A Última Palavra. escrita por thammy-chan


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

É, como sempre, demorei pra postar etc. ): Muita gente me perguntou se eu iria parar a fic e eu gostaria de deixar claro que nunca abandonarei essa fic. (: Estou com muitos problemas e pouco tempo livre, então fica difícil de postar, mas tenham certeza de que não deixarei a fic de lado. (:
Bom, mais um capítulo para vocês, e no final tem uma imagem que achei súuuper fofa da Liesel e do Max. Beijos e espero que gostem.



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Talvez você conheça a sensação do medo. Humanos convivem com essa sensação o tempo todo: Crianças tem medo de escuro; Adolescentes, de não ter amigos; Adultos, do que seus filhos irão se tornar, e por fim, idosos temem a mim. A morte.


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O pior de todos os medos, caros mortais, não foi citado: O medo de perder alguém. É esse que vai tirar suas noites de sono, atrapalhar sua concentração e sugar cada gota de ânimo existente no seu corpo até que você implore para que Deus tire o medo de você.


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•SEM QUERER DECEPCIONÁ-LOS•
mas o único Deus que existe,
sou eu, o Deus da morte. E você sabe
o que deve dizer ao deus da morte?
“Hoje não.”

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Max temia perder Liesel mais do que temia perder sua vida. Como posso perder algo que nunca tive? repetia para si mesmo, enquanto terminava de abotoar os botões da camisa social e colocar o colete preto por cima. Como posso perder algo que nunca tive? penteou os cabelos para trás. Como posso perder algo que nunca tive? calçou os sapatos e encontrou com seus próprios olhos no espelho antes de sair.


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—Como posso perder algo que nunca tive?repetiu olhando para si mesmo, pela última vez. Decidiu que não soou convincente. —Droga Liesel, como eu quero ter você...


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—Vamos, Saumensch! Vá já se arrumar e pôr um sorriso nesse rosto horroroso que seus pais te deram. Hoje é o dia da minha reeleição e não quero ninguém com cara feia!

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Sem discutir, Liesel subiu as escadas lentamente em direção à seu quarto, pensando o quão idiotas eram os cidadãos. Como poderiam votar em um homem como aquele para governar sua cidade? Ela não entendia.

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Trançou os cabelos claros e colocou o primeiro vestido que achou pela frente. Era elegante e caro, pensou. Sentia-se como uma daquelas mulheres da idade média, que aos olhos de Liesel eram requintadas e sempre bem vestidas. A seda lilás lembrava-a incessantemente do dia em que Ilsa lhe deu o vestido. “Realça a cor de seus olhos, pequena.” Dissera ela.

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A batida forte na porta seguida de um “Será que dá pra ir logo?Ou a prefeita aqui é você agora?” a lembrou de que estava na hora.

Liesel suspirou. Seria um dia longo.

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—Senhoras e senhores, – começou um homem novo demais para ser candidato a alguma coisa. —agora que todos os candidatos à deputado já fizeram seu discurso, chamaremos ao palco agora, Heinz Hermann, o atual prefeito da cidade, e nosso primeiro candidato à esse importante cargo!

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Primeiro e único, pensou Heinz enquanto se espremia pelas pessoas para conseguir chegar ao palco. Já lá encima, um falso sorriso estampava seu rosto e seu braço esquerdo acenava freneticamente enquanto o direito segurava o papel que estava lendo.

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Liesel estava entediada. Apoiou-se no ombro de Ilsa e sussurrou em seu ouvido:

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—Já está acabando?

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Ilsa riu. —Não, querida. Ele acabou de subir lá. –deu tapinhas gentis nas costas de garota. —Tenha paciência.

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•APENAS TORNANDO PÚBLICO UM PENSAMENTO COLETIVO•
Por que Liesel tinha de estar lá,
já que o prefeito não notaria sua presença?
Por diversas vezes, a menina pensou
em sair correndo.
Não valeria a pena, concluiu. Apanharia por isso depois.

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Quarenta e cinco minutos depois, todos começaram a aplaudir e gritar incentivos. Liesel deduziu que o discurso tinha acabado.

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Heinz desceu do palco e foi até o encontro de Ilsa, os três prepararam-se para ir embora, quando uma voz soou no microfone.

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—Senhoras e senhores, agora que as propostas de Heinz já foram feitas, vamos ouvir o discurso do nosso segundo candidato a prefeito, Max Vandenburg!

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Os gritos e aplausos eram inaudíveis na cabeça de Liesel. Para ela, tudo tornou-se silencioso e em câmera lenta:

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A expressão enfurecida do prefeito, o tapa no rosto que Ilsa levou depois de tentar acalmá-lo com tapinhas no ombro, e por último, a dor que Liesel sentiu quando foi arrastada rua abaixo por Heinz que agarrou sua trança.

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Do palco, Max conseguiu ver o que estava acontecendo, mas não pode fazer nada no momento. Estava conquistando eleitores, precisava disso para salvar a si mesmo e para salvar Liesel também.

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Não se preocupe Liesel, pensou, esse homem nunca mais vai machucar você.

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• • •

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Depois de chegar em casa, ouvir os gritos e receber os tapas do prefeito, ele saiu para beber enquanto Liesel e Ilsa choravam silenciosamente na sala.

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—Vá tomar um banho e se trocar, querida. –Ilsa usou o polegar para tirar as lágrimas do rosto da menina. —Eu prometo para você que vamos comprar um livro novinho para você amanhã, tudo bem?

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Liesel limitou-se a assentir e fez o que lhe foi pedido. Depois de se trocar e manter as tranças, sem muito ânimo, foi até a biblioteca.

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•VOCÊ JÁ DEVE TER CONCLUÍDO•
Que nesse momento,
nem a biblioteca acalmaria Liesel.
O quão confuso o coração de uma garota pode ser?
Muito.
Ela queria alguém para confortá-la nesse momento.
E é ai que você pergunta:
“Quem ela quer, dona Morte? Max? Kurt?”
Deixe-me esclarecer pra você:
Nem ela sabe.
Repetindo a pergunta:
O quão confuso o coração de uma garota pode ser?

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Como se fosse um super-herói e soubesse que Liesel precisava um, a campainha tocou, e ao abrir a porta, a roubadora de livros deparou-se com Max, vestindo a mesma roupa do comício, como se tivesse acabado de sair de lá.


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Ao mesmo tempo em que sentiu-se socorrida, teve a sensação de levar um soco no estômago. Várias perguntas percorreram sua mente.


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O que foi aquilo no comício? Uma brincadeira? Foi real? Max estava mesmo concorrendo com o Sr. Hermann? Por que ele estava na casa de Liesel? Não foi ele mesmo que disse que era perigoso os dois serem amigos? Ele ainda queria a amizade dela? Ela deveria falar com ele ou simplesmente ignorá-lo pelo o que ele fez?


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Engoliu todo o orgulho e sem dizer nada, abraçou-o e enterrou a cabeça em seu peito.


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—Eu senti sua falta, pequena. –sussurrou Max e afastou-a para observar seu rosto.


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Sorriu ao ver as lágrimas no rosto da garota, um claro “eu também.”

Beijou a mão dela porque sabia que se a beijasse no rosto não se controlaria. Passou a mão pelas tranças de Liesel e a viu contorcer o rosto, não precisou ouvir nada para saber que o prefeito tinha causado aquilo.


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Os olhos do judeu encheram-se de raiva. Prometeu para si mesmo que não deixaria Heinz machucar Liesel novamente, mas como cumpriria a promessa enquanto a garota morasse com ele?


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—Suba para seu quarto. –ordenou Max com a voz mais irritada do que o normal. —Faça as malas, pegue as roupas que tem e todas as suas coisas que podem ser levadas na mão. Você não vai ficar aqui nem mais um minuto sequer.


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Notas finais do capítulo

Bom, a parte do "O único Deus que existe, é o Deus da morte.
E você sabe o que dizemos ao deus da morte? 'Hoje não.' " foi um pequeno plágio de game of thrones, rs.
O que estão achando da fic? Mudariam algo? Comentem, beijos e até o próximo capítulo. (: