Beautiful & Dirty Rich escrita por Abbey B


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ah, que saudade de vocês, sabia? Devido a alguns probleminhas técnicos, vou postar o capítulo dezoito na sexta, ou no sábado, ok? NãoMeMatem! *o*



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XVII. Não importa onde você tenta se esconder, um garoto sempre irá te encontrar.

- Capitã? Oh, mas isso é tão legal! – Zoey suspirou – Eu nem sabia que você jogava hóquei!

- Pois é, nem eu – Nikki riu, enquanto observava o sol se pôr calmamente no horizonte, tingindo o céu de laranja e rosa. O lago Tyeels cintilava, salpicado de folhas que já começavam a cair das árvores. Nikki planejava visitar Zoey no dia de Ação de Graças, mas com certeza sua mãe arrumaria um jeito de estragar tudo, querendo bancar a mãe adorável que adora juntar a família em dias especiais, como acontece todos os anos. Catherine passa oitenta por cento de seu tempo trabalhando e, quando um feriado se aproxima, veste o uniforme de Super Mãe e tenta inutilmente unir a família.

- Scott disse que sou uma boa jogadora – Nikki apoiou os cotovelos no pequeno muro que circundava o terraço do Lougborn, o prédio dos garotos.

- Hum, não sei não. Isso está me cheirando a paquera... – Zoey cantarolou – Você não se lembra daquele cara da colônia de férias no nono ano?

  Nikki sentiu aquela incômoda sensação de embaraço. E tentou se defender:

- Qual é? O cara era lindo!

- E cinco anos mais velho...

- Detalhes, Zoey, detalhes – riu Nikki – Ok, vou desligar.

- Aposto que eu desligo primeiro – desafiou Zoey.

- Não desliga não!

  As duas riram e Nikki apertou o “end”. Deu meia volta e começou a descer a escada apertada e irregular que ligava o último andar ao terraço. Ela tinha ido até o Longbourn na esperança de trombar com Blake. Lauren estava merecendo ver o quanto Blake parecia interessado nela e também ver que ela podia muito bem fingir interesse em Blake, o que, verdade seja dita, não era nenhum sacrifício.

  Mas Blake não tinha dado as caras desde a hora em que ela resolvera sair de seu repouso recomendado pela enfermeira, depois de examinar sua cabeça e lhe dar um analgésico para a dor, dizendo que seria bom fazer uma radiografia. Nikki disse mil vezes que estava bem, mas só depois de elogiar o batom que a enfermeira usava e dizer que branco combinava com o tom de sua pele que ela conseguiu deixar a enfermaria, meio tonta devido ao efeito do remédio, mas feliz. Scott era, a partir daquele dia, seu herói. Depois de narrar o treino para Noah e descansar durante quinze minutinhos, Nikki achou que seria bom falar com Zoey para informá-la. Lembrou-se do conselho de Blake “o sinal pega melhor em lugares altos”. O prédio dos garotos era mais alto que o Rosenhill, porém era menor na largura.

  A conversa com a amiga durou vinte minutos, pois Zoey parecia não ter tempo sequer para respirar depois que conseguiu um estágio na revista Elle, graças a uma mãozinha do pai da Nikki.

  Nikki correu silenciosa e sorrateira, pelos corredores vazios do prédio, rezando para não ser flagrada por algum nerd com fobia de garotas. Chegou ao primeiro andar dando pulinhos de comemoração, mas, ao virar à esquerda em direção as escadas, topou de frente com um garoto que carregava uma caixa de papelão com uma porção de coisas dentro. O garoto soltou um dos lados da caixa e uma chuva de objetos caiu no chão.

- Oh, meu Deus, me desculpe – Nikki se agachou no chão, ajudando o garoto a recolher as coisas. Ela não pode deixar de notar que era uma graça: cabelos muito escuros, lisos e compridos, repicados atrás e com uma comprida franja, além de óculos de armação preta vintage. De repente, bateu uma saudade de suas temporadas em Londres durante a Semana de Moda, onde ela encontrava garotos como aquele em todas as esquinas. É, saudade mesmo.

  E então Nikki encontrou um pacotinho plástico com um negócio escuro dentro. O garoto empalideceu quando a viu segurando o saquinho e praticamente o arrancou de suas mãos, enfiando no bolso da calça. Os dois se levantaram e o garoto gaguejou:

- Você não deveria estar aqui.

- E você não deveria estar escondendo maconha, mas eu não estou reclamando por aí – Nikki retrucou – Mas a gente faz o seguinte, você finge que não me viu e eu finjo que não o vi – sorriu em seguida, tentando parecer simpática e convincente. O garoto concordou – Ótimo. Sou Nikki Hastings – ela estendeu a mão.

- Brendon Hamilton – ele disse, lhe dando um aperto de mão.

- Prazer. Te vejo por aí – Nikki acenou e correu escadas a baixo, sem esperar Brendon se despedir. Brendon ficou parado, seus pés enraizados no chão. Que tipo de garota invadia o Longbourn a luz do dia? Novata, ela era com certeza, pois seu rosto não era nem ou pouco familiar. Isso explicava tudo. Ela ainda não conhecia o Sr. Black. Brendon ainda se lembrava da garota que foi pega pelo Black no primeiro ano. Um escândalo e tanto.

*

  Noah afundou no confortável sofá de couro da biblioteca, um exemplar amarelado e surrado de Orgulho e Preconceito em seu colo. Bebericou o cappuccino que tinha acabado de pegar em uma das máquinas de café que disponibilizavam para os alunos que resolviam visitar o lugar. A biblioteca ocupada quase um andar inteiro, repleta de prateleiras, sofás, poltronas e mesas de estudos, havia também enormes janelões de mais de dois metros de comprimento espalhados, dando acesso ao balcão que dava visão para frente do colégio. De lá era possível ver o caminho poeirento dos portões de ferro até a entrada, os vastos campos que rodeavam a propriedade e também o topo de uma capela em ruínas próxima do colégio.

  Tomou outro gole da bebida, Noah tentava não assumir o verdadeiro motivo da sua visita à biblioteca: ela estava fugindo de Cam. Ela constatou, com alguma esperança, que talvez Cam não fosse muito fã de livros. Ela estava segura escondida ali.

  Ou não.

  A conhecida voz de Cam penetrou seus ouvidos fazendo-a se arrepiar com o aquele sotaque sensacional.

- Ah, Noah. Você está aqui – ele disse, como se estivesse passeando tranquilamente e a encontrara acidentalmente. Era difícil para Noah saber se ele estava fingindo ou não.

- Cam – ela sorriu amarelo, fechando o livro – Sim eu estou aqui. E você está ai.

  Ah sua idiota, cala a boca! pensou Noah, com vontade de engolir as próprias palavras.

  Cam sorriu, fascinado com a repentina timidez da ruiva.

- Eu quero falar com você.

  Em câmera lenta, a fisionomia de Noah mudou de assustada para em pânico total.

- Não. N-Não – ela gaguejou, se levantando num salto – Toda vez que você vem falar comigo, eu acabo me metendo em confusão. E duas já é o suficiente por um ano – Noah falou apressadamente, correndo por entre as grandes estantes de madeira, com a esperança de despistar Cam, mas ele estava colado em seus calcanhares.

- Por favor, Noah. Me dê uma chance! – Cam segurou o braço de Noah. O contado assustou a garota e ela parou abruptamente, como se seus pés tivessem criado raízes, impedindo-a se ir para qualquer lugar. Cam se aproximou, amenizando o tom de voz – Olha: me dê só uma chance para eu não estragar tudo, ok? Só uma. Se eu te meter em confusão de novo, você não precisa olhar na minha cara nunca mais.

- Tudo bem – Noah bufou – Uma chance para o quê, Cam? – Noah gaguejou mais uma vez, com medo da resposta.

- Para fazer tudo certo, sem encrenca, sem diretoria... O que acha? Amigos? – ele arqueou as sobrancelhas, sorrindo tão inocentemente que Noah teve que se lembrar de respirar.

- Amigos... – murmurou ela, com um fiapo de voz.


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Notas finais do capítulo

Enfim, o capítulo tá bem basiquinho, só pra introduzir o Brendon (lembram dele? rs) na história e contar o começo da mais nova a linda amizade colorida da Noah e do Cam *-* Prometo que o próximo capítulo vai ser fogo, rs. Reviews? :*



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