A Última Palavra. escrita por thammy-chan


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Postei um capítulo novo ONTEM,quem não viu, leia antes desse. (:
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Fiz um tumblr pra postar frases/trechos de A última palavra, fotos das partes grifadas dos meus livros etc, quem quiser ver, http://grifei-o-livro.tumblr.com/



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Estava silêncio ali. Um silêncio ensurdecedor.


Aquele cômodo nunca fora tão quieto e ao mesmo tempo tão barulhento. Liesel já não chorava mais, Max já não tinha mais raiva. Nenhum dos dois sabia o que dizer.


Nada. Nem uma palavra de conforto ou um abraço amigável. Ambos permaneciam imóveis desde que Eva saiu dalí.


Max resolveu quebrar o silêncio:


—Não é sua culpa.


Liesel demorou um tempo para perceber com quem ele falava.


—Não piore as coisas, claro que é minha culpa. Você está sendo acusado de sequestro. Sequestro, Max. E abuso de incapaz –sibilou, já sentindo as lágrimas voltarem. —E você pode nunca conseguir minha guarda, pode ter que abdicar seu cargo político e pode ser condenado à prisão perpétua. Tudo isso porque você me ajudou, agora me diz como isso pode não ser minha culpa?


Max engoliu em seco.


—Isso é culpa da Eva, Liesel. Ela e o prefeito estão armando contra...


—Por favor, pare de tentar me fazer pensar que ela te odeia. –Interrompeu a garota. —Isso é culpa do prefeito, e ele não vai desistir tão fácil.


—Nós dois sabemos que eu sou inocente, não sabemos? –O judeu arrastou-se pelo chão até chegar perto da cama, inclinou-se e limpou as lágrimas de Liesel com as costas da mão. —Então iremos provar. Não quero que se preocupe, foi por isso que não te contei.


—A parte do abuso é fácil de comprovar, você nunca encostaria em mim. –o tom de Liesel era mais triste do que deveria. —Mas o sequestro... Ilsa deixou você me levar, mas como provaremos isso? Legalmente, o prefeito ainda tem minha guarda e ele pode facilmente obrigar Ilsa a negar que me entregou a você. – as lágrimas aumentaram —Max, eu não quero que você seja preso.


O judeu abraçou-a.


—Shh, preciso que você confie em mim, Liesel. Tudo vai dar certo.


—Tudo vai dar certo. –repetiu ela, desejando poder acreditar naquelas palavras.



• DO OUTRO LADO DA CIDADE•
Eva Heeger planejava qual seria seu próximo passo.
Sabia que seria fácil para Max livrar-se dessas acusações,
mas não conseguiria fazer Liesel livrar-se da culpa.
E nem do que estava por vir.

Max sentiu uma pontada no pescoço, olhou no relógio e se espantou.


—Já estamos aqui há trinta minutos. –disse ele, afastando-se. —Como o tempo passa rápido, não?


Liesel estalou o pescoço. —Como você faz isso? -indagou ela.


—Isso o quê? -Max parecia confuso.


—Acelerar o tempo. -revirou os olhos, como se fosse óbvio. —Trinta minutos parecem trinta segundos quando estou ao seu lado.


Max não teve reação imediata a essa declaração. Depois de algum tempo, esboçou um sorriso descontraído.


• • •

•LÁ DO ALTO, ONDE NINGUÉM PODE VER•
Nós aplaudíamos.
Nós, caso você esteja interessado em saber,
somos eu – a morte – e Ethan – uma alma que acabara de recolher.
—É o começo de um novo rumo para eles.declarei.
Ethan concordou.
Podia ter apenas 12 anos e ser burro o suficiente
para atravessar a rua na frente de um caminhão e
ser atropelado, mas sabia das coisas.
Ora, todos os mortos sabem.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Odiaram? comentem, bjs
http://grifei-o-livro.tumblr.com/ sigam bitches. (: