Beautiful & Dirty Rich escrita por Abbey B


Capítulo 34
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Aiai, o último cap., na minha humilde opinião, ficou um tanto fraquinho. Confesso que ainda estou com alguns resquícios do bloqueio que eu estava sofrendo e o ritmo da fic meio que deu uma desacelerada. Mas estou tentando recuperá-lo o quanto antes e estou começando a pensar no Season Finale - que eu pretendo fazer lá pelo Dia de Ação de Graças ou no Natal. OMG. O final de OUTRA temporada de B&DR, não acredito. Nem nos meus melhore sonhos eu pensei que a fic chegaria à esse ponto. E tudo graças a vocês, meu amados, lindos, queridos, fofos e devotos leitores. É. Acho que tô falando um tanto demais, né? Vou deixar vocês lerem o cap. 13 em paz, rs. Ah, e vocês vão ter mais Aliscott, não se preocupem.



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XIII. Levar uma garota para uma clareira pode causar a impressão errada, ou nem tanto.

  Assim que o almoço terminou, Nikki foi atrás de Brendon. Ela o encontrou pegando alguns livros em seu armário. Botou seu sorriso mais simpático no rosto e se aproximou:

- Hey!

- Ah, oi – ele retribuiu, zero simpático.

- Então... Eu estava pensando que a gente devia combinar os dias em que devíamos estudar juntos... Que tal? – sugeriu.

- Parece ótimo. O que acha de dois dias por semana?

- Legal. Quais dias?

- Terça e quinta? – ele sugeriu.

- Ou terça e quarta? – Nikki também sugeriu. Brendon pareceu considerar a hipótese.

- Terça e quarta? Legal – ele murmurou. Nikki teve a ligeira impressão de que Brendon não estava nem um pouco feliz com o fato de que os dois seriam parceiros de estudos. Estranho.

  Sua mente um tanto paranóica começou a trabalhar.

  Primeiro foi Blake, que ficou todo estranho só de ouvir o nome do Brendon, e agora Brendon, que parecia querer distância dela, como se ela fosse um monstro de três cabeças, quinze olhos e que soltasse fogo e gás venenoso pela boca.

  Ok, talvez ela estivesse exagerando um pouco, mas isso era característico dela.

- Legal – Nikki imitou Brendon – Te vejo amanhã depois da aula.

- Tchau.

  Nikki se afastou, pensando. Ela queria falar com Blake. Talvez ele pudesse explicar por que saiu correndo depois que ouviu o nome do Brendon. E logo em seguida, ele poderia dizer que ela estava sendo paranóica em relação ao Brendon e que devia parar de querer dar uma de “As Panteras”.

  Entrou no banheiro feminino e sacou o celular da bolsa, digitando uma mensagem.

  “Precisamos conversar. E rápido.”

  “Vai mesmo matar aula?”, foi a resposta de Blake.

  “Tanto faz”, Nikki mandou.

  “Ok. Me encontre atrás do Longbourn em dez minutos”

  Nikki saiu do banheiro e foi até seu armário guardar sua bolsa. Em seguida, saiu do prédio principal e caminhou despreocupadamente pelos cantos do pátio, sem querer levantar suspeita. Alcançou o Longbourn e contornou o prédio, encontrando Blake parado, com uma mochila de lona no ombro.

  Ela se aproximou.

- Hey – ela deu um sorriso fraco. Blake retribuiu o sorriso e pegou sua mão, a puxando para dentro do mato – Pra onde está me levando?

- Só me siga – disse Blake.

  Eles seguiram um caminho torto, cheios de subidas e descidas e com o solo bem íngreme, cheio de lama e pedras. Nikki xingava em pensamento, pois os saltos de seus sapatos não foram feitos para caminhadas daquele tipo.

- Se meus saltos acabarem descascados ou tortos, Blake, eu juro e faço você engolir – ela ameaçou, sempre olhando para baixo. Blake riu, aumentando sua irritação – Vai me falar pra onde está me levando?

- Para meu esconderijo secreto – Blake disse, girando o tronco para olhá-la. Ele lhe deu um sorriso maroto e pousou o indicador sobre os lábios, enfatizando o segredo. Nikki resmungou alguma coisa baixinho e ele riu.

  Foram cerca de cinco minutos de caminhava, até que os dois desembocaram em uma pequena clareira, que tinha vista para o lago Tyeels.

- Chegamos – Blake anunciou.

  Nikki avaliou o local.

- Impressionante – disse.

  Blake tirou a mochila do ombro e a abriu, tirando de dentro uma grossa manta de lã xadrez. Diante do enorme ponto de interrogação praticamente impresso na testa de Nikki, ele explicou.

- Acredite, nem eu sentaria nesse chão sem a manta.

  Nikki fez uma careta de nojo.

- Credo – sussurrou, se sentando sobre a manta. Ajeitou a saia do uniforme e os cabelos.

  Blake sentou-se do seu lago logo em seguida. Alguns segundos de silêncio se passaram antes dele perguntar.

- Então... Quer discutir a relação?

- Há ha – fez Nikki, sem humor – Como você e engraçado.

- Eu sei, docinho – Blake riu, acendendo um cigarro – Acho que nós nunca conversamos tanto em um dia – ele observou.

- Verdade.

- Já que não quer discutir a relação, o que é um alívio... Sobre o que quer falar?

  Nikki achou melhor ir direto ao ponto.

- Por que saiu correndo feio um louco só de ouvir o nome do Brendon?

  O sorriso de lado que Blake carregava nos lábios desapareceu. Ele encarou o horizonte, sério.

- É... – suspirou – É complicado.

- Fala sério. Você está falando igual ao meu pai quando perguntei sobre o motivo do divórcio – ela reclamou, franzindo as sobrancelhas.

- É mais complicado que um divórcio, eu acho.

- Vai falar ou não? – ela insistiu.

- É que... – Blake franziu o rosto – Você não acha que já sabe de coisas ruins demais sobre mim? Esse é meu fardo, Nikki. Meu e o Brendon.

- Isso é uma boa forma de dizer não – Nikki murmurou, pegando o cigarro da mão de Blake e dando uma tragada. Blake fez uma careta estranha e disse, logo depois de puxar o ar e soltá-lo lentamente:

- Brendon e eu éramos melhores amigos. Do tipo irmãos. Até entramos no Maryon juntos. Mas então há dois anos nós... Meio que brigamos e nunca mais nos falamos. Isso é tudo que eu posso contar.

  Nikki devolveu o cigarro e ficou digerindo aquelas informações por alguns instantes antes de dizer:

- Sinto muito.

- Pelo quê? – fez Blake, confuso.

- Deve ser horrível perder o melhor amigo desse jeito. Eu não sei o que eu faria sem a Zoey – explicou.

  Blake balançou a cabeça algumas vezes antes. Os dois passaram um bom tempo em silêncio, observando a paisagem, até que Blake riu e perguntou:

- Dá mesmo pra chamar isso de namoro falso?

- Sei lá – Nikki sorriu, dando de ombros – Você me ama? – ela perguntou repentinamente.

  Blake, mesmo confuso com a pergunta, respondeu, com um meio sorriso:

- Não – disse – E você?

- Não! – Nikki riu – Bom, acho que isso responde a pergunta. Sem amor, sem namoro de verdade.

  Blake riu.

- Simples.

- Muito simples – ela enfatizou.

  Tudo bem, podia não haver amor entre os dois, mas havia aquela conexão estranha entre eles, que era mais forte que uma simples atração, mais complexa que um “gostar”. Só não era arrebatador e destruidor feito o amor. E tanto Nikki quanto Blake sabia que não dava para simplesmente ignorar aquilo.

- Mas está tudo bem em eu e o Brendon sermos parceiros? – ela quis saber.

- Brendon vai estudar com você, não comigo – Blake disse, um tanto indelicado.

- Maneira sutil de dizer não – Nikki reclamou, pegando o cigarro e voltando a dar outra tragada. Ela viu pelo canto dos olhos que Blake a observava. Riu e perguntou: - Por que está me olhando?

- Você está bonita hoje – ele elogiou.

 Nikki franziu as sobrancelhas e, em seguida, olhou ao redor. Os dois estavam sozinhos, numa clareira no meio do mato, Blake tinha se preocupado em trazer uma manta, e provavelmente ninguém iria conseguir ouvi-los de lá.

- Está tentando me seduzir?

  Blake arregalou os olhos.

- Não – a surpresa na expressão de Blake fui substituída por malícia – Mas estou conseguindo? – perguntou, curvando-se ligeiramente na sua direção.

  Ela sorriu e deu outra tragada, se aproximando de Blake em seguida. Ela soprou a fumaça na direção dele e disse:

- Não mesmo.

- Adoro quando você tenta se enganar desse jeito – ele riu, segurando a nuca de Nikki com firmeza e a beijando em seguida. Ela não resistiu, pois sabia que Blake acabaria vencendo no final.

  Afinal, ele sempre vencia. De uma forma ou de outra.

*

  Alison fechou seu armário e colocou suas roupas de educação física dentro de sua sacola Nike. A aula de Ed. Física havia sido puxada. A sua treinadora, a sra. Müller, era uma alemã grandona, larga e vermelha, com cara de brava e que levava Ed. Física muito a sério, com rigor militar.

  Totalmente o oposto do Scott.

  Pensar no professor fez seu coração palpitar. Eles haviam conversado muito no fim de semana. Ele contou a ela sua história, as coisas que gostava e o porquê de ter aceitado lecionar em um internato no interior. Scott disse que era porque seu emprego ficava mais próximo de seu pai, que tinha a saúde um tanto frágil.

  Alison também contou bastante coisa. Falou das pirações da sua mãe e a pressão que ela botava nos pobres gêmeos, do divórcio dramático dos pais – só não mencionou que a amante de seu pai era uma aluna, senão a situação entre os dois podia ficar meio constrangedora.

  Scott também lhe deu muito apoio quando ela contou sobre seu sonho de ser estilista. Ele disse que ela devia procurar por estágios em ateliês e tudo mais. Por um momento, Alison pensou em Nikki, que era filha de um estilista renomado e bem-sucedido. Talvez se ela falasse com a sua colega de aula de costura, Nikki poderia ajudá-la a conseguir um estágio no ateliê do pai.

  Ela esperou todas as garotas saírem do vestiário e correu para os fundos do prédio esportivo, onde ficava o escritório do Scott. Ela bateu na porta e ouviu um energético “entre”.

- Scott – ela cumprimentou, vendo o professor sentado atrás de sua mesa completamente coberta de papéis.

- Ah, olá Alison – ele sorriu.

  Ela se aproximou.

- O que é tudo isso?

- Ah, nada de mais – Scott deu de ombros – Só algumas fichas médicas de alunos antigos. Preciso me livrar de algumas para dar espaço para novas fichas.

- Hum – fez Alison, observando a pequena bagunça – Quer ajuda? – se ofereceu, usando o tom mais inocente que conseguiu e vibrando com a idéia de que poderia passar um tempo com Scott.

- Você não tem aula? – ele perguntou, visivelmente preocupado.

  Alison deu de ombros.

- Vou ter aula de química até o final do Ensino Médio. Uma aula não vai fazer falta.

  Scott a encarou, sério.

- Não posso deixá-la matar aula, Alison.

  Ela fez a cara de “ai, que saco”.

- Química é uma droga. Pra que eu preciso saber qual a fórmula da sacarose se eu vou trabalhar com moda? – perguntou, ocupando uma das duas cadeiras postas à frente da mesa de Scott e cruzou as pernas, enrolando charmosamente uma mecha de cabelo no indicador.

- Pra passar de ano – Scott replicou bem-humorado.

  Alison o encarou por um tempo.

- Engraçadinho.

- Vá para a aula, Alison – pediu.

  Ela se levantou abruptamente.

- Legal. Eu vou – ela foi até a porta, mas parou e girou nos calcanhares, olhando para Scott – Mas eu voltarei – disse teatralmente, fazendo uma arma com a mão e soprando-a. Scott riu e voltou sua atenção para os papéis.

- Até mais, Alison.


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Notas finais do capítulo

Ai, esse Blake e essa Nikki que não tomam jeito... E aí, vocês acham que o Scott deve dar mole pra Ali? E que tal uma namorada pro Hayden pra fazer ele esquecer da irmã gêmea? Quero muito que vocês participem, queridos :) Lá vai a curiosidade do dia:- No dia em que eu comecei a pensar em fazer essa fic, o local seria a Inglaterra, pois lá internatos são mais, hum, comuns. Mas sei lá, achei que seria melhor a fic rolar nos EUA.- Quando comecei a escrever o capítulo em que o Cam aparece pela primeira vez, ele era do Texas. Mas achei que ele ficaria triplamente charmoso de fosse britânico, aí mudei tudo.