O Supervisor escrita por DennyS


Capítulo 2
Capítulo -II-Muito bem não é elogio




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~* II*~

“Muito bem” não é elogio

–O senhor poderia repetir, por favor? – o cliente que eu atendia naquele momento não pronunciava muito bem as palavras. Era normal ligar para uma pessoa gaga, fanha ou rouca demais, eu mesma conheci pessoas assim. Desde o treinamento eu conseguia me portar da melhor maneira profissional possível. Eu não conseguia, como a Ino, a Karin e mais algumas garotas, colocarem a ligação no mudo e gargalhar do pobre cliente. Era uma questão de respeito, mesmo que você não agüente mesmo a vontade rir.


Naquele dia, precisamente naquela ligação, usei e abusei do meu profissionalismo, porque eu sabia, eu podia sentir que o supervisor me monitorava. Ele estava ouvindo a minha ligação.



–A melhor opção, Sr. Haruka, é aceitar a negociação. – eu explicava ao cliente que a sua dívida absurda seria parcelada se ele assim aceitasse. Eu estava segura de que fazia um bom trabalho, por isso não estava nenhum pouco nervosa pelo terceiro ouvinte estar prestando atenção como se alguém estivesse revelando a data do fim do mundo. Eu podia até imaginá-lo com uma das mãos apertando o fone contra o ouvido, os olhos estreitos e os sentidos todos voltados para essa ligação.



–Muito bem, Sr. Haruka. – disse satisfeita quando o cliente resolveu aceitar a negociação. – Estarei passando o número do protocolo, para o próximo atendente informá-lo sobre os detalhes. Aguarde um minuto por favor.



Depois de passar o número e transferir a ligação, sorri satisfeita comigo mesma. Eu não entendia o motivo de estar sempre mostrando ao Sasuke Uchiha a minha competência. Eu sabia que ele sempre parecia desejar ver-me dando mal, como se quisesse que eu jogasse tudo para o alto e pedisse demissão.


Mas é claro que eu nunca iria fazer isso. Sempre fui uma pessoa de objetivos que jamais desistia na metade do caminho. Sempre desejei terminar tudo que eu começasse. Por isso, nunca daria o meu braço a torcer, principalmente por causa de um chefe que me odeia. Como eu sempre digo a mim mesma: esta é a vida. Temos que nos acostumar com os tropeços, ultrapassar as barreiras.


Além do mais, eu não me via trabalhando de telemarketing por muito tempo. Existiriam muitos outros “Sasukeres Uchihas” por aí, talvez muito piores que o próprio, eu deveria me acostumar.


Eu já podia me imaginar na Corporação Global de Computação Gráfica, não apenas por ser o meu sonho, mas por ele estar bem perto. Dois dias atrás, a minha colega de apartamento, a Tenten Mitsashi, conseguiu uma vaga de estagiária. Ela disse que logo mexeria uns pauzinhos para a minha entrevista e eu não tinha dúvida. Ela sempre foi uma garota espoleta, sempre fazendo amizades por onde passava, todos se apaixonam pelo jeito extrovertido que ela tem, sem mencionar na eficiência e competência.


Ela estava tão feliz que nós até comemoramos com refrigerante e pizza de calabresa.



–Srta. Haruno? – Konan interrompeu meus pensamentos, enquanto devorava um waffle. – Sala do supervisor, querida.



Minhas suspeitas de que o supervisor estivesse ouvindo a minha ligação, foram confirmadas. Eu só não entendia o motivo dessa criatura querer me ver na sua sala. Será que iria pela primeira vez me elogiar pelo meu trabalho bem feito?


Sem mostrar nenhum sinal de medo ou apreensão, levantei-me e segui pelos corredores depois de agradecer a Konan pelo recado. Devo admitir que estava com um pouco de esperança de que esse último palpite fosse de fato acontecer.


Assim, bati três vezes à porta e depois da ordem “entre”, passei pela porta sorrindo de satisfação pelo acontecimento totalmente inesperado que estava para se realizar.


Sasuke estava de costas para mim olhando pela janela do edifício. De onde eu estava, o via da maneira que sempre o vi desde que passei pelas portas daquela empresa: ele sempre estava naquela posição de poder, de comando, de autoridade. Seus ombros eram rígidos e largos sobre as ombreiras do paletó. Sua pose viril e poderosa deixou-me arrepiada naquele momento em que eu o analisava.



–Mandou me chamar, Sr. Uchiha? – perguntei empolgada novamente. A suspeita de que ele iria me elogiar, inundou-me ao perceber que ele estava de costas para não ter que admitir a derrota aos meus olhos. Afinal, ele estava errado. Eu era muito competente para aquele trabalho.


–Você aprendeu alguma coisa útil durante o treinamento, Srta. Haruno? – disse ele sobre o ombro, olhando diretamente para mim.



Meu sorriso se desfez aos poucos.



–Como?


–Acho que você deixou passar muitos pontos importantes. – ele virou-se para mim, as mãos estavam nos bolsos da calça, o paletó estava aberto, assim como os botões de cima de sua camisa branca.



Permaneci em silêncio, uma ruga enorme na minha testa. Eu tentava me lembrar do que havia esquecido nessa última ligação.



–“Muito bem” – disse ele com aquele tom irônico que me fazia ter medo e raiva ao mesmo tempo. Aproximou-se de mim em passos lentos, os olhos voltados para baixo enquanto pensava. – Caso não se lembre, as ligações são feitas pelos agentes, na maioria das vezes, desprovida de emoções. Você não elogia um cliente pela decisão que ele tomar.


–Eu só queria demonstrar a satisfação da sua decisão. – eu o interrompi ao me lembrar do maldito e insignificante “muito bem” que usei no final da ligação. – Eu não pensei que...


–É claro que não pensou. – disse ele em tom firme, agora a poucos centímetros de mim.



Eu me sentia atordoada com a situação, afinal que diabo de bronca era essa? Eu não sabia se estava certa ou errada. Não sabia se ele estava com a razão.



–Você ainda é muito imatura, Srta. Haruno. Eu não entendo a sua decisão de escolher esta área para começar a carreira profissional. – eu via tanta sinceridade em seus olhos que isso me deixou desarmada. Eu não sabia o que responder. E se ele estivesse certo? Ele era mais velho que eu, entendia de trabalho muito mais que a minha consciência.


–Na verdade, esta me pareceu a área mais fácil para começar. – admiti sem rodeios. Os olhos dele ainda me fitavam com aquela intensidade que me deixava inerte, com medo de dizer algo indevido e ele me jogar pela janela, dez andares abaixo. – Eu não pretendo permanecer aqui por muito tempo. – me arrependi do que disse, mas já era tarde. Pela expressão que ele fizera, eu sabia exatamente o que iria dizer.


–É por isso que faz o seu trabalho de qualquer jeito. – ele afirmou com um sorriso irônico.


–Não, eu não quis dizer isso. – corrigi-me. – Eu quero dizer que pretendo crescer profissionalmente e não ficar apenas neste setor, eu pretendo...


–Já entendi. – interrompeu-me sério novamente, voltando para perto de sua mesa. – Diz na sua ficha que você tem vários certificados de cursos de informática. Pretende seguir carreira na área de TI? – perguntou-me enquanto folheava um bloco e algumas folhas espalhadas sobre a mesa.


–Sim. Estou atrás de uma vaga nas empresas mais conhecidas do país. – eu sei que era informação demais para ele e a minha vida não era nada da sua conta, mas eu fazia questão de que ele soubesse que eu não era o tipo de pessoa que não fazia grandes planos para o futuro. Eu fazia. E muito.


–Corporação Global de Computação Gráfica? – ele arqueou uma sobrancelha.


–É uma das primeiras da minha lista. – perguntei-me se a fofoca de que ele era mesmo parente dos donos dessa empresa era verdadeira. Agora eu torcia para que não. E que ele nunca conseguisse emprego lá.


–Interessante. – ele voltou-se para frente da mesa. Não sei por que, mas meu coração saltou quando meus olhos se encontraram com os dele. Acho que era essa intensidade estranha que me deixava receosa. – Na verdade, não acho que seja competente para esse tipo de trabalho, já que não sabe realizar uma tarefa simples. É melhor desistir antes que perca metade de sua vida sem descobrir no que pode ser útil. – me senti sem o chão sob os meus pés. Não era a primeira vez que ele tentava me deixar com a auto-estima lá embaixo. Daquela vez porém havia alguma coisa oculta em sua expressão que me permitira abater.


Permaneci tão absorta na minha própria lástima, que não o percebi aproximar-se de mim.


Meus olhos não se atreviam a fitá-lo, estes agora ardiam segurando as lágrimas que eu jamais derramaria na frente dele. Por orgulho, consegui juntar toda minha coragem para encará-lo e demonstrar que era forte, que ninguém seria capaz de me dizer no que eu era e não era capaz de fazer. Quando nossos olhos nos encontraram, por um segundo pensei ter visto arrependimento em seu rosto, mas acho que havia me enganado.



–Siga o meu conselho, Haruno. – disse ele com aquela voz desprovida de emoção que já era bem familiar para mim. – Desista.


–Era só isso que queria me dizer, Sr. Uchiha? – perguntei depois de engolir um nó horrível na garganta.


–Sim. Pode voltar ao trabalho.



Eu sabia que a minha expressão estava dura. Nunca demonstraria fraqueza a ele, principalmente para alguém como ele. Alguém tão frio e arrogante que pensa estar no topo do mundo, tendo os outros aos seus pés, não merecia se sentir vitorioso por isso.


Meus olhos o desafiaram de um jeito que eu mesma não achara possível conseguir, então dei-lhe as costas e saí da sala com o único propósito de apagar esses últimos minutos da minha vida.




~*~*~*~



–Meu Deus! Que caminhão te atropelou? – eu estava estirada no sofá, de pijama, comendo chocolate, pipoca e tomando refrigerante.



Era sábado de manhã e Tenten havia chegado do shopping com mais sacolas do que podia carregar. A gente não se via durante a semana, porque eu acordava muito cedo para trabalhar e a Tenten chegava muito tarde da Corporação Global de Computação Gráfica.



–O que você quer dizer? – fiz uma pergunta retórica, já que eu tinha plena consciência de como estava.



Passaram-se três dias desde que eu usei indevidamente o “muito bem” em uma ligação e tive aquela longa conversa na sala do supervisor. Quando nos encontrávamos pelos corredores, eu me limitava a fitá-lo nos olhos. Ele também parecia estar mais reservado, embora não parasse de chamar minha atenção pelas rondas e a me comparar com a Karin, que devidamente cometia mais erros que eu. Já vi Konan chamando sua atenção por ela desligar na cara de um cliente. Mais uma razão para a minha dúvida. Por que o Sr. Uchiha a via como um modelo de funcionária? Por que me tratar como se eu fosse inútil demais até para trabalhar numa lanchonete?


Nos últimos dias me sentia tão desanimada que até pensei em desistir e sair de uma vez da central de cobranças. Pensei em dar a vitória a ele porque era mais fácil. Porém, eu não sabia de onde vinha essa força que ainda me fazia levantar às cinco da manhã e seguir o meu caminho até ele.


Era estupidez da minha parte me sentir daquele jeito, mas eu não entendia aquele estado de espírito que havia se apossado de mim. Era como estar numa fossa, só que nesse caso, passava longe de ser por um caso amoroso.




–Me deixa adivinhar. – disse Tenten jogando as sacolas sobre mim no sofá. – O Supervisor.... – ela pronunciou o nome lentamente só para me sentir pior.


–Bingo.


–O que o cafajeste fez dessa vez? – Tenten se sentou ao meu lado, abrindo os braços para me abraçar.


–Nada que você mereça saber. É perda de tempo e faz mal à saúde. – ela me abraçou e eu descansei a cabeça em seu ombro.


–Ah, amiga... Eu já disse pra você não ligar pras coisas que esse idiota fala. Por que não me avisou que estava nessa deprê? Eu teria te chamado para fazer compras comigo.


–Compras com dinheiro? Você sabe que eu não tenho dinheiro pra gastar à toa, Tenten.


–E quem disse que você iria pagar alguma coisa? – levantei a cabeça para olhar para ela.


–Como é que é? E quem iria pagar?


–Meu pai me mandou um cheque de aniversário. – Tenten se levantou com dois pulinhos, pegando as sacolas que estavam no chão. Eu já devia saber.


–Seu aniversário é daqui seis meses. – lembrei a ela. Tenten deu de ombros.


–Foi um adiantamento, querida... Ah, não seja boba! Eu trouxe pra você também, porque hoje a noite vamos sair.


–Vamos? – ela foi abrindo cada uma das sacolas, retirando sapatos, bijuterias, maquiagens e finalmente dois belos vestidos. – Para onde nós vamos? Eu não estou muito no clima de festa, Tenten.


–Não venha cortar o meu barato, Sakura. Eu sei que você precisa tanto quanto eu de uma festa.


–Tudo bem, não vou estragar a sua noite. Mas...


–Sem essa história de “mas”. Hoje é aniversário da Corporação Global de Computação Gráfica e você vai comigo! Nem que eu tenha que arrastá-la até lá.






~*~*~*~



–Você não exagerou um pouquinho no visual? – perguntei a Tenten quando descemos do taxi na central da Corporação Global. Ela usava um longo vestido preto de costas nuas e com um belo e enorme rachado, deixando de fora uma das coxas longas e torneadas. Para mim, ela escolheu um vestido azul escuro de alças finas trançadas ás costas, bem modelada ao corpo, deixando minhas pernas à mostra através da bainha de renda. – Eu não me vesti assim nem no segundo casamento do meu pai.


–Claro que não exagerei. – disse ela pendurando-se no meu braço. – Você está linda, garota. Nós vamos arrasar!


–Por acaso o Neji Hyuuga vai estar nessa festa? – perguntei arqueando uma sobrancelha.


–O que você acha? – indagou com aquela expressão que indicava perigo, que já era muito conhecida por mim.


–É claro que vai... - Neji Hyuuga era o namorado que Tenten arrumara na faculdade e que havia se separado dela depois de conseguir emprego na Corporação Global. Eu pensava que ele estivesse em outro país para uma conferência, mas agora eu entendia esse fogo da Tenten para vir à festa.



Chegamos à portaria do prédio que já fervilhava de pessoas. Tenten entregou os convites e nós entramos e subimos pelo elevador.


Uma vez lá dentro, percebi que não havia nada de exagerado nas nossas roupas luxuosas. Se eu estivesse usando as minhas roupas da liquidação, com certeza me sentiria uma mendiga.


O salão amplo onde ocorria a festa era o lugar mais luxuoso que já havia visto. A decoração era azul e vermelho turquesa, as cores da empresa. Garçons transitavam por todas as direção servindo vinho, champanhe e petiscos para os convidados. Uma orquestra tocava uma linda melodia que percorria todo o salão, enquanto alguns casais valsavam no centro.


Meus olhos percorriam todo o local maravilhada com o ambiente culto e tranqüilo do qual nunca havia me familiarizado. Tenten tinha razão, afinal. Eu precisava de um lugar diferente para me distrair. Eu já estava esquecendo os meus problemas, de um jeito ou de outro eu entraria no clima da festa, faria novas amizades e tentaria me distrair ao máximo para mandar para longe aquele baixo astral que estava quase me derrubando.



–Srta. Mitsashi! Você realmente veio? – vi um homem muito bonito se aproximar de nós, pegar a mão de Tenten e beijá-la. – Está maravilhosa!


–É claro que vim, Sr. Akasuna! – Tenten abriu um enorme sorriso enquanto o cumprimentava. – Esta é minha melhor amiga, Sakura Haruno.


–Muito prazer. – disse estendendo-lhe a mão, mas ele fitou-me de cabeça a baixo antes de se aproximar e me beijar no rosto demoradamente.


–O prazer é todo meu. – disse ele com um olhar tão intenso que me senti corar.


–O Sr. Akasuna é um dos supervisores-chefes, Sakura. – disse Tenten com uma expressão de segundas intenções. Eu percebi direitinho o que ela estava tentando fazer.


–Você pode me chamar de Sasori. – disse ele ainda me fitando, seus olhos descendo discretamente pelo decote do vestido. Sasori era um homem bonito, seu cabelo era ruivo e desalinhado, seus trajes impecáveis, mostrando que era alguém de verdadeira classe. Era só olhar para ele e perceber que era um galanteador. Traduzindo: um mulherengo canalha.


–Eu vou até toalete. Deixarei vocês sozinhos por um momento. – Tenten piscou antes de se afastar e eu fiz uma carranca.



Sasori sorriu aproximando-se de mim, fazendo com que eu desse um passo para trás. Eu não havia tido uma primeira boa impressão dele.


–Então, Srta. Haruno... Ou Sakura, posso te chamar de Sakura? – quando eu ia respondê-lo, meus olhos captaram uma figura que no momento, me parecia uma ilusão.



Mas não era. Meu coração saltou do peito quando avistei Sasuke Uchiha do outro lado do salão encostado em uma pilastra olhando para mim atentamente. Ele parecia estar fazendo isso há muito tempo, pois não se moveu no momento em que eu o notei. Ele tinha uma das mãos no bolso da calça, a outra segurava uma taça de champanhe. Eu não conseguia decifrar sua expressão.



–Mas o que ele está fazendo aqui? – perguntei abismada com a situação, sem perceber que Sasori estava a minha frente dizendo alguma coisa que eu não tinha entendido.


–De quem está falando, meu bem? – Sasori virou-se seguindo a direção dos meus olhos. – Sasuke Uchiha?



Quando Sasori o encontrou, eu desviei os olhos do supervisor que me odiava.



–Você o conhece?


–Sim. Ou melhor não. Apenas de vista. – não olhei mais na direção dele. Agora eu procurava uma saída, algum lugar bem distante daquele ponto do salão. Eu nunca conseguiria relaxar em um ambiente onde eu deveria fugir dos problemas, se um dos problemas principais estivesse lá!


–Eu preciso cumprimentá-lo. Vamos comigo! – Sasori pegou na minha mão, mas eu congelei.


–Não, pode ir. Eu espero você aqui ou em outro lugar.


–Não seja boba, querida. Você deve ter ouvido um pouco da reputação do Uchiha, mas ele não morde, eu garanto. – Sasori me puxou com ele até o Sr. Uchiha. No momento não me questionei o motivo desse aviso do Sr. Akasuna. Eu só me preocupava com aquele encontro que eu estava evitando há muito tempo, dentro da empresa onde eu o via todos os dias. Será que nem mesmo num sábado à noite eu tinha sossego?



Eu não sabia o que fazer no momento, só sabia que não queria ir até ele. Meus pés se moviam e eu sabia que quando me aproximasse, eu teria que falar com ele.


E eu definitivamente não queria isso.


Vi o espaço entre nós diminuindo e eu me senti perdida. Era tarde demais.


Levantei os olhos e encontrei a silhueta viril, a pose de autoridade, o semblante sombrio, os olhos enigmáticos, o rosto sério e prepotente. Foi inevitável não estremecer com aquela presença desafiadora.


Respirei fundo e tornei minha expressão a mais calma possível.


Nada de impressionante vai acontecer. Disse a mim mesma. O máximo que ele poderia fazer era me envergonhar na presença do Sr. Sasori Akasuna.





Mas era exatamente isso que eu temia.








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Notas finais do capítulo

É possível estar apaixonado sem perceber?O que vocês acham??? o_OObrigada pelas reviws! Aviso que a fic não será muito longa, por isso pretendo estar atualizando por semana. O que será que o Sasuke vai dizer??Espero que tenham gostado.bjss=Denny