Beautiful & Dirty Rich escrita por Abbey B


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Quem gostou do Cam no capítulo passado levanta a mão o/ rs. Bom, queridas, aqui está um capítulo novinho e bafônico pra vocês :*



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XI. Nunca leve um garoto para seu dormitório. Nunca se sabe quando sua colega de quarto resolverá aparecer.

  Nos fins de semana no Maryon, as maiorias dos alunos iam para as casas de suas famílias. Já o restante ficava pelo internato. Outros visitavam a simpática cidadezinha de Danville. E esse foi o programa que Nikki e Noah escolheram.

  Enquanto saboreavam seus frozen yogurts, Noah narrava a confusão com Cam. Nikki gargalhou tanto que lágrimas brotaram em seus olhos.

- E aí a Leeve apareceu e ficou gritando sem parar!

- Sério?

- Sério. Argh... – Noah abaixou a cabeça, batendo a testa na mesa.

- E esse tal Cam é gostoso? – Nikki quis saber, arqueando as sobrancelhas sugestivamente. As duas riram da cara de Nikki e Noah projetou um biquinho.

- Sim – chorou.

- Então qual o problema?

- Sei lá – Noah cutucou seu iogurte. Suspirou, olhou para os lados. De repente, Nikki viu a ruiva empalidecer com algo que viu por trás de seu ombro. Virou a cabeça para ver o que assustara Noah e seu queixo foi de encontro ao chão.

  Um garoto gostosissímo se aproximava da mesa onde as duas estavam. Era bem alto, tinha ombros largos e o cabelo ondulado até o queixo, que lembrava o daquele cara bonitinho de Dez Coisas que Odeio em Você, e Nikki achava cabelo comprido incrivelmente sexy. Era difícil achar caras de cabelos compridos por aí. Ele deu um sorriso de lado e parou ao lado da mesa.

- Oi, Noah – ele cumprimentou.

- O-Olá – Noah gaguejou, sem desviar os olhos de seu iogurte.

- Oi – Nikki sorriu e acenou. Ela viu com o canto dos olhos Noah a fuzilar com o olhar – Você deve ser o Cam.

- Sim.

- Sou Nikki – ela estendeu a mão. Cam sorriu, simpático e apertou sua mão. Nikki riu internamente. Noah iria matá-la por causa do que ela iria fazer.

  Ela pigarreou e se levantou, fazendo a cadeira ranger contra o piso de madeira do terraço simpático e bem decorado da loja de iogurtes.

- Bom, eu vou ao toalete. Vigie meu iogurte? – perguntou para Noah.

- Não – Noah rugiu.

- Pena... – Nikki fez um biquinho, em seguida, virou-se para Cam e repetiu a pergunta, com o sorriso mais cândido que conseguiu. Cam balançou a cabeça algumas vezes, rindo. Nikki agradeceu e correu para dentro da Yogoberry, se trancando no banheiro, rindo de si mesma. Noah iria agradecê-la algum dia.

  Do lado de fora, Noah sentia o coração tão acelerado que poderia pular para fora de seu peito. Cam arrastou a cadeira onde Nikki estava e sentou.

- Você está bem? – ele perguntou.

- Sim – a voz de Noah praticamente desapareceu – Por que não estaria?

- Sei lá. Eu... Fiquei sabendo que estão correndo muitos boatos maus sobre você por causa da confusão de ontem. Algumas meninas devem ter visto que, bem, estávamos sozinhos e com a porta meio fechada, então...

- Eu não me importo – Noah encolheu os ombros. Ela não conseguira sequer convencer a si mesma sobre aquilo. Ela não parava de encarar seu iogurte e sentiu o coração acelerar ao notar que Cam procurava insistentemente por seus olhos.

- Mas eu me importo – ele disse – Não é justo com você.

- Olha, Cam... Fique tranqüilo. Eu sou crescida, vacinada e sei me cuidar sozinha.

  Cam suspirou. Ele acreditava que Noah podia se cuidar sozinha, mas ele estava se sentindo meio culpado. Ele meio que provocara aquela confusão, afinal, ele foi meio estúpido e ficou pelado na frente da garota – tudo bem, a situação meio que estava pedindo. Mas depois de ouvir um bando de garotas conversando e falando coisas terríveis sobre os dois, sentiu que devia proteger Noah daquelas garotas maldosas. Ela não merecia.

- É claro – ele concordou.

  Noah sorriu amarelo, deu uma colherada no iogurte e levou a colher cheia à boca cuidadosamente pintada de vermelho. Ele entendeu aquilo como uma despensa e se levantou.

- Bom, te vejo por aí.

- Tchau – Noah murmurou. Ela observou Cam girar os calcanhares e seguir o caminho pelo qual ele tinha vindo. Ele era lindo indo e vindo, pensou. Mas por que ela sentia medo de sua aproximação? Por que ela sentia medo da aproximação de qualquer garoto?

*

  Todos os alunos tinham que voltar às sete para o colégio. Claro que só metade cumpria o horário. O relógio apontava dez e meia quando Nikki e Noah corriam escadas à cima, aos risinhos, olhando ao redor para não serem pegas. Elas conversavam aos sussurros.

- Você está me levando para o lado negro, sabia? Eu nunca desrespeitei um horário!
- Me bajular não vai adiantar – Nikki brincou – E um dia você vai me agradecer por isso.

- Claro. Eu mando uma carta da prisão.

- Ai. Fiquei ofendida – Nikki abriu a boca num engraçado “O”, fingindo estar ultrajada.

- Você sobrevive - Noah riu.

  As duas deram as mãos e correram até o Rosenhill junto às paredes, usando as sombras para se ocultarem. Elas abriram a pesada porta de madeira, que tinha uma placa amarelada com o nome Rosenhill talhado e fizeram o possível para não emitirem qualquer som. A Sra. Leeve cochilava em uma das poltronas da sala de estar. Nikki prendeu o riso e segurou as sacolas plásticas que traziam cheias de guloseimas mais junto ao corpo, para que nada fizesse barulho.

  Pisou no primeiro degrau, a madeira centenária rangeu sob seus pés e a Sra. Leeve se mexeu, abrindo os olhos lentamente. As duas não tiveram outra saída a não ser correr escada a cima. E pernas pra que te quero.

  A Sra. Leeve foi atrás das duas, naturalmente.

  Ao atingirem o segundo andar do prédio, Nikki achou que seria melhor se as duas se separassem.

- Corra e se esconda. Eu vou para esse lado – apontou o lado de seu dormitório – Assim só uma se meterá em encrenca.

- Mas e se a Leeve te pegar? – Noah perguntou.

- Você fica me devendo uma! Agora corre! – Nikki a apressou, ouvindo Leeve se aproximar, murmurando ameaças em francês. Noah correu para um lado e Nikki correu para o lado oposto. Abriu a porta de seu dormitório bem lentamente e não estranhou ao ver a luz acesa. Kayla devia estar acordada.

  E, bem, ela estava.

  Mas não da maneira que Nikki imaginava.

  Kayla e outro cara estavam deitados em sua cama. Aos beijos. E, bem... Pelados.

  Seria um escândalo colossal se a Leeve escancarasse a porta e encontrasse Kayla e o garoto naquela situação. O lado cruel de Nikki sugeriu que ela ficasse ali mesmo, só esperando a sra. Leeve aparecer e começar a gritar, acordando o prédio inteiro. Mas o lado menos cruel sugeriu algo mais sutil. Apenas uma foto seria o suficiente para Nikki tocar o maior terror com Kayla. Sorriu. Nada como uma chantagem para começar o ano letivo com o pé direto.

  Sacou o celular do bolso de seus shorts hot pants, ativou a câmera e clicou. Mas, para seu azar, o bipe que o celular fez ao tirar a foto chamou a atenção dos pombinhos para a sua presença até então despercebida. O garoto louro a encarou com os olhos arregalados.

- Porra! – xingou, se cobrindo com o lençol e rolando na cama. Kayla também se cobriu.

  Nikki não teve tempo de dizer alguma coisa, pois ela ouviu a Leeve passando pelo corredor. Saiu do dormitório e correu, fazendo questão de fazer barulho. Ela se sacrificaria por Noah e, principalmente, por Kayla. Nikki não tinha nada contra a veterana, mas ela poderia usar aquela foto futuramente.

  Seu braço foi agarrado sem qualquer delicadeza pelas mãos ásperas da governanta, que berrou, cuspindo litros de baba.

- Senhorita Hastings!

- Sim? – debochou Nikki.

- Me acompanhe. Agora.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu inventei a cidade. Se existir alguma cidade com esse nome lá pela Nova Inglaterra, é coincidência :)
Bafão o capítulo, né gente? Uma safadinha essa Kayla! Comentem!
XOXO :*



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