Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 14
Let's Kill Tonight (Parte Um)


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo seria um capítulo enorme.... Tá, não enorme, mas seria bem maior que o de costume. E como eu empaquei no final dele, eu resolvi cortar e postar como duas partes, as duas com a mesma música.
Eu tava com um pouco de medo de fazer isso, mas que se dane, o negócio é meu e eu faço o que eu quiser. Então. Espero que gostem. E eu vou tentar acabar o próximo o mais rápido possível, ok? Ok.



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Vamos arrasar hoje à noite!

Vamos arrasar!

Mostre a todos eles que você não é do tipo comum.

- Let's Kill Tonight, Panic! At The Disco


Tarde Da Noite...
          PDV Desconhecido

Cadê você?, pensei impaciente.

Eu a estava esperando a quase uma hora. Estava frio, mas isso não me incomodava, O que era um saco era ficar em pé esse tempo todo.

Segundos depois, ouvi um leve farfalhar das árvores e olhei para trás; ela tinha chegado. Sorriu para mim e me deu um beijo na bochecha.

- Boa noite.

- Acha que foi seguida? – perguntei.

Ela deu uma risada suave: - Tenho certeza que não. Todos os campistas estão dormindo, e estamos muito fundo na floresta. Qualquer um que tentasse me seguir teria me perdido de vista, de qualquer maneira. Como estamos na situação da...

- Shhh. – interrompi. – Não fale. É perigoso de qualquer jeito. Mas estamos ótimos! Eu conversei com ela semana passada. Ela acha que estou do lado dela.

- Muito bom. – falou, me dando os braços. – Continuamos com o plano?

- Se tudo correr como o esperado, sim. – falei, e me permiti um sorriso. - Ela não vai saber o que a atingiu.

Ela sorriu de volta: - Perfeito.

Na Manhã Seguinte...

PDV Damon Stark


- Damon! Damon!

A luz das chamas quiemava meus olhos.

- Damon, corra, você precisa correr!

Olhei para cima e vi o sol, mas não devia ter sol, era de noite. Não era?

- Damon! Anda!

- Damon! Corra!

A árvore caiu no meio da pista antes que eu pudesse reagir.

- Damon! Damon!!

Acordei do pesadelo com um tapa na cara. Uma de minhas irmãs, Naya, tentava me acordar. Levantei num pulo e levei a mão ao peito. Meu coração parecia uma metralhadora.

- Droga, Naya, isso vai deixar uma marca.

- Desculpa, Damon. É que papai mandou te chamar.

- Papai? – zombei – Você não é nem um pouco infantil, não é?

- Vá catar coquinhos, Damon. – bufou.

- Jura? É o melhor que você pode imaginar?

- Vá se danar. – falou saindo do quarto.

- Ainda não é bom o bastante – gritei enquanto ela batia a porta.

Olhando para a porta, tive aquele sentimento engraçado que se tem quando você irrita alguém de propósito. Era um que eu conhecia bem. Entre outros que prefiro não nomear agora.

Me lembrei que Dionísio queria falar comigo, então me levantei. Nem tomei banho, só escovei os dentes, botei uma camiseta qualquer e saí.

Olhei ao redor enquanto andava. Vi todas as crianças felizes, conversando e rindo com seus amigos, e me perguntei se eu algum dia, me sentiria dessa maneira naquele lugar. Se eu algum dia seria feliz de novo.

A resposta veio quase imediatamente. Não, eu não seria.

Clareei a mente e bati na porta.

Dionísio abriu a porta: - Ah, Damon. Eu queria mesmo falar com você. Entre.

Entrei. O lugar parecia um... Foda-se, não vou descrever tudo que vejo.

- Sente-se – convidou Dionísio.

- Prefiro ficar em pé.

Ele me encarou intensamente, e eu sustentei o olhar; ninguém era melhor em encarar do que eu. Finalmente, ele suspirou e começou a falar.

- Eu te chamei aqui, porque eu quero te dar uma coisa.

- Um beijinho na bochecha?

- Garoto...

- O que é então?

- É sua arma. É uma tradição, que todo campista novo ganhe uma arma, ou do estoque do acampamento, ou de seu próprio pai, ou mãe. E eu escolhi essa para você.

Ele estendeu a mão e apareceu nela um bastão médio, com um mato enrolado, que formava o punho. Na metade superior, era irregular, e eu percebi que eram pinhas que pareciam coladas no bastão.

Eu ergui a sobrancelha: - O que diabos é isso? Alguma bengala das princesas da Disney?

- Mais respeito. Isso, é um tirso. É a minha arma tradicional. É um bastão enrolado em algumas heras e videiras, com pinhas no topo. É uma arma perigosa, se souber como usá-la, e algo me diz que você saberá.

- Isso parece algo que um pai de santo usa pra fazer macumba. – falei incrédulo. Ele não queria realmente me ‘’presentear’’ com uma bosta de galho.

Ele bateu o punho na mesa: - CALADO! Tenha algum respeito, por favor! Esse foi o meu primeiro Tirso. Ele é especial para mim, e eu quero te dar ele. Acredite em mim, ele vai ter um papel muito importante. Pense nisso antes de gozar dele.

Gozar? Eu prefiri nem comentar o que se passou pela minha mente.

- Eu vi todos os campistas com espadas, facas, arcos, e todo tipo de armas legais e mortíferas, e você me dá um galho? Que tipo de pai é você?

Ele preferiu em ignorar e continuou: - Esse tirso é especial. Ele foi enfeitiçado por mim. Se usá-lo da maneira certa, você pode causar... Mal, à pessoa desejada.

- Mal? Como assim?

- Se direcionado corretamente, o tirso pode levar o adversário à loucura.

- Agora, isso parece legal. – sorri.

- Mas use com cuidado. – falou, e eu rolei os olhos. – Se você fizer algo errado, pode acabar enlouquecendo um amigo. – ele falou como se eu tivesse algum amigo naquele lugar. - E eu não falo de loucura momentânea, ou mínima. É um grau imenso de poder, e quase impossível de ser curado. Então eu repito: Tome cuidado.

Eu assenti e tomei o tirso da mão dele. Ele pareceu pensar em reclamar, mas acabou ficando quieto. Eu saí da sala, mas antes de fechar a porta disse:

- Por que você me deu uma arma tão poderosa assim?

- Porque essa arma é especial. E precisa de alguém a altura para ficar com ela. E você é especial, Damon. Você é o que vai ajudar todos os outros. – falou. Não sabia de que outros ele estava falando. – Você vale o mesmo, senão mais que eles. E não deixe ninguém te dizer o contrário.

Sem hesitar, fechei a porta. Por mais que eu não fosse admitir, ele tinha me tocado um pouco. E a promessa de não demonstrar fraqueza quase não foi maior que meu desejo de sorrir e dizer: Obrigado, pai.

Fui andando até as mesas, para tomar café, e a animação da minha arma da loucura passou asism que eu vi os olhares debochados que eram jogados para mim. As pessoas se contentavam em sussurrar e dar risadinhas, mas outras gargalhavam audivelmente e apontavam para mim. Um até gritou:

- Bastão maneiro, cara!

A raiva subiu na minha garganta. Ninguém zombava de mim. Ninguém. E se eles não sabiam disso ainda, eu teria que ensiná-los.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Beijos!



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