando. Quando ele passou por mim, materializei uma bolsa comprimida de água e joguei dentro da boca dele. Ele engasgou e caiu de joelhos no chão.

Abaixei do lado dele e o puxei pelo pescoço, de modo que ele olhasse para mim.

– Você devia pensar melhor quando quiser atacar um deus de novo. – e sequei toda a água que tinha criado. Ele limpou a garganta e me olhou com ódio, mas não fez nada.

Eu sustentei o olhar dele. Até que ele se levantou e foi embora como se nada tivesse acontecido.

Hora de fazer uma visita à Thalia, pensei. Meu estômago se contraiu em ansiedade. Será que eu devia ir agora? Ou talvez esperar até que ela saísse do quarto? Mas ela podia ficar imaginando se eu estava a evitando... E não que eu estivesse, mas-

O que diabos eu estou fazendo? Só vai logo falar com a garota, seu idiota.

Enquanto andava na direção do Chalé 1, tentei não pensar no motivo de todo meu nervosismo.



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