A Última Palavra. escrita por thammy-chan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou de volta para postar mais um capítulo de A última palavra. Espero que gostem.



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UMA COISA QUE NINGUÉM ENTENDERIA
O quanto uma menina de 14 anos pode ser inteligente.
Liesel era inocente, e
talvez até boa demais com as pessoas.
Mas se tem uma coisa que ela entende, é o quanto a vida
pode ser cruel.



Ilsa Hermann não acreditou quando Liesel disse que encontrara Max.


—Max Vanderburg? –Indagou Ilsa. —Ele não... ?


—Sim! Não! Quer dizer, sim! –atrapalhou-se Liesel. —Sim, era o Max e não, ele não morreu.


—Mas querida, –começou Ilsa —como isso é possível, tendo em vista que nós procuramos meses por ele? Onde você o achou?


—Essa é a melhor parte, mamãe. –Liesel já chamava Ilsa de mamãe. Era mesmo uma garota sortuda, tinha três mães... Duas mortas, mas isso não vem ao caso. —Max é professor da minha escola. Ele dá aulas de educação física para a minha classe, e de luta para os meninos aos sábados.


—Mas Liesel, isso é maravilhoso! –Ilsa disse, mas ainda tinha suas dúvidas. Certa vez, uma psicóloga da cidade, disse que Liesel poderia fantasiar que as pessoas estavam vivas, depois do grande trauma que passou. —Isso quer dizer que vocês se verão sempre, não é mesmo?


—É. –assentiu a menina. —Mamãe, eu dei o endereço daqui para ele, espero que não tenha problemas. Max virá nos visitar no fim da tarde.


—Sem problemas, Liesel. –concordou Ilsa, ainda sem acreditar na volta de Max.


• • •


Liesel passara o resto do dia comentando o quão legal era a escola. Ilsa nunca a viu tão falante.


Quanto estava por perto das 18h30, Liesel desceu as escadas e foi até a sala. Sentou-se no chão, perto da porta.


—Você não acha que talvez ele não venha? –Perguntou Ilsa, preocupada com a garota. —Já são sete horas da noite, Liesel...


—Ele vem, mamãe. –disse Liesel. —Ele me prometeu.


A senhora Hermann não viu alternativa, deixou-a lá na porta esperando, enquanto foi fazer o jantar.


Oito horas, o jantar já estava pronto. Ilsa Hermann foi chamar o prefeito – que sempre estava em seu escritório – e Liesel.


Liesel havia adormecido no chão da sala. Ilsa acordou-a para ela ir para o quarto. Iria carregá-la no colo se pudesse, mas ela já não era tão pequenina como antes.


Liesel subiu as escadas como um zumbi, e jogou-se na cama, adormecendo novamente.


A campainha tocou. Ilsa foi atender, e teve uma surpresa.


Havia um homem muito bonito parado sob a porta. Alto, magro, com o cabelo curto e um olhar perdido, ele estava parecendo procurar alguém.


—Posso ajudar? –perguntou Ilsa.


—Claro. –respondeu o rapaz. —Estou procurando Liesel, eu fiquei de vir aqui hoje. Meu nome é Max.


Ilsa Hermann empalideceu. —Max Vandenburg?


—A senhora me conhece? –Indagou o rapaz.


—E como poderia não conhecer. –Riu Ilsa. —Liesel fala o tempo todo de você. Entre. Ela está lá encima. -Ilsa apontou as escadas.


Max subiu, chegando à porta do quarto que deduziu ser de Liesel – tinha uma gravura rosa pendurada. – bateu na porta. Após não obter nenhuma resposta, resolveu entrar.


Era um quarto delicado. Havia uma cama do lado esquerdo, uma cômoda do lado direito, um tapete rosa-claro sob o chão, e vários ursinhos em uma estante. Peculiarmente feminino.


Encima da cama, havia uma menina magricela. Dormia como um anjo, tinha uma expressão de serenidade em seu rosto.


Max sentou-se ao seu lado na cama, observando-a. Como ela pode crescer tanto em tão pouco tempo?


Durante esses anos, Max não mudara nada. Talvez seu cabelo tenha crescido, porém ele o cortou. Mas Liesel? Ela parecia outra pessoa. Para começar, estava mais alta. Seu rosto e seu corpo já não eram tão infantis. Sua voz também mudou, lembrou-se Max.


Max resolveu ir embora, não iria atrapalhar o sono de Liesel.

Aproximou-se para dar um beijo na testa dela, e com o toque ela acordou.


Liesel encontrou-se na mesma situação de anos atrás, mas na posição inversa, quando Max havia acordado, e Liesel estava o encarando. Naquele tempo, ambos ficaram sem graça, mas agora, ambos riram.


—Eu não queria ser pega dormindo. –disse Liesel.


—E eu não queria ser pego te espionando. –disse Max. Os dois riram de novo.


Liesel o observou. —Você está com cabelo de plumas e não de gravetos. É bom te ver assim.


—E você está feliz. –sussurrou Max e aproximou-se do rosto da menina, que ficou rígida de repente, e beijou-a no rosto.



DEDURANDO UMA COISINHA
Isso foi o que Max fez, mas não é o que ele queria fazer.
Max aproximou-se para beijá-la nos lábios, mas achou isso errado,
então mudou de idéia.
“O que Liesel pensaria de mim?” Max perguntou-se.
Mas aqui, entre nós, vou dedurar uma coisa.
Liesel queria.

—Sim, estou. –respondeu Liesel.


Liesel o convidou para jantar e Max aceitou, estava faminto. Os dois desceram para a sala de jantar da família Hermann e conversaram sobre o emprego de Max, a vida de Liesel, e quanto os dois sentiam falta dos Hubermann.


SÓ UM COMENTÁRIO
Essa, foi a primeira noite de muitas que os dois teriam juntos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e espero ter reviews ^^Comentários, elogios, sugestões, críticas e dúvidas, todas serão bem aceitas.