XIII - Segredos Obscuros São Afrodisíacos (parte 2)

  Nikki não teve tempo de se recuperar do choque que aquela frase causou, pois Blake voou em seus lábios, dando um daqueles beijos que tiravam o sono de Nikki, por mais que ela detestasse admitir.

  Carente, emocionalmente desgastada, se sentindo frágil e, verdade seja dita, com vontade alguma de dar um fora em Blake, Nikki resolveu que, daquela vez, ela não ia deixar que seu orgulho do tamanho do mundo afastasse Blake. E então, como se tivesse um interruptor em seu cérebro, ela meio que desligou todos os pensamentos ruins que pudessem acabar com o clima e se concentrou em Blake. No toque dele, no calor, no perfume e na sua língua extremamente habilidosa que foi de encontro com a sua, ainda carregando traços da vodca, conseguindo deixar aquele beijo ainda melhor.

  Blake segurou-a pelos quadris e a empurrou até a parede, a comprimindo com força entre a parede fria e seu corpo extremamente quente em todos os sentidos. Blake afastou o rosto alguns centímetros e perguntou, ofegante:

- Tem certeza, Nick?

- Me beije antes que eu mude de idéia.

  Blake não pensou duas vezes antes de começar a beijar seu pescoço, fazendo-a suspirar. As pequenas mãos de Nikki subiram pelo tórax de Blake e começaram a desabotoar a camisa. Ela deslizou a peça sobre os ombros largos, revelando o que ela já suspeitava que Blake tinha: um tronco perfeitamente definido, rijo e musculoso que parecia ter sido talhado por deuses.

  Zoey tinha razão. Ela era a vadia mais sortuda do mundo.

  Sem querer perder tempo, Blake deslizou as alças do vestido pelos braços de Nikki. O vestido caiu de um jeito sexy aos pés da garota e ele admirou a bela lingerie rendada que ela usava. Ele precisava lembrar-se de agradecer seja lá quem era o designer da Victoria’s Secret. As costas de Nikki doíam devido à força com que Blake a apertava contra a parede, mas ela não se importava, estava mais preocupada era com aquele corpo sensacional colado no dela, provocando uma sucessão de arrepios incontroláveis. Ele a levantou alguns centímetros do chão e passou suas pernas ao redor da cintura esguia, encaixando seu quadril no dela, o que fez Nikki quase perder o fôlego. Tudo o que ela conseguia pensar era em que garoto era aquele, por Deus?

  Blake a colocou sobre a cama king size e se deitou sobre ela, preocupado em tirar as calças. Rapidamente, ele deslizou a peça pelas pernas e a jogou no chão, exibindo uma bela boxer Calvin Klein X. Ele alcançou os lábios de Nikki, prendendo o lábio inferior entre os dentes e puxando de leve, fazendo-a suspirar.

  Os dois se entreolharam por longos segundos até que Nikki inverteu as posições e mordeu o pescoço de Blake.

- Devagar, matadora – Blake riu e Nikki sorriu, mordendo o próprio lábio. O olhar de Blake vagou entre os olhos e a boca de Nikki antes de aproximar o rosto bem lentamente e beijá-la. Os lábios dele forçaram os dela a se abrirem e a língua exigente pedia passagem. Os dois começaram a ficar com pressa.

  E então, mãos ágeis descerem pelos quadris de Nikki e agarraram os laços da lingerie. A pequena peça de renda caiu no chão e então mais uma vez eles se entreolharam, sem conseguir saber o que passava um na cabeça do outro. Blake se esticou até a mesinha de cabeceira e abriu a gaveta, Nikki não precisou olhar para saber o que era, pois ouviu um barulho plástico bem característico.

  Bom, pelo menos Blake tem algum juízo, ela pensou com humor.

  Em poucos minutos Blake voltou a beijá-la daquele jeito tão... Blake. Ela não sabia explicar o que o beijo dele tinha de diferente, mas sabia que tinha. Talvez a diferença fosse a eterna TS que rolava entre os dois – e tensão sexual era algo que ela não estava costumada a sentir com outros caras.

  Blake beijava seu pescoço, sua respiração quente fazendo cada centímetro de pele se arrepiar. Ele segurou as coxas de Nikki e se colocou entre elas. De repente para Nikki, ficou extremamente difícil de respirar, pensar ou fazer qualquer outra ação. Blake afastou o rosto alguns centímetros e pediu, ofegante, com uma voz rouca que era de matar:

- Diga, Nick.

- O quê? – o cérebro de Nikki estava envolto em uma espessa nébula que estava difícil de dissipar. Como Blake esperava que ela conseguisse raciocinar quando os dois estavam, bem, daquele jeito?

  Ele deu aquele sorriso malicioso de lado que só Blake sabia dar.

  E então ela entendeu. Rindo, Nikki segurou o rosto de Blake e disse, com os lábios roçando levemente nos dele.

- Eu odeio você.