Beautiful & Dirty Rich escrita por Abbey B


Capítulo 31
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas :) Sentiram saudades? Eu senti demais, rs. Confesso que meu progresso na fic foi pouco, mais devido à preguiça do que pela falta de criatividade. Graças aos meus anjinhos eu já superei esse bloqueio que eu estava sofrendo. Estou planejando muuuuitos babados pra fic, e vou liberar só uma diquinha: a festa de Halloween do Maryon pro-me-te. Resolvi criar também uma pequena seção de Curiosidades sobre a fic no final de cada cap., pois acho que são alguns detalinhos que vocês merecem saber, rs. Até a quinta-feira! Um beijão :*



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X. Entre fofocas e Haãgen-Dasz

  Nikki esperou as portas do elevador se abrir completamente antes de sair correndo pelo apartamento de Zoey, carregando uma sacola plástica em cada mão. Ela topo com a governanta, Guinever, que avisou que Zoey estava em seu quarto.

  Ela subiu as escadas e entrou no quarto da amiga sem bater. Zoey estava sentada em sua escrivaninha, encolhida sobre a poltrona, escrevendo alguma coisa em seu laptop Apple. Zoey olhou para a porta e se levantou num pulo ao ver a amiga.

- Aonde você se meteu, sua maluca? – brigou.

  Nikki fez biquinho.

- Me desculpe. Eu trouxe sorvete – ela levantou as sacolas plásticas na altura no rosto.

- Você acha que só porque você aparece aqui com sorvete eu vou te perd... É de toffee pudding?

- Aham... Tem de cheesecake de morango, de chocolate triplo e outro de brownie de chocolate com cereja. Só consegui comprar esses. Vem, vamos pegar umas colheres.

*

  Zoey deu uma colherada em Häagen-Dazs de toffee enquanto ouvia com atenção Nikki narrar tudo que tinha acontecido do momento em que acordou no dia anterior até a hora em que parou no supermercado para comprar sorvete naquela manhã.

- Eu sabia que você não ia conseguir bancar a difícil por muito tempo – murmurou a loira de boca cheia – Foi só os dois ficarem sentimentais e carentes e bum! – Zoey simulou uma explosão com as mãos - Ocorre uma explosão de hormônios, libido e tensão sexual. O que eu preciso fazer para conseguir coisa igual?

  Nikki riu e deu uma generosa colherada no sorvete de chocolate triplo encharcado de calda de chocolate.

- Foi mais ou menos isso. Oh, meu Deus, Zoey – ela suspirou – Você precisava vê-lo de toalha. Sabe aquela estátua do Michelangelo, Davi? Não é nada comparado ao Blake. Tipo, sério. Aqueles caras do Maryon são sensacionais. Eu literalmente fui para o paraíso.

- É, eu não duvido – Zoey deu outra colherada no sorvete – Se você me quisesse lá, eu até poderia pedir transferência.

- Você sabe que seus pais não poderão pagar, Zoey!
- Dá para você parar de lembrar que quase ficamos pobres? Que droga. Eu sei, tá legal? Mas eu poderia conseguir uma bolsa.

  A colher de Nikki parou entre o pote e sua boca.

- Nunca tinha pensado nisso – ela murmurou. Abocanhou a colher cheia de sorvete e disse – Quando eu voltar para o Maryon, vou pesquisar sobre bolsas de estudo. Pode deixar. Vai ser o máximo ter você por lá. Você vai adorar a Noah, minha colega de quarto. Ela é ótima.

- Ih, já estou começando a ficar com ciúme – Zoey fez uma careta.

  Nikki riu e engatinhou pela cama para abraçar a amiga.

- Você sabe que você é a minha melhor amiga, né? Eu amo você.

  Zoey deu um beijo na bochecha da amiga.

- Eu também amo você. E aposto que o Blake também.

- Zoey! – Nikki brigou.

- Estou mentindo?

- Cala a boca.

*

  Noah escolheu um banco no pátio gramado e sentou, abrindo um caderno e rabiscando coisas sem sentido. Seus olhos, devidamente protegidos por óculos de sol, vagaram pelo pátio do colégio desértico. Além dela, só havia duas garotas e alguns pombos por ali. Suspirou e voltou a rabiscar. Mas uma sombra se projetou sobre seu caderno e ela olhou para cima, sabendo quem iria encontrar.

- Cam – ela sorriu amarelo.

- Oi, Noah. Posso me sentar?

- C-Claro – ela gaguejou. Cam se ajeitou e ocupou o espaço vago no banco. Ele trazia um copo de papel com o emblema do cyber café da cidade estampado. Cam tomou um gole da bebida e ficou em silêncio, parecendo evitar olhá-la.

  Noah não fez questão de quebrar o silêncio desconfortável que parecia que iria ficar ali para sempre, afinal, ela ainda não sabia o que fazer em relação ao Cam. Ela gostava dele, mas não queria se arriscar se não tivesse a certeza de que valeria à pena.

  Ela precisava de uma prova de que ela e Cam poderiam dar certo. Não que ela esperasse que Cam pegasse um megafone e saísse gritando pelo colégio o quanto ele gostava dela, ou que ele preparasse um jantar à luz de velas em um barco enfeitado de pisca-piscas, nada disso (apesar de que ela torcia fervorosamente para que isso acontecesse algum dia). Ela precisava conviver um pouco mais com Cam, conhecê-lo, conhecer sua história.

  Mas se eles continuassem naquele silêncio cruel, não iria acontecer muita coisa, disso ela tinha certeza. Mesmo assim, Noah não se atreveu a abrir a boca.

- Desenho bonito– Cam elogiou a bailarina deformada que Noah estava desenhando no caderno. Ela sorriu.

- Para um míope ou pro Picasso talvez... – ela brincou.

- Mas está legal! – ele insistiu.

  Noah olhou desconfiada para o desenho. Uma garotinha de sete anos usando lápis de cera desenharia melhor que ela.

- Tem certeza? – ela olhou para Cam. Ele comprimiu os lábios numa linha fina e examinou os desenhos e, por fim, disse.

- É, você tem razão. Não ficou legal.

  Os dois riram.

- Faça melhor então, sabichão.

- O quê?

  Noah empurrou o caderno e a caneta para Cam.

- Desenhe algo legal.

- É um desafio? – Cam arqueou a sobrancelha.

- Talvez – Noah tentou fazer charme, mas ela estava certa de que parecia mais idiota que charmosa.

  Cam a olhou mais uma vez e baixou o rosto, se concentrando em seu desenho. Começou por um par de óculos vintage, em seguida desenhos cabelos longos e ondulados, com uma franja. Desenhou depois olhinhos pequenos e completou o rosto com traços delicados e que lembravam desenhos animes. Em pouco tempo, Cam entregou uma versão fofa, um pouco cabeçuda e anime de Noah.

- Voilá - disse.

- Ok, eu fui completamente massacrada, humilhada e derrotada – Noah fez drama – Mas ficou incrível.

- Valeu – Cam agradeceu, parecendo bem sincero. Eles passaram um tempo em silêncio até que ele puxou fôlego e perguntou, de olhos baixos, seu cabelo comprido ocultando parte de seu rosto: - Então... Tá tudo legal entre a gente?

- Bom. Acho que sim. Só se você prometer que vai prestar atenção no que eu digo antes de tentar me beijar – Noah tentou fazer piada.

  Cam deu um riso fraco.

- Desculpe.

- Promete? – ela insistiu.

- Tá, eu prometo.

*

- Pai? Pai! – Nikki chamou, caminhando pela gigantesca sala de estar vazia.

  Depois de passar a manhã toda e boa parte da tarde com Zoey, Nikki resolveu que seria uma boa passar o restante do dia com seu pai antes de partir para a Nova Inglaterra, no vôo das oito e quarenta e cinco.

  Robert apareceu no topo das escadas com um sorriso no rosto. Ele desceu os degraus correndo e foi abraçar a filha.

- Onde você se meteu a noite toda, Nicole? – foi a primeira coisa que ele perguntou.

- Longa história – Nikki suspirou.

  Robert logo matou a charada.

- Tem algum garoto envolvido nessa história, por acaso?

- Mais ou menos – ela mentiu. Não dava mesmo para dizer que seu pai que havia um garoto que era motivo da história – Mas não quero falar sobre isso. O que tem para o almoço? – ela mudou de assunto drasticamente, sabendo que seu pai esqueceria completamente sobre o sumiço de Nikki quando começasse a falar sobre qualquer coisa relacionada com almoço.

- Na verdade eu estava pensando em ir a algum restaurante.

- Que tal a gente fazer algo aqui mesmo? Não estou a fim de sair – Nikki se jogou no sofá e abraçou uma almofada – Pai? O que você acha?

  Nikki esticou o pescoço para procurar pelo pai e viu que ele estava com seu celular na mão, provavelmente lendo alguma mensagem.

- Alguém aqui está com problemas – Robert cantarolou.

- O que aconteceu?

- Sua mãe acabou de me mandar um e-mail, perguntando se eu sei onde você está.

- E você respondeu?

  Robert deu de ombros, fazendo uma cara que dizia “queria que eu fizesse o quê?”

- Legal – Nikki gemeu.

  O telefone de Nikki tocou no segundo seguinte. Era Catherine, claro. Muito a contra gosto, Nikki atendeu.

- Oi, mãe.

- Menina desajuizada! Onde você se enfiou? Tem celular pra quê? Pra deixá-lo desligado? Você quase me matou de preocupação!
- Eu estou com o papai, mãe. Relaxa.

- Ah, pra você é fácil falar. Relaxa... Essa é boa – debochou Catherine.

- Mais alguma coisa? – Nikki perguntou naquele tom irônico que ela sabia que a mãe detestava.

- Eu devia colocá-la de castigo.

- Contando que eu possa voltar para o colégio até hoje à noite...

- Sem mais deboche, Nicole.

- Ok, desculpe. Mais alguma coisa pra falar, mãe? Eu estava indo para o banho...

- Ah, sim. Ah, Robert irá acompanhá-la até o JFK, querida. Estou a caminho do aeroporto, pegar um vôo direto para a Itália. Vou gravar uma matéria lá durante a semana.

- Legal. Vejo você no dia de Ação de Graças.

- Você só vai voltar em Novembro?

  Esse era o plano de Nikki, mas resolveu contar uma mentirinha para fazer a mãe se sentir melhor.

- Quem sabe eu venha pra cá no final do mês, para a festa de Halloween da Rhiannon Fox. Adoro as festas dela.

  A voz de Catherine respondeu mais animada.

- Ótimo. Um beijo, bebê.

- Tchau, mãe.

- Amo você, menina desobediente.

  Foi inevitável sentir aquela pontada dolorida no peito. Nikki respirou fundo e respondeu.

- Amo você também, mãe.

  Nikki desligou e bufou, cobrindo o rosto com as mãos. Viu que seu pai estava a olhando meio estranho e colocou um sorriso decente no rosto.

- Algo errado, Nick?

- Não. Nada. Eu preciso de um banho, só isso.

  Robert não pareceu muito convencido, mas deixou passar.

- Tudo bem. Toalhas do armário de cima, como sempre.

- Certo – Nikki soprou um beijo para o pai e correu para seu quarto. O lado bom de ter pais separados era ter um quarto na casa de cada um. Quando Nikki enjoava de ficar em um, ia para o outro e vice-versa. Apesar de os dias de visita ser somente nos fins de semana, Nikki ia pra casa do pai quando bem entendia. Especialmente quanto brigava com a mãe. Nikki foi direto pra casa do pai depois de todo o desastre com Adam.

  Debaixo do chuveiro, Nikki começou a pensar no dia louco que teve e no que iria acontecer até o final dele. Acordou com o Blake, passou a manhã com Zoey e iria passar a tarde com seu pai, provavelmente comentando sobre os últimos lançamentos Armani e quais eram os planos para a coleção de Primavera-Verão da Emporium. E depois ela voltaria para o colégio.

  Ah, sim. Ela voltaria para o Maryon.

  E isso significa que ela voltaria para o mesmo lugar onde a Lauren provavelmente estaria.

  Nikki não estava com paciência para encarar a infantilidade e a carência de atenção de Lauren. Ela tinha problemas muito maiores para se preocupar. Como por exemplo, o fato de que sua mãe estava noiva de um cara que namora a menos de dois anos e que, por acaso, transou com Nikki no verão durante um momento de fragilidade e raiva, muita raiva. Ah, e como ela podia se esquecer de Blake? Tudo bem, Blake era mais uma solução que um problema, mas ela nunca iria admitir isso. Nem sob tortura.


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Notas finais do capítulo

Nossa, só eu que fiquei com vontade de comprar tooodos esses sorvetes? (o de morango é uma diliça, yum yum *-*) E aqui vai as primeiras curiosidades:- A fic estava sem nome até o momento que resolvi postar. Como precisava de um nome, resolvi colocar Beautiful & Dirty Rich por causa da música da Lady Gaga, que eu estava escutando no exato momento. E também achei que combinava com os personagens.- Notaram que só há duas pessoas que chamam a Nikki de "Nick"? E são o pai dela, Robert, e o Blake *-* Eu sei que esse tá meio fraquinho, mas prometo que vai melhorar.



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